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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Postura correta: dicas de um profissional e exercícios para mantê-la


Sabemos da importância da postura correta e que devemos nos atentar a ela para evitar dores e lesões. Por isso, conversamos com o personal trainer Fernando Nonaka, que nos deu dicas para ter e manter a postura cotidianamente. Também separamos exercícios que podem ajudar na postura e garantir mais saúde e disposição. Fique com a gente e confira!

A postura corporal se refere à posição em que nosso corpo está. A postura correta é aquela que nos permite realizar atividades sem desconforto e sem nos lesionar. Quer saber como manter a sua? Confira as dicas do personal trainer Fernando Nonaka e se cuide!


Conheça seu corpo: aprender sobre a anatomia e biomecânica do corpo humano é importante para você saber qual postura manter no dia a dia e, assim, evitar lesões.
Invista em ergonomia: equipamentos ergonômicos são aqueles que propiciam boas condições para trabalhar. Tê-los e usá-los no trabalho ou em casa é essencial para a segurança e evita lesões e desconfortos desnecessários.
Policie sua postura no dia a dia: aprender a postura correta e ter móveis ergonômicos não adiantam se isso não for aplicado ao cotidiano, por isso, policie sua postura. É normal, às vezes, estarmos sem querer em posições desfavoráveis, mas saiba perceber e ajustar.
Não fique muito tempo na mesma posição: no trabalho, é normal ficarmos horas na mesma posição, e isso pode ser muito prejudicial. Fernando indica que levantar a cada hora de trabalho e dar aquela alongada é o ideal!
Use o celular corretamente: é comum, ao usarmos o celular, deixá-lo na linha da cintura e inclinar a cabeça, o que resulta em uma posição inapropriada. Por isso, quando usar o aparelho, leve-o à altura dos olhos. Mas, cuidado: ficar longos períodos assim pode tensionar demais a musculatura braquial.
Não exagere na carga: o personal trainer explica que o exagero de peso em bolsas e mochilas é prejudicial à saúde e pode causar lesões cervicais, assim como manter a bolsa em apenas um lado do corpo por longos períodos. Na academia, é a mesma coisa: não invista em muita carga sem a execução correta dos exercícios.
Cuidado com o salto alto: o salto, se usado excessivamente, pode prejudicar sua postura e trazer malefícios à saúde, como lesões na coluna. Por isso, use de maneira moderada.
Faça exercícios físicos moderados: fazer musculação e/ou pilates já tem demonstrado grandes benefícios para a saúde da coluna e correção de desvios posturais, já que ter o core fortalecido é essencial para evitar lesões.
Durma corretamente: o primeiro passo é escolher um bom travesseiro e colchão. Embora não exista a melhor posição para dormir, pois isso depende de muitos fatores, em casos de dor na coluna e lombar é recomendável dormir na posição de decúbito lateral (de ladinho), pois preserva a curvatura da coluna.
Faça uma avaliação física postural: a avaliação postural é importante, já que permite identificar possíveis desvios posturais e, assim, fazer exercícios mais específicos e se adequar à melhor postura. Se, apesar de seguir as orientações, você sentir dor, o ideal é procurar um médico, pois já pode existir alguma lesão. O profissional vai orientar qual o melhor tratamento ou encaminhar a um fisioterapeuta.
A manutenção da postura correta é uma tarefa diária, então não deixe de seguir as dicas e investir na saúde do seu corpo! Está esperando o que para colocar a teoria em prática?

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/postura-correta/ - Escrito por Fernanda Mocki - ISTOCK

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Como manter a saúde dos ossos e evitar a osteoporose

Entenda como os exercícios físicos pode afetar a saúde dos seus ossos a longo prazo e saiba o que fazer para amenizá-los

 “Exercício físico faz bem para a saúde.” Nas últimas décadas, essa frase se tornou um quase manifesto. No entanto, o que praticar para que se tenha essa tão saúde tão desejada? Afinal, cada esporte tem o seu ponto forte e fraco. Então, para você que pratica esportes de longa duração e alta performance é importante que você entenda e saiba de cada um dos riscos dessa modalidade para a saúde dos seus ossos. Ficou curioso?

