segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Quais são as principais lesões de um jogador de futebol?

Atualmente, a maior parte das lesões não está relacionada a pancadas, mas sim a movimentos de rotação e explosão muscular. Em uma análise dos prontuários médicos de oito times profissionais, ortopedistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constataram que as lesões por choque entre jogadores (as chamadas contusões) representaram apenas 24,1%, contra 39,2% de lesões musculares, 17,9% de torções e 13,4% de tendinites. Além disso, o estudo apontou que 72,2% das lesões ocorreram em membros inferiores, com predomínio na coxa (34,5%), no tornozelo (17,6%) e no joelho (11,8%). "A cada 6 segundos o jogador de futebol faz um movimento inesperado. Articulações e músculos foram feitos para mexer, mas o ser humano ultrapassa os limites de movimentação do seu corpo e aí ocorrem as lesões", diz o ortopedista Moisés Cohen, que coordenou o levantamento da Unifesp e já operou craques como Raí e Vampeta. Um estudo dos médicos ingleses Richard Hawkins e Colin Fuller, publicado no British Journal of Sports Medicine, mostrou que 71% das lesões ocorridas na Copa do Mundo de 1994 aconteceram em lances não assinalados como faltas, o que indica que o maior inimigo do atleta é a competividade do futebol moderno. "O movimento não precisa ser brusco para machucar. Muitos rompem o ligamento cruzado (do joelho), por exemplo, por causa de um movimento sozinho", conclui Moisés Cohen.

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Entorse? Contratura? Entenda como e onde acontecem as principais lesões do futebol

Rosto

Apalpe seu rosto e sinta o osso bem embaixo do seu olho. É o osso zigomático, que vai até a mandíbula, formando um vão sob ele. Muitos jogadores costumam usar os braços para proteger a bola e às vezes, com uma cotovelada, afundam esse osso.

Púbis

O local onde o músculo adutor da coxa se encontra com o púbis (parte de baixo da "bacia") é um dos mais sobrecarregados no futebol. O movimento repetitivo nessa região provoca uma inflamação no tendão que junta o músculo e o osso. É um tipo de tendinite - o tendão não se rompe - sentida como a famosa "puxada na virilha".

Canela

A fratura na tíbia é o tipo de fratura mais comum no futebol. Antigamente, quando o uso de caneleiras não era obrigatório, elas eram ainda mais típicas. Em casos de fratura da tíbia, é comum que a fíbula também seja afetada, afinal é um osso muito mais fino e que nem sempre é protegido pelas caneleiras.

Tornozelo

Assim como o joelho, sofre com a rápida movimentação do futebol moderno. Para piorar, os tornozelos estão mais vulneráveis a pancadas e aos buracos do campo. As lesões mais comuns são torções (ou entorses) nos ligamentos que conectam os pés aos ossos da perna - o ligamento anterior de um boleiro vive dolorido.

Fratura por estresse

Mais um tipo de lesão causado por movimentos repetitivos, que apesar de gerar muita dor, não é detectado no raio X. Para entender, pense no osso como um arame: se você o dobrar muitas vezes no mesmo ponto, uma hora ele vai arrebentar. Os ossos que mais sofrem por estresse são os do pé, que são finos e não param de se movimentar.

Joelho

Os movimentos de rotação são os culpados pelas lesões no joelho. As mais comuns são rompimentos (total ou parcial) do ligamento cruzado anterior (1), do ligamento colateral-tibial (2) e do menisco (3). Eles funcionam como elásticos que se esticam com a rotação da perna. Quando são sobrecarregados, eles rompem e é preciso reconstituí-los usando outros tendões, como o de trás da coxa.

Coxa

O músculo é feito de várias fibras que, na hora do movimento, escorregam umas sobre as outras. Quando o movimento não é harmônico ocorre um estiramento. Durante o chute, por exemplo, o músculo está contraído para produzir a força contra a bola e, de repente, você o estica. Os músculos posteriores são as principais vítimas. Eles podem simplesmente travar (contratura) ou mesmo se romper.

Equipamentos de proteção

Os mais usados são caneleira, tornozeleira e bermuda térmica (ou "coxeira"). Muitas caneleiras já têm uma tornozeleira acoplada, mas, para dar mais firmeza, os jogadores geralmente fazem uma "botinha" no tornozelo com uma faixa. A coxeira ajuda a deixar a musculatura da coxa aquecida e produz pressão sobre as fibras para evitar que elas escorreguem de mais ou de menos.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Conheça os prós e contras de cada posição para dormir

A melhor posição é a de lado, mas as outras podem ser corrigidas

Poucos hábitos são tão eficientes para melhorar a saúde do que dormir: fortalece a memória, ajuda a controlar a hipertensão e o diabetes, diminui riscos de doenças cardiovasculares e até mesmo previne a obesidade e a depressão! Mas para conseguir todos esses benefícios, só tendo uma noite muito bem dormida. E um dos fatores que podem estragar tudo isso é a posição em que nos deitamos. "Para podermos descansar e relaxar a musculatura, precisamos de suporte adequado para não torcer ou tensionar as articulações", comenta o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Mecidina da Universidade de São Paulo (FMUSP). "Ao dormir em uma posição não adequada, a pessoa pode acordar com dores nos músculos, membros, músculos ou na cabeça, além de sensação de sono não profundo", completa o especialista.

Ficou preocupado com a forma como você dorme? Para você saber se está errando ou acertando nessa hora, desvendamos as principais posições para dormir e indicamos como deixá-las melhores ou até mesmo a aprender a mudar e adotar uma forma mais saudável na hora do sono! 

