Segundo especialista, a dança do ventre não é uma
mera performance de sensualidade, mas sim um momento de poder de uma mulher que
domina seu corpo
A dança do ventre é uma das danças mais antigas da
humanidade e também uma das mais conhecidas em todo o mundo. Afinal, além de a
expressão artística preservar características milenares e essenciais da
natureza da mulher, também desenvolve os pilares do equilíbrio e poder no
caminho da felicidade, que está totalmente ligada ao empoderamento feminino.
Sendo assim, nada melhor que desmistificar essa dança, que atrai a atenção do
público e tem uma legião de praticantes, mas está longe de ser uma mera
performance de sensualidade.
Talvez, o maior desafio deste milênio seja a busca
do equilíbrio homem-mulher, da fantástica harmonia na diferença entre eles na
sociedade, tendo como base o respeito e a humanização. “Hoje em dia, as
mulheres vivem numa luta interior, redescobrindo seu próprio alinhamento, sua
feminilidade e sua harmonia. Nesta busca, elas encontram vários caminhos, e um
deles é a dança, que vem ao encontro do início de sua caminhada no desenvolvimento
da comunicação em todas as suas formas, exteriorizando suas emoções, seus
pensamentos e sentimentos”, diz Shalimar Mattar, pesquisadora de danças do
feminino e autora do livro Círculo Mulher – O Movimento do Feminino ao Longo da
Vida.
Segundo a especialista, é através da dança do ventre
que muitas mulheres finalmente se conhecem ou se reencontram, e não é exagero
afirmar que é um dos mais completos recursos no desenvolvimento da autoestima,
valorização pessoal e confiança. “Isso acontece não somente porque a mulher
coloca um lindo figurino e dança de forma feminina, mas porque ela efetivamente
se torna consciente de quem é e o que busca e não há poder maior do que o
autoconhecimento!”, argumenta Shalimar.
Para a especialista, diferente do que muitos ainda
pensam, a dança do ventre não é um instrumento que objetiva tornar a mulher
mais sedutora, pelo contrário, ela seduz a mulher com a possibilidade de
proporcionar todo esse poder. Portanto, é muito importante que o público ao se
deparar com uma mulher desenvolvendo a Dança do Ventre, saiba que não se trata
de uma mera performance de sensualidade de uma mulher que deseja conquistar.
E quer saber mais? A professora afirma que não
existe idade para praticar a dança do ventre – esteja você na casa dos 40, 50
ou 60 ou até mais. Isso porque poucas pessoas sabem que ela também traz muitos
benefícios à saúde, pois trabalha todas as partes do corpo, da ponta dos pés ao
topo da cabeça, o que exige um bom trabalho postural e equilíbrio.
A dança massageia os órgãos internos e colabora com
a coordenação e agilidade. “Atua no desenvolvimento dos sentidos, fortalece a
feminilidade, combate o stress e a depressão. Favorece o autoconhecimento,
aumentando a autoestima e confiança pessoal. Você pode começar desde que
procure um professor gabaritado, que pode ministrar aulas para crianças e até
mesmo para a terceira idade”, finaliza.
Fonte: https://sportlife.com.br/danca-do-ventre/
- Bruno Ribeiro - Foto: Shutterstock
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