quinta-feira, 14 de agosto de 2025

4 hábitos que os homens devem adotar para viver melhor


Especialistas ensinam atitudes simples que podem aumentar a qualidade e a expectativa de vida

 

Setenta por cento dos homens que procuram atendimento médico o fazem por influência dos familiares, conforme levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo. O mesmo estudo revela um dado preocupante: mais da metade desses pacientes adia a consulta médica, chegando ao consultório com doenças já em estágio avançado.

 

Quando o foco é a saúde do coração, por exemplo, os homens enfrentam um risco ainda maior. Segundo dados do Ministério da Saúde, a probabilidade de os homens falecerem por doenças crônicas não transmissíveis — especialmente as cardiovasculares — é de 40% a 50% superior à das mulheres.

 

O cardiologista Carlos Eduardo Suaide, coordenador da cardiologia dos laboratórios Alta, Delboni, Salomão Zoppi e Lavoisier, da Dasa, destaca que hábitos simples e check-ups regulares fazem toda a diferença na prevenção. 

 

"É possível identificar sinais precoces de risco com exames não invasivos, tratamentos modernos e mais efetivos para o controle do colesterol e ações personalizadas que consideram, inclusive, a individualização por gênero, já que neste último, os sintomas são diferentes entre os sexos. Nos homens, sinais de alerta como dor no peito, cansaço extremo ou pressão alta; já nas mulheres, os sintomas costumam ser atípicos, como náusea, desconforto abdominal e até dor nas costas, o que dificulta o diagnóstico e agrava os riscos", afirma o cardiologista Carlos Eduardo Suaide.

 

Pensando nisso, especialistas multidisciplinares listam 4 hábitos essenciais que todo homem deve adotar para garantir uma vida mais longa e saudável. Confira! 

 

1. Trate o colesterol com atenção real 

Além dos marcadores tradicionais como o colesterol LDL e o não-HDL, um novo indicador vem ganhando destaque nos exames: a apolipoproteína B (apoB), que mede de maneira mais precisa o risco cardiovascular.

Isso porque, ao contrário dos testes convencionais que medem a quantidade de colesterol, a apoB quantifica diretamente o número de partículas aterogênicas — aquelas capazes de se acumular nas artérias e causar entupimentos.

Como explicam as médicas Dra. Clarisse Ponte, Helane Gurgel e Laura Girão, autoras da publicação da Dasa Educa, "Apolipoproteína B (apoB) versus colesterol LDL e colesterol não-HDL: Qual o melhor marcador para avaliar o risco cardiovascular?", esse marcador oferece uma visão mais fiel do risco real à saúde do coração.

A boa notícia é que já existem novas terapias capazes de reduzir significativamente o colesterol, especialmente em pessoas com alto risco cardiovascular.

 

2. Pratique atividade física

O sedentarismo é um dos maiores vilões do coração. O estudo "Low aerobic capacity in middle-aged men associated with increased mortality rates during 45 years of follow-up",  conduzido pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e publicado no European Journal of Preventive Cardiology, concluiu que o estilo de vida sedentário está associado ao risco aumentado de diabetes, doenças cardiovasculares e mortalidade.

Segundo a Dra. Fernanda Erthal, cardiologista do Bronstein e CDPI, também da Dasa, no Rio de Janeiro, praticar atividade física regularmente é um dos pilares para manter o coração saudável. "Além de ajudar a controlar a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue, o exercício melhora a disposição, o humor e reduz o risco de infarto e AVC", afirma. a cardiologista. A recomendação, segundo ela, é simples: movimente-se! Caminhadas, pedaladas, dança ou musculação — qualquer exercício é melhor do que o sedentarismo.

A médica também destaca a importância de uma avaliação cardiovascular antes de iniciar a prática de exercícios, especialmente em pessoas com fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol elevado ou histórico familiar de doenças cardíacas.

"Exames como o eletrocardiograma, o teste ergométrico (teste de esteira) e, em casos selecionados, a angiotomografia de coronárias, podem ser indicados para garantir uma prática segura e personalizada. A angiotomografia, por exemplo, permite uma análise detalhada e não invasiva das artérias do coração, identificando precocemente placas de gordura ou sinais de obstrução coronariana", explica.

