sexta-feira, 3 de junho de 2011

Saúde e os seus porquês


Comer antes de dormir engorda?

O ganho de peso não se dá com o ato de comer antes de dormir, mas com a quantidade de calorias ingeridas durante o dia. Se você consumiu o total de calorias para manter o seu peso, então pode acabar ganhando peso ao comer antes de deitar-se. Porém, ir para a cama com fome por ter comido poucas calorias durante o dia aumenta o tempo em que seu corpo ficará em jejum e desacelera o metabolismo, evitando a perda de peso. A melhor opção é fazer pequenas refeições em intervalos de 3 horas ao longo do dia, o que manterá o metabolismo preparado para a queima de gordura.
Quem responde: Alex Leite, coordenador da equipe de Endocrinologia do Hospital São Luiz

Dormir de barriga para cima pode fazer mal à coluna?

Não, desde que o travesseiro se amolde ao formato do pescoço, não sendo muito baixo nem muito alto. É necessário colocar um apoio embaixo dos joelhos, favorecendo assim um bom posicionamento da coluna. Lembre-se que dormir de barriga para cima, sem um apoio nos joelhos, e de barriga para baixo são contraindicados, pois essas posições aumentam a curvatura da coluna lombar e podem gerar dor. Dormir de lado é o mais indicado. Nessa posição, o travesseiro preenche o espaço entre a cabeça e o ombro, e indica-se um travesseiro entre os joelhos.
Quem responde: Patricia Andrade Batista, especialista em Fisioterapia na Saúde da Mulher pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Por que as mulheres têm cólica menstrual?

É importante ressaltar que nem toda dor abdominal é ginecológica, pode ser intestinal, por exemplo. No que diz respeito à cólica menstrual, ela depende de alguns fatores: fisiológicos - como a posição do útero e a propensão genética - e patológicos - como pólipos (carne esponjosa), inflamações e feridas no colo do útero. De forma geral, a alimentação é o ponto chave: evitar frutas ácidas e condimentos e consumir fibras é aconselhável. Outro ponto é tentar evitar emoções de alto teor de estresse e se aquecer, pois o frio contrai a musculatura e piora a sensação incômoda da cólica.
Quem responde: Albino Cardoso Pereira Neto, especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal do Pará

Como diferenciar as angústias diárias da depressão clínica?

Na realidade, não se sabe até hoje o que causa a depressão - cada caso é um caso. O problema é que muitos pacientes chegam ao consultório médico já com o diagnóstico pronto: acreditam que sabem o que têm e alguns até já indicam qual remédio querem tomar. Para um diagnóstico preciso, é fundamental consultar um psiquiatra e ver se é o caso de acompanhamento psicológico ou de tratamento medicamentoso. É importante lembrar que tudo isso não vai "curar" o indivíduo, mas auxiliar no controle de crises e sintomas depressivos - já que a depressão é uma combinação de fatores físicos e mentais.
Quem responde: Ivan Morão, chefe da Psiquiatria do Hospital São Luiz

Fonte: Revista Viva Saúde - por Ive Andrade

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Como surgiram as festas juninas?

As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). No entanto, a origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã.
No hemisfério norte, várias celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão. Essa importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemisfério norte. Diversos povos da Antiguidade, como os celtas e os egípcios, aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. "Na Europa, os cultos à fertilidade em junho foram reproduzidos até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia combatê-los, decidiu cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos três santos no mesmo mês", diz a antropóloga Lucia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram. É por isso que as festas tanto celebram santos católicos como oferecem uma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos. Já a valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organização da sociedade brasileira até meados do século 20, quando 70% da população vivia no campo. Hoje, as grandes festas juninas se concentram no Nordeste, com destaque para as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

Arraial multicultural

Tradições européias e indígenas se misturam nessas divertidas comemorações

Dança à francesa

A quadrilha tem origem francesa, nas contradanças de salão do século 17. Em pares, os dançarinos faziam uma sequência coreografada de movimentos alegres. O estilo chegou ao Brasil no século 19, trazido pelos nobres portugueses, e foi sendo adaptado até fazer sucesso nas festas juninas.

Recado pela fogueira

A fogueira já estava presente nas celebrações juninas feitas por pagãos e indígenas, mas também ganhou uma explicação cristã: Santa Isabel (mãe de São João Batista) disse à Virgem Maria (mãe de Jesus) que quando São João nascesse acenderia uma fogueira para avisá-la. Maria viu as chamas de longe e foi visitar a criança recém-nascida.

Sons regionais

As músicas juninas variam de uma região para outra. No Nordeste, as composições do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga são as mais famosas. Já no Sudeste, compositores como João de Barro e Adalberto Ribeiro ("Capelinha de Melão") e Lamartine Babo ("Isto é lá com Santo Antônio") fazem sucesso em volta da fogueira.

Abençoadas simpatias

Os três santos homenageados em junho - Santo Antônio, São João Batista e São Pedro - inspiram não só novenas e rezas, como também várias simpatias. Acredita-se, por exemplo, que os balões levam pedidos para São João. Mas Santo Antônio é o mais requisitado, por seu "poder" de casar moças solteiras.

