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domingo, 11 de dezembro de 2022

Consumir mais fibras melhora bem-estar físico e mental

A ingestão de fibras atua diretamente na saúde do intestino, órgão responsável pela imunidade e sensação de bem-estar

 

Você já ouviu a expressão que chama o intestino de “segundo cérebro”? Acontece que a saúde do órgão está associada a diversos problemas do organismo, como mudanças no comportamento, mau humor, constipação, inflamações e até mesmo a diminuição da produção de endorfina, conhecida como hormônio da felicidade e do bem-estar. No entanto, a ingestão de fibras pode ajudar a diminuir esses sintomas.

 

“O processo digestivo resume-se na digestão dos alimentos, absorção de seus nutrientes e a evacuação. Quando esse fluxo não está adequado, a pessoa pode ter sintomas como constipação, diarréia, desconfortos, gases entre outros. Além disso, o mau funcionamento do intestino vai impactar negativamente na qualidade de vida pessoal e profissional do indivíduo. As fibras são extremamente importantes para essa regulação, proporcionando maior saciedade e ajudando diretamente, tanto na absorção como na evacuação”, explica a nutricionista da startup Vitamine-se, Carolina Tavares.

 

Segundo cérebro

Diversos estudos indicam que o cérebro e o intestino estão diretamente conectados pelo chamado eixo intestino-cérebro. Isso quer dizer que o mau funcionamento de um pode interferir na atividade do outro. Além disso, negligenciar a saúde intestinal pode alterar sua microbiota, e esse desequilíbrio pode afetar o metabolismo, a imunidade, o humor e até mesmo influenciar no descontrole glicêmico.

 

Uma pesquisa realizada pelo instituto CONECTAi Brasil aponta que 76% dos brasileiros sentem que o funcionamento do intestino impacta diretamente na qualidade de vida. Entre os mil entrevistados, a maioria (82%) não utiliza recursos para auxiliar nesse processo. No entanto, o mercado dispõe hoje de inúmeros produtos que auxiliam no funcionamento intestinal. Consumir fibras solúveis, por exemplo, pode ser uma ótima opção para quem busca melhorar a saúde do órgão.

 

Importância das fibras

Carolina reforça que as fibras são uma ótima escolha para quem necessita de um resultado mais eficiente. “Hoje já é possível encontrar suplementos compostos por um mix de fibras para quem quer mais praticidade e funcionalidade. Mas é importante buscar produtos que sejam livres de corantes e conservantes artificiais e que, em sua fórmula, combinem as fibras corretas para auxiliar o bom funcionamento e também preservar a flora intestinal”, comenta a nutricionista.

 

Dentre os principais benefícios proporcionados pela ingestão de fibras, a profissional destaca:

 

Saciedade, o que auxilia no controle de peso;

Estímulo do crescimento de bactérias benéficas para o intestino;

Controle de glicose, colesterol e diabetes;

Melhora do sistema imunológico e prevenção contra diversas doenças, como hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e diabetes, por exemplo.

“Para o consumo de fibras em pó, o indicado é que a pessoa faça a ingestão de uma dose de 10g em 200ml de água ou suco, podendo também ser consumido conforme a orientação de um médico ou nutricionista”, finaliza Carolina.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/consumir-mais-fibras-melhora-bem-estar-fisico-e-mental-entenda.phtml - By Redação - Foto: Shutterstock

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Quer que a vacina funcione pra você? Então cuide da sua microbiota


Já se sabe que a vitamina D controla a microbiota intestinal, com fortes efeitos sobre o coração - igualmente, a exposição ao Sol melhora microbiota intestinal.

 

Bactérias boas e vacinas

 

Aumentam a cada dia os indícios de que a composição e a função da microbiota intestinal das pessoas são "fatores cruciais" para afetar as respostas imunológicas às vacinas.

 

Esta é a principal conclusão de uma revisão científica abrangente sobre o assunto, feita por especialistas australianos e norte-americanos.

 

Os dados comprovam que a variação da resposta imunológica às vacinas pode ser combatida com intervenções direcionadas à microbiota, ajudando pessoas de todas as faixas etárias - de crianças a idosos - a aproveitar ao máximo os benefícios das vacinas.

 

A proteção dada pelas vacinas é tipicamente induzida pelas células B, que produzem anticorpos específicos para o antígeno, mas as células T também ajudam a mediar a proteção induzida por algumas vacinas.