Dormir de lado
Se você costuma deitar-se completamente de lado, parabéns! Essa é considerada a melhor posição para dormir. Você sabe por quê? "A questão é que ao se deitar de lado, você consegue manter a coluna mais alinhada", ensina o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Além disso, é uma posição que permite que tanto a cabeça quanto os pés fiquem da altura do coração, o que facilita muito a circulação, fazendo com que o corpo funcione normalmente durante o período em que você está dormindo. 

Como melhorar a posição de lado
Porém, não adianta apenas ficar deitado do jeito certo, alguns ajustes são necessários. Primeiro, o travesseiro: "o ideal é que ele tenha a altura do ombro, para a cabeça não ficar inclinada", estabelece o ortopedista Alexandre Podgaeti, coordenador da Comissão de Campanhas da Sociedade Brasileira de Coluna, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. "Colocar um travesseiro entre os joelhos também é bom, porque um joelho bate no outro e assim eles ficam alinhados ao tronco", conclui o especialista.

A coluna também é um ponto a se ter atenção: tente respeitar as curvas naturais dessa estrutura, nada de tentar ficar retinho! Manter as pernas levemente flexionadas e o quadril relaxado também são ótimas pedidas para não forçar o nervo ciático. Quanto aos braços, nada de colocá-los para cima. "Dormir com o braço esticado em cima da cabeça pode fazê-lo acordar com dor no ombro, bursite ou tendinite... Isso é um reflexo de um travesseiro muito baixo", reflete Podgaeti. 

Dormir de barriga para cima
Essa não é a posição mais indicada, mas também não é de todo ruim para o corpo. O lado bom é que as articulações conseguem relaxar de forma satisfatória, impedindo torções e dores. Porém, a coluna não fica perfeita. "Você acaba retificando seu corpo, e o melhor jeito de manter as curvas da colina perfeita é deitando de lado", pondera Podgaeti. Outra questão é a maior chance de problemas como a apneia ou ronco aparecerem em que se deita nesta posição. "A língua vai para trás, atrapalhando a respiração", comenta o especialista. Lembrando que esse não é único fator que pode causar esses processos. 

Como melhorar a posição de barriga para cima
Uma das formas de garantir que você durma melhor de barriga para cima é com o travesseiro. Ao contrário da posição de lado, em que ele fica mais alto, ao deitar-se virado para cima ele deve ser bem baixinho. "Assim, evita-se uma tensão na musculatura cervical", explica Trevizani. Uma forma de garantir um relaxamento das pernas é colocar um travesseiro embaixo dos joelhos, o que permite que eles fiquem menos entendidos, relaxando os músculos da lombar e das coxas.

Já os braços, ao deitar-se de barriga para cima, devem ficar ao longo do corpo, ou com as mãos pousadas levemente sobre o abdômen. Sem por força, é claro, ou você acabará prejudicando a respiração. "Não é indicado colocar os braços para alto, pois acaba ficando desconfortável ao longo da noite", friza o especialista. 

Dormir de bruços
Se dormir de barriga para cima é aceitável, dormir de bruços é completamente contraindicado! Além de deixar o corpo reto também, da mesma forma que a primeira posição, ainda tem o agravante do pescoço. "Ao se deitar de lado, você precisa se virar para respirar, torcendo o pescoço cerca de noventa graus. Quando você coloca um travesseiro, então, além de torcer, você o hiperestende, causando dores cervicais", descreve o ortopedista Podgaeti. Infelizmente, no caso dessa posição, não há muito o que resolver, de acordo com os especialistas. "Mesmo que muitas pessoas estejam adaptadas a essa posição e se sintam confortáveis, podem ocorrer problemas de cervicalgia, dor nos ombros, bursite, tendinite e até dor nas costas", enumera o especialista.

E se mudo de posição ao longo da noite?
Infelizmente, só dá para controlar mesmo nossa posição antes de adormecer, depois disso, é normal que nosso corpo busque adaptação para ficar mais confortável, e nós acabemos nos movimentando um pouco. "Isso é normal, então o que você pode fazer é sempre começar seu sono numa melhor posição, o resto não dá pra controlar", aconselha Podgaeti.

Porém, se você se mexe até demais, pode ser indicativo de outros problemas de sono. "Quem se vira muito na cama a noite precisa verificar se não há alteração no sono que pode gerar agitamento. Para isso existem tratamento específicos e é importante procurar um especialista em sono", recomenda Trevizani. 

Dá para mudar a posição em que eu durmo?
Outro problema é tentar mudar uma posição a qual seu corpo já está tão acostumado, não é mesmo? Mesmo os pequenos ajustes nas posições normais podem ser incômodos. Para o ortopedista Podgaeti, tudo é uma questão de treino e de insistência. "No começo sem dúvida você acaba voltando a posição ruim sozinho mesmo, mas com o tempo o corpo vai ficando cada vez mais na posição ideal e vai se acostumando", indica o especialista. Pode ser um processo cansativo, mas vale a pena tentar melhorar, para garantir um sono mais leve e reparador, que vai inclusive recuperar você de todo esse esforço! 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

12 dicas para manter cabelo e pele hidratados no verão

Lavar o rosto com água gelada e escolher produtos antifrizz faz toda a diferença

No verão você sua mais, a maquiagem derrete, a escova não dura nada... Dá vontade de sair às ruas com um ventilador a tiracolo só para não perder a produção, não é? Mas com as dicas a seguir, você não precisará se preocupar.

