Você sente que seu fôlego e seu desempenho nos
treinos não são mais os mesmos? Pode ser culpa de alguns alimentos da sua
dieta! Descubra quais são eles e como podem prejudicar suas passadas
Para melhorar seu tempo e, inclusive, passar longe
de lesões, não basta treinar e descansar para se recuperar. É preciso escolher
bem o que você coloca no cardápio. “Alguns alimentos estimulam uma resposta
imunológica do organismo por conta de um processo alérgico ou por gerar
inflamações no corpo”, afirma a nutricionista esportiva Camila Gomes, da New
Millen, de São Paulo (SP).
Os efeitos são desde o aumento de peso, o
desconforto gastrointestinal, o inchaço do abdome, até a absorção prejudicada
dos nutrientes. “O esportista passa a ter baixo rendimento porque não consegue
ter energia e vitaminas disponíveis. Também sente falta de fôlego e pode ter
lesões, já que os nutrientes não chegam adequadamente aos tecidos durante a
performance e na recuperação”, explica Camila, que lembra ainda que a falta de
concentração e a baixa imunidade estão entre os sintomas.
A especialista esclarece que os sinais dessas
inflamações não são graves na maioria das vezes. No entanto, ao longo do tempo,
elas estão relacionadas a doenças crônicas, como diabetes, artrite, câncer,
obesidade e problemas cardiovasculares. Ou seja, reduzir o consumo desses itens
é o caminho certeiro para correr melhor e também viver com mais saúde.
A seguir, confira o ranking de alimentos que podem
prejudicar seu desempenho esportivo:
1. Pão branco
Infelizmente, esse delicioso item do café da manhã
pode atrapalhar as passadas. Segundo a nutricionista esportiva Tatyana
Dall’Agnol, da BeNutry, em São Paulo (SP), o trigo, que é a base da massa,
sofreu modificações genéticas que aumentaram o teor de glúten. “Em algumas
pessoas, essa proteína atrofia as vilosidades intestinais responsáveis pela
absorção de nutrientes e também rompe a barreira do tecido. Isso permite a
entrada de toxinas, patógenos e antígenos. Assim, o corpo desencadeia uma
reação inflamatória”, explica Tatyana, que é especializada em fitness e alto
rendimento.
Um estudo publicado em 2010 pelo The Journal of
Nutrition também mostrou que uma dieta rica em grãos refinados apresentou
maior concentração de um determinado marcador de inflamação no sangue. Já o
teste com os grãos integrais foi bem diferente. Por isso, opte por versões
integrais ou por produtos sem glúten. Lembre-se de fazer o mesmo com massas,
bolos e biscoitos feitos com farinha de trigo.
2. Refrigerantes
Foto: iStock/Getty Images
Não importa se é light ou não. “As duas versões são
produzidas com várias substâncias prejudiciais e inflamatórias, como corantes,
ácido fosfórico, xarope de milho e açúcar, que podem gerar problemas renais e
até hiperatividade. Os light ainda têm edulcorantes (adoçantes artificiais),
que também causam inflamações. “Os refrigerantes também acidificam o pH do
sangue e, assim, o corpo acaba inflamando”, comenta Tatyana.
3. Álcool
Pode perceber que seu rendimento não é o mesmo
quando você bebe no dia anterior ao treino. É que o álcool é naturalmente
irritante para o nosso corpo e, para piorar, leva dias para ser eliminado do
organismo, segundo Camila. Estudos apontam ainda que a substância em excesso
facilita a passagem de bactérias pelo intestino, aumentando as inflamações.
Então, deixe para brindar apenas em ocasiões especiais e não exagere!
4. Batata frita
Não só ela, mas as frituras em geral (coxinha,
nuggets, pastel) são imersas em “óleo quente, que têm suas características
químicas alteradas, causando inflamações e favorecendo a formação de
substâncias cancerígenas”, alerta Camila.
5. Doces
Tatyana explica que o açúcar causa inflamações no
organismo, principalmente por ter alto índice glicêmico. “É como se o corpo não
conseguisse lidar com a quantidade de açúcar ingerido. Então, o pâncreas libera
muita insulina, que é inflamatória e gera uma resposta imune do organismo”,
explica a nutricionista.
6. Molhos, temperos e alimentos industrializados
“Eles estão
cheios de aditivos, corantes e conservantes, elementos que são toxinas e
inflamam as células intestinais”, afirma Tatyana. Há pesquisas que sugerem
ainda que o glutamato monossódico usado nesses produtos para realçar o sabor
também causa inflamações, mas isso ainda é controverso.
7. Carnes vermelhas
Estamos falando de alguns cortes bovinos e suínos,
que carregam muita gordura saturada. Aí está o problema, pois vários estudos
relacionam seu consumo à inflamação do organismo. Um deles, realizado na
Universidade de Chicago, mostra que esse tipo de gordura causa alterações nas
bactérias benéficas que existem no intestino, e esse desequilíbrio desencadeia
uma resposta imune, com inflamação e danos ao tecido. “As gorduras aumentam os
neutrófilos, que são marcadores inflamatórios”, fala Tatyana.
8. Leite
Além da gordura saturada presente na versão
integral, o leite contém lactose, um tipo de açúcar que também é
inflamatório, segundo Camila. “O organismo dos adultos não produz a enzima
lactase, que é capaz de digeri-lo. Então, o intestino inflama e leva à má
absorção de nutrientes”, explica a nutricionista da New Millen. No entanto,
Tatyana comenta que as proteínas do leite também são prejudiciais por serem
alergênicas. “Nosso corpo não produz enzimas para metabolizá-las, então,
elas geram uma reação inflamatória”, alerta a nutricionista, que lembra
ainda da existência de outras substâncias químicas nocivas presentes no leite, como
hormônios e antibióticos que o animal recebe.
9. Margarina
A grande vilã aqui é a gordura trans. Apesar de
controlada, está presente em muitos produtos industrializados e, em maior
quantidade, na margarina. A nutricionista Camila explica que se trata de uma
gordura criada para melhorar a consistência de produtos e aumentar a validade
deles. O problema é que seu consumo está associado à inflamação sistêmica,
principalmente nas mulheres, segundo um estudo publicado no The American
Journal of Clinical Nutrition.
10. Óleo de soja
Ele é rico em ômega-6, substância inflamatória
também presente no óleo de canola, de girassol, de milho e de linhaça. Por
isso, trate de maneirar no óleo para cozinhar os alimentos. Tatyana
comenta ainda que o consumo desequilibrado entre o ômega-6 e o ômega-3, — que é
mais saudável e tem ação anti-inflamatória —, fez com que houvesse o aumento de
doenças crônicas, como a obesidade. “Para se ter ideia, nossos ancestrais
consumiam uma proporção de 1:1. Atualmente, é de 25:1”, alerta a nutricionista.
Que tal mudar isso na dieta?
Fonte: http://www.sportlife.com.br/nutricao/alimentos-inflamatorios-performance/
- por Redação Sport Life - Texto e Pesquisa: Diana Cortez | Edição: Victor
Moura
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