quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

7 Maneiras cientificamente comprovadas de ser feliz


Qual o seu segredo para sua felicidade? Pesquisadores estudaram vários fatores, desde genes até características pessoais e escolhas de vida, para descobrir o que coincide com a felicidade e o bem-estar na vida das pessoas.
Confira 7 deles que você pode aplicar a partir de hoje para ser feliz:

1 – TENHA CULTURA

Segundo um estudo desse ano, homens que gostam de arte, balé e outras atividades culturais se sentem mais felizes e saudáveis. O resultado se manteve mesmo após os pesquisadores controlarem para outros fatores que influenciam a felicidade, como renda.

Para os homens, a atividade física, lazer ao ar livre e trabalho voluntário também influenciaram positivamente a felicidade. Já as mulheres mais felizes tinham participações na igreja e em eventos desportivos.

A mensagem é clara: mesmo que as pessoas felizes tenham mais cultura e não a cultura faça as pessoas mais felizes, não custa tentar. A felicidade é o prêmio final.

2 – TENHA UM BICHO DE ESTIMAÇÃO

Donos de animais são um grupo que tende para uma maior felicidade. Uma pesquisa de julho de 2011 descobriu que as pessoas que têm cães dizem que seus animais de estimação aumentam a sua autoestima, bem como seus sentimentos de pertença e de significação.

A pesquisa também descobriu que os animais tinham uma capacidade semelhante a de amigos humanos em evitar sentimentos de rejeição.

3 – SEJA POSITIVO

O poder do pensamento positivo pode realmente funcionar. Um artigo que revisou 51 estudos anteriores sobre a felicidade encontrou que as pessoas que adquirem o hábito de escrever três coisas boas que aconteceram com elas toda semana têm um aumento significativo na felicidade.

A pesquisa também descobriu que os participantes que escreveram cartas de gratidão para outros relataram um aumento de felicidade que durou semanas (sem sequer a necessidade de enviá-las). Parece que o que conta mais é ter uma atitude positiva e não pensar que coisas e curas mirabolantes cairão do céu.

4 - SEJA ALTRUÍSTA

Essa mesma revisão de estudos descobriu que devolver coisas boas a sociedade pode pagar dividendos a felicidade. Um estudo de 2008 também concluiu que as pessoas que doam dinheiro em vez de gastá-lo consigo mesmas têm um impulso de felicidade.

Não só isso, mas as pessoas que se voluntariam por razões altruístas vivem mais. O altruísmo é ainda ligado a relacionamentos mais fortes: um estudo de 2006 descobriu que as pessoas mais altruístas são também mais propensas a ter casamentos felizes.

5 – SEJA NOSTÁLGICO

Pessoas sociais, energéticas e extrovertidas são também as com tipo de personalidade que são mais felizes. Não é fácil roubar a cena de uma pessoa extrovertida, mas dá pra roubar a felicidade: é só ver o passado através de óculos cor de rosa.

Uma pesquisa desse ano descobriu que pessoas extrovertidas devem a sua vantagem de felicidade à sua tendência de olhar para trás (para o passado) com nostalgia. Saborear memórias felizes ou colocar as ruins sob uma ótica otimista pode ajudar a tornar a vida de uma pessoa mais feliz. Não confunda isto com ser saudosista, vivendo no passado.

6 – FAÇA SEXO

Apesar de soar superficial, a satisfação entre quatro paredes parece estar ligada à felicidade na vida diária.

Mulheres pós-menopáusicas com vida sexual mais satisfatória são mais felizes em geral. Da mesma forma, os recém-casados com personalidades neuróticas que aliviam suas ansiedades com sexo têm casamentos melhores. Abraços e afeto físico impulsionam a felicidade nos homens também.

7 – NÃO PERSIGA A FELICIDADE

Você pode praticar todos os itens dessa lista e ainda não se sentir feliz. Isso porque um estudo desse ano descobriu que uma hiperconcentração na felicidade pode, paradoxalmente, tornar as pessoas menos felizes.