 

"Nosso estudo encontrou evidências crescentes de que a microbiota intestinal - que é altamente variável entre os indivíduos, ao longo da vida e entre várias populações ao redor do mundo - é um fator crucial na modulação das respostas imunológicas das células B e T às vacinações," disse a professora Saoirse Benson, da Universidade Flinders (Austrália).

 

Reforço para as vacinas

 

Os pesquisadores também chamaram a atenção para estudos que estão usando camundongos livres de germes - sem microbioma, criados em ambientes estéreis em laboratório - para avaliar quais bactérias são as melhores para reforçar as respostas imunológicas à vacinação.

 

"Uma melhor compreensão de como a microbiota regula essas respostas vacinais também pode dar suporte ao uso de adjuvantes específicos por população, mais adaptados para melhorar as respostas às vacinações," disse a pesquisadora. "Há mais coisas que podemos fazer para otimizar a eficácia das atuais vacinas se entendermos mais sobre a microbiota intestinal e as intervenções, como prebióticos e probióticos."

 

A equipe está agora analisando os resultados de um estudo clínico sobre como o impacto dos antibióticos no microbioma intestinal de bebês pode afetar as respostas imunológicas às vacinações infantis de rotina.

 

Tem havido um grande número de estudos sobre o "eixo intestino-cérebro", uma rede complexa que liga a função intestinal aos centros emocionais e cognitivos do cérebro, mas este é o primeiro estudo de larga escala a mostrar uma conexão entre as bactérias comensais e os efeitos das vacinas. Contudo, já se sabia que o sistema de comunicação entre intestino é cérebro é regulado pela atividade neural, pelos hormônios e pelo sistema imunológico.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Modulation of immune responses to vaccination by the microbiota: implications and potential mechanisms

Autores: David J. Lynn, Saoirse C. Benson, Miriam A. Lynn, Bali Pulendran

Publicação: Nature Reviews Immunology

DOI: 10.1038/s41577-021-00554-7

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quer-vacina-funcione-pra-voce-entao-cuide-sua-microbiota&id=14760 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: David J. Lynn et al. - 10.1038/s41577-021-00554-7

domingo, 6 de dezembro de 2020

Cinco hábitos que melhoram o funcionamento do intestino


Consumo de iogurte e fibras ajuda na hora da digestão

 

A constipação intestinal ou prisão de ventre é uma das queixas mais frequentes nos bate papos informais e consultórios médicos. É considerado dentro do normal no indivíduo adulto que evacua de duas a três vezes por dia ou até de dois em dois dias, pois o hábito intestinal é bastante variável entre as pessoas, dependendo de diversos fatores, desde clínicos até emocionais.

 

A causa mais comum da constipação intestinal crônica é a baixa ingestão de fibras, que são encontradas principalmente em frutas, verduras e grãos. As fibras são essenciais para que o intestino funcione com regularidade, já que elas aumentam o volume das fezes e retêm líquidos nas mesmas, fazendo com que as fezes se tornem mais pastosas e fáceis de eliminar. Assim, a dieta e ingestão de líquidos têm papel fundamental para o bom funcionamento do intestino.

 

O uso continuo de laxantes sem supervisão acaba "viciando" o intestino, levando á necessidade de aumentar a dose até o ponto em que ela não fará mais efeito.

 

O sedentarismo por outro lado, tem papel negativo na hora de garantir o bom funcionamento do intestino. Foi observado em pessoas que estavam impossibilitadas de se movimentar, ou tinham hábitos sedentários, tinham um aumento expressivo de casos de constipação.

 

Alguns medicamentos também podem ter como efeito colateral a constipação, a exemplo de alguns antiácidos e antidepressivos. Para a surpresa de muitos, o próprio laxante, que com o seu uso contínuo (e sem supervisão qualificada) acaba "viciando" o intestino, e prejudicando sua movimentação levando á necessidade de aumentar a dose até o ponto em que ela não fará mais efeito. O uso indiscriminado de laxantes, trás ainda diversos outros males para a saúde.

 

Para prevenir a constipação intestinal você pode adotar medidas simples e fáceis de adaptar ao seu dia a dia, como:

 

Acabe com o intestino preso

 

Aumente a ingestão de frutas: Principalmente as que se podem ser consumidas com casca e o bagaço, tem um efeito bastante benéfico ao nosso intestino. Verduras, cereais integrais e derivados (farelo de trigo, aveia e pães integrais), sementes oleaginosas (linhaça,castanhas,gergelim,amêndoas) e as hortaliças em geral (todos os tipos de folhas verdes) também ajudam a regular o intestino.

