domingo, 25 de março de 2012

10 conselhos indispensáveis sobre saúde

Comer chocolate no meio da tarde? Tomar sol? Sim, você pode. Confira alguns conselhos sobre saúde que você sempre quis ouvir e que ajudam a viver melhor

Use salto alto, coma chocolate, tome café, pegue sol... Sabe aqueles conselhos que você sempre quis ouvir, mas achou que nunca iriam dizer a você? Eles podem, sim, te ajudar a viver melhor. Confira dez deles e veja como é possível manter a saúde em dia com prazer.

1. Suba no salto
Ficar em cima de um salto faz bem, sim. Desde que tenha uns 4 centímetros. "Isso previne varizes, aumenta a firmeza da panturrilha e dá a impressão de magreza", diz o médico Fabio Ravaglia, presidente do Instituto de Ortopedia e Saúde, em São Paulo. "Sapatos rentes ao chão causam dores no calcanhar", completa. Então, fique mais alta já. Melhor se escolher um modelo plataforma de bico redondo. Dica: abuse da moda das espadrilhas.

2. Deguste chocolate
Pode comer 30 gramas de chocolate meio amargo por dia sem se preocupar com a balança. "Uma barrinha tem só 170 calorias e possui substâncias antioxidantes que previnem o envelhecimento", diz a nutricionista Carolina Melilli, de São Paulo. Além disso, um estudo da Universidade Wayne State, nos Estados Unidos, mostra que o chocolate pode ajudar no crescimento muscular do mesmo modo que a corrida.

3. Tenha orgasmos
Mais uma razão para atingir o clímax: o orgasmo diminui o stress e pode aumentar a sua criatividade no trabalho. Pois é! Ao gozar, o corpo libera endorfina e oxitocina, hormônios que aumentam a sensação de bem-estar. "Depois de uma noite com orgasmo, fica fácil fazer uma tarefa complexa, já que você está mais relaxada e feliz", diz a ginecologista Carolina Ambrogini, da Unifesp.

4. Beba café
Se você não passa o dia sem tomar algumas doses de café, já está cuidando da saúde. Cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, dizem que a bebida previne contra câncer de colo de útero. Eles descobriram que mulheres que tomam de quatro a sete xícaras de café diariamente têm 25% menos chances de ter a doença em comparação com quem não coloca uma gota na boca.

5. Coma à vontade
No café da manhã, comer bem é obrigação. Caso contrário, aquele pneuzinho que impede você de comprar um jeans 38 pode aumentar (ou nunca sumir). Carolina Melilli explica: "Depois de longas horas de jejum, o organismo produz cortisol, substância que ajuda na retenção da gordura abdominal". A arma para combater esse vilão é a proteína. Aposte num iogurte sem gordura e numa fatia de peito de peru logo cedo.

6. Braços tomem sol
Arrumar meia hora antes de ir para o trabalho e ficar tomando sol tem outras vantagens que não o bronze: "A exposição auxilia a produção de vitamina D, importante para a absorção de cálcio e prevenção da osteoporose", diz o dermatologista Adilson Costa, professor da PUC-Campinas. Segundo o IBGE, 92% das brasileiras têm carência dessa vitamina. E o sol ainda tem mais um benefício: aumenta a imunidade.

7. Lote o seu iPod
Além de deixar você mais animada, a música pode ajudar o seu cérebro a lutar contra o envelhecimento. Ter contato com ela desde cedo faz com que problemas de memória e de audição sejam prevenidos, de acordo com um estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Pode bombar o fone de ouvido ¿ só tome cuidado com a altura do som. O volume ideal é de 80 decibéis, quando ainda dá para ouvir a sua colega ao lado.

8. Use óculos escuros
Está louca por aqueles óculos caríssimos? Agora já tem motivo para sacar o cartão e correr até a loja: o acessório (com filtro UV) é indispensável para a saúde dos olhos. O sol pode causar doenças como câncer e danificar a retina - e as mulheres são mais suscetíveis a isso. Uma pesquisa do Healthy Sight Institute, dos Estados Unidos, mostra que nós temos até 50% mais chances de ter esses problemas do que os homens.

