Se, para você, a cama só serve para dormir, calma: a
ciência traz novidades que prometem reacender a libido
As mulheres não têm botão de liga e desliga. Na hora
do prazer na cama, a combinação de alguns detalhes faz toda a diferença para o
sexo. “No pacote pró-sexo, entram autoestima elevada, mente tranquila e bom
conhecimento do próprio corpo”, enumera o psiquiatra e professor de psicologia
Alexandre Saadeh, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sem contar
uma enxurrada de hormônios e de outras substâncias químicas. Além, é claro, de
um parceiro dedicado, que esteja disposto a estimular pontos estratégicos.
Hormônios em baixa
Em outras palavras, vários fatores, psicológicos e
orgânicos, servem de combustível para acender a vontade de transar na mulher.
“Os hormônios femininos, como o estrogênio, e os masculinos, como a
testosterona, têm um papel preponderante para que isso ocorra”, afirma a
psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das
Clínicas de São Paulo.
“Sim, as mulheres também produzem testosterona nos
ovários e nas glândulas suprarrenais”, continua o ginecologista especialista em
sexualidade humana Aurélio Molina, da Universidade de Pernambuco. “Quando seus
níveis se encontram muito baixos, costumam acontecer alterações na libido.”
Você não está sozinha
Não é tarefa simples indicar um tratamento quando
essa intrincada rede por trás da vontade feminina enfrenta temperaturas
siberianas. Trata-se do que os especialistas chamam de desejo hipoativo, um
problema mais comum do que se imagina. Só para ter uma ideia, uma pesquisa
realizada com 749 mulheres na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos,
revela que o desinteresse sexual acometia 33,2% das entrevistadas e a
dificuldade de lubrificação, 21,5%. Felizmente, os cientistas estão próximos de
soluções para que o termômetro do sexo volte a sinalizar somente tempo quente
em quem passa por esse tipo de problema.
Soluções
Uma das alternativas é o flibanserin, droga
desenvolvida pelo laboratório alemão Boehringer Ingelhein. “Ela modula a
disponibilidade de serotonina”, explica Sonia Dainesi, diretora da filial
brasileira da empresa. “Essa modulação do neurotransmissor encarregado de
promover bem-estar leva a um aumento de dopamina, substância fundamental para
instigar o interesse em transar.”
Diferentemente das pílulas masculinas que agem quase
na mesma hora, o flibanserin levaria de seis a oito semanas para produzir
efeitos. A droga começou a ser estudada pelos cientistas alemães nos anos 1990
com a promessa de ser um antidepressivo para fazer face à fluoxetina e
similares. E, para surpresa geral, o flibanserin mandou as mulheres para a
cama para uma boa transa, bem entendido.
A inimiga do tesão
A depressão, vale ressaltar, está por trás de 40%
dos casos de libido abaixo de zero, segundo uma pesquisa do Hospital das
Clínicas de São Paulo. As oscilações do estrogênio durante o ciclo menstrual
têm participação nessa gangorra do humor. E algumas integrantes da ala feminina
são mais sensíveis à queda de suas taxas após a ovulação. Esse fenômeno derruba
a concentração de serotonina.
Aí, bate aquela tristeza e a atração pelo parceiro
torna-se uma lembrança do passado. A fase crítica vem à tona na menopausa,
quando os ovários encerram de vez a fabricação de estrogênio. “Então, a
depressão geralmente dá as caras e arrasa com a libido”, avisa a psicóloga
Carolina Fernandes, do Instituto Paulista de Sexualidade.
Os dilemas psicológicos muitas vezes interferem à
beça na disposição para a transa. “Diante de estresse, ansiedade e baixa
autoestima, o desejo sai de cena”, confirma Alexandre Saadeh. Aqui, a
psicoterapia comportamental pode ser a saída.
“Ela incentiva a pessoa a conhecer o próprio corpo e
a refletir sobre seus conflitos e inseguranças”, afirma o psiquiatra Aderbal
Vieira Júnior, da Universidade Federal de São Paulo. Ninguém está condenado a
uma vida sexual morna. Se o fogo apagou, o primeiro passo é procurar um
ginecologista para checar se está tudo ok com a saúde física. Talvez seja o
caso de mudar o contraceptivo. Uma coisa é certa: os recursos disponíveis hoje
reaquecem o clima debaixo do edredom.
Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/falta-de-desejo-sexual-tem-solucao/
- Por Adriana Toledo - Foto: SAÚDE/Divulgação
Faz um post sobre a baixa libido masculina por favor
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