Ao patrocinar o ganho de peso, o ingrediente
adocicado traz repercussões à saúde cardiovascular
Pode ser prejudicial à saúde o consumo excessivo de
açúcar, tanto na sua forma direta para adoçar sucos, leite, café e chá, como em
refrigerantes, chocolates, biscoitos e alimentos industrializados em geral. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um máximo de 25 gramas diárias, o
equivalente a cerca de duas colheres de sopa.
O açúcar, um carboidrato, não é o macronutriente
mais calórico. Mas é o com absorção e disponibilidade mais rápida. Decorre daí
a primeira consequência negativa da uma ingestão frequente acima dos padrões
adequados: a possibilidade de engordar.
Nesse sentido, é importante lembrar que a obesidade
é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. Entre outras coisas, ela favorece o aumento dos níveis
sanguíneos de colesterol e triglicérides, gorduras que obstruem as artérias.
A obesidade é ainda uma das grandes causas do
diabetes tipo 2, caracterizado por um descontrole nos níveis de açúcar no
sangue provocado pela incapacidade de o organismo produzir e utilizar a
insulina para inserir a glicose no interior das células. Esse processo também
favorece o surgimento de placas de gordura e outras substâncias nas paredes das
artérias, diminuindo o fluxo sanguíneo.
Ou seja, cria-se um círculo vicioso no qual a
obesidade retroalimenta e potencializa o diabetes e o acúmulo de gordura no
sangue. Tudo isso converge para uma constante e crescente ameaça à saúde
cardiovascular.
Esses problemas são mais graves quando a ingestão
excessiva de açúcar é associada a hábitos alimentares inadequados e à vida
sedentária. Está aí uma combinação que eleva demais o risco de doenças
cardiovasculares, como infarto e acidentes vasculares cerebrais.
Sem dúvida, o açúcar torna sobremesas, biscoitos e
bebidas mais saborosos. Também se relaciona sua ingestão à produção de
serotonina, neurotransmissor associado à regulação do sono e do humor.
Porém, para desfrutar com saúde os seus agradáveis
efeitos positivos, é preciso consumi-lo com moderação e bom senso, além de
manter hábitos equilibrados de alimentação. O exagero pode ser muito amargo
para o coração.
Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/acucar-em-excesso-pode-ser-amargo-para-o-coracao/
- Por Regina Helena Pereira, nutricionista - Foto: Fábio Castelo/SAÚDE é Vital
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