Hiperidrose axilar

Sim, este é o nome correto para quem sua demais nas axilas. Poucas coisas são mais chatas do que levantar o braço e ficar com a blusa marcada com manchas de suor. Além de ser constrangedor, passa a ideia de falta de higiene, mesmo não sendo este o caso. Mesmo assim, isso derruba a autoestima de qualquer um.

Solução

Uma das melhores opções para o tratamento da hiperidrose axilar é a toxina botulínica (o famoso Botox). A aplicação da Toxina Botulínica pode ser feita na mão (local onde muita gente transpira e não consegue nem usar anéis), na axila ou em outros locais e elimina completamente o suor.

O procedimento é realizado sem internação, no ambiente do consultório médico, e o paciente pode retornar às suas atividades normais no mesmo dia. O único problema é que o tratamento com a toxina botulínica não é definitivo. Você precisa fazer reaplicações uma ou duas vezes ao ano, dependendo do caso. Ainda assim, vale a pena, pois você poderá usar blusas sem se preocupar com as manchas.

Maquiagem

Nesta época, escolha produtos com formulação oil-free, ou seja, sem óleo.

Quem não sai de casa sem make sofre no verão. Afinal, o calor não é grande amigo do excesso de maquiagem e você acaba correndo sérios riscos de ficar com rosto borrado ao longo do dia.

Soluções

1. Antes de começar o make, lave bem o rosto com água gelada. Ela ajuda a fechar os poros da pele, o que evita o excesso de oleosidade. Passar um pouco de gelo no rosto também é uma opção incrível pra quem vive em cidades quentes.

2. Use um creme hidratante para o rosto sem óleo e, em seguida, espalhe o primer, que também ajuda a fechar melhor os poros, prolongando, assim, a vida do seu make.

3. Tome cuidado ao escolher seus produtos de maquiagem. Isso porque os importados nem sempre se adaptam à pele das brasileiras e derretem rapidinho por causa do calor. Dê preferência aos fabricados no Brasil ou às marcas internacionais que tenham fábricas aqui.

4. Nesta época, escolha produtos com formulação oil-free, ou seja, sem óleo. Quem tem a pele oleosa deve optar sempre por eles.

5. O verão é descontraído e leve, tal qual deve ser sua maquiagem. Muitas vezes a beleza está numa produção simples com blush, batom e máscara para cílios. Vale a tentativa.

6. A pele bem cuidada também fixa melhor o make. Por isso, mantenha em dia suas limpezas de pele e consultas com o dermatologista, que te auxiliará na compra de produtos mais indicados.

Escova

As chuvas repentinas do verão, que deixam o clima mais úmido, são as grandes inimigas de quem vive com os cabelos escovados.

Soluções

Vale investir, ao menos uma vez no mês, numa hidratação feita em salão, que costuma ter o efeito potencializado.

1. Evite ao máximo o frizz, ou seja, hidrate seu cabelo uma vez na semana, use reparadores antifrizz e, na hora de fazer a escova, passe um produto termoativo. Vale investir, ao menos uma vez no mês, numa hidratação feita em salão, que costuma ter o efeito potencializado.

2. Aquela touca que as mulheres mais velhas faziam pode ser uma mão na roda. Antes de dormir, escove os cabelos e prenda-os, ao redor da cabeça, com alguns grampos e coloque uma touca de tecido. No dia seguinte, solte, passe a escova e aproveite o efeito liso.

3. Fique atenta à previsão do tempo. Se a semana promete chuva, é melhor respeitar a mãe natureza e sair com os cabelos naturais. Isso também vale para a praia. Use-os presos em um coque ou rabo de cavalo, tendências super em alta. Liberdade às madeixas é a sua liberdade também.

Nesse tempo, às vezes dá preguiça de passar cremes, já que ficamos com a sensação de estar grudando, correto? Mas isso só acontece porque você usa o hidratante errado. O ideal é usar hidratantes em gel ou sem óleo na composição. Eles hidratam do mesmo jeito e garantem a sensação de que você acabou de sair do banho por mais tempo.

Desodorante

Os antitranspirantes contêm sais de alumínio em sua composição, que "fecham" temporariamente as glândulas sudoríparas, reduzindo a sua liberação de suor. Esses sais podem causar reações alérgicas em algumas pessoas, porém, a maioria das irritações causadas por desodorantes ocorre devido às suas fragrâncias e pela presença de álcool na sua formulação. Optar pelos sem álcool deixa as axilas mais hidratadas e não se esqueça: use o desodorante nas axilas limpas e secas. Passar hidratante nelas também é necessário já que a pele costuma ser judiada por conta das excessivas depilações.

Vale lembrar que esta estação é uma das que mais irritam a pele. Ao primeiro sinal de alergia, marque uma consulta com seu dermatologista. Assim você evita ter que se esconder neste calor gostoso.

Inclua no prato 12 alimentos que hidratam

Confira a lista de frutas e legumes que não podem faltar no seu cardápio de verão

Manter a hidratação é fundamental para segurar o metabolismo em ordem e também para evitar problemas como tontura e pressão e baixa. Quando o clima esquenta, o desafio é maior: água, sucos naturais e outros refrescos precisam ficar por perto o dia inteiro, evitando as crises de desidratação. Outra forma de contribuir para que seu corpo permaneça hidratado é investir em frutas e legumes que contêm água na composição. 

É importante ressaltar que o consumo desses alimentos não elimina o consumo de água. "A ingestão de água é essencial para regular uma série de funções no organismo. Sem o líquido, vários sistemas vitais são comprometidos, desde o controle da temperatura corporal até a circulação sanguínea", afirma a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional. Mas o consumo regular das sugestões que você acompanha a seguir contribui para que os desconfortos causados pela desidratação deixem de incomodar. Todos eles contêm mais de 80% de água na composição e vão ajudar você a manter o pique. 