“Querer ser feliz pode torná-las menos felizes”, disse a pesquisadora Iris Mauss. “Se você explicita e propositadamente foca na felicidade, isso parece ter uma qualidade autodestrutiva”.

O estudo mostrou que as mulheres que valorizam demais a felicidade ou focam exclusivamente nisso têm problemas em realmente alcançá-la. Talvez essas pessoas estabeleçam padrões altos demais para a felicidade, ou se concentram na felicidade pessoal à custa de coisas que realmente fazem as pessoas felizes, como relacionamentos com amigos e familiares.

Não é que tentar ser feliz é um caso perdido, mas a ideia é de que você não deve perseguir esse sentimento em si, mas sim focar em atividades que fazem você feliz. [LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/7-maneiras-de-ser-feliz-cientificamente-comprovadas/ - Por Natasha Romanzoti

As maiores decepções do esporte em 2011


Relembre os esportistas e equipes que deixaram a desejar e até passaram vergonha neste ano.

Corinthians fora da Libertadores
Apesar do trauma pela perda do título brasileiro na última rodada, o Corinthians começou o ano confiante na conquista da sua primeira Copa Libertadores. Mas apresentou um futebol horrível – com a desculpa de não ter tempo para treinar – e foi eliminado em fevereiro, na fase pré-Libertadores, pelo Deportes Tolima, da Colômbia, após empate em zero a zero, no Pacaembu e derrota por 2 a 0 em Ibagué. Foi a última partida de Ronaldo como jogador profissional. Roberto Carlos também deixou o time rumo à Rússia.

Palmeiras de Felipão
O torcedor palmeirense iniciou o ano cheio de esperanças. O técnico Luís Felipe Scolari prometia repetir as boas campanhas da passagem anterior pela equipe e contava com ídolos como Marcos, Valdívia e Kléber. Mas a temporada foi desastrosa. Teve brigas internas, eliminações traumáticas e nenhum título. Kléber brigou dentro e fora do time, e foi afastado; Marcos e Valdívia não saíram do departamento médico, a diretoria não soube que rumo tomar e também brigou internamente, e a torcida teve de se contentar com uma equipe medíocre, que suou para não cair no Brasileiro.

Seleção Feminina de Vôlei
A equipe comandada por José Roberto Guimarães fecha 2011 de forma preocupante. Apesar do título do Pan de Guadalajara – conquistado após vitória suada por 3 sets a 2 sobre Cuba –, o vexatório 5º lugar no Mundial do Japão, em novembro, ligou o sinal de alerta. Jogando um vôlei irreconhecível, as brasileiras perderam o primeiro lugar no ranking da FIVB para os Estados Unidos e ainda não conseguiram vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, onde sonham com o bicampeonato.

Felipe Massa
O piloto teve o seu pior ano na Ferrari e passou a ser fortemente criticado até pelo chefe. Apesar de ter completado sua 100ª corrida na Ferrari no GP Brasil, em Interlagos, Massa não teve motivo para celebrar em 2011. Seus melhores resultados foram quintos lugares em cinco GPs, e ainda viu seu companheiro de equipe Fernando Alonso brigar pelo título e ganhar afagos da equipe. A temporada foi marcada por seus acidentes e discussões com o inglês Lewis Hamilton, da McLaren. Seu contrato termina em 2012.

Parceria Larri Passos/Thomaz Bellucci
No início do ano, o técnico Larri Passos passou a treinar o paulista Thomaz Bellucci, número 1 do tênis brasileiro, e pretendia repetir o sucesso que obteve ao lado de Gustavo Kuerten, durante mais de 15 anos. Mas, em 338 dias, a dupla passou longe de conseguir bons resultados: foram 25 torneios, com 25 vitórias e 25 derrotas. Bellucci já esteve no 21º posto do ranking da ATP, mas despencou para o 38º. A parceria foi desfeita.