9. Pegue leve com o cérebro
Fazer hora extra e ficar em um emprego em que a pressão é enorme ataca a sua saúde mental - e causa depressão, stress e síndrome de burnout, esgotamento nervoso típico de quem está sendo exigido demais. No Brasil, houve um aumento de 20% dos afastamentos devido a esses casos em 2011, de acordo com o INSS. Está muito sobrecarregada? Negocie prazos e separe tempo para relaxar: vale um cinema depois de um dia cheio.

10. Caia na piscina
Nadar deixa as pernas definidas, os braços durinhos e ajuda a perder até 290 calorias em meia hora. Aí você vem com a desculpa: "Meu cabelo vai ficar horrível!" Não vai, não. Costa dá a receita: "Lave os fios com água abundante e use produtos específicos". Uma boa alternativa é colocar no nécessaire a linha Color Extend Sun, da Redken, que tem cremes, máscaras e xampus voltados para quem não abre mão do mergulho diário.

Conteúdo do site NOVA - Reportagem: Elisa Tozzi - Edição: MdeMulher - Foto: Getty Images

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/vida-saudavel/10-conselhos-saude-ajudam-viver-melhor-679280.shtml

sábado, 24 de março de 2012

Alguns cérebros são melhores do que outros para aprender idiomas?


Em seu tempo livre, um garoto americano de 16 anos aprendeu sozinho hebraico, árabe, russo, suaíli (uma das línguas oficiais do Quênia), e uma dúzia de outros idiomas.

Teria Timoty Doner alguma capacidade especial? Mesmo que não esteja totalmente claro o nível de fluência do garoto em qualquer das línguas estudadas, poliglotas como ele certamente parecem diferentes da maioria das pessoas, que fala uma, talvez duas línguas.

Existe algo único em certos cérebros, que permite que algumas pessoas falem e entendem mais línguas do que o resto de nós? Segundo os especialistas, a resposta pode ser “sim”, “não” e “é complicado”.

Algumas pesquisas apontam que, para certas pessoas, os genes podem “preparar” o cérebro para ser bom em aprendizagem de línguas. Os estudos estão começando a identificar algumas regiões do cérebro que são um pouco maiores ou mais eficientes em pessoas que se destacam em línguas.

Para outros cientistas, porém, é mais uma questão de ser determinado e motivado o suficiente para aguentar o estudo puxado necessário para aprender novas formas de comunicação.

“As crianças fazem bem o que elas gostam”, disse Michael Paradis, um neurolinguista da Universidade McGill, em Montreal, que comparou aprender uma nova língua a aprender a tocar piano, praticar esportes ou qualquer outra coisa que requer disciplina. “Pessoas que amam matemática são boas em matemática. Timoty ama línguas e está indo bem em línguas”.

Segundo Paradis, este é apenas um caso extremo de um princípio geral. “Se você praticar e ter uma grande dose de motivação para um determinado domínio, você vai ser capaz de melhorar nesse domínio para além dos limites normais”, disse.

Crianças muito jovens são muito boas em aprender várias línguas ao mesmo tempo. Elas serão melhores em pronunciação porque podem desenvolver vários “sotaques” na língua. E daí, na idade adulta, todas as línguas aprendidas ficam “no seu próprio canto” no cérebro, sem interferir umas com as outras – ao contrário de alunos mais velhos que podem ter problemas em se lembrar de uma segunda língua quando começaram a aprender uma terceira.

A idade e os idiomas

Com a idade, porém, não só fica mais difícil aprender novas línguas, como pode até haver estágios de desenvolvimento para além do qual certas nuances da língua simplesmente se tornam inacessíveis.

Com a idade de 9 a 12 meses, por exemplo, os bebês começam a perder a capacidade de distinguir entre sons que não são usados em sua língua nativa. Após cerca de 4 anos de idade, a maioria das pessoas nunca vai ganhar uma compreensão verdadeiramente profunda sobre a morfologia de uma segunda língua, que se refere às regras que determinam como as palavras são formadas a partir de unidades linguísticas.

Após 7 anos de idade ou mais, o cérebro começa a prestar mais atenção ao que está aprendendo, o que afeta o tipo de memória que as crianças usam para entender línguas.

E para além da puberdade, torna-se improvável que alguém seja capaz de falar um novo idioma sem ter um sotaque estrangeiro (embora Doner seja impressionante nesse campo, o que pode refletir um cérebro que demorou mais para amadurecer). Não parece haver nenhum ponto de corte para a aprendizagem de vocabulário.