 

Beba bastante líquidos: Água e sucos naturais batidos com a semente lubrificam o intestino e ajudam na formação das fezes. Um bom exemplo é o suco de melancia, sem água e sem açúcar batido com sementes.

 

Cuidado com os esses alimentos: Evite bebidas alcoólicas, chocolate, café, chá preto e outros alimentos considerados constipantes ou que aumentem a produção excessivas de gases (principalmente os ricos em enxofre).

 

Em alguns casos, o leite também pode ter ação constipante, mas a avaliação deve ser feita por um profissional capacitado, que efetuará uma investigação criteriosa caso a caso.

 

Consuma iogurte: O iogurte é extremamente benéfico para o intestino e deve ser ingerido diariamente (exceto em pacientes com intolerância severa a lactose ou alergia a proteína do leite)

 

Não utilize laxantes por conta própria: Se você não consegue evacuar sem o uso desses medicamentos, consulte um médico. O uso prolongado pode trazer problemas de saúde e piorar a constipação.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/12926-cinco-habitos-que-melhoram-o-funcionamento-do-intestino?utm_source=news_mv&utm_medium=BE&utm_campaign=8844818

quinta-feira, 30 de maio de 2019

5 hábitos para melhorar de vez sua saúde intestinal


Simples mudança na rotina alimentar traz inúmeros benefícios e melhora a disposição

O intestino deixou de ser um órgão com a simples função de digestão para ser considerado um dos mais importantes do organismo, cumprindo funções de defesa imunológica e até funcionando como um “segundo cérebro”. Mas para que todas essas atribuições sejam garantidas, precisa haver um equilíbrio entre as bactérias “boas” e “perigosas” que residem por lá. 

Quando ocorre um desequilíbrio, surgem doenças inflamatórias do intestino, como diarreia, intolerância e alergia a alguns alimentos, além de outras doenças que parecem estar associadas com o desequilíbrio da microbiota (nome que se dá à flora intestinal), como diabetes do tipo 2, e o desenvolvimento de distúrbios comportamentais como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), autismo e depressão.

Para garantir a saúde do seu intestino e fazer com ele funcione bem, deixo cinco dicas simples e práticas para você adotar no dia a dia, confere:

Beba muita água
A água auxilia na lubrificação das paredes intestinais e na movimentação do bolo fecal, garantindo uma passagem livre e rápida das fezes até a evacuação.

Consuma muitas fibras
Tanto as solúveis, que têm como função aumentar o tempo de exposição do bolo alimentar onde os nutrientes são digeridos – garantindo a melhor digestão dos açúcares e gorduras, principalmente – quanto as insolúveis, cujo objetivo é aumentar o volume do bolo fecal, sua umidade e a velocidade que ele transita pelo intestino, garantindo uma evacuação saudável. Encontramos fibras solúveis na maçã, aveia e nas leguminosas, enquanto que fibras insolúveis podem se encontradas nos grãos integrais, farelo de trigo, soja, centeio e verduras. Alimentos ricos em fibras solúveis são considerados alimentos prebióticos, pois fornecem “alimento” para as bactérias presentes no intestino.


Pratique atividades físicas
A movimentação auxilia no movimento dos intestinos, acelerando o trânsito, reduzindo a distensão abdominal e o desconforto da formação de gases.

Aumente o consumo de fermentados
Eles são considerados alimentos vivos, ricos em nutrientes bastante disponíveis para a absorção e em enzimas digestivas, o que faz deles uma ótima opção para garantir a saúde do nosso intestino. A fermentação é um processo que utiliza bactérias (benéficas), bolores ou leveduras para degradar proteínas e açúcares, dessa forma, alterando o sabor e a textura dos alimentos. Por isso, alguns dos produtos fermentados ainda são considerados alimentos probióticos, por fornecerem mais variedade e quantidade de bactérias benéficas para o nosso intestino.

Exemplos de alimentos fermentados são: iogurtes naturais, tempeh (fermentação de soja, ervilha, ou outros grãos), kombucha (fermentação do chá verde), kefir (fermentação do leite ou de água com açúcar), vinagre orgânico de maçã, chucrute (repolho fermentado) e missô (pasta de soja fermentada, muito usada na culinária oriental).

