terça-feira, 6 de agosto de 2019

Passar horas no celular aumenta o risco de obesidade em 43%


Estudo aponta como o uso do smartphone está relacionado com o ganho excessivo de peso

Quanto tempo por dia você passa com o celular na mão? Estudos já apontaram problemas de saúde mental e física ligados ao uso de dispositivos móveis. Porém, uma nova pesquisa revela a associação de smartphones com um dos maiores problemas de saúde pública do mundo: a obesidade.

Pesquisadores da Universidade Simón Bolívar (Colômbia) descobriram que quem passa cinco ou mais horas por dia no celular tem um risco 43% maior de se tornar obeso.

Foram analisados 1.000 mulheres e homens universitários e seus comportamentos em relação ao uso diário de smartphone entre junho e dezembro de 2018.

Homens x mulheres
A probabilidade de ter obesidade sob estas condições é ainda mais elevada entre as mulheres. Os cientistas apontaram que elas apresentam o dobro da chance de ter excesso de peso quando comparadas com homens.

Mais fast-food, menos exercícios
O estudo ainda mostra que pessoas que utilizam o celular a partir de cinco horas diárias têm duas vezes mais propensão a ingerir alimentos e bebidas não-saudáveis. Ou seja, refrigerantes, fast-food e doces.

Esses mesmos indivíduos têm menores chances de praticarem qualquer atividade física regularmente, comportamento que também reflete um maior risco de desenvolver obesidade.

Riscos de ficar no celular
Assim, o estudo reforçou que ficar muito tempo em frente ao celular aumenta o sedentarismo e reduz a prática de exercícios. Estas atitudes potencializam os riscos de morte prematura, diabetes, câncer, lesões musculares e articulares, hipertensão, parada cardíaca e outras doenças.

População obesa
No Brasil, a obesidade afeta mais da metade (cerca de 54%) da população, e o número tem aumentado progressivamente. Os dados são da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

A estimativa é de que em 2025 haja aproximadamente 700 milhões de adultos com obesidade no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os números são bastantes preocupantes em relação à saúde pública e à taxa de mortalidade, já que a obesidade pode causar outras doenças potencialmente fatais - como diabetes e infarto.


segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Passeio ciclístico do Colégio O Saber 2019


Olá galerinha animada que gosta de aventuras e diversão entre amigos, sabe o que está chegando?
O Passeio Ciclístico do Colégio O Saber em homenagem ao dia dos estudantes e dia dos pais!

Sabe quando será?
Se liga aí...
Acontecerá no dia 12/08/19 (segunda-feira) às 18h30, com saída da Praça do Ninkasi no Chiara Lubich e chegada ao Colégio O Saber.

E o percurso?
Anota direitinho para não esquecer:
            *Av. Rinaldo Mota Santos;
            *Av. Dr. Luiz Magalhães;
            *Av. Ivo de Carvalho;
            *Rua Manoel Garangau;
            *Rua José Mesquita da Silveira;
            *Rua Padre Felismino;
            *Rua Boanerges Pinheiro;
            *Av. Engenheiro Carlos Reis;
            *Rua Antônio de Santana (Colégio O Saber). 

Se você deseja participar venha com roupas confortáveis, garrafinha de água, capacete, luvas e muita animação! Haverá o sorteio de uma bicicleta para os participantes.

Locução do evento: Carira Cross.

Vamos lá?!

Junte se a nós, afinal Ousar é Saber!

Por Professora Lilian Regina

Consumo abusivo de álcool cresceu quase 40% entre as mulheres


Segundo o Vigitel, o excesso de bebidas alcoólicas aumentou muito no sexo feminino – enquanto, nos homens, o índice está quase estagnado

A nova edição do Vigitel, uma pesquisa do Ministério da Saúde feita anualmente por telefone sobre os hábitos e a saúde da população, revelou que o consumo abusivo de álcool entre as mulheres aumentou de 7,7% em 2006 para 11% em 2018. Isso representa um acréscimo de quase 40%.