Argentina e Messi na Copa América
O cenário parecia perfeito para que a Argentina conseguisse uma grande triunfo: jogava a Copa América em casa, comandada pelo melhor jogador do mundo, Lionel Messi. Mas mais uma vez Messi e toda a equipe não suportaram a pressão e, com campanha idêntica à do Brasil – três empates, uma derrota e uma eliminação nos pênaltis nas quartas –, foram desclassificados sob vaias da torcida. Messi não marcou sequer um gol - mesmo retrospecto que teve no Mundial da África do Sul, em 2010. O Uruguai foi campeão, comandado por Suárez e Forlán, e agora tem 15 títulos continentais contra 14 da Argentina.

Seleção Brasileira
O técnico Mano Menezes e seus comandados tinham a oportunidade de recuperar o prestígio com os torcedores, após o fiasco na Copa de 2010. E 2011 foi mais um ano para se esquecer: eliminação nas quartas da Copa América contra a fraca equipe do Paraguai – com desperdício de quatro pênaltis –, derrotas e fraco futebol apresentado contra as tradicionais equipes mundiais aumentaram a desconfiança em relação à equipe.

O retorno de Ian Thorpe
O nadador australiano anunciou sua volta às piscinas após cinco anos, de olho na classificação para a Olimpíada de Londres. Seu desempenho no Mundial do Japão foi pouco animador – seu melhor resultado foi um sétimo lugar nos 100m medley – e Thorpe admitiu estar muito longe da velha forma. O australiano despontou ao conquistar três medalhas de ouro nos Jogos de Sidney 2000, com 18 anos. Nos Jogos de Atenas, quatro anos depois, levou mais dois ouros.

Uniforme da seleção brasileira
Não é só o futebol apresentado pela seleção que não empolgou os torcedores: em 2011 a camisa também sofreu críticas. Lançada em 31 de janeiro pela fornecedora americana Nike, o uniforme tem uma faixa verde na altura peito, que não foi bem aceita pela torcida. Assim como a seleção, a camisa também encalhou em 2011.

Fabiana Murer no Pan
O ano não foi de todo ruim para a saltadora Fabiana Murer - uma das grandes esperanças de ouro para o Brasil nos Jogos de Londres – mas ela fracassou nos Jogos Pan-Americanos. A atleta do salto com vara iniciou o ano com a conquista da medalha de ouro no Mundial de Atletismo em Daegu, na Coreia do Sul, batendo a recordista mundial e campeã olímpica Yelena Isinbayeva. Mas no Pan de Guadalajara deixou escapar um dos ouros mais esperados, ao perder para a cubana Yarisley Silva, numa das maiores zebras da competição. A brasileira terminou com a prata.

River é rebaixado na Argentina
Maior campeão argentino e um dos clubes mais importantes da América do Sul, o River Plate viveu no dia 26 de junho de 2011 o capítulo mais triste de seus 110 anos. Após anos de campanhas sofríveis a equipe teve de disputar uma repescagem diante do pequeno Belgrano. Na partida de ida, em Córdoba, vitória da equipe local por 2 a 0; na volta, o torcedor do River lotou o Monumental de Nuñez, mas o empate em 1 a 1 não adiantou e o time teve de disputar a segunda divisão no meio do ano. O River ainda desperdiçou um pênalti na partida e houve muita confusão e protestos após a jogo, que terminou com mais de 60 pessoas feridas.