Confira o que dizem os especialistas sobre os impactos de alguns esportes na saúde dos ossos:

NATAÇÃO - Uma revisão publicada na Public Library of Science (Plos) reuniu 64 artigos sobre a saúde óssea de nadadores. Em pesquisas nas quais os nadadores foram comparados com pessoas sedentárias, o aumento na densidade óssea foi equivalente. Ou seja, para o esqueleto jovem, nadar e não fazer nada dá praticamente na mesma: dentro d’água, o corpo se livra da ação da gravidade, que é responsável pela formação do esqueleto.

CICLISMO - O ciclismo de competição em estrada é outro exemplo de esporte de endurance que pode ser traiçoeiro. Um artigo publicado no Journal of Bone and Mineral Research sugeriu que treinos regulares de alta intensidade nessa modalidade podem comprometer a saúde dos ossos dos rapazes num grau comparável ao que acontece em mulheres na menopausa. Uma hipótese – ainda a ser confirmada – é que o suor prolongado em treinos e provas de muitas horas possa resultar numa perda significativa de cálcio através da pele.

MUSCULAÇÃO - A ciência ainda não esclareceu inteiramente por quais mecanismos o exercício físico faz o osso tornar-se mais denso e forte, o que dificulta prescrições precisas. Mas as evidências indicam que os exercícios de força são os que mais garantem resultados positivos, tanto em jovens do sexo masculino quanto em idosas pós-menopausa, o estrato populacional mais afetado pela osteoporose.

CORRIDA - Uma maior força muscular normalmente está associada a uma maior densidade óssea. Mesmo na comparação com a corrida, em que os ossos, principalmente das pernas e dos quadris, sofrem impacto repetido, a musculação tende a gerar melhores resultados. Na corrida, a sobrecarga é o peso corporal, que é constante. Já nos exercícios com pesos, a sobrecarga é progressiva.

No entanto, vale lembrar que o exercício físico é apenas um dos fatores que afetam a saúde óssea. A densidade do osso depende de um processo dinâmico de formação e reabsorção do tecido ósseo chamado de remodelação, que acontece de forma desigual ao longo da vida e sofre a influência da genética, de hormônios, da alimentação, da exposição ao sol (que estimula a produção de vitamina D, que atua em sinergia com o cálcio). Além de peso e da composição corporais.

“Com o envelhecimento, a perda de minerais pela reabsorção tende a ser maior do que a formação. O que torna maior o risco de fraturas é um baixo estoque de massa óssea para sustentar essa perda inevitável. Por enquanto, o conselho mais aceito é começar cedo com esportes variados, progredir nos treinos de força ao longo da vida adulta e se manter firme nos exercícios de manutenção quando a idade chegar”, explica Lidia Bezerra, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Exercício, Saúde e Envelhecimento da Universidade de Brasília.

Cuide bem dos seus ossos e pratique esportes com cautela sempre com acompanhamento de especialistas. Se você tiver feito tudo corretamente até lá, a osteoporose não vai te derrubará tão facilmente.


Fonte: https://sportlife.com.br/saude-ossos-evitar-osteoporose/ - Brenda Prestes - Foto: Getty Images

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A ciência descobriu como manter longos relacionamentos quentes na cama

É assim que você vai manter o desejo do seu parceiro mesmo em um relacionamento longo

A intimidade verdadeira, para alguns casais, tem um certo custo, incluindo menos desejo sexual um pelo outro, também conhecido como o paradoxo da intimidade-desejo.
Os parceiros trocam a incerteza que alimenta o desejo sexual por conforto e segurança. Naturalmente, nem todos os casais de longa data são vítimas da morte na cama.

O segredo da ciência para que isso não aconteça com você? Faça o seu parceiro se sentir especial. Os pesquisadores descobriram que compreensão, aceitação e cuidado são afrodisíacos potentes, por mais broxante que isso possa parecer.

