terça-feira, 14 de janeiro de 2014

9 maneiras naturais de prevenir o câncer

Uma alimentação saudável é fundamental para evitar essa e outras doenças

A prevenção é sempre o melhor remédio! Essa orientação vale, inclusive, para o caso de doenças mais importantes, como o câncer.

E dentro desta ideia, mais uma vez, manter uma alimentação saudável faz toda a diferença. Carolina Rutkowski, oncologista Clínica da Oncomed, em Belo Horizonte, destaca que bons hábitos alimentares fazem parte da prevenção primária do câncer, pois evitam a obesidade – que é um dos fatores contribuintes para o surgimento de tumores.

A médica explica que pessoas obesas estão mais propensas a desenvolver doenças como hipertensão, diabetes, alterações do colesterol e, também, o câncer. “Dietas ricas em sal, alimentos ricos em gordura e defumados, devem ser evitados ou consumidos moderadamente”, lembra.

Carolina Rutkowski destaca que, um prato colorido, com alimentos diversificados, é o ideal para que sejam consumidos alimentos realmente nutritivos. “Essa diversificação garante que todos os nutrientes – ou grande parte deles – estejam sendo ingeridos”, diz. “E alimentos ricos em fibras, vitaminas e sais minerais têm um papel protetor contra o câncer (licopenos, betacarotenos, entre outros). Eles estão presentes nas frutas, vegetais e na versão integral do pão, do arroz e da farinha de trigo, ou seja, em alimentos funcionais”, acrescenta.

Mas se a ideia é prevenir uma doença grave como o câncer, outras medidas – além de manter uma alimentação saudável – devem ser tomadas. E uma muito importante é evitar o cigarro. “Ele é a principal causa de morte evitável no mundo. O tabagismo está relacionado a diversos tipos de neoplasias, como pulmão, bexiga, rim, cabeça e pescoço, entre outros”, explica Carolina.

Ainda de acordo com a oncologista, o álcool também está relacionado a diversos tipos de neoplasia. E, desta forma, evitar o tabagismo e o etilismo é medida fundamental de prevenção!

Em relação às atividades físicas, Carolina Rutkowski explica que existem estudos convincentes que apontam para o seu efeito benéfico na prevenção de alguns tipos de câncer. Por isso, elas também devem fazer parte do dia a dia da pessoa que se preocupa com a sua saúde.

9 formas naturais de se prevenir

Dando sequência às informações já citadas, a oncologista Carolina Rutkowski reúne abaixo as recomendações do Fundo Mundial para Pesquisas de Câncer para prevenção da doença:

Gordura corporal: mantenha-se no peso ideal.

Atividade física: faça exercícios físicos por pelo menos 30 minutos todos os dias.

Alimentos e bebidas que promovem o ganho de peso: evite bebidas açucaradas (refrigerantes, sucos artificiais etc.) e limite o consumo de alimentos e bebidas de alto valor calórico.

Alimentos de origem vegetal: coma mais alimentos de origem vegetal, como hortaliças, frutas, cereais e grãos integrais.

Alimentos de origem animal: limite o consumo de carnes vermelhas e evite carnes processadas (embutidos em geral).

Bebidas alcoólicas: limite o consumo de bebidas alcoólicas. Se for consumir, limite-as a duas doses ao dia, se for homem, e a uma dose, se for mulher.

Preservação, processamento e preparo: limite o consumo de alimentos salgados e de comidas industrializadas com sal. Tenha cuidado com cereais e grãos mofados.

Suplementos alimentares: não use suplementos alimentares para se proteger contra o câncer. Tenha como objetivo o alcance das necessidades nutricionais apenas por intermédio da alimentação.

Amamentação: amamente as crianças até os seis meses de idade.

Verdade ou mito?

Você já deve ter ouvido por aí pessoas comentarem que o estresse, a depressão, entre outros problemas psicológicos, podem causar o câncer. Mas será que esta ideia é realmente verdadeira?

Carolina Rutkowski explica que, embora o estresse possa causar uma série de problemas de saúde, não há ainda evidências científicas de que ele possa levar ao surgimento de câncer. “Os estudos que buscaram correlacionar diversos fatores psicológicos e o risco de desenvolver câncer não chegaram a resultados confirmatórios”, diz.

