Academia em São Paulo abre as portas com treinos
específicos para atletas e para quem quer perder peso
Tanto no esporte como no dia a dia, seus músculos
não trabalham de forma isolada. É só pensar: para pegar uma sacola no carro ou
para correr, seu corpo envolve braços, core e pernas em um movimento integrado.
“Por isso, na academia não faz sentido usar apenas máquinas, que acionam uma
única região como se ela fosse independente do restante”, explica o educador
físico Disnei Sanches a BOA FORMA.
Ele e o sócio, Fernando Jaeger, acabam de inaugurar
em São Paulo a Competition Training Gym, academia que oferece programas de
treinamento baseados na metodologia IHP (Institute of Human Perfomance), que
combina musculação com exercícios funcionais para objetivos específicos, como
melhorar o desempenho em um esporte ou mesmo emagrecer e definir.
Conheça, abaixo, três curiosidades sobre o método
que é referência nos Estados Unidos e começa a crescer no Brasil.
1. Envolve áreas cruzadas do corpo
Criada pelo ex-boxeador Juan Carlos Santana, um
cubano radicado nos Estados Unidos, a metodologia IHP defende um programa de
treinamento híbrido, isto é, que inclui máquinas e exercícios livres. “Em quase
todos os movimentos (ao correr, nadar, socar…) o ombro direito, por exemplo,
age junto com o quadril esquerdo. Não existe um arremesso sem a ajuda do tronco
ou das pernas”, explica Disnei.
Por isso, os aparelhos de academia que isolam um
único músculo não são tão eficientes na hora de melhorar o desempenho
esportivo. “Eles são bons para hipertrofia, só que você tem que dar
funcionalidade ao seu corpo.” Ou seja, é preciso ensinar sua musculatura a
entrar em ação da forma correta para cada movimento, como ao rebater uma bola ou
saltar em um bloqueio.
Na academia, a habilidade pode ser potencializada na
hora de fazer um agachamento com barra: concentre a força para empurrar o chão
– e não para estender os joelhos (juro que faz diferença e dá para sentir mais
músculos sendo recrutados!). Quando você estiver competindo pra valer, essa
capacidade de integrar toda a ação fará grande diferença no seu resultado.
2. Trabalha na intensidade máxima
Já para emagrecer, a palavra de ordem é chegar ao
limite. “Em um esforço bem alto, o corpo aumenta a quantidade e o tamanho das
mitocôndrias, organelas responsáveis pela respiração celular e pela oxidação da
gordura”, esclarece Disnei, que desenvolveu o programa Shape para a Competition
Training Gym. Assim, o organismo acelera o metabolismo basal durante horas e
gasta mais calorias. “Para isso, você precisa chegar a um nível de não conseguir
falar ao terminar o exercício. Algumas pessoas até sentem náuseas.”
Mas não para por aí: “Um quilo de músculo chega a
consumir 80 calorias por hora (mesmo quando você está sentada no sofá). Por
isso, não adianta só correr na esteira para emagrecer”, alerta Disnei. Precisa
puxa ferro! E, além da hipertrofia, é importante melhorar a força com
exercícios que levam muita carga e poucas repetições. “Eles vão reforçar os
tecidos moles das articulações, como cartilagem, ligamentos e tendões.”
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3. Aproveita o poder da mente
Agora, Juan Carlo Santana vem desenvolvendo um protocolo
que envolve o psicológico dos alunos. “Se, na hora em que estiver recuperando
seu fôlego, eu disser que dá para fazer mais uma série, você vai conseguir”,
garante Disnei. Como o sistema nervoso está quase em colapso, a mente acaba
vivendo muito mais o presente – lembra do mindfulness? – e absorvendo as
palavras ditas. Mas para isso, você precisa atingir a zona de acidose, isto é,
estar megaofegante, ok?
Fonte: https://boaforma.abril.com.br/fitness/metodo-ihp-funcional-que-melhora-desempenho-e-ajuda-a-emagrecer/
- Por Daniela Bernardi - Bojan89/Thinkstock/Getty Images
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