 

3.Coma com equilíbrio, não com culpa 

Reduzir o consumo de gorduras saturadas, embutidos e frituras, e priorizar frutas, vegetais e fibras já melhora significativamente o perfil lipídico. "É preciso ter atenção, porque o peso ideal não diz tudo. O coração pode estar sobrecarregado mesmo em pessoas magras", reforça o Dr. Carlos Eduardo Suaide. 

Pesquisas indicam que os homens ganham peso após se tornarem pais. O estudo "Longitudinal Study of Body Mass Index in Young Males and the Transition to Fatherhood", da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, acompanhou mais de 10 mil homens da adolescência até a idade adulta e constatou que, em média, homens que vivem com seus filhos ganharam cerca de 2 quilos após a paternidade. Aqueles que não moram com os filhos ganharam aproximadamente 1,5 quilo. Já os homens sem filhos, na mesma faixa etária, perderam peso no mesmo período. Esse ganho de peso representa um aumento de 2,6% no índice de massa corporal (IMC) dos pais residentes e 2% no IMC dos pais não residentes. 

Os pesquisadores atribuem esse aumento a mudanças no estilo de vida, como menos tempo para se cuidar, mudanças nos hábitos alimentares e maior responsabilidade familiar, que podem levar ao consumo maior de alimentos calóricos e menor prática de atividades físicas. Esse fenômeno é preocupante, pois o aumento do IMC eleva o risco de doenças cardíacas, diabetes e câncer.  

 

4. Cuide da saúde mental — seu coração sente tudo 

Estresse crônico, ansiedade e noites mal dormidas afetam diretamente a saúde cardiovascular. Homens, em especial, têm mais dificuldade de verbalizar emoções, o que pode agravar o risco. Aqueles que apresentam dificuldades para verbalizar emoções tendem a manifestar maiores níveis de estresse acumulado, depressão não diagnosticada e comportamentos de risco (abuso de álcool, isolamento).

Fatores psicológicos impactam diretamente a saúde cardiovascular, pois o estresse crônico eleva a pressão arterial e a inflamação, aumentando o risco de doenças cardíacas. Um artigo da Journal of Behavioral Medicine (2016) relaciona a repressão emocional masculina com pior prognóstico em doenças cardiometabólicas. 

Uma pesquisa realizada pelas empresas Parents and Verywell Mind com 1.600 pais norte-americanos, revela que eles sentem que estão sendo negligenciados. A saúde mental dos pais é uma questão crítica que exige mais atenção e desestigmatização. A sociedade precisa apoiar os homens para que se sintam confortáveis em buscar ajuda e expressar emoções. 

A pesquisa revelou que 75% dos pais desejam mais suporte em saúde mental, mas enfrentam barreiras como o estigma e o medo de julgamento. Em termos de expressão emocional, 44% se sentem pouco ou nada confortáveis em compartilhar suas emoções, com apenas 24% discutindo saúde mental com amigos, enquanto 27% nunca o fazem. Sobre conversas com os filhos, embora 84% considerem importante abordar o tema, 37% enfrentam dificuldades nesse diálogo.  

No contexto pós-parto e de amizades, 21% relataram depressão pós-parto, 51% perderam contato com amigos após se tornarem pais e apenas 8% conseguiram fazer novos amigos. No ambiente de trabalho, 50% se sentem apoiados, mas 62% apontam a renda como o maior estressor, sendo que apenas 40% já tiraram um dia de saúde mental e 30% nunca ouviram falar dessa prática. Por fim, em relação à terapia, 28% receberam diagnóstico de transtorno mental, com variações por renda, e tanto o custo quanto o medo de julgamento, citado por 25%, são obstáculos significativos para buscar ajuda profissional. Terapia, meditação, descanso e momentos de lazer e interação com os filhos também são formas de prevenção.  

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/4-habitos-que-os-homens-devem-adotar-para-viver-melhor,e37cd7005cb1e91bf73e72f81dcd80bcuref2kiu.html?utm_source=clipboard - Por Fernanda Quinta - Foto: fizkes | Shutterstock / Portal EdiCase

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Glaucoma: entenda prevenção e tratamento da doença sem cura


Oftalmologista orienta sobre prevenção e tratamento do glaucoma, doença que não tem cura, mas pode ser controlada

 

Você sabia que o glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível do mundo? Pois é, e o pior é que essa doença pode ser bem silenciosa – ou seja, muitas vezes as pessoas apenas a descobrem quando já está mais avançada.

