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sábado, 19 de novembro de 2016

Dormir com o celular é perigoso

As possibilidades trazidas pelos smartphones são tantas que tem muita gente que simplesmente não consegue desgrudar dele, seja dia ou seja noite. Quem não dorme com ele carregando na mesinha de cabeceira ou até mesmo no cantinho da cama?

Quase todo mundo faz isso para poder checar alguma coisinha antes de dormir e para estar pertinho dele quando ele despertar na manhã seguinte, mas o relato a seguir podem te fazer deixar a preguiça de lado e passar a utilizar uma tomada mais longe da cama, preferencialmente longe de materiais inflamáveis.

A última história que ficou famosa envolvendo celulares e queimaduras é a de Melanie Tan Pelaez, uma mulher australiana que diz que acordou com terríveis queimaduras de segundo grau no braço direito. Ela conta que visitou o hospital e um médico a informou que aquilo era uma queimadura causada por um objeto externo.

Ao chegar em casa, ela descobriu que a causa da queimadura havia sido o iPhone 7, que ficou carregando durante a noite apoiado na cama dela. “Nós vimos que as marcas no meu braço coincidiam com o celular e carregador”, afirmou ela ao News.com.au.

O caso ainda não foi confirmado pela Apple, que afirma que entrou em contato com a cliente para investigar o ocorrido.

O problema de Melanie foi diferente das explosões dos Samsung Note 7, e pode ser consequência de mau uso. O que provavelmente aconteceu foi que enquanto carregava, o aparelho passou a liberar excesso de calor para o ambiente, mas essa troca de calor foi bloqueada pelo braço dela. Se estivesse consciente, ela teria se incomodado com o calor e se afastado, mas no meio do sono pesado acabou passando muito tempo com a pele encostada no aparelho.

Ainda não se convenceu de que a melhor coisa é deixar o celular longe na hora de dormir? Outros motivos para evitar levar o celular para cama são: a luz emitida pelo aparelho e a empolgação pelos conteúdos acessados fazem que você demore muito mais tempo para finalmente relaxar e cair no sono. Olhar a tela do celular com um olho só também causa sensação de cegueira temporária, que pode ser muito desagradável.

Outro fator é que se você é daquele tipo de pessoa que não limpa o smartphone com frequência e que leva o aparelho para todo o lugar, inclusive o banheiro, é possível que ele esteja levemente contaminado. Você não ia querer dormir com um assento sanitário ao lado do seu travesseiro, não é? [Gizmodo]


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Tecnologia na escola: ajuda ou atrapalha?

Dispositivos móveis estão cada vez mais se tornando ferramentas de ensino, da pré-escola até a pós-graduação.

Uma recente pesquisa do Pew Research Center, nos EUA, descobriu que 58% dos professores norte-americanos possuem smartphones – 10% a mais que a média nacional para adultos. Os professores estão abraçando políticas do tipo “traga seu próprio dispositivo” nas classes e pedindo que as escolas possuam e ofereçam tablets para seus alunos.

Mas o que esses dispositivos móveis realmente acrescentam às aulas? Essa tendência tecnológica vai além de conquistar a atenção dos alunos ou é apenas uma maneira chamativa de alcançar os mesmos objetivos possíveis com a instrução analógica?

Os benefícios da tecnologia móvel
A pesquisa do Pew Research Center pediu a um grupo de professores que analisasse o impacto educacional da tecnologia na sala de aula. Eles descobriram que:
73% dos professores usam tecnologia móvel em suas salas de aula, seja por meio de sua própria instrução ou permitindo que os alunos usem dispositivos para completar as tarefas;
Professores de inglês são mais propensos a usar a tecnologia móvel na sala de aula do que professores de matemática;
47% dos professores concordam fortemente e um adicional de 44% concordam um pouco que os alunos precisam de cursos de alfabetização digital para serem bem sucedidos academicamente e além.
Outras pesquisas também viram vantagens. A empresa PBS Kids, em parceria com o Departamento de Educação dos Estados Unidos, descobriu que o vocabulário das crianças com idades entre 3 e 7 anos que usavam o aplicativo “Martha Speaks” melhorou até 31%.
A Universidade Cristã Abilene realizou uma pesquisa na mesma época em que concluiu que estudantes de matemática que usaram o app “Estatísticas 1″ viram melhora em suas notas finais. Eles também se sentiram mais motivados em terminar aulas em dispositivos móveis do que através de livros didáticos tradicionais.
Além disso, mais um estudo descobriu que 35% dos alunos do 8º ano se sentiam mais interessados em suas aulas ou atividades quando usavam tablet, e no geral excederam as expectativas acadêmicas dos professores ao usar os dispositivos. 54% dos alunos ainda disseram se envolver mais nas aulas que utilizam tecnologia e 55% disseram que gostariam que seus professores usassem mais jogos educativos ou simulações para ensinar lições.

