terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Pacientes com ômega-3 elevado têm menos risco de morrer por covid-19


Já se sabia que os ácidos graxos ômega-3 inibem a capacidade do zika de destruir neurônios e que alimentos ricos em ômega-3 melhoram a recuperação após um infarto.

 

Ômega-3 contra covid

 

Níveis mais elevados de ômega-3 no sangue de fato reduzem o risco de morte por infecção por covid-19.

 

Já foram publicados vários artigos na literatura médica levantando a hipótese de que os ácidos graxos ômega-3 devem ter efeitos benéficos em pacientes com infecção por covid-19, mas até agora, nenhum estudo havia colhido evidências diretas desse efeito.

 

O Dr. Arash Asher e seus colegas estudaram 100 pacientes internados com covid-19 dos quais foram armazenadas amostras de sangue quando de sua internação. Quatorze desses pacientes morreram.

 

Os 100 pacientes foram agrupados em quatro quartis (1 quartil = 1/4 da amostra) de acordo com seu O3I (Índice Ômega-3).

 

Houve uma morte no quartil superior (ou seja, 1 morte entre 25 pacientes com O3I > 5,7%), contra 13 mortes nos pacientes restantes (ou seja, 13 mortes entre 75 pacientes com O3I < 5,7%).

 

Em análises de regressão ajustadas para idade e sexo, aqueles no quartil mais alto (O3I > 5,7%) apresentaram 75% menos probabilidade de morrer em comparação com aqueles nos três quartis inferiores.

 

Dito de outra forma, o risco relativo de morte foi cerca de quatro vezes maior naqueles com um IO3 mais baixo (< 5,7%).

 

"Embora não atenda aos limites de significância estatística padrão, este estudo-piloto - juntamente com várias linhas de evidência sobre os efeitos anti-inflamatórios dos EPA e DHA - sugere fortemente que esses ácidos graxos marinhos disponíveis nutricionalmente podem ajudar a reduzir o risco de resultados adversos em pacientes com covid-19. Estudos maiores são claramente necessários para confirmar essas descobertas preliminares," disse Asher.

 

Quanto às siglas, o pesquisador se refere a dois dos três tipos conhecidos de ácidos graxos ômega 3, a saber, ácido alfa-linolênico, ou alfa-linolênico (ALA), ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA).

 

Todos estão presentes em peixes e outros alimentos e são essenciais para a fisiologia humana.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Blood omega-3 fatty acids and death from COVID-19: A Pilot Study

Autores: Arash Asher, Nathan L. Tintle, Michael Myers, Laura Lockshon, Heribert Bacareza, William S. Harris

Publicação: Prostaglandins, Leukotrienes and Essential Fatty Acids

DOI: 10.1016/j.plefa.2021.102250

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=pacientes-omega-3-elevado-tem-menos-risco-morrer-covid-19&id=14549&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde- Imagem: Cattalin/Pixabay

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Histórico de atleta não ajuda em casos graves de COVID-19


Estudo médico indica que atividade frequente pode não prevenir casos graves provocados pelo novo coronavírus

 

Algumas análises já indicaram que pessoas que praticam atividades físicas com regularidade podem ter maior resistência a quadros leves do Coronavírus. Um estudo recente publicado na plataforma MedRxiv, entretanto, sugere que o mesmo não vale para quadros graves da condição provocada pela COVID-19.

 

A pesquisa indica que pacientes de grupos ativos fisicamente não mostraram diferenças no tempo de internação, na necessidade de ventilação mecânica ou de tratamento intensivo. A avaliação foi realizada com 209 pacientes em caso grave da doença internados no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e no Hospital de Campanha do Ibirapuera.

 

O questionário foi dividido em três sessões: trabalho, atividade física e tempo de lazer. Para cada pergunta, poderia ser dada uma resposta numa escala de 0 a 5. Os resultados finais mostraram que problemas de saúde prévios, como diabetes, hipertensão arterial, neoplasia e obesidade foram muito mais determinantes para esses casos do que atividade física regular.