Melancia
Logo na primeira mordida já dá para perceber que a melancia é cheia de água - precisamente 92%, com 31 calorias a cada cem gramas da fruta. Além de água, a melancia também possui vitaminas do complexo B, vitamina C e vitamina A, que protegem a visão e pele, previnem infecções e combatem radicais livres. Cálcio, ferro e fósforo estão no time de minerais presentes na fruta: o primeiro fortalece nossos ossos, os últimos melhoram nossas funções cognitivas. Outra forma de consumo é em sucos, sem a necessidade de açúcar ou adoçante.  

Morango
Delícia muito usada em sobremesa, 100 gramas de morangos têm 92% de água em sua composição, 30 calorias e podem acompanhar desde a salada até o bolo no café da tarde. "Essa fruta contém ácido elágico, que evita danos nas células, auxiliando na prevenção do câncer", conta a nutricionista Maria Cortez, da Nutri&Consult.

De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, o morango também possui também fisetina, um nutriente muito importante para a memória, além de fósforo, potássio e magnésio - nutrientes essenciais para o bom funcionamento do sistema nervoso central. 

Pêssego
Com apenas 35 calorias, um pêssego médio tem 89% de água e é importante para a prevenção de problemas relacionados à visão e a pele, por conter quantidades significantes de vitamina A. Pode ser consumido puro, em suco ou acompanhando de outras frutas. 

Framboesas
Famosas pela presença de antioxidantes, as framboesas também são excelentes quando o assunto é hidratação. Uma porção com 100g da fruta tem 87% de água, 57 calorias e, de acordo com a nutricionista Maria Cortez, propriedades capazes de diminuir os sintomas da TPM, como as cólicas e oscilações de humor.  

Abacaxi
Com 48 calorias e 87% de água em 100g, o abacaxi é composto por vitamina C, ácido málico e bromelina. "Este último auxilia na digestão, por isso o ideal é consumi-lo como suco em fatias após uma refeição", conta a nutricionista Maria Cortez.  

Pepino
O pepino tem 17 calorias a cada 100g e é composto 96% de água. Para aproveitar melhor esse benefício o ideal é consumi-lo cru, na salada ou sozinho. Esse alimento possui nutrientes como potássio (aliado na luta contra hipertensão) e vitamina C, que fortalece nosso sistema imunológico. "O pepino também possui fibras, que são importantes para um bom funcionamento intestinal", afirma a nutricionista Maria Cortez. 

Abobrinha
A abobrinha também apresenta uma grande quantidade de água (95%) em sua composição. De acordo com a nutricionista Maria Cortez, ela também é rica em vitamina B3, que auxilia na manutenção dos níveis de colesterol. "Recentes pesquisas mostraram que essa vitamina pode inclusive elevar os níveis de colesterol bom", completa. É comum cozinhar a abobrinha antes de comer, o que acaba retirando boa parte da água desse alimento. Se a intenção for hidratar, prefira consumi-lo cru, ralado ou fatiado na salada. 

Tomate
Marcando presença na maioria dos pratos, 100 gramas de tomate têm 94% de água e só 20 calorias. Além disso, o alimento oferece nutrientes como potássio, fósforo, vitamina A e vitamina C - que fortalece o sistema imunológico, prevenindo doenças. 

Cenoura
Uma xícara de cenoura é composta 88% de água e tem 45 calorias. Muito conhecida por seu alto teor de vitamina A, a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, explica que a cenoura também possui vitamina C, vitaminas do complexo B e magnésio - que tem propriedades anti-inflamatórias. Você pode consumir a cenoura fatiada, ralada ou naquelas versões mini, como um lanche entre refeições. 

Salada que hidrata
Para acompanhar o pepino, o tomate, a cenoura e os rabanetes, você pode completar sua salada com folhas que também possuem muita água. "Das folhas, a que mais hidrata é sem dúvida a alface", conta a nutricionista Maria Cortez. Uma xícara de alface tem 96% de água e apenas 10 calorias. 

Já uma xícara de espinafre tem 92% de água e 40 calorias, além de ser riquíssima em cálcio, potássio e vitamina A. O repolho, além de ter 93% de água e 15 calorias em uma xícara, também é rico em potássio. 

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Descubra como tratar e prevenir as varizes

As terríveis varizes incomodam homens e mulheres, mas você sabe o que pode causar esse desconforto? Entenda a doença e saiba como prevenir
Falar de varizes é tratar de um fantasma que assombra homens e mulheres, especialmente por seus efeitos estéticos. Mas esses vasinhos dilatados, salientes e muitas vezes visíveis constituem uma doença importante, principalmente por sua elevada frequência: cerca de 20% da população mundial adulta é portadora de algum grau do chamado déficit circulatório periférico, que pode atingir 60% das pessoas acima de 60 anos. De acordo com o angiologista Nilo Izukawa, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, varizes são mais comuns na mulher, na proporção de três para cada homem, comprometendo geralmente as duas pernas. A palavra variz, aliás, se origina do latim: varix, que significa serpente. Varizes são veias dilatadas, alongadas e tortuosas que comprometem a estética, mas também o funcionamento das pernas. Geralmente têm coloração púrpuro-azulada, surgem ao longo das pernas e podem causar dor e inchaço. As varizes, como explica Izukawa, podem ser decorrentes de alterações na composição das paredes das veias, tornando-as mais flácidas e dilatadas, ou por defeitos nas válvulas dessas veias que promovem uma pressão venosa aumentada pelo refluxo do sangue.