Diminua o consumo de alimentos fermentáveis
São os carboidratos não digeridos pelo intestino, como os oligossacarídeos (trigo, centeio, leguminosas), dissacarídeos (lactose), monossacarídeos (frutose) e polióis (sorbitol, manitol e xilitol). A sensibilidade a essas substâncias é variável entre as pessoas, mas estudos mostram que a diminuição do consumo de alimentos que fermentam no intestino reduzem de forma importante a sensação de distensão abdominal, constipação, diarreia e gases. Mas atenção: não exclua tudo deliberadamente, consulte um nutricionista para a melhor orientação, pois esses alimentos podem ser importantes para a saúde intestinal.

Com simples mudanças na sua rotina, você garante uma boa saúde intestinal e acaba favorecendo a digestão dos alimentos, aumentando a biodisponibilidade dos nutrientes, percebe melhora na imunidade, acaba ajudando na modulação do humor e da sensação de bem-estar (pois o intestino é responsável por 95% da produção de serotonina), melhora a disposição e muitos outros benefícios!


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

10 alimentos ricos em fibras e fáceis de encontrar no dia a dia



As fibras são essenciais para o bom funcionamento do intestino. Veja 10 alimentos que estão na lista dos mais ricos em fibras e que são bem fáceis de encontrar e consumir no dia a dia

As fibras estão diretamente relacionadas a uma série de eventos nutricionais e fisiológicos benéficos à saúde. Como benefício mais conhecido, elas são essenciais para bom o funcionamento do intestino, protegendo-o contra a constipação - o famoso "intestino preso". Além disso, as fibras também são aliadas na manutenção do peso corporal, já que contribuem para a promoção da sensação de saciedade, evitando o pico de glicose no sangue após as refeições.

"Ao consumirmos refeições com carboidratos simples, como açúcar de mesa, mel, pães e massas com grãos refinados, entre outros, aumentamos rapidamente o nível de glicose no sangue, promovendo mecanismos hormonais que favorecem o acúmulo de peso e a sensação precoce de fome. Quando consumimos alimentos ricos em fibras deixamos esse processo mais lento, fazendo com que a sensação de saciedade permaneça por mais tempo e, consequentemente, demorando mais para sentir fome novamente", explica Laís Aliberti, nutricionista da Unilever (SP).

Segundo Ingrid Bigotto, nuticionista da OligoFlora Franchising (SP), existem dois tipos de fibras: as solúveis e as insolúveis, cada uma com funções diferentes. "As fibras solúveis são responsáveis pelo aumento da saciedade, melhora do funcionamento do intestino, controle do colesterol e diabetes. Já as insolúveis aumentam o peso e maciez do bolo fecal, acelerando o trânsito intestinal",  afirma ela.

Onde encontrar as fibras

De maneira geral, para não errar na quantidade de fibras devemos consumir diariamente hortaliças (legumes e verduras), frutas e sempre preferir alimentos integrais aos refinados, de acordo com Laís Aliberti. "Apesar de não termos o costume de consumir alimentos integrais no nosso dia a dia e muitos dizerem que não gostam do sabor, é necessário um esforço para que o paladar se acostume. Não vale desistir na primeira tentativa!", indica a nutricionista

Laís listou 10 alimentos que são ricos em fibras e super fáceis de encontrar e consumir no dia a dia. Confira!

- Caqui chocolate: cada unidade fornece 7,3 g de fibras solúveis;
- Feijão carioca: 1 concha tem o mesmo que 1 caqui chocolate: 7,3 g de fibras solúveis;
- Goiaba branca: 1 unidade e meia, com casca, apresentam 6 g de fibras solúveis;
- Arroz integral cozido: 4 colheres (sopa) possuem 3,8 g de fibras insolúveis;
- Pão de forma de trigo integral: 2 fatias apresentam 3,5 g de fibras insolúveis;
- Ameixa crua: 4 unidades da fruta fornecem 3,4 g de fibras solúveis;
- Pipoca: 2 xícaras e meia (chá) proporcionam 3,2 g de fibras solúveis;
- Aveia: 4 colheres (sopa) contêm 3,3 g de fibras solúveis;
- Alface: 15 folhas apresentam 2,8 g de fibras insolúveis;
- Beterraba: fornece 1,4 g de fibras insolúveis a cada 2 colheres (sopa).

Mas vale lembrar que o bom funcionamento intestinal não está relacionado somente ao consumo das fibras. "Beber água e praticar atividade física também são essenciais para a conquista desse objetivo", salienta Laís.

Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/dieta/nutricao/10-alimentos-ricos-em-fibras-e-faceis-de-encontrar-no-dia-a-dia/2513 - Reportagem: Carla Festucci - Foto: Christian Parente - Foto: SXC / Shutterstock

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sete passos para manter o seu intestino saudável

Mudanças evitam doenças graves, como câncer de cólon e reto

câncer de cólon e reto, que também pode ser chamado de câncer de intestino, é um dos mais incidentes do Brasil, com 30 mil novos casos estimados por ano pelo Institui Nacional do Câncer (Inca). Esse tipo de câncer fica atrás apenas dos de pele não melanoma, próstata e mama feminina. O principal fator de risco para esse tipo de câncer é o histórico familiar. Segundo a proctologista Daniele Franco, do Hospital Santa Luzia, em Salvador, a genética atua um papel primordial da gênese do câncer e ainda tem uma força maior que fatores externos. No entanto, qualquer um pode se beneficiar dessa lista de bons hábitos para manter o intestino sempre em ordem, afastando o câncer de cólon e reto ou mesmo outros problemas relacionados ao órgão, como a presença de pólipos - pequenos acúmulos de pele que podem, inclusive, ser um sinal de alerta para o câncer. Confira:

Faça os exames regularmente
 O teste mais específico para avaliação direta do intestino grosso e reto é a colonoscopia. "Trata-se de uma endoscopia feita pelo ânus que permite a visualização direta de toda a mucosa intestinal em sua circunferência, desde o reto até o íleo terminal (fim do intestino delgado) e possibilitando coleta de material para análise", afirma a proctologia Daniele Franco, do Hospital Santa Luzia, em Salvador. "A cápsula endoscópica é um exame que também permite a visualização da luz intestinal, mas não permite biópsias, e é utilizado quando existem lesões obstrutivas que impossibilitam a passagem do colonoscópio ou quando quer se avaliar o intestino delgado, segmento de difícil acesso pelos endoscópios", completa. Existem também testes indiretos radiológicos dos cólons, que são o clister opaco e a colonoscopia virtual. Esses exames desenham a luz intestinal e pode encontrar lesões de mucosa maiores que 6 mm.

Um estudo feito por pesquisadores do Massachusetts General Hospital Gastrointestinal Unitdescobriu que fazer uma colonoscopia a cada 10 anos a partir dos 50 anos de idade poderia evitar 40% dos casos de câncer colorretal. O estudo acompanhou mais de 89 mil profissionais de saúde durante um período de 20 anos e foi publicado no New England Journal of Medicine. A colonoscopia se tornou exame de rotina como prevenção de câncer colorretal, e deve começar a ser feito a partir dos 50 anos de idade para pessoa sem histórico familiar da doença. Aqueles que possuem fatores de risco devem incluir o exame na rotina após os 40 anos ou 10 anos antes da idade do caso mais precoce na família. "A colonoscopia também pode ser indicada em investigação de dores abdominais, alteração do hábito intestinal, hemorragias pelo ânus, diarreias e outras queixas relacionadas", explica a especialista. Se os exames forem normais, devem ser repetidos a cada cinco ou dez anos. Já o resultado alterado deve ser repetido conforme orientação do médico.

Cuide de doenças do cólon e reto
 Além da história genética, a presença de doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn e a retrocolite ulcerativa, aumenta o risco de câncer de cólon e reto. "Isso acontece devido ao estímulo inflamatório constante, que culmina acelerando a multiplicação celular", afirma a proctologista Daniele. Portanto, pacientes portadores dessas doenças devem manter uma regularidade maior do exame: de um modo geral, anualmente após oito anos de doença se portador de colites ou uma vez a cada dois anos se tiver uma doença que afeta um segmento específico do intestino, como diverticulite. 

Evite alguns alimentos
Hábitos alimentares nocivos, como o consumo excessivo de carne vermelha, embutidos, enlatados e defumados excessivamente não são saudáveis para o intestino. "A digestão desses alimentos resulta na produção de metabólitos, substâncias tóxicas que podem ser o estopim para transformação genética das células da mucosa no intestino grosso, se muito tempo em contato com a mucosa intestinal", afirma a proctologista Daniele. Segundo a proctologista Gilmara da Silva Aguiar, do Hospital Santa Cruz de São Paulo, o consumo de carne vermelha deve ser limitado a 200g por semana - entre uma a duas vezes por semana - para aqueles em grupo de risco para doenças do intestino, enquanto os outros tipos de alimento devem ser evitados ao máximo. "Na verdade, muitos estudos demonstraram que as carnes processadas aumentam o risco de câncer mais do que o consumo de carne não processada", alerta o cirurgião oncologista Samuel Aguiar Junior, diretor de tumores colorretais do A.C.Camargo Cancer Center. O motivo é o mesmo: substâncias cancerígenas que são formadas a partir do método de processamento da carne.