Falcão treinador
Maior ídolo da história do Internacional, o ex-jogador e ex-comentarista Paulo Roberto Falcão assumiu o Inter em 11 de abril, prometendo títulos e futebol alegre e envolvente, semelhante ao do Barcelona. O título estadual até veio, mas Falcão não conseguiu dar forma à equipe e após a surpreendente eliminação para o Peñarol na Libertadores, e seguidas derrotas no Brasileiro, o treinador foi demitido. Em pouco mais de três meses, o saldo foi de cinco vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

Clubes mineiros no Brasileirão
Com a volta do América, Minas passou a ter três representantes na Série A , o que não ocorria havia dez anos. Mas todos brigaram na parte inferior da tabela: o América foi rebaixado e o Cruzeiro se salvou na última partida, justamente no clássico contra o Atlético, que terminou uma posição à frente do rival. Nessa última partida, os atleticanos sofreram uma histórica goleada por 6 a 1, em que os torcedores e até o presidente Alexandre Kalil protestaram contra a falta de comprometimento dos atletas. Ambas as equipes ficaram fora da Copa Sul-Americana.

Fonte: http://veja.abril.com.br/1000-fatos-2011/as-maiores-decepcoes-do-esporte.shtml

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

MEC antecipa resultado do Enem 2011


Candidatos podem acessar o site do exame para conferir nota da prova

O Ministério da Educação (MEC) antecipou a divulgação dos resultados do Exame nacional do Ensino Médio (Enem) 2011, que estavam previstos para serem publicados no início de janeiro. Os participantes da prova em 2011, aplicadas em 22 e 23 de outubro, já podem fazer a consulta no site do Enem.

Para acessar os resultados, o estudante precisa informar seu CPF e a senha cadastrada durante o período de inscrição. Caso tenha perdido a senha é possível recuperá-la no sistema. O boletim apresenta o desempenho do candidato nas quatro provas objetivas (linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza), e na redação.

A nota do Enem é calculada pelo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), modelo estatístico que permite que diferentes edições da prova sejam comparáveis. Para o cálculo da nota, leva-se em conta não apenas o número de acertos do candidato, mas também o nível de dificuldade de cada item. Uma questão que teve baixo índice de acertos é considerada "difícil" e, portanto, tem mais peso na pontuação final. Aquelas que têm alto índice de acertos são classificadas como "fáceis" e contam menos pontos na nota final. Dessa forma, dois participantes que acertaram o mesmo número de itens podem ter médias finais diferentes.

Na TRI não existe uma pontuação máxima e mínima que o candidato pode atingir - com exceção da redação, que não é corrigida por esse modelo e cuja nota varia de 0 a 1000. A partir do desempenho dos participantes, o Inep constrói uma escala de notas máximas e mínimas que permite ao aluno comparar seu desempenho com o dos demais estudantes. A escala será divulgada posteriormente pelo instituto.
Para mais informações, acesse o portal do Inep.

*Com informações da Agência Brasil

Fonte: guiadoestudante.abril.com.br

Parar de fumar melhora qualidade de vida


Alguns fumantes dizem que não conseguem parar de fumar, pois se sentem tristes e melancólicos sem o cigarro. Contudo, pesquisa publicada na revista Annals Springer of Behavioral Medicine mostra que boa parte dos ex-fumantes se mostra mais saudáveis e mais satisfeitos com suas vidas em um prazo que pode variar de um a três anos após largar o vício.

Realizado na Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, o estudo mostra que parar de fumar pode melhorar o bem estar psicológico da pessoa. “Não há duvidas que parar de fumar pode melhorar a saúde e, até mesmo, salvar vidas. O que é menos claro na medicina é como largar o vício afeta a qualidade de vida, especialmente do ponto de vista psicológico”, diz Dra. Megan Piper, coordenadora do estudo.

O estudo envolveu 1.504 fumantes que ingressaram em tratamento para largar o vício. Foram avaliados aspectos relacionados à qualidade de vida geral (saúde, auto-estima, filosofia de vida, padrão de vida, trabalho, lazer, aprendizagem, criatividade, serviço social, relações amorosas, amizades, relacionamentos com as crianças, as relações com familiares e amigos), emoções positivas e negativas e ocorrência de estresse. Os voluntários foram acompanhados por três anos.