Ainda de acordo com a oncologista, ligações aparentes entre o estresse psicológico e o câncer podem surgir de diversas formas. “Por exemplo, as pessoas sob estresse podem desenvolver certos comportamentos de risco, como ingestão de bebidas alcoólicas e o tabagismo, que aumentam o risco de câncer. Alguém que tem um parente com câncer pode ter um maior risco de câncer devido a algum fator de risco compartilhado ou herdado, mas não propriamente por causa do estresse induzido pelo diagnóstico da doença no membro da família”, explica.

É fundamental prevenir

Agora você já sabe que é possível – e fundamental! – prevenir uma doença séria, como o câncer, seguindo medidas simples de prevenção no seu dia a dia. Além dessas dicas, lembre-se de se consultar com frequência com um médico de sua confiança. Isso é importante para evitar uma série de problemas relecionados à sua saúde e ao seu bem-estar.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/9-maneiras-naturais-de-prevenir-o-cancer/ - Por Tais Romanelli - Foto: Thinkstock

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Dicas simples para aproveitar melhor o seu tempo

Viver contra o relógio e com afazeres que nunca terminam é cansativo. Então, veja como se programar e curtir sem preocupações.

À noite, você acha que ainda tem muita coisa para fazer e as horas do dia simplesmente voaram? Segundo Christian Barbosa, especialista em administração do tempo e produtividade, para não ficar com a sensação de que o esforço foi inválido, é importante estabelecer prioridades. Assim, você nunca se torna refém das urgências, diz. AnaMaria reuniu as melhores dicas para facilitar sua vida e fazer seu dia render muito mais.

Use uma agenda
Para lembrar o que é preciso, anote suas atividades na agenda. Use a do celular ou mesmo um caderno antigo. O importante é escrever tudo. Programe suas tarefas sempre três dias antes, ensina Barbosa. Assim, você distribui seus compromissos de acordo com o tempo disponível.

Crie espaço para você
Agenda lotada nem sempre significa organização. Faça uma coisa de cada vez e acostume-se a reservar um tempo para si mesma, sugere Christian. Mantenha o foco! Deixe o celular no silencioso e evite responder e-mails ou acessar redes sociais até terminar o que precisa fazer.

Dicas para facilitar sua vida:

Se precisar cozinhar mais depressa
· Organize os ingredientes e deixe tudo à mão.
· Quando estiver de folga, prepare uma boa quantidade de comida e congele porções.
· Invista em utensílios que otimizem seu tempo, como uma boa panela elétrica.

Fazer o trabalho render
· Faça uma coisa por vez e defina o que é prioridade.
· Comece pelo mais fácil, simples e rápido, siga para as tarefas chatas e complexas, mas termine com os serviços prazerosos.

Limpar a casa mais rápido
· Peça ajuda e divida as tarefas entre os membros da família.
· Invista em utensílios que podem ajudá-la na limpeza, como um aspirador de pó mais potente.
· Sobrou um tempo entre uma tarefa e outra? Relaxe por dez minutos e volte à carga. Lave a louça ou arrume o armário.

Estudar com as crianças
· Crie uma rotina e fixe horários para elas estudarem ou mesmo brincarem.
· Ilumine bem o local de estudo e veja se estão mantendo o foco nos livros e cadernos.
· Evite manter a TV ligada e não permita que seus filhos acessem as redes sociais enquanto estudam. Isso dispersa a atenção e faz o rendimento cair.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Por que precisamos dormir em total escuridão

O quarto moderno é cheio de luzes e dispositivos eletrônicos, de monitores de computador a rádios-relógio, além, é claro, do quase onipresente smartphone vibrando e brilhando ao lado da cama. O que a ciência tem a nos dizer, no entanto, é que a exposição crônica à luz durante a noite leva a uma série de problemas de saúde.

Para entender por que a exposição crônica à luz durante a noite é tão ruim, é preciso considerar a evolução humana. Antes do fim da Idade da Pedra, os seres humanos só eram expostos a dois tipos diferentes de luz natural, responsáveis pela regulação do ritmo circadiano – durante o dia, tinha o sol, enquanto à noite, havia a lua e as estrelas, e talvez a luz de fogueiras. Esse padrão binário de dia/noite configurava toda a nossa programação biológica.