Coma mais fibras
O consumo de frutas, legumes, verduras e grãos integrais aumenta a quantidade de bactérias do intestino, ajudando no seu pleno funcionamento. Com a microbiota (flora intestinal) funcionando a todo vapor, é mais fácil para o órgão suprimir a atividade de outras bactérias que são nocivas e podem formar substancias tóxicas. "Além disso, um intestino saudável ajuda a eliminar com regularidade os metabólitos tóxicos do organismo na evacuação", lembra a proctologista Daniele. Segundo o oncologista Samuel, as fibras das frutas, verduras e cereais regularizam o trânsito, diminuindo o tempo de exposição da mucosa intestinal a substâncias potencialmente cancerígenas.

Controle o peso
Estar com o peso acima do que é considerado saudável também pode ser um fator de risco para o câncer de intestino. Um estudo publicado no American Journal of Epidemiology revelou que a obesidade e acúmulo de gordura abdominal aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver câncer de cólon e reto. A análise foi liderada por uma especialista da Maastricht University, na Holanda e contou com a participação de 120 mil adultos holandeses com idade entre 55 e 69 anos. Após avaliar cada um dos indivíduos, os cientistas constataram que homens com sobrepeso significativo ou em início de obesidade tinham um risco 25% maior de ter câncer colorretal. Além disso, aqueles cujo tamanho da cintura era significativamente maior apresentaram um risco 63% maior de ter esse tipo de câncer. "O desequilíbrio metabólico, que inclui sobrepeso, obesidade e diabetes, aumenta o risco de câncer de intestino", explica o cirurgião oncologista Samuel. E a diminuição da circunferência abdominal interfere nos níveis de insulina e glicose, contribuindo para uma melhor regularização do metaboslismo. O papel da atividade física regular é fundamental para esse equilíbrio.

Faça exercícios
Segundo o oncologista Rui Fernando Weschenfelder, do Grupo de Trabalho e Estudos do Câncer Gastro-Intestinal da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, a prática de exercícios físicos regularmente reduz em 24% a incidência de câncer de intestino. "Um conjunto de 52 estudos científicos demonstrou que pessoas que se exercitam de forma regular têm menos chance de desenvolver este tipo de câncer quando comparados a pessoas sedentárias", diz. Inclua pelo menos 30 minutos de atividade física moderada em cinco dias da semana ? isso ajudará seu intestino a funcionar melhor, estimulando a movimentação do órgão, além de contribuir para diminuição do estresse e controle do peso, ambos fatores conhecidos para aumentar o risco de câncer.

Modere no álcool
"A relação direta entre álcool e câncer de intestino não está completamente estabelecida, como acontece com carne vermelha, frutas e verduras e exercício físico", explica o oncologista Samuel. Entretanto, é sabido que pessoas que ingerem grandes quantidades de álcool estão em maior risco para desenvolver a doença. "Este risco é maior para pessoas que ingerem mais de 45 g de álcool por dia (equivalente a aproximadamente três latas de cerveja de 350 mL, três taças de vinho de 150 mL ou três doses de uísque de 40 mL)", explica o oncologista Rui Fernando. Entretanto, o especialista afirma que é importante lembrar que pequenas quantidades de álcool podem ter efeitos benéficos para a saúde, mas por outro lado mesmo pequenas doses podem ser problemáticas para pessoas com risco para alcoolismo. Dessa forma, é importante ficar atento para o histórico familiar do problema e conversar com seu médico, verificando se é adequado manter o consumo moderado da bebida. 

Pare de fumar
Hoje existem mais de 100 estudos científicos comprovando que o cigarro é causa de câncer de intestino, aponta o oncologista Rui Fernando. "De forma global, quem fuma tem 18% mais chance de desenvolver câncer de cólon e reto quando comparado ao não-fumante", completa o especialista. Isso acontece porque as substâncias tóxicas do cigarro estimulam mutações genéticas em todo o organismo, podendo favorecer uma série de cânceres.