quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Quer viver até os 100? Cientistas descobrem novos genes para longevidade

Um novo estudo Universidade de Stanford (EUA) encontrou novos genes ligados a longevidade.

Quatro variações – do gene ABO, envolvido na determinação do tipo de sangue; do CDKN2B, que regula a divisão celular; do APOE, ligado a doença de Alzheimer; e do SH2B3, que antes pensava-se prolongar a vida em moscas-da-fruta – foram descobertas nos genomas de pessoas com 100 anos ou mais, os chamados centenários.

Novo método para desvendar a longevidade
De acordo com o pesquisador Stuart Kim, professor do Departamento de Biologia do Desenvolvimento e Genética, o objetivo era descobrir quão forte era o componente genético para se tornar um centenário.
“Estamos começando a desvendar o mistério de por que algumas pessoas envelhecem com tanto sucesso em relação à população normal”, disse.
Estudos anteriores tentaram encontrar variações nos genes mais comuns em pessoas muito idosas, mas não tiveram muita sorte.
A nova pesquisa estreitou a busca para genes ligados com a vida longa, focando especialmente naqueles conhecidos por afetar fortemente o risco de doenças relacionadas com a idade, como doença cardíaca e doença de Alzheimer. As pessoas que têm menos risco para essas condições, dita a lógica, vivem mais tempo.

Os quatro vencedores
Os pesquisadores primeiro procuraram por genes ligados a longevidade em uma população de cerca de 800 pessoas com mais de 100 anos, e 5.400 pessoas com mais de 90 anos.
Eles descobriram oito genes ligados com uma vida longa, e foram capazes de confirmar quatro em uma análise de acompanhamento com cerca de 1.000 pessoas com idades entre 100 ou mais.
O estudo constatou que certas variantes dos genes chamados ABO, CDKN2B, APOE e SH2B3 eram mais comuns em centenários do que em pessoas com uma expectativa de vida média (no caso do Brasil, cerca de 73 anos).


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