Verdade que 26% dos homens reportaram uma ingestão excessiva de bebidas alcóolicas em 2018, o que é significativamente maior. Porém, em 2006, essa taxa era de 24,8%. Ou seja, ela permaneceu quase igual ao longo do período – o que também preocupa por se tratar de um número alto.

O Vigitel enquadrou as mulheres que participaram do estudo como “consumidoras abusivas de álcool” se elas respondessem que tomaram quatro doses ou mais em uma mesma ocasião nos últimos 30 dias. Para os voluntários do sexo masculino, o número era de cinco doses.

O comportamento de exagerar em uma noite também é chamado de beber pesado episódico, ou binge drinking. É quando a pessoa não necessariamente vai para o bar todos os dias, mas muitas vezes passa da conta quando o faz.


“Hoje, o uso nocivo de álcool é o grande problema de saúde e segurança pública ligado a uma droga no Brasil, incluindo as ilícitas”, comenta Guilherme Messas, psiquiatra da Santa Casa de Misericórdia em São Paulo e coordenador do Comitê pela Regulação do Álcool (CRA).

As bebedeiras ocasionais preocupam, pois elevam o risco de dependência química, que hoje atinge até 10% da população adulta, e de uma série de doenças crônicas e tipos de câncer. Isso sem falar nos efeitos imediatos, como a maior exposição a comportamentos de risco – sexo desprotegido e acidentes de trânsito, para citar dois exemplos.

Mulheres estão bebendo mais
“Podemos dizer que elas são as grandes vítimas da negligência brasileira com o uso de substâncias”, declara Messas. Fatores como a emancipação feminina, a maior presença no mercado de trabalho e o poder de compra influenciam nessa história, acredite se quiser.

“Isso tornou a mulher um novo alvo mercadológico para propagandas, em um país onde a legislação sobre o consumo de álcool está regredindo”, opina Messas.

Não é à toa que os números entre elas sobem anualmente. “Nesse ritmo, em algum momento elas podem se igualar aos homens”, especula Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do Cisa (Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool). A entidade também divulga anualmente dados de consumo de álcool e, em 2019, encontrou tendência de alta entre o público feminino, particularmente nas mais jovens.

No estudo do Cisa, quando questionadas sobre embriaguez, 26,9% das adolescentes entre 13 e 17 anos relataram um episódio do tipo pelo menos uma vez na vida. O índice é quase igual ao dos meninos (27,5%).

E como reduzir esse consumo? “Não existe uma abordagem preventiva especificamente para elas, mas o controle deve ser mais rigoroso e a orientação sobre os perigos do exagero, mais incisiva”, aponta Guerra.

O Brasil está bebendo mais e pior
Em 2006, primeiro ano do Vigitel, 16% dos brasileiros em geral afirmaram ter abusado das bebidas nos 30 dias anteriores à pesquisa. Em 2018, foram 17,9%. O aumento é discreto e até menor do que em 2017, quando chegou a 19%. Mas mostra que não estamos conseguindo progredir no controle do álcool.

Além dos dados do Vigitel, que pega apenas um dos aspectos do consumo, vale lembrar que as estimativas atuais dão conta de que metade da população maior de 15 anos bebe em diferentes frequências. “Qualquer substância consumida nessa escala deve ser objetivo central de preocupação, mas o álcool segue negligenciado”, aponta Maurício Fiore, antropólogo e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Para os especialistas entrevistados, a abordagem correta não é demonizar ou abolir a bebida. Ela inclusive tem um papel relevante em muitas culturas. “Devemos nos afastar do paradigma proibicionista, que considera qualquer consumo nefasto, mas reconhecer que o álcool é excessivamente normalizado e banalizado, o que aumenta muitos o risco de danos”, argumenta Fiore.