Linguagem e cérebro

Por mais de um século, os cientistas sabem que existem áreas-chave do cérebro, no córtex exterior do hemisfério esquerdo, conhecidas como área de Broca e área de Wernicke, que são críticas para aprender a falar e compreender a fala. Há também muitas outras áreas em todo o cérebro que processam a linguagem.

Genes, neurotransmissores e regiões cerebrais envolvidas em memória de longo prazo também desempenham um papel. E um número de diferentes estruturas provavelmente entra em jogo quando as pessoas falam uma segunda língua quando comparado a falar sua primeira língua.

Isso explicaria por que os danos cerebrais do mal de Parkinson, Alzheimer ou outros distúrbios que afetam áreas específicas do cérebro podem prejudicar apenas a língua nativa, ou apenas uma língua que foi aprendida mais tarde na vida, deixando a outra intacta. O envelhecimento também pode destacar um sotaque que antes era imperceptível.

Somente nos últimos anos os cientistas começaram a se concentrar em regiões do cérebro que parecem importar mais em ajudar poliglotas a desenvolver suas habilidades impressionantes.

Em um estudo de 2008, por exemplo, os pesquisadores descobriram melhores habilidades de aprendizagem de línguas em estudantes universitários com maior giro de Heschl, uma área do lado esquerdo do cérebro que processa afinação. Mas essa conclusão só se aplica a aprendizagem de línguas tonais como o mandarim.

Em outro estudo, publicado no ano passado, cientistas descobriram que os alunos bons de línguas tinham grande conectividade na substância branca do córtex auditivo, que faz parte da rede de linguagem.

No entanto, mesmo que pesquisas revelem indícios biológicos no cérebro de quem pode ser um melhor poliglota, ninguém está completamente fadado a ser bom ou falhar em línguas.

Nossa biologia pode simplesmente determinar qual a estratégia que devemos usar para aprender novos dialetos. Uma vez que as pesquisas encontram os preditores, as pessoas podem saber qual o tipo certo de programa de treinamento para si, para aprender novas línguas.

O campo de neurolinguística ainda é novo e, por enquanto, o processo de aprendizagem de línguas no cérebro permanece cheio de segredos.[MSN]

Fonte: http://hypescience.com/algumas-pessoas-sao-melhores-em-aprender-novas-linguas-que-outras/ - Por Natasha Romanzoti

sexta-feira, 23 de março de 2012

Milionários revelam segredos para ficar rico


Uma empresa americana de serviços financeiros, sediada na Pensilvânia e ligada à Bolsa de Valores NASDAQ, fez uma pesquisa com empresários ricos para responder a uma simples questão: a que eles atribuem o próprio sucesso financeiro? As respostas variaram em alguns tópicos, mas em geral há duas receitas básicas para a fortuna: uma forte ética de trabalho e abertura constante às novas ideias.

Os pesquisados foram cem indivíduos cujo patrimônio familiar ultrapassa a casa dos 20 milhões de dólares em ativos financeiros (R$ 35 mi). A empresa que organizou a enquete trabalha em parceria com outras duas em um projeto que pretende traçar novas orientações para empreendedores.

A inovação parece ser um ponto crucial. Nada menos do que 95% dos participantes garantiram que os negócios estão em constante transformação e é essencial estar pronto para se adaptar conforme as mudanças. Da mesma forma, 80% dos entrevistados afirmam que a ética pessoal de trabalho precisa ser sólida para que o sucesso seja alcançado.

A melhor forma de fazer inovações, no entanto, causa números divergentes. Cerca de metade dos entrevistados afirma que é importante ter bons assessores e conselheiros na hora de se tomar decisões profissionais. Mas apenas 36% acham sensato delegar as inovações na empresa a membros jovens da família, enquanto 37% defendem que tais ideias devem partir dos profissionais especializados em negócios. [Business News Daily, foto de Rodrigo Amorin]

Fonte: http://hypescience.com/milionarios-revelam-segredos-para-ficar-rico/ - Por Dalane Santos

Como reduzir em 30% sua chance de ter câncer


Se você costuma ler artigos científicos, já deve ter perdido a conta de quantos métodos preventivos contra o câncer você já ouviu falar. A maioria, no entanto, sequer está relacionada a medicamentos. São dicas de alimentação, hábitos de vida ou consumo de certas substâncias.

Agora, cientistas da Universidade Oxford, na Inglaterra, afirmam que um produto muito simples e presente na nossa rotina pode nos proteger do câncer: a aspirina.