Sintomas 

Dor, sensação de peso ou cansaço e desconforto nas pernas são os sintomas mais frequentes 

Inchaço nas pernas e nos pés

Câimbras noturnas

Queimação e coceira 

Origem genética

Os vasos salientes, que por vezes incham e doem bastante no final de um dia estafante, surgem por vários motivos, mas há um ponto em comum entre os chamados varicosos. Geralmente essas alterações têm origem genética, ou seja, aparecem também na mãe, no pai ou em ambos. Logo, pessoas com antecedentes familiares para varizes são mais predispostas ao desenvolvimento da doença, assim como aqueles que trabalham muito tempo em pé ou sentados. “Mulheres que desenvolvem atividades físicas constantes com muito esforço físico (musculação) também entram no grupo de risco”, alerta o angiologista. Entre elas, o uso de anticoncepcionais orais e a terapia de reposição hormonal também favorecem o desenvolvimento de varizes porque os hormônios presentes nos medicamentos podem afetar desfavoravelmente a circulação.

Outro fator externo, que escapa da herança genética, é a gestação, especialmente nas mulheres que já têm predisposição. Nesse caso, importa o bombardeio hormonal e a sobrecarga sobre os membros inferiores. Há ainda a menopausa, especialmente na fase inicial de grande balanço hormonal, como fator agravante.

Obesos também são afetados por sobrecarregar a estrutura corporal demasiadamente, como os sedentários, adeptos da falta de movimento, que, portanto, não favorecem a circulação periférica. Outra causa de varizes, conforme o cirurgião vascular Izukawa, é decorrente de obstrução das veias profundas (trombose venosa profunda), que eleva a pressão de circulação no sistema venoso superficial e leva a um aumento do diâmetro das veias superficiais. O uso frequente de salto alto também pode facilitar o surgimento de varizes ou agravá-las, avisa o angiologista Cid Sitrângulo Jr., diretor científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Além de mais frequentes entre as mulheres, ele acrescenta, os vasinhos visíveis e sintomáticos podem aparecer mesmo entre jovens a partir dos 20 anos de idade. O déficit circulatório, como lembra o clínico geral Roberto Assad, é piorado pelo cigarro, que lança substâncias tóxicas na circulação.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/descubra-como-tratar-e-prevenir-as-varizes/1979/ - Texto: Stella Galvão/ Foto: Reprodução/ Adaptação: Letícia Maciel 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Conheça os exames para entrar bem na terceira-idade

Densitometria óssea e colonoscopia são essenciais a partir dos 50 anos

O aumento da população idosa é uma realidade também aqui no Brasil: nos últimos 30 anos a expectativa de vida do brasileiro passou de 62 para 73 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. O grande desafio é entender como envelhecer de forma saudável, mantendo corpo e mente ativos. Nesse cenário, é importante estar atento às doenças que têm como um dos principais fatores de risco a idade - e nada melhor do que iniciar os exames de rastreamento na faixa etária recomendada, ou então continuar fazendo aqueles que, se já eram importantes antes, passam a ter atenção redobrada após a meia-idade. Confira essa lista e não se esqueça: na dúvida sobre qualquer alteração no seu corpo ou sintoma diferente, pergunte ao seu médico!

Hemograma e colesterol
O conhecido exame de sangue ajuda o médico a identificar diversos aspectos da sua saúde - principalmente os males do coração, que são mais incidentes a partir dos 50 anos de idade. "É com o exame rápido e simples de colesterol e frações que o médico consegue avaliar índices importantes como o colesterol (tanto o LDL, o colesterol ruim, quanto o HDL, conhecido como bom colesterol) e o perfil lipídico, que revela se há ou não risco para aterosclerose, AVC ou hipertensão arterial", explica o geriatra Clóvis Cechinel, do laboratório Pasteur, em Brasília. Já o hemograma avalia doenças como anemia e outras possíveis infecções, que na terceira-idade são mais passíveis de causar complicações.

TSH
 A incidência de hipotireoidismo aumenta com o passar da idade, principalmente nas mulheres. Isso porque na fase da menopausa é muito comum a mulher sofrer da tireoidite de Hashimoto ou tireoidite crônica, doença autoimune em que o corpo produz anticorpos que atacam a tireoide, fazendo deste distúrbio a principal causa do hipotireoidismo. "Durante o climatério, período em que as doenças autoimunes são mais frequentes, é possível que o metabolismo de hormônios, como estrógeno, esteja produzindo fatores desencadeantes para doenças autoimunes, entre as quais a doença de Hashimoto", afirma a geriatra Silvia Prado, da equipe do Lar Sant'Ana. Dessa forma, o exame de TSH é importante para verificar se há alguma alteração significativa no funcionamento da tireoide que precise de tratamento.

Densitometria óssea
O exame de densitometria óssea é usado para medir a densidade de nossos ossos, ou a massa óssea. "Ele usa um aparelho especial de raio-x, e é o melhor exame para controlar a evolução da osteoporose e de seu tratamento", diz o geriatra Clóvis. O controle com o exame geralmente é anual, mas a frequência pode mudar conforme orientação. "A densitometria avalia o grau da osteoporose e acusa a probabilidade de fraturas", lembra. Por isso mesmo que é um exame de extrema importância a partir dos 50 anos, uma vez que nossos ossos crescem somente até os 20 anos e sua densidade aumenta até os 35 anos, começando a perder-se progressivamente a partir disso. 