Responsividade
Estamos falando de um certo tipo de intimidade – responsividade – que pode reavivar o desejo, mesmo em relacionamentos de longo prazo, especialmente para as mulheres.
“A capacidade de resposta é a pedra angular da intimidade”, escreveu Gurit Birnbaum, do Centro Interdisciplinar Herzliya, em Israel, que liderou o estudo. “Quando um parceiro é verdadeiramente responsivo, o relacionamento parece especial e exclusivo. Assim, é como se o sexo melhorasse um relacionamento já valioso”.

Os experimentos
O estudo incluiu três experimentos, cada um envolvendo cerca de 100 ou mais casais heterossexuais.
No primeiro, os pesquisadores disseram que eles iriam trocar mensagens com seus parceiros. No entanto, eram com os pesquisadores que eles estavam falando. Estes davam respostas padronizadas, que podiam ser responsivas (como “Você deve ter passado por um momento muito difícil”) ou não (” Não parece tão ruim para mim”).
Em seguida, os participantes preencheram questionários para medir quão sensíveis e responsivos eles achavam que seus parceiros eram, e também quanto queriam ter relações sexuais com ele ou ela.

O desejo não diferiu significativamente entre os homens que receberam mensagens responsivas ou não – mas as mulheres tinham mais vontade de fazer sexo com seus parceiros quando recebiam mensagens responsivas.

Desejo e valor
No segundo experimento, os participantes conversaram sobre um evento pessoal com seu parceiro. Em seguida, os pesquisadores pediram aos casais para se beijarem e se acariciarem – basicamente, para agir de uma forma fisicamente íntima.
Eles gravaram e analisaram tanto a conversa quanto os carinhos, medindo sinais de responsividade e desejo. Quanto mais os homens e as mulheres viam seu parceiro como responsivos, maior era seu desejo sexual – novamente, essa correlação foi mais forte entre as mulheres.
Finalmente, os participantes mantiveram um diário por seis semanas, durante o qual anotaram os níveis de desejo sexual, a capacidade de resposta de seu parceiro e quão especial o parceiro as fazia se sentir.
Também registraram o “valor” de seus parceiros, uma coleção de fatores como inteligência e atratividade que tornam alguém desejável. Tanto para os homens como para as mulheres, quanto mais responsivos eles percebiam seu parceiro, mais especiais eles se sentiam, e quanto mais alto avaliavam o valor de seu parceiro, mais os desejavam.

Conclusões
Em outras palavras, sentir-se especial e sentir-se cuidado alimenta o desejo sexual, especialmente para as mulheres.
Como elas normalmente investem mais na parentalidade do que os homens e, portanto, têm mais em jogo ao escolher um parceiro, pode ser que se importem mais com sugestões comportamentais como a capacidade de resposta, que sugerem a vontade de um parceiro de investir no relacionamento.
Vale lembrar que os casais do estudo eram heterossexuais, relativamente jovens (cerca de 20 a 40 anos), de uma única nacionalidade (israelense), e a maioria estava junto por apenas alguns anos – logo, as descobertas podem não se mostrar universais.
Como um próximo passo, Birnbaum e seus colegas querem descobrir se, além de alimentar o desejo, a responsividade também pode proteger um relacionamento de traições. [Ozy]


segunda-feira, 4 de julho de 2016

Adote já 12 cuidados com a pele no inverno

Ela resseca, racha, descama... fala sério: como a pele sofre no inverno! Anote nossas dicas e mantenha a pele linda e hidratada nas baixas temperaturas

Basta os termômetros caírem para a pele sofrer com ressecamento, alergias, descamamentos, rachaduras e toda sorte de males que insistem em tirar seu viço. Isso acontece graças a fatores climáticos como vento, mudanças bruscas de temperatura e ar seco, que favorecem a evaporação de água através da cútis, diminuindo seu grau de hidratação. Para ajudá-la a fugir do efeito, consultamos diversos especialistas, que entregam 12 dicas para manter a pele linda no inverno. Vem com a gente!

1. Evite banhos muito quentes e longos
Ok, sabemos que a vontade de ficar horas em uma ducha quentinha é grande, mas saiba que o bem-estar momentâneo pode não compensar. “Além de aumentar a desidratação já causada pelo tempo seco da época, a água quente retira em excesso a camada de gordura que protege e mantém a umidade da pele, provocando a diminuição da oleosidade natural”, diz o cirurgião plástico Francisco Alionis Neto, de São Paulo.