A pesquisa se baseia no fundamento de que a melhor forma de evitar o câncer é combatendo a formação de metástases. São lesões tumorais malignas secundárias, criadas a partir de uma primeira, que se espalham pelos órgãos do corpo humano e aumentam as chances de contração da doença.

A aspirina, conforme os cientistas apuraram, teria propriedades ideais para restringir as metástases. Basta tomar um comprimido ao dia, durante três a cinco anos, para que as chances de formação de tumor se reduzam em 19%.

Fazer uso do medicamento por mais de cinco anos pode diminuir tais riscos em até 30%. Este efeito vale, inclusive, para pessoas que já ultrapassaram os 60 anos de idade. [Telegraph, foto de jlodder]

Fonte: http://hypescience.com/como-reduzir-em-30-sua-chance-de-ser-diagnosticado-com-cancer/ - Por Dalane Santos

quinta-feira, 22 de março de 2012

Para atrair as mulheres, pele é mais importante do que o rosto


No jogo do amor e do sexo, uma pele bonita pode formar a linha divisória entre os perdedores e os vencedores: uma nova pesquisa mostra que uma pele saudável é mais importante do que um rosto masculino.

Estudos anteriores revelaram que mulheres heterossexuais acham homens com rostos masculinos – aqueles com o queixo proeminente e quadrado, sobrancelhas espessas e um rosto relativamente longo com um queixo bem definido – mais atraentes, principalmente durante a ovulação. Pesquisas propuseram que as mulheres instintivamente escolhem homens com características masculinas devido ao indicativo de boa saúde, que então poderia ser passada para os filhos.

Entretanto, o psicólogo Ian Stephen, da Universidade de Nottingham, na Malásia, descobriu que uma pele “dourada” também é indicativo de boa saúde, e que as pessoas tendem a achar isso bonito. Mas então o que as mulheres preferem: uma pele bonita e dourada ou um rosto “macho”?

Para descobrir, Stephen e seus colegas tiraram fotos de 34 homens brancos e 41 negros. Eles então calcularam a cor das faces e usaram um programa de computador para classificar a masculinidade das faces.

“Nós usamos essa técnica de computador para comparar matematicamente o formato dos rostos dos homens com amostras similares de rostos de mulheres, das mesmas populações”, comenta Stephen.

Os pesquisadores então mostraram as fotos para 32 mulheres brancas e 30 negras, para que elas classificassem a atração.

Os cientistas descobriram que a masculinidade facial não era nem de perto tão importante quando o tom da pele, para as mulheres de ambos os grupos étnicos. Eles não encontraram uma ligação entre a masculinidade e a atração, mas sim entre a pele.

Apesar da cor dourada ser muito importante para as mulheres ao classificarem os rostos do próprio grupo étnico, elas não pareceram se importar muito com esse traço em outro grupo étnico. Os pesquisadores sugerem que elas não conseguem detectar diferenças tão relativas em homens de outras raças.

Os traços dourados em nossa pele vêm de pigmentos de frutas e vegetais da nossa alimentação, promovendo saúde e fertilidade.

“Nosso estudo mostra que ser saudável pode ser a melhor forma dos homens ficarem atrativos”, comenta Stephen. “Nós sabemos que você pode conseguir uma pele mais atrativa comendo mais frutas e vegetais, então aí pode ser um bom começo”. [LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/para-atrair-as-mulheres-pele-e-mais-importante-do-que-o-rosto/ - Por Bernardo Staut

quarta-feira, 21 de março de 2012

Você sabe o que é Síndrome do Esgotamento Profissional?


Doenças do trabalho

Fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos e depressão.

Estes são alguns dos sintomas de uma doença invisível chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional (SEP) ou Síndrome de Burnout - do inglês burn out, que significa queimar-se por completo.

Na década de 1970, os problemas de saúde do trabalhador mais relevantes eram as doenças fisiológicas, tais como silicose ou a intoxicação por chumbo.

Na de 1980 eram as lesões por esforços repetitivos (LER) e doenças osseomusculares relacionadas ao trabalho (DORT).

De 1990 em diante, contudo, os casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho e as doenças como depressão e Síndrome do Esgotamento Profissional não pararam de crescer.

Síndrome do Esgotamento Profissional

A característica mais marcante da Síndrome do Esgotamento Profissional é a dedicação exagerada à atividade profissional, marcando o que se convencionou chamar de workaholic, uma pessoa viciada em trabalho.