Colonoscopia
câncer de cólon e reto tem, entre os principais fatores de risco, a idade. O consumo de álcool, o tabagismo e uma dieta pobre em fibras e rica em gordura são outros fatores de risco para esse tipo de câncer. O exame consegue identificar alterações da mucosa do intestino que podem evoluir para um câncer e o tratamento dessas alterações já reduz o risco da doença. A colonoscopia deve começar a ser feita a partir dos 50 anos de idade para pessoas sem histórico familiar da doença. Aqueles que possuem fatores de risco devem incluir o exame na rotina após os 40 anos ou 10 anos antes da idade do caso mais precoce na família. "A colonoscopia também pode ser indicada em investigação de dores abdominais, alteração do hábito intestinal, hemorragias pelo ânus, diarreias e outras queixas relacionadas", explica a especialista. Se os exames forem normais, devem ser repetidos a cada cinco ou dez anos. Já o resultado alterado deve ser repetido conforme orientação do médico. 

Raio-X de tórax
Essencial para quem é fumante, o raio-x de tórax é importante para avaliar o estado dos pulmões após os 50 anos. "Apesar do câncer de pulmão não ser o mais prevalente, é um tipo de câncer mais agressivo", afirma a pneumologista Sandra Aparecida Ribeiro, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisilogia (SBPT). Por isso, se o indivíduo é ou foi fumante, deve visitar um pneumologista anualmente para detecção desse problema ? após a meia-idade esse exame se torna mais importante, uma vez que quanto mais tempo de exposição ao cigarro, maiores os riscos. A visita ao pneumologista também deve acontecer sempre que a pessoa for vítima de gripes ou resfriados. Sintomas como uma tosse que demora a se curar não podem ser ignorados. "O risco de o problema evoluir para uma pneumonia é maior e pode levar o paciente à morte". Outro cuidado fundamental é tomar as vacinas contra infecções respiratórias (gripe epneumonia, por exemplo) disponíveis para pessoas de mais idade em postos públicos. 

Eletrocardiograma
O sistema cardiovascular sofre diversas modificações com o decorrer da idade, que culminam com o comprometimento da função cardíaca. "Ocorrem alterações estruturais no coração, nas válvulas cardíacas e nas paredes das artérias", explica a geriatra Silvia. Tais modificações acarretam em diminuição da reserva funcional, limitando o desempenho cardiovascular durante as atividades físicas e em outras situações de grande demanda. Por isso, recomenda-se uma visita anual ao médico a partir dos 40 ou 50 anos, que fará uma análise clínica do paciente, avaliando se ele apresenta fatores de risco como obesidade e gordura abdominal - além de solicitar o ecocardiograma e medir a pressão arterial. O eletrocardiograma é um exame que mede a frequência cardíaca e suas oscilações se a pessoa está em atividade intensa ou repouso. Isso ajuda o médico a encontrar alterações, como insuficiência cardíaca, arritmias e outras cardiopatias. Junto do eletrocardiograma, é importante manter as medidas de pressão arterial uma vez ao ano, mesmo para quem não sofre de hipertensão, ajudando na prevenção e tratamento da doença.

Exame de toque retal e PSA
A partir dos 45 ou 50 anos, todo homem deve marcar uma consulta com um urologista anualmente, pois o risco de um câncer de próstata ser diagnosticado nessa idade aumenta. A investigação correta para a doença é feita com uma história clínica completa, dosagem de PSA, toque retal e ultrassom de próstata por via retal. "O PSA é uma proteína que a próstata normal pode produzir e o tumor de próstata produz em quantidade muito maior", explica o geriatra Clóvis. Esses exames devem ser feitos sempre e em conjunto, pois o toque retal nem sempre pode detectar um câncer que apresenta dosagem de PSA, assim como de 24 a 40% dos tumores não apresentam altas dosagens da proteína PSA, não sendo detectados pelo exame - mas podem ser pelo toque. "O exame de toque retal também nos dá informações adicionais sobre a próstata, mesmo que não relacionado à doença maligna, como a hiperplasia prostática benigna." Além disso, o exame de toque também possibilita encontrar pólipos e fazer retirada de pele para biópsia.

Papanicolau e mamografia
A principal indicação da mamografia é para o rastreamento do câncer de mama - e as mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas da doença. "Isso porque a exposição ao hormônio estrógeno (principal causador dos tumores) está no auge com a chegada dessa idade", explica a geriatra Silvia. A partir dos 50 anos, particularmente, os riscos entram em uma curva ascendente. Para mulheres que não tem histórico familiar e são assintomáticas, a mamografia deve começar a ser feita a partir dos 40 anos. Já para aquelas que possuem casos de câncer de mama na família, a mamografia deve começar a ser feita 10 anos antes do caso mais precoce entre as parentas que tiveram a doença. Por exemplo: se uma mulher descobriu um câncer de mama aos 40 anos, sua filha deve começar a fazer mamografias anualmente aos 30 anos.

Juntamente com a mamografia, o exame de Papanicolau precisa continuar a ser feito mesmo após os 50 anos - independente da vida da mulher continuar sendo ativa ou não. Segundo os especialistas, esse exame deve fazer parte da lista até os 70 anos. "É preciso ficar claro que algumas infecções independem disso e que esse é um exame importante", ressalta o geriatra Clóvis.