 

O glaucoma surge em consequência do aumento da pressão intraocular e gera perda da visão pela destruição gradativa do nervo óptico, estrutura que conduz as imagens da retina ao cérebro. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia mais de 1,7 milhão de pessoas devem ter glaucoma no Brasil, com uma incidência que varia entre 1% e 2% na população geral, aumentando após os 40 anos e atingindo mais de 6% após os 70 anos.

 

Por tudo isso é que é tão importante se conscientizar sobre essa doença. Tanto é que todo o mês de maio é chamado de Maio Verde e dedicado a essa conscientização.

 

Diagnóstico e sintomas

Primeiramente, como já mencionado, o glaucoma é uma doença silenciosa. “A única forma de sabermos se temos ou não é fazendo os exames, medindo a pressão ocular, fazendo uma fundoscopia, a avaliação do nervo óptico. Isso para poder, se tiver alguma alteração, pedir exames complementares”, diz Henrique Rocha, presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia (SGO).

 

Apesar de muitas vezes não trazer dor ou muitos outros incômodos inicialmente, um sintoma que pode ser sinal de alerta é a perda da visão periférica.

 

“Existe uma dificuldade para visualizar objetos pelo canto do olho, algo que antes ocorria naturalmente. A pessoa passa a precisar movimentar a cabeça ou os olhos para enxergar o que está fora do campo visual central”, explica o oftalmologista.

 

Prevenção e tratamento

O glaucoma não tem cura. Por isso, sua prevenção e tratamento são ainda mais importantes.

 

A melhor maneira de se prevenir o glaucoma é indo ao médico regularmente. “A prevenção é feita em consultas oftalmológicas de rotina. Ela ocorre por meio de exames realizados no próprio consultório, como o do fundo de olho e de medição da pressão intraocular”, pontua Henrique Rocha. “Pessoas com histórico familiar de glaucoma, miopia alta, diabéticos e maiores de 40 anos precisam ter uma atenção redobrada”, completa.

 

Sobre o tratamento do glaucoma, ele é geralmente para a vida toda, pois a pressão intraocular precisa ser controlada continuamente para evitar danos ao nervo óptico. “Ele poderá incluir colírios, medicamentos, uso de laser e, por fim, em casos mais graves, a cirurgia. Contudo, ele é específico para cada caso e deve ter acompanhamento de um especialista”, destaca o oftalmologista.

 

Fonte: https://altoastral.joaobidu.com.br/saude/glaucoma-entenda-prevencao-e-tratamento-da-doenca-sem-cura.phtml#google_vignette - Por Mayra Cardozo   

terça-feira, 12 de agosto de 2025

12 alimentos que ajudam a aumentar a massa muscular


Veja como enriquecer o seu cardápio com opções que contribuem para o crescimento dos músculos

 

Quando o objetivo é aumentar a massa muscular, além do treino personalizado, a alimentação desempenha um papel essencial. "Para garantir um bom desempenho antes da atividade física, a refeição deve conter nutrientes que garantam o fornecimento adequado de energia, para aumentar a força e a resistência muscular, evitando o catabolismo proteico, saciando a fome e prevenindo a hipoglicemia durante o treino", explica a nutricionista Emanuelle Esteves.

 

Nesse sentido, escolher os alimentos certos é fundamental para garantir ao corpo os nutrientes necessários à construção e recuperação muscular. "É importante consumir alimentos ricos em proteína de alto valor biológico 30 minutos após o exercício físico, pois ajuda a evitar lesões musculares, sendo essencial para a recuperação do músculo", recomenda a nutricionista.

 

Por isso, a seguir, confira 12 alimentos que ajudam a aumentar a massa muscular. 

 

1. Amêndoas

São uma ótima opção de lanche saudável para ajudar no ganho de massa muscular. Elas são ricas em proteínas, fibras, gorduras saudáveis e vitamina E, um antioxidante que pode ajudar na recuperação muscular. Também fornecem energia duradoura e são uma boa fonte de magnésio, um mineral essencial para a função muscular adequada.

 

"Possuem grande quantidade de nutrientes que provocam saciedade, são antioxidantes e ajudam a manter o nível de glicose estável, auxiliando o processo da queima de gordura", explica a nutricionista Nathalia Bungenstab Sales.

 

2. Iogurte grego

Contém cerca de duas vezes mais proteínas do que o iogurte comum, o que ajuda na síntese muscular e na recuperação pós-exercício, e deve ser consumido, preferencialmente, na opção sem adição de açúcar. Além disso, é rico em cálcio, importante para a saúde óssea e muscular.