2. Maneire no uso do sabonete
Ele remove a camada de proteção da pele, deixando-a ainda mais ressecada. “O ideal é restringi-lo à área íntima e espalhar a espuma no restante do corpo”, indica Teresa Noviello, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e sócia da Clínica Allora, em Belo Horizonte. Evite também o uso de buchas.

3. Hidrate o rosto de acordo com seu tipo de pele
 “As pessoas com pele oleosa ou mista devem preferir hidrantes em veículos gel, gel creme ou loção oil free. Já quem tem pele seca pode usar produtos em creme, loção cremosa ou até mesmo cold creams. Produtos em sérum são versáteis e hidratam adequadamente a pele da face, das oleosas até as secas”, indica Carla Albuquerque, dermatologista e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD), de São Paulo.

4. Aposte nas substâncias certas
Ureia, ácidos lático, mandélico e glicólico, óleos graxos minerais e ácido hialurônico são ativos hidratantes poderosos. Para lidar com a pele sensibilizada, vale lançar mão de produtos com agentes calmantes, como água termal, alantoina e nicotinamida.

5. Passe hidratante no momento certo
Conhece a regra dos três minutos? É simples: é neste período que a pele está mais propensa a absorver os ativos do produto. Faça isso ainda no banheiro, pois o vapor facilitará sua penetração.

6. Não abandone o protetor solar
O calor pode até estar distante, mas os raios ultravioletas continuam aí, danificando a pele. Por isso, continue usando o produto, ok?

7. Mantenha a ingestão regular de líquidos
Hidratar o corpo de dentro para fora é a melhor estratégia para manter a pele linda no inverno. Se beber muita água estiver difícil, vale apostar em chás.

8. Alimente-se corretamente
É difícil manter o consumo de frutas, legumes e verduras nas baixas temperaturas, mas eles são as melhores fontes de vitaminas e minerais que neutralizam os radicais livres e previnem o envelhecimento cutâneo. Bons exemplos são os ricos em vitamina C, como laranja, acerola e limão, que auxiliam na produção natural do colágeno. Já aqueles que são fonte de licopeno, como o tomate, têm ação antioxidante. “A soja, outro alimento que devemos levar em consideração, é rica em isoflavonas, que evitam o ressecamento e melhoram a elasticidade da pele”, entrega Teresa Noviello.

9. Aproveite para buscar tratamentos dermatológicos
“Este é o melhor período para realizar procedimentos clareadores como peelings químicos, lasers e até depilação a laser, pois requerem que o paciente evite a exposição ao sol”, conta a esteticista Fabiana Filosi, da clínica Vidhera Estética, do Rio de Janeiro.

10. Umidifique o ambiente
“A pouca umidade do ar é um dos principais causadores do ressecamento da pele. Por isso, é válido deixar uma bacia com água em pontos estratégicos da casa para manter o ambiente mais úmido”, ensina o patologista clínico Carlos Ballarati, do Consulta do Bem, de São Paulo. Se puder, invista em um umidificador de ambientes.

11. Evite lugares fechados
Eles não são propícios apenas ao contágio de doenças como gripes e resfriados. A maior exposição a vírus, bactérias e outros micro-organismos também afeta a pele, podendo causar alergias e ressecamento.

12. Cuide dos lábios
Nada de puxar a pelinha ou umedecê-los com saliva! “Ao puxar a pele pode-se causar inflamações, e a saliva resseca ainda mais os lábios”, conta a top dermatologista Karla Assed, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology, do Rio de Janeiro. Invista pesado em hidratantes labiais.