Hoje, temos iluminação artificial à noite (IAN). Essa iluminação interior é consideravelmente menos potente do que a luz solar, mas ainda muitas ordens de magnitude maior do que a luz das estrelas e do luar – uma diferença que influencia uma série de reações bioquímicas críticas ligadas a periodicidade de luz, incluindo a produção de cortisol e melatonina.

A melatonina, o sono e a saúde

Supressão de melatonina é chave para entender muito do porquê IAN faz mal para nós. Este composto bioquímico é produzido pela glândula pineal do cérebro durante a noite, quando está escuro, para regular o nosso ciclo de sono-vigília.

Ele reduz a pressão arterial, os níveis de glicose e a temperatura do corpo – respostas fisiológicas que são as principais responsáveis por um sono reparador.

A parte do cérebro que controla o relógio biológico é o núcleo supraquiasmático (SCN), um grupo de células no hipotálamo. Estas células respondem aos sinais claros e escuros. Os nervos ópticos em nossos olhos percebem a luz e transmitem um sinal para o SCN, dizendo ao cérebro que é hora de acordar.

Esses sinais também iniciam outros processos, como o aumento da temperatura corporal e a produção de hormônios como o cortisol (o do estresse). Os nossos níveis de cortisol são relativamente baixos durante a noite, permitindo-nos dormir, e mais elevados durante o dia, permitindo a estabilização dos níveis de energia e a modulação da função imunológica.

IAN eleva os níveis de cortisol à noite, o que perturba o sono e apresenta uma série de problemas relacionados com os níveis de gordura corporal, resistência à insulina e inflamação sistêmica. Também contribui para um sono ruim e uma interrupção da neuroregulação do apetite.

Quando os quartos ficam totalmente escuros à noite, nenhum sinal óptico é enviado para o SCN, de forma que os nossos corpos produzem a melatonina necessária. A exposição à luz ambiente durante as horas normais de sono suprime os níveis de melatonina em mais de 50%.

E, só para aumentar os problemas, muitos dispositivos modernos emitem luz azul de LEDs, que é especialmente eficaz na supressão de melatonina. Isto porque melanopsina – um fotopigmento encontrado em células especializadas da retina envolvidas na regulação dos ritmos circadianos – é mais sensível à luz azul.

Mais problemas do que você pensa

Recentemente, cientistas alertaram estudantes universitários sobre o impacto da luz de monitores de computador sobre os níveis de melatonina. Eles descobriram que a luz do computador à noite reduz os níveis de melatonina, atrapalhando o sono. Em um estudo relacionado sobre tablets, pesquisadores disseram que é importante reconhecer que o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir pode romper com o sono, mesmo que a melatonina não seja suprimida – a atividade pode deixar as pessoas alertas ou estímulos estressantes podem levar à interrupção do sono.

Essa perturbação bioquímica também cria efeitos físicos, como doenças. Cientistas não sabem direito por quê, mas estudos mostram consistentemente uma correlação entre IAN e câncer.

Por exemplo, um estudo de 10 anos descobriu que um grupo de mais de 1.670 mulheres expostas a uma maior intensidade de luz em seu ambiente de dormir tinham chances 22% maiores de desenvolver câncer de mama. Os pesquisadores culparam o rompimento hormonal causado pela supressão de melatonina. 

Perturbadoramente, isso tem implicações sombrias para trabalhadores noturnos. Estudos têm mostrado que enfermeiras com turnos à noite estão em maior risco para câncer de mama.

A luz durante a noite não precisa sequer ser brilhante para causar problemas. A exposição crônica à luz fraca já é capaz de levar a sintomas de depressão. Hamsters, por exemplo, exibiram menos interesse em beber a água com açúcar que normalmente adoram quando expostos à luz fraca à noite. Quando retornaram a uma programação normal, a depressão foi revertida.

Outro estudo, também com roedores, mostrou que a luz azul à noite, em particular, é especialmente poderosa em induzir depressão e ansiedade. IAN também pode prejudicar o humor e a aprendizagem, mais uma vez provavelmente por causa de neurônios expressando melanopsina.