Embora cada indivíduo tenha sua responsabilidade, é inegável que grandes avanços seriam conquistados com boas políticas públicas. “Podemos falar de restrições drásticas em publicidade, aumento do preço via mecanismos tributários e monitoramento das restrições impostas, especialmente quanto à venda para adolescentes”, encerra Fiore.


domingo, 4 de agosto de 2019

Vitaminas: para cada deficiência, vários problemas


Conheça o papel das principais vitaminas e os riscos de não ingeri-las em quantidades adequadas

Do recém-nascido ao idoso, há a necessidade de uma alimentação adequada, que forneça todos os nutrientes necessários. E não podemos falar só de carboidratos, proteínas e lipídios, como também de outros componentes, incluindo-se aí as vitaminas.

Elas detêm funções importantíssimas na manutenção da saúde, prevenindo inúmeras doenças, regulando o funcionamento das células e por aí vai.

Na verdade, cada vitamina tem seus benefícios e peculiaridades. Na contramão, o déficit delas traz as mais variadas repercussões para o corpo.

Então vamos abordar aqui algumas dessas substâncias:

Vitamina A
Presente principalmente no fígado, no leite e na gema do ovo, ela é essencial para o funcionamento do organismo. A vitamina A é, por exemplo, fundamental para a criação de células sanguíneas, especialmente os linfócitos (que fazem parte do nosso sistema de defesa). A ingestão deficiente dessa vitamina, portanto, pode influenciar na resposta imunológica do organismo.
Além disso, a sua carência compromete a integridade do revestimento do trato pulmonar, gastrointestinal e urinário, facilitando a ocorrência de infecções graves.

Vitamina D
Considerada um hormônio, seu fator precursor está presente no óleo de peixe e de fígado de bacalhau e na gema de ovo. Ele é convertido na forma ativa da vitamina D por meio da exposição à luz solar.
Pessoas com deficiência de vitamina D sofrem maior ocorrência de infecções respiratórias. Perceba que essas doenças surgem com maior frequência no inverno, quando estamos menos expostos à radiação solar.
Além disso, a vitamina D tem um papel importante na regulação do sistema imunológico.

Vitamina E
Presente em vários alimentos de origem vegetal, como nos óleos de soja e de milho, tomate e vegetais verde-escuros, esse nutriente tem importante papel antioxidante. A falta dele pode acarretar disfunções no sistema imunológico, além de doenças neuromusculares e retinopatia, um problema que compromete a visão.

Vitamina K
A vitamina K participa da regulação dos processos de coagulação sanguínea, ajudando a controlar sangramentos. Encontrada nas hortaliças verdes, também pode ser sintetizada pelo organismo.

Vitamina B1 (tiamina)
Também conhecida como tiamina, ela tem entre suas funções o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. Mais do que isso, sua presença é fundamental para o sistema nervoso.
A vitamina B1 é encontrada em diversos alimentos de origem animal e vegetal. Carnes, vísceras (especialmente fígado e coração), gema de ovo e grãos integrais são algumas de suas principais fontes.
A deficiência dessa substância no organismo pode levar a uma doença chamada beribéri, que afeta os sistemas nervoso e cardiovascular.

Vitamina B2 (riboflavina)
Atua na formação das células vermelhas do sangue. Ela é especialmente importante durante a gravidez, a fase de lactação e nos anos de crescimento da criança.
A vitamina B2 pode ser encontrada em produtos derivados do leite, folhas verdes e vísceras.

Vitamina B3 (niacina)
Está aí uma vitamina que auxilia no aproveitamento adequado de carboidratos e proteínas, além de participar da síntese de gordura e do processo de respiração.
Sua deficiência pode acarretar anormalidades digestivas que levam à irritação e inflamação das mucosas da boca e do trato gastrointestinal. Como consequência, episódios de diarreia se tornam constantes.
A niacina está presente principalmente em carnes magras, aves, peixes, amendoins e leguminosas.