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sete passos para manter o seu intestino saudável

Mudanças evitam doenças graves, como câncer de cólon e reto

câncer de cólon e reto, que também pode ser chamado de câncer de intestino, é um dos mais incidentes do Brasil, com 30 mil novos casos estimados por ano pelo Institui Nacional do Câncer (Inca). Esse tipo de câncer fica atrás apenas dos de pele não melanoma, próstata e mama feminina. O principal fator de risco para esse tipo de câncer é o histórico familiar. Segundo a proctologista Daniele Franco, do Hospital Santa Luzia, em Salvador, a genética atua um papel primordial da gênese do câncer e ainda tem uma força maior que fatores externos. No entanto, qualquer um pode se beneficiar dessa lista de bons hábitos para manter o intestino sempre em ordem, afastando o câncer de cólon e reto ou mesmo outros problemas relacionados ao órgão, como a presença de pólipos - pequenos acúmulos de pele que podem, inclusive, ser um sinal de alerta para o câncer. Confira:

Faça os exames regularmente
 O teste mais específico para avaliação direta do intestino grosso e reto é a colonoscopia. "Trata-se de uma endoscopia feita pelo ânus que permite a visualização direta de toda a mucosa intestinal em sua circunferência, desde o reto até o íleo terminal (fim do intestino delgado) e possibilitando coleta de material para análise", afirma a proctologia Daniele Franco, do Hospital Santa Luzia, em Salvador. "A cápsula endoscópica é um exame que também permite a visualização da luz intestinal, mas não permite biópsias, e é utilizado quando existem lesões obstrutivas que impossibilitam a passagem do colonoscópio ou quando quer se avaliar o intestino delgado, segmento de difícil acesso pelos endoscópios", completa. Existem também testes indiretos radiológicos dos cólons, que são o clister opaco e a colonoscopia virtual. Esses exames desenham a luz intestinal e pode encontrar lesões de mucosa maiores que 6 mm.

Um estudo feito por pesquisadores do Massachusetts General Hospital Gastrointestinal Unitdescobriu que fazer uma colonoscopia a cada 10 anos a partir dos 50 anos de idade poderia evitar 40% dos casos de câncer colorretal. O estudo acompanhou mais de 89 mil profissionais de saúde durante um período de 20 anos e foi publicado no New England Journal of Medicine. A colonoscopia se tornou exame de rotina como prevenção de câncer colorretal, e deve começar a ser feito a partir dos 50 anos de idade para pessoa sem histórico familiar da doença. Aqueles que possuem fatores de risco devem incluir o exame na rotina após os 40 anos ou 10 anos antes da idade do caso mais precoce na família. "A colonoscopia também pode ser indicada em investigação de dores abdominais, alteração do hábito intestinal, hemorragias pelo ânus, diarreias e outras queixas relacionadas", explica a especialista. Se os exames forem normais, devem ser repetidos a cada cinco ou dez anos. Já o resultado alterado deve ser repetido conforme orientação do médico.

Cuide de doenças do cólon e reto
 Além da história genética, a presença de doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn e a retrocolite ulcerativa, aumenta o risco de câncer de cólon e reto. "Isso acontece devido ao estímulo inflamatório constante, que culmina acelerando a multiplicação celular", afirma a proctologista Daniele. Portanto, pacientes portadores dessas doenças devem manter uma regularidade maior do exame: de um modo geral, anualmente após oito anos de doença se portador de colites ou uma vez a cada dois anos se tiver uma doença que afeta um segmento específico do intestino, como diverticulite. 

Evite alguns alimentos
Hábitos alimentares nocivos, como o consumo excessivo de carne vermelha, embutidos, enlatados e defumados excessivamente não são saudáveis para o intestino. "A digestão desses alimentos resulta na produção de metabólitos, substâncias tóxicas que podem ser o estopim para transformação genética das células da mucosa no intestino grosso, se muito tempo em contato com a mucosa intestinal", afirma a proctologista Daniele. Segundo a proctologista Gilmara da Silva Aguiar, do Hospital Santa Cruz de São Paulo, o consumo de carne vermelha deve ser limitado a 200g por semana - entre uma a duas vezes por semana - para aqueles em grupo de risco para doenças do intestino, enquanto os outros tipos de alimento devem ser evitados ao máximo. "Na verdade, muitos estudos demonstraram que as carnes processadas aumentam o risco de câncer mais do que o consumo de carne não processada", alerta o cirurgião oncologista Samuel Aguiar Junior, diretor de tumores colorretais do A.C.Camargo Cancer Center. O motivo é o mesmo: substâncias cancerígenas que são formadas a partir do método de processamento da carne.