A melatonina ainda tem propriedades antioxidantes, que desempenham um papel importante no antienvelhecimento.

Outros estudos ainda mostram uma ligação entre a supressão de melatonina e doença cardiovascular.

Como se não bastasse tudo isso, luz à noite também contribui para o ganho de peso, mudando o tempo da nossa ingestão de alimentos. Ratos, quando expostos a IAN, ganham mais peso – apesar de se exercitarem e comerem tanto quanto seus irmãos que dormem na escuridão.
Os cientistas também correlacionaram níveis baixos de melatonina à diabetes, embora não saibam o papel da IAN na doença.

A conclusão é bastante óbvia: precisamos manter nossos quartos os mais escuros possíveis à noite, e evitar luz azul antes de dormir. Para isso, temos que desligar todos os gadgets emissores de luz e fechar as cortinas. E, se possível, nos abster de usar computador, tablet ou smartphone nas horas que antecedem o sono. Eu sei, mais fácil falar do que fazer. [io9]

sábado, 11 de janeiro de 2014

Dengue: mitos e verdades sobre a doença

Com as temperaturas mais altas e maior incidência de chuvas, os casos de Dengue aumentam nos primeiros meses do ano. Veja alguns fatos sobre ela

A Dengue é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A doença pode ser apresentada na forma clássica, que causa febre e dores na cabeça e nas articulações, e a hemorrágica, que, além desses sintomas, provoca sangramentos e pode levar à morte. No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4.

Os principais sintomas da doença são: doença febril aguda com duração de até 7 dias acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo.

Os casos de Dengue aumentam significativamente entre os meses de janeiro a maio, devido às altas temperaturas e uma quantidade maior de chuvas. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o mês de setembro de 2013 foram mais de 1 milhão de casos confirmados de Dengue no Brasil.

Para ajudar a identificar o que é realmente verdade e o que é crendice popular a respeito da doença confira a matéria com informações da Cartilha sobre a Dengue do Ministério da Saúde:

Só as fêmeas do Aedes aegypti picam
Verdade. Para eclodir os ovos, as fêmeas precisam de sangue humano.

O uso do fumacê é suficiente para evitar a Dengue
Mito. Ele ajuda na diminuição dos mosquitos adultos no ambiente, porém não resolve sozinho o problema. Deve ser utilizado em caso de surto ou epidemia.

O Aedes aegypti só pica nas pernas
Mito. Em geral o mosquito prefere a região das pernas e pés, mas a picada pode acontecer em qualquer outra área exposta do corpo.

Apenas Paracetamol e Dipirona podem ser usados pelo paciente com Dengue
Verdade. Em caso de dor, deve-se utilizar Paracetamol e Dipirona. Medicamentos que possam desencadear os sangramentos da doença ou piorá-los, como Ácido Acetilsalicílico e antinflamatórios não devem ser utilizados.

A pessoa que teve a doença fica imune após o tratamento
Mito. Como existem quatro tipos de vírus da Dengue o doente, ao curar-se, fica imune àquele tipo que adoeceu. Porém, pode voltar a ficar doente por um dos outros três tipos.

É possível que uma pessoa infectada passe a doença
Mito. Apenas o mosquito infectado transmitirá ao homem pela picada.

Repelentes ajudam a evitar a doença
Mito. Os repelentes podem evitar o mosquito, mas têm um efeito não duradouro.

O mosquito não pica durante a noite
Verdade. O mosquito transmissor da Dengue tem hábito diurno.

Qualquer picada do mosquito transmite a doença
Mito. É necessário que o mosquito esteja contaminado.

As larvas do mosquito só se desenvolvem em água limpa
Mito. Os ovos do mosquito também podem se desenvolver em água suja e parada.

Fora da água, o ovo com o vírus pode suportar mais de um ano
Verdade. Há registro de ovos que passaram até 450 dias sem água. Eles podem sobreviver a um inverno inteiro.

Crianças e jovens são mais suscetíveis à doença
Verdade. A circulação de diferentes tipos virais que infectam pessoas continuamente gera imunidade na população adulta. Por isso, crianças e jovens que nunca entraram em contato com o vírus circulante podem ser mais suscetíveis ao desenvolvimento da doença.