 

"Este alimento é uma excelente fonte de cálcio, essencial para a saúde dos ossos e dentes das mulheres. Além disso, o iogurte grego é uma fonte de proteína de alta qualidade, importante para a construção e reparação dos tecidos musculares. As melhores escolhas são as versões não adoçadas", explica a nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

3. Feijões e leguminosas

Feijões, lentilhas, grão-de-bico e outras leguminosas são excelentes fontes de proteína vegetal, além de serem ricas em fibras, vitaminas do complexo B e minerais como ferro e zinco. Com baixo teor de gordura, também se destacam como opções saudáveis de carboidratos, fornecendo energia para os treinos.

 

4. Peixes

São excelentes fontes de proteína magra, que auxilia na síntese muscular, e de ômega-3, que possui propriedades anti-inflamatórias e contribui para melhorar a sensibilidade à insulina, favorecendo o crescimento muscular.

 

5. Ovos

Fonte de proteína completa, o ovo oferece todos os aminoácidos essenciais para a construção muscular. Segundo a nutricionista Gabriela Marcellino, cada unidade contém, em média, 70 kcal e é rica em proteínas de alto valor biológico, além de vitaminas lipossolúveis A, D, E e K, ácido fólico, fósforo, zinco, ferro, selênio e outros nutrientes.

"Nele podemos encontrar todos os aminoácidos essenciais que o nosso organismo necessita para desempenhar as funções vitais, tais como: imunidade, transporte de nutrientes, fabricação de hormônios e produção de tecidos. As vitaminas e minerais presentes também têm funções de regulação e equilíbrio no organismo", destaca a nutricionista.

 

6. Frango

O frango possui aminoácidos essenciais, fundamentais para a construção muscular, além de nutrientes como a vitamina B6, importante para o metabolismo, e o selênio, um antioxidante que auxilia na redução da inflamação após o exercício.

 

7. Queijo cottage

Rico em caseína, proteína de fácil digestão e importante para a manutenção da massa muscular, o queijo cottage é uma excelente fonte de proteína de alta qualidade. Além disso, apresenta baixo teor de gordura e carboidratos, tornando-se uma opção interessante para quem deseja controlar a ingestão calórica e, ao mesmo tempo, obter sabor enquanto constrói massa muscular.

 

8. Aveia

É um grão integral rico em carboidratos complexos de baixo índice glicêmico. Por isso, consumir aveia antes do treino pode fornecer a energia necessária para um melhor desempenho. "A aveia tem carboidratos de absorção lenta, que dão a sensação de saciedade por mais tempo, auxiliando no emagrecimento", explica a nutricionista Daniela Medeiros.

 

9. Quinoa

A quinoa é uma proteína completa, contendo todos os aminoácidos essenciais necessários para o crescimento muscular. "É muito proteica, fonte de vitaminas do complexo B, fibras e minerais. A qualidade de proteínas que possui é comparável às fontes de origem animal, não pela quantidade, mas pela união de vários tipos proteicos que oferecem tudo o que o organismo necessita", explica a culinarista Guta Pudell.

 

10. Arroz integral

O arroz integral é uma excelente fonte de carboidratos complexos, que garantem energia sustentada para os treinos. Além disso, é rico em vitaminas do complexo B, essenciais para o metabolismo energético.

 

11. Chia

A semente de chia é uma poderosa aliada para quem busca ganhar massa muscular, por ser rica em proteínas de alta qualidade e fibras. Além disso, contém ácidos graxos ômega-3, que exercem ação anti-inflamatória e auxiliam na recuperação muscular após os treinos. "Por serem ricas em fibras solúveis, as sementes de chia formam um gel no estômago, prolongando a sensação de saciedade", explica Bruna Makluf. Isso significa menos beliscos fora de hora e mais controle sobre a fome.