Mas não é a única.

O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: a pessoa passar a avaliar e sustentar sua auto-estima na capacidade de realização e sucesso profissionais.

O que tem início como uma vocação, envolvendo satisfação e prazer no trabalho, acaba quando o trabalhador não obtém o reconhecimento de que se acha merecedor.

Nesse estágio, necessidade de se afirmar e desejo de realização profissional se transformam em obstinação e compulsão, tornando a pessoa incapaz de levantar os olhos e ver a situação de um ponto de vista mais amplo.

Estágios da síndrome de Burnout

Segundo os especialistas, a Síndrome do Esgotamento Profissional possui doze "degraus", que a pessoa geralmente percorre sem se dar conta do caminho que está seguindo:
• Necessidade de se afirmar;
• dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
• descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir e sair com os amigos começam a perder o sentido;
• recalque dos conflitos - a pessoa percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as primeiras manifestações físicas;
• reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa e amigos. A única medida da auto-estima é o trabalho;
• negação de problemas - nessa fase, os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, sendo cinismo e agressão os sinais mais evidentes;
• recolhimento;
• mudanças evidentes de comportamento;
• despersonalização;
• vazio interior;
• depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
• e, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental.

O último degrau é considerado de emergência, e a única saída à qual essa escada leva é o consultório médico, para os remendos de urgência, e o psicólogo, para uma auto-reconstrução de longo prazo.

Sanidade mental dos trabalhadores

De acordo com Sérgio Roberto de Lucca, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, os casos de DORT e transtornos mentais associadas à Síndrome do Esgotamento Profissional são uma tendência demonstrada pelas estatísticas da Previdência Social e pelos pacientes atendidos no ambulatório de medicina do trabalho do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.

Dos 858 casos de DORT atendidos no ambulatório nos últimos anos, 280 destes casos apresentam como comorbidade algum tipo de transtorno mental.

"O novo desafio da medicina do trabalho é a de preservar a sanidade mental dos trabalhadores. Passamos do risco tecnológico, possível de controlar, para o risco invisível, difícil de controlar.

"Na história clínica há relatos de assédio moral e alguns pacientes apresentam sintomas que podem caracterizar-se como Síndrome de Burnout. O medo de perder emprego e os fatores da organização do trabalho são invisíveis e muito mais complexos de lidar. Este problema é mundial", disse de Lucca.

Precarização do trabalho

Segundo o pesquisador, esse problema foi agravado com o advento das novas tecnologias e da globalização, que impuseram uma reestruturação produtiva.

A precarização do trabalho se dá por meio da terceirização, flexibilização das atividades e instabilidade dos postos de trabalho.

"As exigências das empresas são tamanhas que o indivíduo precisa de uma qualificação cada vez mais exigente. A maioria dos trabalhadores, hoje, não tem essa qualificação. Eles ficarão na periferia do sistema, em subempregos ou desempregados", disse.

Com informações do Jornal da Unicamp

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sindrome-esgotamento-profissional&id=7547&nl=nlds - Imagem: Wikimedia/Doryana02

terça-feira, 20 de março de 2012

Casamento pode ser o melhor remédio para o coração


Questão de sobrevivência

Pesquisas já haviam mostrado que o casamento é bom para o coração - fisiologicamente falando -, sobretudo para as mulheres.

E parece que isto é verdade também quando o coração está envolvido em situações muito críticas.

Adultos casados que passam por uma cirurgia cardíaca têm três vezes mais probabilidade de sobrevivência do que os solteiros.

"Esta é uma diferença dramática nas taxas de sobrevivência das pessoas solteiras, durante a parte mais crítica da recuperação pós-operatória," diz a Dra. Ellen Idler, da Universidade Emory (EUA), que liderou o estudo.

"Nós descobrimos que ser casado aumenta a chance de sobrevivência do paciente, seja ele um homem ou uma mulher," afirma.

Efeito protetor do casamento

Embora as diferenças mais marcantes estejam nos primeiros três da cirurgia - o período mais crítico e que pode determinar as chances de sobrevivência de longo prazo - o estudo confirmou que o forte efeito protetor do casamento continua por até cinco anos.

No período inicial de três meses após a cirurgia, o risco de que uma pessoa solteira morra é três vezes maior do que o risco de uma pessoa casada.