Desvantagens
Ao lado dos benefícios, os dispositivos móveis certamente vêm com a sua quota de complicações. A autoridade do professor, por exemplo, é uma área que pode ser facilmente posta em causa quando a tecnologia móvel é permitida em salas de aula.
Existe também a questão do custo. É claro que há um preço associado com a tecnologia. E, mesmo que as crianças possam trazer seus próprios dispositivos, ainda vai haver o problema da disparidade – com certeza, alguns alunos são mais privilegiados do que outros, o que pode causar várias dificuldades.
Políticas de tecnologia também são mais difíceis de implementar em aparelhos eletrônicos pessoais do que em dispositivos de propriedade da escola – esses últimos podem vir com programas pré-instalados certos e não permitir qualquer atividade que não tenha a ver com o aprendizado. Um dispositivo que vai para casa com o estudante, no entanto, não pode ter as mesmas regras.
Há ainda questões de privacidade a se considerar. Será que queremos terceiros seguindo nossos alunos nos seus percursos de aprendizagem? E os professores devem ter acesso ao que os alunos fazem em seus dispositivos móveis quando fora da sala de aula?

Tecnologia móvel nas salas de aula: o que funciona?
Apenas a tecnologia móvel na sala de aula não garante um aumento da compreensão ou mesmo da atenção dos alunos. Então, quais tipos de uso da tecnologia móvel fazem mais sentido para o aprendizado?

Em resumo:
E-readers: parte do problema com livros didáticos tradicionais é que eles ficam rapidamente ultrapassados. E-readers eliminam esse problema e permitem atualizações em tempo real que são úteis para estudantes e professores;
Módulos móveis individuais: aplicativos e jogos educativos são opções que podem ser pensadas individualmente para alunos. Isso dá a eles uma oportunidade de trabalhar em seu próprio ritmo, tendo tempo extra nas áreas onde mais precisam;
Programas de resposta em mensagem de texto: sites que permitem que professores enviem trabalhos de casa ou testes com perguntas para os alunos através de texto resultam em uma abordagem mais interativa para o aprendizado. A maioria dos programas que facilitam esta tecnologia permitem um feedback em tempo real, dando aos alunos a chance de aprender com seus erros e colocar tudo em contexto. Os alunos também se tornam mais motivados a ir para a escola e completar uma tarefa quando têm acesso a mensagens de texto de seus professores;
Aprendizagem em nuvem: usar tecnologia móvel que está ligada a uma nuvem significa que os alunos podem fazer a transição da tarefa em sala de aula para a tarefa em casa – ou em qualquer outro lugar – facilmente, desde que tenham acesso a um smartphone, tablet ou computador. Isso economiza tempo e melhora a capacidade de organização dos alunos.

Conclusão
A aprendizagem móvel pode de fato fazer uma diferença positiva na forma como os alunos instruem-se. Quando usada da maneira correta, tem o potencial de ajudar os alunos a aprender e se engajar mais.
Mas os dispositivos não são a salvação. Professores competentes são tão necessários quanto a tecnologia na Era da Informação, para equilibrar as vantagens educacionais móveis com interação saudável a fim de maximizar o valor de ambos. [Gizmodo]

Fonte: http://hypescience.com/tecnologia-na-escola-ajuda-ou-atrapalha/ - Autor: Natasha Romanzoti