 

12. Abacate

O abacate é rico em gorduras saudáveis, que ajudam a reduzir a inflamação muscular e aceleram a recuperação após o exercício. Além disso, contém fibras e potássio, nutrientes importantes para o bom funcionamento dos músculos e para o equilíbrio dos líquidos no corpo, essenciais para o crescimento muscular.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/12-alimentos-que-ajudam-a-aumentar-a-massa-muscular,b3274d2d08d8096d16a8c52538f69bd8u1l7bgj8.html?utm_source=clipboard - Foto: Ivan Dudka | Shutterstock / Portal EdiCase

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Veja maneiras eficazes de aliviar os sintomas da fibromialgia


Algumas técnicas podem ajudar a reduzir as dores e melhorar a qualidade de vida do paciente

 

Com a recente sanção da Lei nº 15.176/2025, a fibromialgia passou a ser reconhecida como deficiência física em todo o território nacional. A medida representa um avanço no acolhimento de uma condição invisível aos olhos, mas presente de forma intensa na vida de cerca de 3% de brasileiros, conforme dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

 

Contudo, a nova legislação tem gerado impacto tanto na área da saúde quanto em discussões sobre inclusão social. Isso porque ela permite que pessoas com a condição sejam enquadradas legalmente como Pessoas com Deficiência (PCD), garantindo acesso facilitado a políticas públicas, vagas de trabalho, concursos e benefícios sociais.

 

Uma dor difícil de comprovar

Um dos pontos mais debatidos após a aprovação da lei é o fato de que a fibromialgia não possui biomarcadores específicos. Ou seja, não existe um exame laboratorial que comprove, de forma objetiva, a presença da doença. O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas descritos pelo paciente, como dor musculoesquelética difusa, cansaço extremo, distúrbios do sono, alterações cognitivas e até depressão.

 

"A dor da fibromialgia não é uma dor comum, ela é crônica, difusa e contínua, afetando o corpo de forma generalizada e impactando funções básicas do dia a dia", explica o ortopedista e especialista em dor Dr. Luiz Felipe Carvalho.

 

Esse cenário leva à desconfiança de muitos, inclusive na comunidade médica, tornando a jornada do paciente ainda mais difícil. "O paciente com fibromialgia muitas vezes ouve que está exagerando, que é estresse ou frescura. Por isso, o reconhecimento legal é também um reconhecimento simbólico dessa dor e da luta dessas pessoas", destaca o médico.

 

Técnicas que ajudam a controlar os sintomas

Apesar de ainda não haver cura para a fibromialgia, o controle dos sintomas é possível com um plano de cuidados integrativos. Segundo o Dr. Luiz Felipe Carvalho, o mais importante é individualizar o tratamento, respeitando os limites e necessidades de cada paciente. 

 

"Tratar a fibromialgia não é simplesmente passar um remédio. É preciso cuidar do corpo e da mente, com foco na qualidade de vida. O paciente não deve ser tratado com descrença, mas com empatia e ciência", afirma. 

 

Alguns dos recursos mais eficazes para gestão da dor, são:

 

Exercícios físicos de baixo impacto, como caminhadas leves, alongamentos e hidroginástica;

Medicamentos específicos que modulam os neurotransmissores associados à dor crônica e ao sono;

Psicoterapia e acompanhamento emocional, fundamentais para lidar com o impacto psicológico da síndrome.

 

Yoga como aliado no alívio da dor

Entre as várias técnicas usadas no controle da doença, o yoga ajuda a equilibrar a mente e as emoções, diminuindo o estresse e a ansiedade, que podem piorar a percepção da dor.  "As técnicas de respiração consciente ajudam a ter mais equilíbrio e amenizar esses sintomas, especialmente em condições em que há uma forte ligação emocional, como a fibromialgia", explica o professor de yoga Francisco Kaiut.

 

Conforme o professor de yoga Ravi Kaiut, o grande diferencial está em como a prática atua no sistema nervoso, musculoesquelético e no equilíbrio hormonal, ajudando o organismo a responder melhor aos tratamentos médicos. "O yoga é um recurso que complementa tratamentos, agindo no alívio de dores, melhora da mobilidade e qualidade de vida de quem convive com diversas condições clínicas", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-maneiras-eficazes-de-aliviar-os-sintomas-da-fibromialgia,2695e1ed92b65919adc06d5a0b830c2fcyvjgdqd.html?utm_source=clipboard - Por Tayanne Silva - Foto: fica | Shutterstock / Portal EdiCase

domingo, 10 de agosto de 2025

8 alimentos saudáveis para quem tem colesterol alto


Veja como inserir gorduras boas na dieta para ajudar a controlar a doença

 

Pessoas com colesterol elevado devem focar em uma alimentação regrada e saudável, de preferência evitando comidas com alto teor de gordura. No entanto, é importante destacar que nem todas as gorduras são prejudiciais à saúde, e muitos indivíduos que enfrentam o desafio de controlar o colesterol podem se beneficiar ao incluir alimentos ricos em gorduras saudáveis em suas dietas.