 

Exercícios físicos e imunidade

Apesar de não combater casos graves de COVID-19, os exercícios físicos não devem ser dispensados como cuidados importantes durante a pandemia, visto que o impacto da inatividade na manutenção da imunidade já é algo bem estabelecido para a comunidade médica. Baixa respostas a vacinas e maiores riscos a infecções, assim como o risco de obesidade, podem surgir por conta da falta de uma rotina de exercícios.

 

O que o estudo mostra, portanto, é que, apesar de as atividades físicas serem uma frente importante na manutenção da saúde em larga escala, ela sozinha não é suficiente para evitar os piores casos de COVID-19.

 

Desse modo, os cuidados e medidas preventivas em combate ao coronavírus ainda são de extrema importância para frear a propagação da doença e proteger os grupos de risco. Isso inclui o uso de máscara, higiene frequente das mãos e o evitar aglomerações.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37296-historico-de-atleta-nao-ajuda-em-casos-graves-de-covid-19 - Escrito por Redação Minha Vida

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Máscara ajuda na prevenção da COVID-19: quais cuidados ter?


Entenda como o uso de máscaras é eficiente no combate ao novo coronavírus e qual é o jeito certo de usá-las

 

Por conta da evolução da pandemia do novo coronavírus, a determinação do uso obrigatório de máscara em ambientes públicos, estabelecimentos em geral e meios de transporte trouxe uma nova perspectiva para o que antes poderia ser visto como exagero por parte de alguns indivíduos.

 

A recomendação dos órgãos públicos de saúde passou a ser uma medida fundamental no combate à COVID-19, mobilizando toda a população a adotar o acessório como meio de proteção contra o vírus. Como incentivo, campanhas de níveis nacionais foram lançadas, a exemplo da "Todos Pela Saúde", promovendo hashtags como #usarmascarasalva.

 

Na verdade, as máscaras são indicadas apenas para certos grupos de pessoas e não fazem parte da lista de métodos protetivos divulgada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No lugar disso, as recomendações são:

 

Embora tenham se tornado itens essenciais neste período, as máscaras ainda são alvo de dúvidas sobre sua efetividade na prevenção ao coronavírus. Os modelos caseiros, utilizados e indicados para a grande parte da população, não fornecem a mesma proteção que as máscaras cirúrgicas. Porém, ainda podem reduzir consideravelmente o risco de contaminação, o que acontece por uma série de fatores. Entenda:

 

Uso de máscara contra coronavírus

O consenso é que as máscaras cirúrgicas são efetivas na prevenção de uma série de infecções respiratórias, como a COVID-19. No entanto, como explica a infectologista Raquel Muarrek, órgãos internacionais de saúde afirmam que o uso do equipamento é prioritário aos trabalhadores que sofrem alta exposição ao vírus, como médicos e outros profissionais da área.

 

Essa indicação se estende também aos pacientes que apresentam quadros sintomáticos que possam ser de COVID-19, com a presença de tosse e febre, por exemplo. Com o tempo, o avanço da pandemia passou a pedir por maiores medidas de prevenção, mas o medo da escassez de equipamentos de proteção individual (EPIs) para quem estava mais exposto também precisou ser ponderado.

 

Foi, então, dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a recomendação emergencial do uso de máscaras caseiras de tecido. Apesar de não terem a mesma efetividade que os modelos industriais, essas versões conseguem reduzir o risco de contaminação se comparado à não utilização das mesmas, como mostrado em uma revisão sistemática das pesquisas médicas sobre o assunto.

 

Um segundo ponto é que, de acordo com um estudo publicado no Journal of General Medicine, ainda que parte do vírus atravesse o tecido, o uso de máscara pode reduzir o tamanho da carga viral que entra em contato com o organismo da pessoa. De acordo com a análise, isso pode ter efeito na gravidade da doença, fazendo com que ela se apresente de forma mais branda.

 

Além disso, ao usar máscaras, também há a diminuição da disseminação do coronavírus por aqueles indivíduos que não apresentam sintomas, os chamados assintomáticos. "A presença do vírus está em superfícies, como objetos, roupas e mãos", explica a infectologista Raquel Muarrek. Desse modo, ao utilizar o equipamento, a pessoa contaminada resguarda a saúde dos outros, bloqueando a transmissão ativa do patógeno.