No geral, considerando o período todo, o risco de morte dos solteiros é duas vezes maior do que o risco de morte dos casados.

"Os resultados destacam a importância do papel das esposas como cuidadoras durante as crises de saúde. E os maridos são aparentemente tão bons em cuidar quanto as esposas," diz a médica.

Sobrevivência na crise

Colocar as alianças tem sido associado com uma vida mais longa desde 1858, quando William Farr observou que o casamento protegia contra a mortalidade precoce na França.

Os indícios vêm-se acumulando desde então de que viúvos, solteirões e divorciados têm menor expectativa de vida.

A maior parte dos estudos, contudo, observa grandes populações durante toda a vida.

Neste caso, os pesquisadores se concentraram em uma época definida, de uma crise grave de saúde. E os benefícios de ter alguém do lado se confirmaram também nestes casos.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=casamento-melhor-remedio-coracao&id=7546&nl=nlds

segunda-feira, 19 de março de 2012

Porque algumas pessoas bebem e esquecem o que fizeram?


Quem aqui nunca passou por uma situação em que bebeu muito, além da conta, e no outro dia não lembrava de nada ou da maioria das coisas?

Você não está só. Uma nova pesquisa sugere que algumas pessoas são mais suscetíveis a esquecimentos do que outras.

A diferença entre os que esquecem e os que não é visível no cérebro. Aqueles com tendência a esquecer as besteiras do dia anterior mostram respostas diferentes nas áreas relacionadas à memória e atenção, mesmo que a quantidade de álcool ingerida seja pequena.

A boa e velha desculpa

“Estamos estudando basicamente a perda parcial de memória após beber muito. Você consegue lembrar ‘pedaços’ das coisas, se tiver dicas sobre elas”, afirma o pesquisador Reagan Wetherill. “Às vezes, o cérebro não está necessariamente online, pegando a informação e registrando o que está acontecendo”.

E como todos nós sabemos, esses esquecimentos podem trazer consequências. Os especialistas ainda não estão estudando a total amnésia (esquecimento completo da noite anterior), mas sugerem que isso seria uma extensão do esquecimento parcial: quando mais álcool, maior o esquecimento.

Bêbado no laboratório

Os pesquisadores estudaram 24 amigos estudantes que costumam sair duas ou três vezes por semana, consumindo cerca de cinco bebidas por noite, uma quantidade considerada suficiente para ficar “alterado”.

Eles dividiram os bebedores em dois grupos: os que têm um histórico de esquecer as coisas após a noite, e os que não têm. Imagens cerebrais foram coletadas enquanto eles faziam testes de memória, estando sóbrios ou após alguns drinks.

Quando sóbrios, os dois grupos mostraram resultados similares. Mas mesmo após quantidades pequenas de álcool, até duas cervejas ou taças de vinho, os pesquisadores observaram grandes diferenças na atividade cerebral.

Por exemplo, aqueles que costumam ser “esquecidos” mostram menos atividade nas partes responsáveis por transformar experiências em memórias, bem como nas partes responsáveis pela atenção e funções cognitivas.

“O que pode acontecer é que alguns indivíduos têm um cérebro que consegue compensar até o ponto em que você põe uma carga cognitiva muito grande, como o álcool, e ele fica sobrecarregado”, afirma Wetherill.

A máxima “Se eu não lembro, eu não fiz” não pode mais ser usada. De fato, é possível se esquecer do que fez, mas para se esquecer, você tem que ter feito algo, não? O seu cérebro apenas não registrou a sua ação (quem sabe até ele ficou com vergonha e preferiu “deixar pra lá”). [LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/porque-algumas-pessoas-bebem-e-esquecem-o-que-fizeram/ - Por Bernardo Staut

domingo, 18 de março de 2012

Risco de ataque cardíaco triplica após sexo ou exercícios físicos


Um aviso aos cardíacos que não costumam se exercitar com frequência. Praticar exercícios físicos ou fazer sexo triplica o risco de uma pessoa ter ataque cardíaco nas horas seguintes ao esforço. O alerta vale principalmente para quem não faz essas atividades de costume. Essa foi a conclusão à qual chegou a análise da Revista da Associação Médica Americana.