Comilança nativa

A comida típica das festas é quase toda à base de grãos e raízes que nossos índios cultivavam, como milho, amendoim, batata-doce e mandioca. A colonização portuguesa adicionou novos ingredientes e hoje o cardápio ideal tem milho verde, bolo de fubá, pé-de-moleque, quentão, pipoca e outras gostosuras.

Fonte: Revista Mundo Estranho – por Cíntia Cristina da Silva

terça-feira, 31 de maio de 2011

Torneio Dom Bosco de Voleibol 2011

No período de 23 a 30 de maio foi realizado mais um torneio de voleibol no Colégio Dom Bosco envolvendo mais de 100 alunos do ensino fundamental e médio. Este torneio teve o objetivo de escolher os alunos que representarão à escola nos Jogos da Primavera, no mês de agosto e nos Jogos das Escolas Particulares de Itabaiana, em setembro.






“Os esportes são meios eficazes para promover a saúde, a disciplina e a honestidade”. Dom Bosco

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Culturas africanas influenciaram nosso idioma

O português que falamos no Brasil tem muitas palavras de origem africana, você sabia? Isso acontece porque - principalmente durante o período colonial - os negros foram trazidos da África como escravos, para trabalhar na lavoura.

Os africanos trouxeram consigo sua religião - o candomblé - e sua cultura, que inclui as comidas, a música, o modo de ver a vida e muitos dos seus mitos e lendas. Trouxeram ainda - é claro - as línguas e dialetos que falavam.

Os povos bantos, que habitavam o litoral da África, falavam diversas línguas (como o quicongo, o quimbundo e o umbundo). Muitos vocábulos que nós usamos frequentemente vieram desses idiomas. Quer exemplos? "Bagunça", "curinga", "moleque", "dengo", "gangorra", "cachimbo", "fubá", "macaco", "quitanda"...

Outras palavras do português falado no Brasil também têm raízes africanas. Muitas delas vêm de diferentes povos do continente, como os jejes e os nagôs (que falavam línguas como o fon e o ioruba). Palavras como "acarajé", "gogó", "jabá" e muitas outras passaram a fazer parte do nosso vocabulário, foram incorporados à nossa cultura. Em geral, trata-se de nomes ligados à religião, à família, a brincadeiras, à música e à vida cotidiana.

Quer um exemplo bem trivial? "Bunda". Essa palavra também é africana, pode ter certeza. Se não fosse por ela, teríamos que dizer "nádegas", que é efetivamente o termo português para essa parte do corpo humano. Da mesma maneira, em vez de "cochilar", teríamos que dizer "dormitar". Em vez de "caçula", usaríamos uma palavra bem mais complicada: "benjamim". Empolado, não é?

Dizem que a língua banta tem uma estrutura parecida com o português, devido ao uso de muitas vogais e sílabas nasais ou abertas. Deve ser verdade, observe os sons da palavra "moleque" e de "gangorra". Parece também que o jeito malemolente (isto é, devagar e cheio de ginga) de falar facilitou a integração entre o banto e o português.

A verdade é que hoje a gente usa tantas palavras africanas que nem repara em sua origem. Quer ver? O que seria do Brasil sem o "samba"? E tem mais: "cachaça", "dendê", "fuxico", "berimbau", "quitute", cuíca", "cangaço", "quiabo", "senzala", "corcunda", "batucada", "zabumba", "bafafá" e "axé". Para quem não sabe, "bafafá" significa confusão. E "axé" é uma saudação com votos de paz e felicidade.

Fonte: UOL – por Heidi Strecker, filósofa e educadora.

Glaucoma atinge 65 milhões de pessoas no mundo


Prevenção do glaucoma

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 65 milhões de pessoas já foram diagnosticadas com glaucoma em todo o mundo - dessas, 900 mil são brasileiras.
Provocada pela elevação da pressão ocular, a doença não tem cura e, quando não é tratada, pode levar à cegueira.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Alípio de Sousa Neto, explicou que a principal barreira a ser vencida no país é o hábito de procurar um médico somente diante da presença de sintomas.

"A pessoa não vai sentir nada. Só vai sentir na fase mais avançada, quando começa a esbarrar nas coisas", explicou.

Isso porque, segundo ele, a doença pode se desenvolver durante meses ou anos sem apresentar nenhum sintoma. A saída é investir em exames periódicos - pelo menos uma vez ao ano.

Risco de glaucoma

Pessoas que têm parentes portadores de glaucoma, indivíduos com mais de 40 anos, pacientes com alto grau de miopia e diabéticos devem estar ainda mais atentos à realização dos testes de rotina.

Após o diagnóstico, o tratamento vai desde a utilização de colírios, que baixam a pressão ocular, a cirurgias e ao uso do laser.

"Uma gota por dia de colírio já é suficiente para resolver o problema. Pela vida toda. Mas tem que estar controlado", destacou Neto. O oftalmologista alertou para que as pessoas não façam uso indiscriminado de medicamentos para os olhos, já que eles podem, inclusive, agravar o glaucoma se mal utilizados.

De acordo com a OMS, a cada ano são registrados 2,4 milhões de novos casos de glaucoma no mundo. A doença pode se manifestar de diferentes maneiras: de ângulo aberto (80% dos casos), de ângulo fechado, de pressão normal, pigmentar, secundário e congênito e é responsável por cerca de 13% da cegueira derivada de enfermidade.

Fonte: Diário da Saúde – por Paula Laboissière - Agência Brasil