Dicas para se prevenir

A melhor forma de evitar a Dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. O importante é acabar com qualquer reservatório de água parada, seja limpa ou suja. Para ajudar no combate à Dengue coloque essas dicas em prática:

Vire garrafas vazias com a tampa para baixo;
Não deixe entulho no quintal ou nas ruas;
Cubra a caixa d’água e piscinas;
Guarde baldes virados para baixo;
Coloque terra ou areia nos pratos de vaso de planta;
Retire as folhas e sujeira de calhas que dificultam o escoamento da água;
Lave todas as semanas baldes e tanques que armazenam água;
Mantenha a lata de lixo devidamente tapada;
Guarde pneus num local coberto, longe da chuva;
Mantenha poços de água devidamente tampados;
Diminua a quantidade de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e escove-os quando trocar a água;
Mantenha o aquário devidamente fechado;
Lave plantas que acumulam água 2 vezes por semana;
Verifique se há água acumulada nas bandejas dos aparelhos de ar-condicionado;
Coloque telas de proteção nas janelas.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/dengue/ - Por Thalita Vitoreli - Foto: Thinkstock

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Conheça os 10 maiores fatores de risco para doenças

Diabetes, tabagismo e até poluição entra na lista de problemas

Um conjunto de estudos recentemente publicado na revista científica The Lancet apontou que embora as pessoas estejam vivendo mais, a qualidade de vida decaiu. O principal motivo para esse quadro é a adoção de hábitos pouco saudáveis ao longo da vida e a convivência com doenças na velhice, principalmente as crônicas.

Frente a esse cenário, a pesquisa listou os 10 maiores fatores de risco para doenças. Observe que todos podem ser controlados ou evitados com medidas simples e, por isso, cada vez mais, órgãos e profissionais de saúde têm trabalhado para acabar com a mentalidade de que médicos só devem ser procurados ao sinal de problemas. "Para reduzir os gastos e melhorar a qualidade de vida da população, nada melhor do que prevenção", afirma o pneumologista Ricardo Luiz de Melo, do Hospital Universitário de Brasília. Confira a lista:

Hipertensão
"A hipertensão é uma doença silenciosa, ou seja, quando apresenta sintomas já pode ter causado danos irreversíveis ao organismo", aponta o clínico geral Claudio Miguel Rufino, da Escola Paulista de Medicina da Unifesp. Segundo ele, o trabalho dos vasos sanguíneos sob pressão anormal favorece uma série de complicações que podem culminar em infartoAVCou até óbito. Por isso, recomenda-se medir a pressão arterial uma vez por ano ou com maior frequência, quando há casos de pessoas com a doença na família. Dieta equilibrada e prática regular de exercícios também são medidas eficazes para controle e prevenção da hipertensão.

Tabagismo
Segundo o pneumologista Ricardo, é normal as pessoas associarem otabagismo apenas ao câncer de pulmão, mas esta não é a única consequência decorrente do hábito de fumar. "Câncer de boca, câncer de bexiga, câncer de útero, infarto, bronquite, AVC e inúmeras outras doenças estão ligadas ao cigarro", aponta. Assim, quanto antes o hábito for interrompido, maior a chance de melhorar a qualidade de vida. Vale lembrar ainda que os benefícios do abandono do vício não são refletidos somente no futuro. "É possível notar a melhora do gosto dos alimentos e uma maior resistência respiratória logo nos primeiros dias sem cigarro", conta.

Alcoolismo
alcoolismo costuma ter como principal órgão alvo o fígado, causandocirrose. Entretanto, a ingestão exagerada pode gerar problemas como gastrite e até quadros psiquiátricos. A dependência não está relacionada somente com a frequência com que um indivíduo consome bebidas alcoólicas, mas também com a quantidade. Assim, mesmo bebendo uma vez por semana, uma pessoa pode ser considerada vítima da doença caso não tenha qualquer parâmetro de moderação. De acordo com o clínico-geral Claudio, por ser socialmente aceito, o consumo de álcool começa a ser incentivado pela família ainda na infância.