 

Portanto, é importante seguir as instruções de higiene dadas pelo Ministério da Saúde, que ainda são melhor medida preventiva contra o novo coronavírus. Assim, todos estarão devidamente protegidos e pensando no benefício de quem mais precisa.

 

É importante que a utilização das máscaras deve ser sempre acompanhada dos demais cuidados de higiene e distanciamento social. Assim, todos estarão devidamente protegidos e cuidado também de quem está ao redor. As principais recomendações de prevenção à COVID-19 do Ministério da Saúde são:

 

Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel

Evitar aglomerações

Manter os ambientes ventilados

Não compartilhar objetos de uso pessoal

 

Qual a forma certa de usar máscaras

Para que as máscaras não tenham o efeito oposto ao desejado e acabem aumentando riscos de contaminação, é preciso seguir algumas instruções para o uso correto do equipamento. O Hospital Albert Einstein, referência no atendimento aos pacientes com COVID-19 em São Paulo, compartilhou algumas dicas de uso:

 

Antes de colocar a máscara, higienize adequadamente as mãos

Coloque a máscara sobre o nariz e a boca, tomando cuidado para não deixar espaços entre a pele e a máscara

Mesmo com a máscara, cubra o rosto ao tossir ou espirrar

Mantenha as mãos higienizados e evite tocar na máscara

Troque a máscara quando ela estiver úmida

Nunca reutilize uma máscara descartável

Sempre remova a máscara pelas cordinhas e nunca toque na parte da frente

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36075-mascara-ajuda-na-prevencao-da-covid-19-quais-cuidados-ter - Escrito por Clovis Filho

Minas bate Praia e fatura o bi da Copa Brasil de Vôlei


Equilíbrio marca a final entre líder e vice-líder da Superliga Feminina, e na melhor partida da temporada, Minas bate Praia após três horas de jogo

 

Minas e Praia mostraram na noite deste sábado por que são os dois melhores times da Superliga Feminina de Vôlei. Líder e vice-líder da competição nacional, as equipes decidiram o título da Copa Brasil em Saquarema. Em uma partida muito equilibrada e que durou mais de três horas, o Minas faturou o bicampeonato por 3 sets a 2, com parciais de 25/22, 27/29, 27/25, 24/26 e 15/13.

 

Comandada por Nicola Nigro, a equipe mineira bateu o Sesi-Bauru na semifinal e começou a partida decisiva com: Megan, Thaísa, Dani Cuttino, Macris, Carol Gattaz, Pri Daroit e Léia. Do lado do Praia, que eliminou o Osasco na briga pela vaga na final, Paulo Coco escalou Carol, Fê Garay, Brayelin Martinez, Claudinha, Anne, Jineiry Martinez e Suellen para a decisão.

 

O Minas começou o primeiro set com melhor volume de jogo , enquanto o Praia demonstrava ansiedade em fazer os pontos e cometia erros. Com 5 a 1 para o Minas, Paulo Coco pediu o primeiro tempo do jogo para não deixar o adversário desgarrar no placar. O Praia chegou a encostou no placar, mas com melhor variação de jogada de Macris, o time de Belo Horizonte voltou a abrir frente. Claudinha foi para o saque e levou o Praia à diferença de apenas um ponto. Com 12 a 11, Nigro pediu tempo.

 

O Praia melhorou a defesa, e empatou novamente o set em 15 pontos. A partida seguiu equilibrada, e com um erro de Carol Gattaz, o Praia passou à frente pela primeira vez no jogo: 19 a 18. O Minas conseguiu virar novamente o placar, e com 22 a 21, Paulo Coco pediu tempo para motivar o time, que vinha embalado. O final do set pegou fogo quando o Praia empatou em 23 pontos e Nigro pediu o desafio para saber se a bola havia batido dentro ou fora da quadra. A arbitragem confirmou o ponto para o Minas, que chegou ao set point e venceu por 25 a 22 após quase 35 minutos de duração do set.