Os fumantes acreditam que sua qualidade de vida pode diminuir com a cessação do fumo. Entretanto, os pesquisadores descobriram que, a longo prazo, aqueles que alcançaram a meta de largar de vez o cigarro não passaram por diminuição da qualidade de vida, ao contrário, sentiam-se mais felizes e satisfeitos com suas vidas do que os que desistiram do tratamento.

Fonte: Springer – Boasaúde-UOL

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Dormir menos pode significar comer mais


Pesquisas recentes sugerem que a privação do sono, além de ter outras consequências, pode aumentar o apetite também.

As descobertas podem explicar a ligação entre sono insuficiente e excesso de peso, que foi encontrada em estudos anteriores. É possível que exista um efeito causal entre as condições.

O estudo mostra que, depois de dormir apenas quatro horas, as pessoas tendem a comer mais calorias no dia seguinte do que quando tem uma boa noite de sono.
Isto é especialmente verdade para mulheres, que consomem uma média de 329 calorias a mais quando privadas de sono, enquanto os homens consomem apenas 263 a mais.

O estudo incluiu 13 homens e 13 mulheres com idades entre 30 e 45 anos, saudáveis e com peso normal. Cada um dos participantes passou dois turnos de seis dias sob a estreita supervisão de um laboratório de sono.

Durante o primeiro turno, eles podiam dormir até nove horas por noite, e no outro foram restritos à apenas quatro horas. Eles não tinham permissão para sair do laboratório, nem estavam autorizados a cochilar.

Durante os primeiros quatro dias do estudo, todos comeram uma dieta fixa de cereais e leite de manhã, e pratos congelados no almoço e no jantar. Nos dois últimos dias do estudo, eles poderiam escolher o que queriam comer.

Quando privados de sono, além de consumir mais calorias, os voluntários pareciam escolher mais alimentos ricos em gordura e proteína. O sorvete foi um favorito.

Tanto homens quanto mulheres comeram mais alimentos ricos em proteínas quando privados do sono, mas só as mulheres ingeriram mais gordura. As mulheres comeram em média 31 gramas a mais de gordura depois de dormir por quatro horas.

Segundo os pesquisadores, os participantes privados de sono poderiam simplesmente estar procurando uma fonte de energia rápida para recuperar-se, mas pode ser também que a falta de sono prejudique a capacidade das pessoas de fazer escolhas alimentares saudáveis.

Pessoas acima do peso muitas vezes têm problemas de sono, sendo o mais conhecido a apnéia do sono, uma doença respiratória que provoca despertares frequentes. Porém, não estava claro se as pessoas estão acima do peso por causa de seus problemas de sono, ou se os seus problemas de sono resultam em excesso de peso.

O novo estudo pode ser um passo na direção de responder a esta pergunta, já que inclui apenas pessoas com peso normal e, portanto, elimina qualquer influência do sobrepeso ou obesidade. No entanto, por ser de pequeno porte, a pesquisa não pode ser conclusiva.

Os pesquisadores acreditam que a falta de retenção exibida pelos voluntários privados de sono pode ter consequências nocivas a longo prazo. Comer regularmente 300 calorias extras por dia somaria cerca de 13,61 quilos ao peso de uma pessoa ao longo de um ano, aumentando seu risco de doenças cardíacas, diabetes e outras doenças crônicas.

Os cientistas esperam entender melhor o problema entre privação do sono e alimentação para poder sugerir soluções. [CNN]

Fonte: http://hypescience.com/dormir-menos-pode-significar-comer-mais/ - Por Natasha Romanzoti

Como superar a falta de energia e ganhar vitalidade


Falta energia para trabalhar, malhar, passear, se arrumar, namorar e até se divertir? Nossos especialistas apontam causas possíveis e revelam como recuperar a vitalidade

Fora a escassez de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), outra crise de energia ameaça o planeta. O cansaço é uma queixa cada vez mais comum. Uma pesquisa da filial brasileira da International Stress Management Association (Isma) ouviu 760 pessoas em Porto Alegre e em São Paulo em 2010: 94% das mulheres relataram sobrecarga no trabalho. Dessas, 89% manifestaram cansaço frequente. O alarme já havia soado num estudo britânico encomendado pela revista Top Santé em 2007: 85% das 2 mil entrevistadas se declararam exaustas. Os autores observaram que a batalha para conciliar os afazeres domésticos, a educação dos filhos e a carreira torna o período dos 30 aos 40 anos o mais difícil da vida da mulher.