Dosagens de vitamina D, cálcio e PTH
Juntamente com a densitometria óssea, o exame para detectar deficiências devitamina D (25-hidroxi vitamina D) e cálcio no sangue e ossos é essencial para o acompanhamento do risco de osteoporose a partir da meia-idade. "Quando os níveis de vitamina D estão abaixo do normal, é sinal de que a associação do cálcio nos ossos está ineficiente - já que a vitamina é responsável por essa ligação", afirma o geriatra Clóvis. Além disso, também pode ser pedido um exame de PTH - que indicam as quantidades do hormônio da paratireoide no seu organismo. Isso porque, explica o especialista, o PTH está relacionado com a absorção de cálcio e vitamina D pelo intestino e rins. Dessa forma, altos níveis de PTH no sangue indicam que o cálcio pode não estar sendo utilizado como deveria para o fortalecimento dos ossos, pois não consegue se ligar a eles, e o corpo precisa produzir mais PTH para descartar esses minerais circulantes no sangue. "Exames positivos para deficiência de vitamina D e cálcio, em conjunto alguma alta dosagem de PTH, são bem suspeitos para acompanhamento de uma futura osteoporose e podem indicar a necessidade de suplementação vitamínica", ressalta Clóvis.

Ureia e creatinina
Também é importante que ele possa verificar a creatinina, para averiguar as funções do rim - uma vez que quanto maiores são os níveis de creatinina, menos eficiente está o rim. "A creatinina serve de suporte para fazer o cálculo da taxa de quanto o rim consegue filtrar das impurezas que estão passando ali", conta o geriatra Clóvis. Com o passar da idade esse valor vai subindo gradativamente, e a função renal também vai diminuindo como um reflexo do envelhecimento - resta saber se esses níveis não resultarão em uma insuficiência renal mais grave. Esse acompanhamento é ainda mais importante para pacientes com diabetes e hipertensão, já que essas condições elevam o risco de complicações renais. "A dosagem da creatinina é muito importante, pois ela pode aumentar de forma assintomática, servindo de alerta para a possibilidade de uma doença renal."

Glicemia de jejum
O risco de diabetes tipo 2 aumenta consideravelmente a partir dos 45 anos, principalmente por conta do aumento dos fatores de risco, como obesidade - por isso, pessoas que tem histórico familiar da doença e não fazem esse exame com frequência devem considerar incluir a dosagem na lista de exames anuais a partir desse período. Portadores de diabetes tipo 1 fazem o exame de glicemia de jejum com maior frequência, pois precisam saber os níveis de glicose para ajustar a dose de insulina a ser aplicada - nesse caso o exame é feito em jejum ou então antes da próxima aplicação, usando um aparelho chamado glicosímetro. Portadores de diabetes tipo 2 em uso de medicação oral e eventualmente insulina fazem o exame com uma frequência menor, geralmente durante a consulta médica.  

Exames oftalmológicos
 Após os 50 anos, doenças como a catarata e o glaucoma têm maior incidência, daí a necessidade de uma visita anual ao oftalmologista. "Grande parte das doenças dos olhos são irreversíveis, então identificar o problema precocemente pode eliminar a necessidade de cirurgias", afirma o oftalmologista Marco Antonio Alves, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. O especialista lembra ainda que é possível identificar outras doenças silenciosas, como o diabetes e a hipertensão, apenas por meio de exames oculares. "E mesmo quem já sabe que é portador dessas doenças pode melhorar o controle clínico delas em uma consulta oftalmológica", complementa. 

Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/16869-conheca-os-exames-para-entrar-bem-na-terceiraidade - POR CAROLINA SERPEJANTE 

Cuidados ao se exercitar no verão

Atente-se a essas dicas e aproveite o verão para se movimentar sem prejudicar sua saúde.

Tanto no verão quanto no inverno, devemos ter alguns cuidados para evitar lesões, mal estar, desconforto, entre outros probleminhas que podem ocorrer durante a prática de uma atividade física.

O primeiro ponto importante é se você treina na rua ou exposto ao tempo, evitar o horário de pico do sol, entre 11 e 14 horas.

Se hidratar da forma adequada, também é um fator importante. 

É essencial conversar com um bom profissional antes de iniciar qualquer atividade física para saber o que fazer, como fazer e o que evitar.

O calor é grande, mas você não deve desanimar e deixar de praticar as suas atividades físicas.

Se você é daqueles que ignora o sol muito forte ou acha que fazendo exercícios nos horários onde ele está mais forte irá suar mais e consequentemente perder mais calorias e emagrecer, cuidado! Você poderá colocar a sua saúde em risco!

O nosso organismo possui um mecanismo encarregado de manter o nosso núcleo central (cérebro, pulmões, sistema digestivo, coração, etc.) a uma temperatura estável, isto é chamado de termo regulação.

Em repouso, as zonas que mais geram calor em nosso corpo são o coração, o fígado, o cérebro e as glândulas endócrinas. Os músculos produzem pouco calor, quando em repouso, mas quando estão em exercício intenso isto muda e o músculo trabalha tanto que chega produzir 50 vezes mais calor do que o resto dos sistemas e órgãos juntos.

Quando a temperatura do corpo começa a aumentar, o nosso "termostato", que se situa no hipotálamo (cérebro) detecta a elevação na temperatura sanguínea e ordena uma série de ações de defesa. Começa a sudorese (transpiração). O suor, ao evaporar-se sobre a pele, a esfria. Isso é sincronizado com o deslocamento de parte do sangue até a periferia do corpo, pela dilatação dos vasos superficiais (próximos à pele). Aí, então, passa mais sangue perto da parte externa do corpo, trazendo calor do interior do corpo para fora, sendo liberado pela pele, através do suor.

