Entenda como os exercícios físicos pode afetar a
saúde dos seus ossos a longo prazo e saiba o que fazer para amenizá-los
“Exercício
físico faz bem para a saúde.” Nas últimas décadas, essa frase se tornou um
quase manifesto. No entanto, o que praticar para que se tenha essa tão saúde
tão desejada? Afinal, cada esporte tem o seu ponto forte e fraco. Então, para
você que pratica esportes de longa duração e alta performance é importante que
você entenda e saiba de cada um dos riscos dessa modalidade para a saúde dos
seus ossos. Ficou curioso?
Confira o que dizem os especialistas sobre os
impactos de alguns esportes na saúde dos ossos:
NATAÇÃO - Uma revisão publicada na Public Library of
Science (Plos) reuniu 64 artigos sobre a saúde óssea de nadadores. Em pesquisas
nas quais os nadadores foram comparados com pessoas sedentárias, o aumento na
densidade óssea foi equivalente. Ou seja, para o esqueleto jovem, nadar e não
fazer nada dá praticamente na mesma: dentro d’água, o corpo se livra da ação da
gravidade, que é responsável pela formação do esqueleto.
CICLISMO - O ciclismo de competição em estrada é
outro exemplo de esporte de endurance que pode ser traiçoeiro. Um artigo
publicado no Journal of Bone and Mineral Research sugeriu que treinos regulares
de alta intensidade nessa modalidade podem comprometer a saúde dos ossos dos
rapazes num grau comparável ao que acontece em mulheres na menopausa. Uma
hipótese – ainda a ser confirmada – é que o suor prolongado em treinos e provas
de muitas horas possa resultar numa perda significativa de cálcio através da
pele.
MUSCULAÇÃO - A ciência ainda não esclareceu
inteiramente por quais mecanismos o exercício físico faz o osso tornar-se mais
denso e forte, o que dificulta prescrições precisas. Mas as evidências indicam
que os exercícios de força são os que mais garantem resultados positivos, tanto
em jovens do sexo masculino quanto em idosas pós-menopausa, o estrato
populacional mais afetado pela osteoporose.
CORRIDA - Uma maior força muscular normalmente está
associada a uma maior densidade óssea. Mesmo na comparação com a corrida, em
que os ossos, principalmente das pernas e dos quadris, sofrem impacto repetido,
a musculação tende a gerar melhores resultados. Na corrida, a sobrecarga é o
peso corporal, que é constante. Já nos exercícios com pesos, a sobrecarga é progressiva.
No entanto, vale lembrar que o exercício físico é apenas
um dos fatores que afetam a saúde óssea. A densidade do osso depende de um
processo dinâmico de formação e reabsorção do tecido ósseo chamado de
remodelação, que acontece de forma desigual ao longo da vida e sofre a
influência da genética, de hormônios, da alimentação, da exposição ao sol (que
estimula a produção de vitamina D, que atua em sinergia com o cálcio). Além de
peso e da composição corporais.
“Com o envelhecimento, a perda de minerais pela
reabsorção tende a ser maior do que a formação. O que torna maior o risco de
fraturas é um baixo estoque de massa óssea para sustentar essa perda
inevitável. Por enquanto, o conselho mais aceito é começar cedo com
esportes variados, progredir nos treinos de força ao longo da vida adulta e se
manter firme nos exercícios de manutenção quando a idade chegar”,
explica Lidia Bezerra, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em
Exercício, Saúde e Envelhecimento da Universidade de Brasília.
Cuide bem dos seus ossos e pratique esportes com
cautela sempre com acompanhamento de especialistas. Se você tiver feito tudo
corretamente até lá, a osteoporose não vai te derrubará tão facilmente.
Fonte: https://sportlife.com.br/saude-ossos-evitar-osteoporose/
- Brenda Prestes - Foto: Getty Images
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