Diferentemente do cansaço comum, que desaparece após uma boa noite de sono, a fadiga persiste e traz companhia: desânimo, dificuldade de concentração e fraqueza muscular. “Prejudica o desempenho, interfere nos relacionamentos, repercute mal em todas as esferas da vida”, avisa a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR. Assim, não dá para ignorar esse sintoma. Antes, porém, de acusar o atual estilo de vida frenético, vale a pena investigar se há outra explicação física, mental ou emocional. “A exaustão pode sinalizar várias doenças”, diz o presidente da regional paulista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Abrão José Cury Júnior. “O médico precisa ouvir o paciente e fazer um bom exame físico para chegar ao diagnóstico.”

Questão de sangue

Causa comum de cansaço, a anemia é a baixa da hemoglobina, pigmento do sangue que carrega oxigênio para as células. “Essa condição priva o corpo de energia”, diz a endocrinologista Silvia Bretz, do Rio de Janeiro. Surge por causa da dieta pobre em nutrientes, em especial ferro e vitamina B12 (carne e frango), ou da perda de muito sangue na menstruação (nesse último caso, pedem-se também dosagens hormonais). Um hemograma confirma a suspeita. O tratamento prevê correção da dieta e suplementação de vitaminas.

Sono picadinho

Mesmo dormindo as oito horas, há quem acorde cansado. Motivo comum é a apneia do sono, que ocasiona pequenas pausas da respiração e microdespertares noturnos. Isso compromete o descanso. O distúrbio, frequente em quem ronca e está acima do peso, pode ser notado no exame do sono (polissonografia). Tratamento: aparelho que alivia o ronco e, às vezes, cirurgia.

Exaustão extrema

Os exames dão resultado normal. A hipótese para o cansaço físico e mental é a síndrome da fadiga crônica, que acomete quem já teve alguma virose, como mononucleose, e dura pelo menos seis meses, com dores de cabeça e musculares, gânglios inchados e perda da concentração. “Antes de adoecerem, quase todas as vítimas são ativas. Sob o domínio da doença, tornam-se meras sombras do que foram; seus corpos se comportam como um inimigo, tornando cada despertar uma luta física, emocional e cognitiva que dificulta as ações mais simples”, escreve a psicóloga inglesa Kristina Downing-Orr no recém-lançado Vencendo a Fadiga Crônica (Summus Editorial). Ela sugere suplementos vitamínicos, exercícios, relaxamento e, em certos casos, antidepressivos.

Picos de açúcar

Diabetes não detectada ou fora de controle é outra possibilidade. O distúrbio aparece quando o pâncreas deixa de produzir insulina ou o organismo resiste a essa substância, que leva a glicose para dentro das células. “Daí as células não dispõem de glicose para gerar energia, e o açúcar se acumula no sangue, com risco de lesar coração, rins, nervos e olhos”, informa Silvia Bretz. O diagnóstico requer dosagem de glicose no sangue. O controle engloba ajuste da dieta, exercícios físicos regulares e, se preciso, remédios.

Na linha de fogo

Infecções podem esgotar sua energia, sejam elas bacterianas, como certas pneumonias, ou virais, caso da aids. Às vezes o culpado é uma infecção urinária não diagnosticada ou mal tratada. Basta uma gripe para deixar o corpo moído. Então, o cansaço costuma se associar a febre e gânglios inchados. Outro sintoma destacado pelo clínico geral é a perda de peso sem causa conhecida, que pode sugerir algo mais grave, como linfoma, câncer no sistema linfático. Os exames variam conforme a suspeita, bem como o tratamento. Pode ser à base de antibióticos, antivirais ou quimioterápicos.