Poluição dentro de casa
É impossível eliminar todos os agentes desencadeadores de problemas respiratórios, como a rinite alérgica, em uma cidade urbanizada, por isso, devemos, pelo menos, manter a limpeza do lar em dia. "A poluição externa também se deposita dentro de casa e nós mesmos somos responsáveis pelo acúmulo de pó, ácaros e pelos, alguns dos principais vilões quando o assunto é saúde respiratória", explica o pneumologista Ricardo. Assim, além da higiene dos móveis, objetos e do chão, recomenda-se trocar as roupas de cama regularmente.

Baixo consumo de frutas
"Frutas são alimentos naturais facilmente digeridos e fonte de vitaminas e minerais fundamentais para o organismo", afirma o clínico-geral Alfredo Salim Helito, do Hospital Sírio-Libanês. De acordo com o especialista, quem consome poucas frutas tende a dar espaço para alimentos pouco saudáveis, industrializados e gordurosos. Com o tempo, a má alimentação pode não só favorecer problemas, como diabetes, como ainda pode levar ao desenvolvimento de um câncer no tubo digestivo, como o câncer de estômago ou o câncer de intestino. Nutricionistas recomendam a ingestão de, no mínimo, três porções de frutas diariamente.

Obesidade
Embora tenha influência genética, a obesidade também está ligada a hábitos de vida e o número crescente de vítimas do problema mostra que cada vez mais pessoas cultivam uma dieta desregrada e o sedentarismo. "A doença é porta de entrada para problemas cardíacos, diabetes, problemas articulares e insuficiência vascular", explica o clínico-geral Claudio. A prevenção, por sua vez, começa na infância, aprendendo a montar um prato equilibrado e sabendo como fazer opções saudáveis mesmo fora de casa.

Diabetes
Há dois tipos de diabetes, aquele que surge logo na infância e não tem causa conhecida (diabetes tipo 1) e aquele que costuma se desenvolver na idade adulta e está diretamente ligado a hábitos de vida (diabetes tipo 2). Enquanto o primeiro exige controle desde cedo, o segundo nem sempre é descoberto precocemente. "Isso aumenta o risco de complicações, como insuficiência renal, disfunção erétil, infarto, entre outros problemas, e dificulta o controle da doença", explica o clínico-geral Alfredo. Para se prevenir, nada como uma dieta com muitos vegetais e a prática regular de exercícios.

Baixo peso infantil
"A desnutrição infantil acarreta uma série de dificuldades na vida adulta, porque é nesta fase que nosso sistema imunológico e neurológico amadurece", alerta o clínico-geral Alfredo. Com as defesas do corpo debilitadas, o indivíduo fica mais suscetível a contrair doenças infecciosas e com a cognição prejudicada, encontra dificuldade de aprender e reter informações. Vale lembrar que criança gordinha não é sinônimo de criança bem alimentada. "Ela pode estar com deficiência de inúmeros nutrientes e, ainda assim, apresentar um bom peso, caso sua dieta não seja equilibrada", complementa.

Poluição ambiental
Respirar ar poluído leva inúmeras substâncias tóxicas para dentro do nosso organismo, favorecendo problemas respiratórios. Entretanto, segundo o pneumologista Ricardo, cresce cada vez mais o diagnóstico de câncer de pulmão em indivíduos não fumantes, o que leva a crer que esses resíduos também contribuam com a doença. Quanto mais poluído o ar também, menor a quantidade de oxigênio o que, consequentemente, reduz a oxigenação dos nossos órgãos e tecidos. Enquanto nenhuma política agressiva para acabar o problema é adotada, recomenda-se a lavagem nasal com soro e a limpeza do lar.

Sedentarismo
Quer bons motivos para começar a treinar? O sedentarismo é responsável por inúmeras doenças, como diabetes, obesidade e problemas cardíacos. Com o slogan de "não tenho tempo", entretanto, a população tem fugido dos exercícios. A solução começa com valorizar mais a saúde do que qualquer outra atividade no dia. Depois, basta ter criatividade. Parar o carro em um estacionamento mais longe, descer do ônibus alguns pontos antes e optar por escadas ao invés do elevador são algumas maneiras de se exercitar sem gastar tempo. O ideal, porém, é realizar uma atividade física que alie trabalho muscular com exercícios aeróbios regularmente.