Coma mais fibras
O consumo de frutas, legumes, verduras e grãos integrais aumenta a quantidade de bactérias do intestino, ajudando no seu pleno funcionamento. Com a microbiota (flora intestinal) funcionando a todo vapor, é mais fácil para o órgão suprimir a atividade de outras bactérias que são nocivas e podem formar substancias tóxicas. "Além disso, um intestino saudável ajuda a eliminar com regularidade os metabólitos tóxicos do organismo na evacuação", lembra a proctologista Daniele. Segundo o oncologista Samuel, as fibras das frutas, verduras e cereais regularizam o trânsito, diminuindo o tempo de exposição da mucosa intestinal a substâncias potencialmente cancerígenas.

Controle o peso
Estar com o peso acima do que é considerado saudável também pode ser um fator de risco para o câncer de intestino. Um estudo publicado no American Journal of Epidemiology revelou que a obesidade e acúmulo de gordura abdominal aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver câncer de cólon e reto. A análise foi liderada por uma especialista da Maastricht University, na Holanda e contou com a participação de 120 mil adultos holandeses com idade entre 55 e 69 anos. Após avaliar cada um dos indivíduos, os cientistas constataram que homens com sobrepeso significativo ou em início de obesidade tinham um risco 25% maior de ter câncer colorretal. Além disso, aqueles cujo tamanho da cintura era significativamente maior apresentaram um risco 63% maior de ter esse tipo de câncer. "O desequilíbrio metabólico, que inclui sobrepeso, obesidade e diabetes, aumenta o risco de câncer de intestino", explica o cirurgião oncologista Samuel. E a diminuição da circunferência abdominal interfere nos níveis de insulina e glicose, contribuindo para uma melhor regularização do metaboslismo. O papel da atividade física regular é fundamental para esse equilíbrio.

Faça exercícios
Segundo o oncologista Rui Fernando Weschenfelder, do Grupo de Trabalho e Estudos do Câncer Gastro-Intestinal da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, a prática de exercícios físicos regularmente reduz em 24% a incidência de câncer de intestino. "Um conjunto de 52 estudos científicos demonstrou que pessoas que se exercitam de forma regular têm menos chance de desenvolver este tipo de câncer quando comparados a pessoas sedentárias", diz. Inclua pelo menos 30 minutos de atividade física moderada em cinco dias da semana ? isso ajudará seu intestino a funcionar melhor, estimulando a movimentação do órgão, além de contribuir para diminuição do estresse e controle do peso, ambos fatores conhecidos para aumentar o risco de câncer.

Modere no álcool
"A relação direta entre álcool e câncer de intestino não está completamente estabelecida, como acontece com carne vermelha, frutas e verduras e exercício físico", explica o oncologista Samuel. Entretanto, é sabido que pessoas que ingerem grandes quantidades de álcool estão em maior risco para desenvolver a doença. "Este risco é maior para pessoas que ingerem mais de 45 g de álcool por dia (equivalente a aproximadamente três latas de cerveja de 350 mL, três taças de vinho de 150 mL ou três doses de uísque de 40 mL)", explica o oncologista Rui Fernando. Entretanto, o especialista afirma que é importante lembrar que pequenas quantidades de álcool podem ter efeitos benéficos para a saúde, mas por outro lado mesmo pequenas doses podem ser problemáticas para pessoas com risco para alcoolismo. Dessa forma, é importante ficar atento para o histórico familiar do problema e conversar com seu médico, verificando se é adequado manter o consumo moderado da bebida. 

Pare de fumar
Hoje existem mais de 100 estudos científicos comprovando que o cigarro é causa de câncer de intestino, aponta o oncologista Rui Fernando. "De forma global, quem fuma tem 18% mais chance de desenvolver câncer de cólon e reto quando comparado ao não-fumante", completa o especialista. Isso acontece porque as substâncias tóxicas do cigarro estimulam mutações genéticas em todo o organismo, podendo favorecer uma série de cânceres.