Ocorre a vasoconstrição (diminuição do calibre dos vasos) na zona renal e em outros órgãos. Todo o processo de digestão e excreção fica mais lento. O metabolismo celular também fica mais lento. Diminui a produção dos hormônios da tireóide, diminuindo a produção de calor corporal.

Quando o calor produzido pelo corpo não pode ser eliminado no ritmo necessário para evitar um superaquecimento ocorrem às chamadas lesões pelo calor. 

Um esportista que não exagera nos treinos e segue as recomendações necessárias, dificilmente sofrerá um choque térmico, com consequências graves, mas uma pessoa descuidada e que não conhece os perigos de fazer uma atividade física sem orientação e debaixo de um calor muito forte, poderá ter sérios problemas.

Além da alimentação, a hidratação é um fator muito importante. Mas há uma quantidade adequada de água ou isotônico para ser tomada, pois tanto a falta ou o excesso de líquidos pode ser prejudicial ao corpo.

Uma pequena perda de água reduz o rendimento consideravelmente. Em longo prazo, as pessoas que não bebem água durante os esforços ou que não se hidratam adequadamente tem maior tendência a sofrer lesões musculares e articulares. Quanto maior a umidade, a temperatura, a altitude, o tempo de esforço , maior é a perda de água.

Muitas pessoas perguntam qual a quantidade de água ou isotônico a ser tomada durante o exercício. Há uma regra geral de beber 200 ml cerca de 1 hora antes dos exercícios, de 80 a 120 ml a cada 15 minutos de exercício e até 1 litro depois dos exercícios, em pequenos goles.

Mas o importante é repor a quantidade que se perdeu. Ou o resultado da diferença do seu peso antes e depois do exercício e converter os gramas de peso em mililitros de água. Por exemplo: se você perdeu 500 g em uma corrida de 50 minutos, terá de beber 550 ml de água. Assim, vale dizer também que quando você estiver treinando e sentir sede ou a boca seca, é sinal de que o seu corpo necessita de água e já está recorrendo às glândulas salivares.

O excesso de água também pode trazer problemas como a chamada hiponatremia, que ocorre quando se bebe muito mais água que o suor perdido perdendo também o sódio. Assim, o ideal é ter sempre uma boa orientação tanto dos exercícios quanto da alimentação incluindo a hidratação antes, durante e depois dos exercícios.

Não se esqueça de usar protetor solar, óculos e boné a fim de se proteger do sol.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Como os pais devem preparar as crianças para a volta às aulas

Nas próximas semanas, alunos de todo o país vão retomar a rotina de aulas. A adaptação às lições de casa, ao contato com os amigos e às provas, porém, não é sempre fácil. Por isso, os pais devem colocar os filhos mais cedo na cama, começar a falar sobre as expectativas para o ano letivo e se envolver com as atividades dos filhos.

O primeiro passo, diz Ângela Fátima Soligo, psicóloga e professora da Faculdade Educação da Unicamp, é mudar os horários das crianças uma semana antes da volta às aulas e colocá-las para dormir e acordar mais cedo.

Se este não é o primeiro ano de estudo, a psicóloga diz que não é preciso falar muito sobre o retorno às aulas. "Não precisa preparar a criança com muita antecedência. Se ela está de férias, deve curtir as férias. Nada de dar coisas para ler e estudar. A escola é o trabalho da criança, então ela precisa de férias para esquecer um pouco da escola", diz.

Quando tudo for novidade, porém, a especialista recomenda que os pais levem a criança antes para conhecer a escola e comecem aos poucos a falar sobre o que ela vai encontrar naquele ambiente. Neste momento, vale envolver a criança na compra do uniforme e na preparação do material escolar.

Para Sueli Conte, psicopedagoga e diretora do Colégio Renovação, em São Paulo, nesses casos também é recomendável que os pais estejam presentes nas dependências da instituição até que o filho se sinta seguro. "Nos primeiros dias, é importante que a criança encontre o pai ou a mãe quando solicitar a presença deles", diz. "Mesmo que o filho diga que o pai ou mãe pode ir embora, é importante ficar, pelo menos nestes dias de adaptação".

Escola nova

No caso das crianças que vão mudar de escola, a recomendação é a mesma: leve o aluno antes para conhecer o local e converse sobre as vantagens do novo colégio. "É importante preparar a criança, pensar com ela as vantagens da nova escola, como conhecer novos amigos. Em geral, o mais difícil é a perda da escola antiga, então ajude a criança a conservar o contato com os amigos", afirma Soligo.

Se a preparação não for suficiente e o aluno tiver problemas para se adaptar ao novo colégio, os pais devem primeiro conversar com a criança e depois entrar em contato com a escola para saber o que é possível fazer para tornar o processo menos traumático.

De volta à rotina

Já nos primeiros dias de retorno às aulas, pais e responsáveis devem estabelecer uma rotina de estudos juntos para o resto do ano letivo. "Nem todos os pais têm muito tempo, mas acho que eles podem reservar pelo menos uns 40 minutos para conversar sobre a escola, não para cobrar, mas para estar por perto enquanto a criança estuda", diz a psicóloga.

Já para Sueli Conte, é importante também que os pais criem um vínculo com a professora, trocando informações sobre as particularidades do aluno. 

No caso dos adolescentes, o acompanhamento é mais distante, mas os pais precisam perceber e cobrar se ele está ou não separando um tempo para estudar. "Às vezes os vestibulandos acabam exagerando, então os pais têm que mandar parar de estudar, dizer que também é preciso relaxar e entender o limite das suas possibilidades físicas", afirma a especialista da Unicamp.