 

Com uma bola de xeque de Carol, o Praia abriu o placar do segundo set. Com 2 a 0 para o Praia, Pri Daroit foi para o saque e levou o Minas à virada. O time abriu 7 a 2 e forçou Paulo Coco a pedir tempo. A equipe de Uberlândia conseguiu tirar dois pontos. O Minas voltou a abrir cinco pontos após belo bloqueio de Thaísa. Claudinha foi para o saque e a equipe de Uberlândia voltou a encostar: com 15 a 13, Nicola Nigro pediu tempo para esfriar o set. A equipe de Paulo Coco voltou a empatar em 15 pontos.

 

O Praia chegou novamente a ficar dois pontos atrás, mas depois de um belíssimo rali de 29 segundos, a equipe de Paulo Coco empatou em 20 pontos, e Brayelin Martinez ainda marcou mais um na sequência. Com 21 a 20 para o Praia, o técnico do Minas pediu tempo. A vantagem se inverteu novamente, e com 25 a 24 para o Minas, Paulo Coco pediu tempo mais uma vez. Fê Garay foi decisiva e fechou o set em 29 a 27 para empatar o jogo em quase 41 minutos.

 

O terceiro set foi muito similar aos dois primeiros, com o Minas abrindo vantagem e o Praia buscando o placar. Com destaque para Fernanda Garay, maior pontuadora do jogo, a equipe de Paulo Coco não deixou as adversárias desgarrarem. Quando Garay marcou seu 17º ponto, e o Praia virou em 12 a 11, o técnico do Minas pediu tempo. Deu certo: a equipe de Nicola Nigro virou em 15 a 12 e forçou Coco a pedir tempo. Quando o Praia virou em 20 a 18, foi a vez de Nigro novamente pedir tempo. O final do set foi bastante tumultuado, com várias paralisações e pedidos de desafio. Thaísa bloqueou Carol para levar o Minas à 2 sets a 1, com 27/25 em 45 minutos.

 

No quarto set, com as atletas mais desgastadas, a variação de jogadas de Macris acionando Cuttino, Gattaz e Kasiely fizeram a diferença juntamente a um bloqueio bem armado. Quando o Minas abriu 14 a 9, depois de um bloqueio de Thaísa em Garay, Paulo Coco pediu tempo. E deu certo, a equipe marcou quatro pontos consecutivos e fez Nigro pedir tempo. Megan, que até então não fazia uma partida brilhante, apareceu para o jogo e se destacou no Minas. Com 20 a 17 para as adversárias, o treinador do Praia pediu tempo novamente.

 

Quando parecia que o Minas levaria o set e o título com tranquilidade, o Praia encostou em 24 a 23 e fez Nicola Nigro pedir tempo mais uma vez. Thaísa ficou no bloqueio de Carol e a equipe de Uberlândia empatou em 24 pontos. Com um bloqueio em Megan e um ponto de saque de Garay, o Praia virou em 26 a 24 e levou o jogo para o tie-break.

 

O Praia abriu 3 a 1 no quinto e último set, mas com belo bloqueio de Carol Gattaz, o Minas empatou. Com ace de Cuttino, a equipe de Belo Horizonte passou à frente, mas com belo contra-ataque de Garay o time de Uberlândia empatou novamente. O Minas abriu dois pontos, mas, seguindo a tônica de toda a partida, o Praia empatou novamente. Com um ataque para fora de Michelle, o Minas chegou ao matchpoint e Carol Gattaz fechou o jogo em 15 a 13.

 

- A gente sabe que jogo contra o Praia é sempre muito difícil. Elas já sabem nosso jogo e nós o jogo delas. O time manteve a paciência de ir buscando ponto a ponto, e isso mostra a força do time. Tava quase morrendo aqui. Mas a gente tem muita coisa ainda pela frente, outros times fortes como Osasco, do Rio. É jogo a jogo - analisou a central.

 

- Vendemos caro essa derrota. Não ficou dúvidas de que as duas equipes queriam muito ganhar esse título - avaliou Fernanda Garay, a maior pontuadora do jogo.