Em guerra com a balança

Os quilos a mais, por si só, cons tituem um problema: “Uma coisa é carregar 65 quilos, outra é carregar 85”, explica a endocrinologista Silvia Bretz. “O excesso de peso exige maior esforço do coração, dos músculos e dos vasos sanguíneos, o que pode trazer cansaço e doenças, como hipertensão arterial e dia be tes.” O tratamento combina dieta e exercícios, às vezes medicamentos para reduzir o apetite e, em casos severos, cirurgia.

Preto e branco

O cansaço às vezes é o sinal inicial da depressão, lembra Cury Júnior. A doença se caracteriza por tristeza mental profunda, irritabilidade, desinteresse por algo que só nos dava alegria, dificuldade de concentração, alteração do sono, mudanças de apetite e dores crônicas, além da perda de energia. Antidepressivos e psicoterapia ajudam a recuperar o interesse pela vida.

A maioria

Em mais de 90% dos pacientes, o cansaço é resultado do estilo de vida. Dieta irregular, longas horas de jejum, comer rápido, abusar de café, não praticar exercícios, dormir menos que o necessário. “É uma bola de neve: uma coisa potencializa a outra”, comenta Silvia Bretz. Desse modo, é preciso combater o cansaço em várias frentes. “Não dá para tomar um remedinho e prosseguir num ritmo alucinante. É preciso dar a devida atenção a esse alerta, desacelerar, respeitar os próprios limites.”

Quase parando

Distúrbios na tireoide podem ser os responsáveis. O mais usual é o hipotireoidismo: a glândula opera em ritmo lento e produz menos hormônios. Ocorrem sonolência, cansaço, queda de cabelo, pele seca, unhas quebradiças, intestino preso, menstruação irregular, redução da libido e ganho de peso. A dosagem de hormônios (T3 e T4, sintetizados ali, e o TSH, que estimula a glândula) aponta o problema, pois os sintomas nem sempre são evidentes. É preciso repor as substâncias em falta.

Coração e pulmão em risco

Antecedentes de infarto na família, tabagismo e hipertensão alertam para os males do coração. “Na insuficiência cardíaca, a fadiga surge porque o sangue não é bombeado a contento. Já na insuficiência respiratória, o cansaço se expressa por falta de ar”, diz o cardiologista Luciano Harary, do Hospital Samaritano, em São Paulo. Eletrocardiograma e ecocardiograma ajudam a diagnosticar e a planejar o tratamento.

Energia a jato

• O café da manhã ou lanche deve ser à base de pães ou cereais integrais, iogurte ou leite desnatado e frutas (pêssegos, uva, maçã, damasco seco, goiaba). A mistura de proteínas, carboidratos complexos e fibras garante um ótimo aporte de energia.
• A cada 60 a 90 minutos de atividade no trabalho, faça breves pausas de dois a cinco minutos. A medida renova o gás.
• Meditar nesses minutinhos, nem que seja no banheiro do escritório, é indicado. Fique numa posição confortável, feche os olhos e concentre-se na respiração mais lenta.
• Uma caminhada após o almoço, mesmo que por apenas dez minutos, revigora.
• Telefonar para uma amiga bem-humorada pode devolver a disposição.
• Assistir a uma comédia ajuda. Rir ativa a circulação, alivia a ansiedade, aumenta o pique e torna a rotina mais agradável.
• Separar algumas horas para se dedicar a um hobby, tomar banhos relaxantes e receber massagens recarregam a bateria.
• Horários regulares para comer, dormir e se levantar organizam o relógio interno.

Foto modelo Karen Nuernberg, Lumière, Karine Basilio; laranja e açúcar, Carlos Cubi; demais Getty Images

Fonte: Revista Claúdia – por Cristina Nabuco