No entanto, pacientes com problemas no coração não devem se abster de sexo ou de exercícios físicos após os resultados da pesquisa. Embora o aumento de três vezes no risco de ataque do coração soe assustador, a probabilidade geral de efetivamente sofrer um enfarte após malhar ou ter relações sexuais ainda é muito baixa: na ordem de três em um milhão, em vez de um em um milhão.

“Definitivamente, não se deve interpretar os nossos resultados no sentido de que a atividade física ou sexual é perigosa ou nociva”, salientou Issa Dahabreh, um dos autores do estudo e investigador do Instituto Médico do Centro de Investigação Clínica, em Boston, Estados Unidos. “O efeito a nível individual é pequeno”.

Além disso, os participantes do estudo que eram mais fisicamente ativos parecem ser menos suscetíveis a um ataque cardíaco após uma relação sexual ou um treino. “Pessoas que se exercitam regularmente sofrem um aumento muito menor no risco, isso se realmente sofrerem”, conta Dahabreh.

Numerosos estudos têm sugerido que a atividade física, incluindo sexo, pode desencadear um ataque cardíaco ou parada cardíaca, mas a magnitude do risco tem sido pouco clara. Para chegar a uma estimativa, Dahabreh e seu colega de pesquisa reanalisaram dados de 14 estudos, que remonta à década de 1980.

Todos os estudos utilizaram o chamado cruzamento de caso, em que as atividades físicas dos participantes com duração de um a duas horas que antecederam enfartes foram comparados com suas rotinas habituais. Se a atividade física ou sexual foi mais comum durante o período anterior ao infarto do que em outros momentos, isso pode ter ocasionado o ataque.

Nas primeiras horas após o exercício, os pesquisadores descobriram que o risco de uma pessoa ter um ataque cardíaco é aumentado em cerca de 3,5 vezes. Nas duas horas seguintes ao sexo, o risco é de 2,7 vezes a mais. A atividade física também quintuplicou o risco de morte súbita por parada cardíaca.

Embora o risco de ataque cardíaco após o sexo ou exercício – seja em números brutos ou estatisticamente – é “muito, muito pequeno”, segundo Dahabreh, os resultados sugerem que pessoas sedentárias que querem ficar em forma devem aumentar seu nível de atividade física gradualmente para evitar sobrecarregar o coração desacostumado com o trabalho árduo. A Associação Americana do Coração faz a mesma recomendação. [CNN]

Fonte: http://hypescience.com/risco-de-ataque-cardiaco-triplica-apos-sexo-ou-exercicios-fisicos/ - Por Bruno Calzavara

Aumentam evidências de que a meditação fortalece o cérebro

Cérebro dobrado

A Universidade da Califórnia, em Los Angeles, possui um projeto continuado e aprofundado de pesquisas sobre a meditação.

Os resultados mais recentes haviam demonstrado que a meditação de certa forma "engrossa" o cérebro - de uma forma positiva - reforçando as conexões elétricas no cérebro inteiro.

Mas parece que não é apenas isso.

Segundo a Dra. Eileen Luders, especialista em neuroimagens, pessoas que praticam a meditação continuadamente têm grandes quantidades de girificação, as "dobraduras" do córtex, otimizando o funcionamento do cérebro.

Girificação

A girificação, ou dobragem cortical, é o processo pelo qual a superfície do cérebro - o chamado córtex cerebral - sofre alterações para criar fendas estreitas e dobras, chamado sulcos e giros.

O córtex cerebral está associado com processos como memória, atenção, pensamento e consciência. A formação de mais sulcos e giros otimiza o processamento neural.

O resultado da maior girificação é que o cérebro se torna capaz de processar informações mais rapidamente, além de um reforço na formação das memórias e melhoria na capacidade de tomar decisões.

Melhora com os anos

A pesquisadora encontrou ainda uma correlação direta entre o índice de girificação e o número de anos que as pessoas praticam meditação.

"Em vez de simplesmente comparar o cérebro dos meditadores e dos não-meditadores, nós queríamos ver se há uma ligação entre a intensidade da prática da meditação e a extensão das modificações no cérebro," disse Luders.

E as diferenças encontradas foram marcantes.

Isto, segundo ela, é uma comprovação adicional da neuroplasticidade, a capacidade do cérebro em se adaptar fisiologicamente em resposta a mudanças no ambiente.

A pesquisa foi publicada na revista Frontiers in Human Neuroscience.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=meditacao-fortalece-cerebro&id=7548&nl=nlds - Imagem: LONI/UCLA