 

Fonte: https://globoesporte.globo.com/volei/noticia/em-final-eletrizante-de-cinco-sets-minas-bate-praia-e-fatura-o-bi-da-copa-brasil-de-volei.ghtml - Foto: Divulgação/CBV - Por Redação Ge

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Melhore radicalmente suas máscaras com esses 4 hacks e dicas


Com novas cepas mais contagiosas do coronavírus se espalhando, e os níveis de transmissão ainda muito altos em muitos lugares, alguns especialistas em saúde pública recomendam melhorar as nossas máscaras básicas de pano que muita gente tem usado durante a pandemia.


“Uma máscara de pano pode ser 50% eficaz no bloqueio de vírus e aerossóis”, diz Linsey Marr, pesquisadora da Virginia Tech que estuda a transmissão de vírus no ar. “Estamos no ponto agora … que precisamos de mais de 50%.”

 

Quando você está ao ar livre, onde o ar fresco pode dispersar rapidamente gotículas de vírus e partículas menores, uma máscara de pano é o suficiente, diz Marr. Mas partículas infecciosas podem se acumular em lugares fechados, e é aí que você precisa de uma máscara melhor. “Agora estou usando minha máscara melhor para ir ao supermercado. Eu não fazia isso antes”, diz Marr.

 

O ideal seria que todos nós estivéssemos usando máscaras N95 de uso médico — chamadas assim porque bloqueiam pelo menos 95% das partículas quando usadas corretamente. Mas elas devem ser reservadas para os profissionais de saúde.

 

Felizmente, há outras maneiras de aumentar fundamentalmente a proteção que sua máscara facial oferece de acordo com estas dicas da NPR.

 

4. Use duas máscaras

O conceito de duas máscaras tem recebido muita atenção ultimamente, especialmente depois que o Dr. Anthony Fauci, o maior especialista em doenças infecciosas dos EUA, promoveu o seu uso.

Primeiro coloque uma máscara cirúrgica mais próxima do seu rosto, diz Marr, e depois coloque outra de pano por cima. Use uma máscara cirúrgica feita de um material que não seja tecido mas de polipropileno, porque esse material contém uma carga eletrostática que faz que ele prenda as partículas. (Algumas máscaras cirúrgicas são feitas de papel.)

A desvantagem das máscaras cirúrgicas é que muitas delas não se ajustam bem e a capacidade de uma máscara de filtrar partículas depende também de como ela se ajusta ao seu rosto. Ao colocar uma máscara de pano por cima você pode obter um ajuste mais justo, ao mesmo tempo em que inclui uma camada extra de filtragem, diz Marr, que contribuiu em um artigo sobre recomendando mascaramento duplo.

Mas não continue empilhando máscaras, ela adverte; apenas uma máscara adicional é suficiente. Se suas máscaras aumentarem muito a resistência o ar vai vazar pelas laterais. “É como se você tivesse um buraco na máscara”, diz ela.

Mesmo se você usar duas máscaras que tem eficácia de apenas cerca 50% no bloqueio de partículas, quando você coloca uma sobre a outra você pode ter uma combinação com 75% de eficácia ou mais, diz Marr.

Veja como Marr explica essa matemática: “Se você tem 100 vírus que estão voando em direção à sua máscara que é 50% eficaz, então 50 deles serão filtrados e 50 passarão. Quando esses 50 chegarem à segunda máscara, 25 serão filtrados e 25 passarão. Assim, a eficiência global é de 75%.”

Monica Gandhi, médica infectologista da Universidade da Califórnia em São Francisco (EUA), diz que usar duas máscaras é especialmente importante para pessoas em circunstâncias específicas: adultos que trabalham em ambientes fechados com muitas pessoas e aqueles vulneráveis que entram em áreas fechadas ou locais com alto risco de transmissão.

 

3. Adicione um filtro

Se usar duas máscaras não é para você ainda é possível obter um aumento de eficácia semelhante na filtragem usando uma máscara de duas camadas com um bolso para filtro, diz Gandhi. As camadas externas devem ser feitas de um tecido que fique vem ajustado ao rosco, sem frestas.

