sábado, 17 de fevereiro de 2018

Enxaqueca pode estar por atrás de AVC e infarto, diz estudo

O risco de desenvolver certos problemas cardiovasculares parece ser maior entre quem sofre com esse tipo de dor de cabeça

Quem tem enxaqueca sabe: a dor de cabeça não só nos afasta da luz e do barulho, mas também de rotinas e obrigações. Como se isso não bastasse, cientistas dinamarqueses e americanos acabaram de descobrir que a condição está relacionada um risco maior de desenvolver males cardiovasculares – entre eles, AVC e infarto.

Os pesquisadores, vindos das universidades Aarhus, na Dinamarca, e Stanford, nos Estados Unidos, analisaram os dados de um levantamento feito entre 1995 e 2013 sobre a saúde dos habitantes do país escandinavo.

Informações sobre mais de 50 mil pessoas que sofrem de enxaqueca foram equiparadas às de 510 mil livres desse tipo de cefaleia. Para a comparação, foram considerados pontos como a idade e o sexo, além de índice de massa corporal (IMC) e a presença de hábitos como o tabagismo.

Dessa forma, os cientistas chegaram às seguintes associações:

A cada mil pessoas com enxaqueca, 25 sofreram um ataque cardíaco – em comparação a 17 entre mil que não sofriam de cefaleia

A cada mil pessoas com enxaqueca, 45 sofreram um acidente vascular cerebral isquêmico – em comparação a 25 entre os mil que não sofriam de cefaleia

A cada mil pessoas com enxaqueca, 47 apresentaram fibrilação atrial (uma arritmia cardíaca que favorece o AVC) – em comparação a 34 entre os mil que não sofriam de cefaleia

Além disso, parece que as mulheres e os indivíduos especialmente sensíveis à luminosidade diante de uma crise enxaquecosa possuem probabilidade ainda maior de desenvolver as complicações listadas acima. Por outro lado, os dados indicaram que males como insuficiência cardíaca não estão relacionados à incidência da cefaleia em questão.

Os estudiosos só reforçam aquela ponderação de sempre para os estudos de observação: não dá para comprovar uma relação de causa e efeito entre a enxaqueca e as encrencas cardiovasculares. No entanto, eles ressaltam a importância de reconhecer esse tipo de cefaleia como um possível fator de risco para o peito e o cérebro.

Pelo sim pelo não, melhor se precaver, não é mesmo?


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