 

"A alimentação inadequada, rica em gordura saturada, trans, carboidratos simples e pobre em fibras podem favorecer o aumento do colesterol", alerta Joana Lucyk, mestre em Nutrição pela Universidade de Brasília (UnB). Pensando nisso, fizemos uma lista com os principais alimentos que vão te ajudar a diminuir o nível de colesterol ruim e ter uma vida mais saudável. Confira!

 

1. Abacate

O abacate é uma excelente fonte de gorduras monoinsaturadas, especificamente o ácido oleico. Essas gorduras são conhecidas por reduzir o colesterol LDL (considerado ruim), enquanto aumentam o colesterol HDL (considerado bom). Além disso, o abacate contém fibras solúveis, que ajudam a diminuir a absorção de colesterol no intestino, contribuindo para a redução dos níveis de colesterol sanguíneo.

 

2. Nozes

As nozes são ricas em gorduras insaturadas, como ácidos graxos ômega 3 e ácido alfa-linolênico. Os ácidos graxos ômega 3 têm propriedades anti-inflamatórias e são capazes de reduzir a formação de coágulos sanguíneos, melhorando a circulação e protegendo o coração.

 

"[O ômega 3] é um importante ácido graxo anti-inflamatório. Ele auxilia no processo de recuperação de diversas células do organismo, por fazer parte da estrutura delas", explica Ricardo Zanuto, nutricionista e mestre e doutor em Fisiologia Humana e Biofísica.

 

3. Peixes

Peixes como o salmão, o atum e a sardinha são fontes de ácidos graxos ômega 3, que diminuem a inflamação no corpo, melhorando a saúde cardiovascular e reduzindo o risco de acúmulo de placas nas artérias.

O salmão é um aliado poderoso para a saúde do coração, especialmente para quem tem colesterol alto. Fornece boas quantidades de potássio e magnésio — minerais essenciais que contribuem para a regulação da pressão arterial, melhoram a circulação e ajudam a prevenir doenças cardiovasculares.

 

4. Azeite de oliva extravirgem

O azeite de oliva extravirgem é rico em ácidos graxos monoinsaturados, especialmente o ácido oleico. Essas gorduras saudáveis ajudam a reduzir o colesterol LDL e protegem o sistema cardiovascular. Além disso, o azeite de oliva é rico em antioxidantes com propriedades anti-inflamatórias e protetoras.

 

5. Sementes de chia

As sementes de chia são fontes de fibras solúveis, ácidos graxos ômega 3 e antioxidantes. As fibras solúveis auxiliam na redução do colesterol LDL, enquanto os ácidos graxos ômega 3 contribuem para a saúde cardíaca, reduzindo a inflamação e o risco de doenças cardíacas.

 

6. Macadâmia

Uma das oleaginosas com maior teor de gordura monoinsaturada, essencial para o bom funcionamento do organismo. Também é rica em compostos antioxidantes, como flavonoides e vitamina E, que ajudam a combater os radicais livres e promovem a saúde das células. Seu consumo regular, em pequenas porções, contribui para o bem-estar geral e favorece a saúde do coração.

"Ricas em selênio, zinco, magnésio e cálcio, as oleaginosas combatem as inflamações do organismo, melhoram a imunidade e ajudam na redução do colesterol, além de possuírem uma potente capacidade antioxidante", diz a Dra. Andrea Neves Soares.

 

7. Sementes de linhaça

Ricas em ômega-3 de origem vegetal e fibras solúveis, ajudam a manter o bom funcionamento do intestino e promovem saciedade. Também são fonte de lignanas, compostos com ação antioxidante e anti-inflamatória, que contribuem para a proteção das células e o equilíbrio hormonal.

 

8. Pistache

Rico em gorduras boas, fibras e antioxidantes como a luteína, que é importante para a saúde dos olhos. Também contribui para o controle do apetite devido ao seu teor de fibras e proteínas, ajudando a promover a sensação de saciedade. Além disso, seus nutrientes favorecem a saúde cardiovascular.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/8-alimentos-saudaveis-para-quem-tem-colesterol-alto,da7f78339e152aa563f9c7ec79200c318n9rwseh.html?utm_source=clipboard - Por: Katharina Piatek - Foto: Krasula | Shutterstock / Portal EdiCase