Marr sugere usar uma máscara cirúrgica no bolso do filtro. Você pode cortar a máscara cirúrgica para caber no bolso, se necessário. Ela diz que os filtros HEPA cortados dos filtros usados em limpadores de ar portáteis funcionam muito bem (veja vídeo dela); um filtro de carbono PM2.5 também deve resolver, desde que seja flexível.

Outra opção de filtro: um material disponível em lojas de tecidos é o TNT (tecido não tecido). Ele é feito de polipropileno, então também possui o poder da eletricidade estática para capturar partículas.

Adicionar um filtro feito de duas camadas de polipropileno poderia aumentar a eficiência de filtragem de uma máscara de algodão em até 35%, disse Yi Cui, pesquisador da Universidade de Stanford.

E para uma opção caseira, a pesquisa de Cui descobriu que dois tecidos faciais, dobrados para formar um filtro de quatro camadas, também podem fazer um bom trabalho ao aumentar a proteção de uma máscara. Mas, por favor, não use um filtro de café: Tanto Marr quanto Christopher Zangmeister, pesquisador do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (EUA), dizem que é difícil de respirar através de um, portanto você acaba respirando ao redor do filtro em vez de através dele.

 

2. Escolha uma máscara de tecido melhor

Se você ainda está usando uma única máscara certifique-se de que o que está usando realmente te protege. Como Gandhi escreveu recentemente no Twitter: “Ainda há uma função para máscaras básicas”.

Quando se trata de máscaras de tecido, procure um com uma tecelagem apertada. Vários estudos mostraram que algodão 100% é uma boa idéia (algodão de uma boa camiseta, por exemplo).

Como Zangmeister explicou à NPR no ano passado, as fibras naturais no algodão tendem a ter uma estrutura mais tridimensional do que as fibras sintéticas, que são mais lisas. E essa estrutura 3D pode criar mais bloqueios que impedem a entrada de partículas.

Procure também uma máscara de três camadas: estudos mostraram que uma máscara de três camadas feita de tecido com tecelagem apertada funciona bem.

 

1. Faça sua máscara se ajustar melhor


Para maximizar a eficácia da máscara, certifique-se de que ela se encaixa perfeitamente sobre sua boca e narinas, até a ponte do nariz e que não tenha nenhuma fresta. E, por favor, não deixe seu nariz para fora da máscara, isso tira o seu propósito!

A eficiência de filtragem de uma máscara varia dependendo do quão bem ela se ajusta ao seu rosto, como ilustra um estudo recente da JAMA Internal Medicine. Os pesquisadores descobriram que as máscaras cirúrgicas testadas bloqueavam apenas 38,5% das pequenas partículas, em média, quando usadas normalmente. Mas a eficiência de filtragem saltou quando eles tentaram vários hacks para fazer a máscara selar melhor.

Um truque que eles testaram foi marrar as tiras em um nó o mais próximo possível das bordas da máscara, em seguida, enfie as as pregas laterais para dentro para minimizar quaisquer frestas que possam aparecer nas bordas, como na foto da esquerda, acima. Isso aumentou a eficiência de filtragem da máscara cirúrgica para 60%.

Outro hack simples é usar um prendedor de cabelo, como na foto acima à direita para segurar as tiras firmemente na parte de trás da cabeça. Isso elevou a eficiência de filtragem da máscara para quase 65%.

E o último e mais eficaz hack? Envolve uma meia-calça. Quando os pesquisadores cobriram a máscara cirúrgica com uma seção de 25 cm de nylon, a eficiência de filtração aumentou para impressionantes 80%.

Se você quiser experimentar o truque da meia-calça, corte um anel de material, cerca 20 a 25 cm, da área da coxa de uma meia-calça. Em seguida, passe o anel pela cabeça e sobre a sua máscara para criar um ajuste firme no rosto.

 

Fonte: https://hypescience.com/4-hacks-e-dicas-para-tornar-sua-mascara-facial-radicalmente-melhor/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29 - Por Marcelo Ribeiro