Vitamina B5 (ácido pantotênico)
Ela está relacionada com a síntese de colesterol, hormônios esteroides, neurotransmissores… Na indústria, é utilizada para a produção de dermocosméticos por sua capacidade de hidratar e reparar danos celulares.

Como é encontrada em diferentes tipos de alimentos (gema de ovo, leite, cereais, fígado de animais), são raros os casos de deficiência.
Em geral, o déficit de vitamina B5 ocorre em pessoas com problemas de absorção de nutrientes, em portadores de insuficiência renal que realizam diálise e em consumidores de grandes quantidades de bebida alcoólica.

Vitamina B6 (piridoxina)
Assim como a B2, ajuda a metabolizar proteínas, carboidratos e gorduras, ao mesmo tempo que faz o sistema nervoso central trabalhar direitinho. A vitamina B6 está presente em muitos alimentos, sendo suas principais fontes: aves, peixes, fígado, cereais e leguminosas.

Vitamina B7 (biotina)
Também chamada de vitamina H ou biotina, ela regula a expressão dos nossos genes. Ainda está envolvida em processos como manutenção dos níveis de glicose no sangue e na composição de cabelos e unhas.
Essa vitamina, assim como a maioria das que integram o complexo B, é amplamente distribuída nos alimentos, sendo fontes importantes o fígado, os cereais, os grãos e os vegetais.
A carência da vitamina B7 provoca principalmente queda de cabelo, conjuntivite, perda do controle muscular e dermatite esfoliativa na região dos olhos, nariz e boca. Além disso, abre as portas para problemas neurológicos e gastrointestinais.

Vitamina B9 (ácido fólico)
O ácido fólico é, na verdade, a forma sintética da vitamina, que se encontra em vísceras, feijões e vegetais de folhas escuras, bem como em diversos alimentos fortificados.
O principal papel do ácido fólico está no metabolismo de aminoácidos e na síntese de DNA, que é fundamental para o desenvolvimento embrionário. Estudos mostram que a suplementação com ácido fólico na gestação previne defeitos do feto.

Vitamina B12 (cobalamina)
A vitamina B12, ou cobalamina, é encontrada em alimentos de origem animal, como produtos lácteos, carnes, frutos do mar, peixes e ovos. É responsável por importantes funções no organismo, garantindo o metabolismo das células, especialmente as do trato gastrointestinal, da medula óssea e do tecido nervoso.
Baixos níveis da substância não raro acarretam manifestações graves, como a anemia megaloblástica e anemia perniciosa. Grupos específicos, a exemplo de vegetarianos e veganos e pessoas com mais de 50 anos, são os mais vulneráveis à deficiência de vitamina B12. A suplementação, sempre com recomendação do especialista, pode ser uma boa estratégia para esses casos.

Vitamina C (ácido ascórbico)
Essa é das mais conhecidas. E não à toa: a vitamina C desempenha funções antioxidantes, atua na manutenção das paredes dos vasos sanguíneos, na reparação dos tecidos e na absorção do ferro, além de fortalecer o sistema de defesa contra infecções.
Ela não é produzida pelo organismo, portanto deve ser ingerida diariamente na alimentação. Presente na maioria dos alimentos de origem vegetal, especialmente nas frutas cítricas, é bastante sensível às variações de luz e temperatura. Isso significa que processos como o cozimento ou um longo tempo de espera entre o preparo e o consumo das preparações reduzem sua disponibilidade.

Um recado final (e muito importante)
Para saber se você anda ingerindo boas doses das mais variadas vitaminas, lembre-se de consultar um nutricionista, que é capaz de recomendar uma dieta saudável e segura para você e sua família.

Os suplementos vitamínicos só devem ser recomendados por profissionais de saúde especializados.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/alimente-se-com-ciencia/vitaminas-para-cada-deficiencia-varios-problemas/ - Por Marisa Lipi, nutricionista - Foto: Fabio Castelo/SAÚDE é Vital