sexta-feira, 11 de março de 2022

Alimentos ultraprocessados prejudicam a memória, diz estudo



Já sabemos que esses alimentos fazem mal, mas é bom saber no que exatamente eles afetam a saúde

 

Muito se ouve falar sobre os malefícios dos alimentos ultraprocessados para a saúde. Esses produtos são também chamados de alimentos remosos ou inflamatórios. Eles passam por processos industriais nos quais recebem uma série de aditivos para ganharem mais cor, sabor, aroma, preservar sua textura e aumentar sua validade. Ficam deliciosos e irresistíveis, mas, se consumidos em excesso, causam muitos danos.

 

Quais são os alimentos ultraprocessados?

Bebidas alcoólicas;

Carne de porco e carnes processadas, como salsicha, presunto, linguiça, bacon, mortadela e salame;

Biscoitos recheados;

Bolos com farinha e açúcar refinados;

Massas prontas para bolos;

Chocolates;

Barras de cereal compradas;

Frituras, como batata frita, pastel, croquete e outros salgados;

Fast foods;

Macarrão instantâneo;

Caldo de carne comprado;

Comida congelada industrializada;

Sorvetes industrializados;

Refrigerantes e sucos industrializados;

Margarina;

Pele de frango.


Como esses alimentos afetam a memória?

Problemas de memória são apenas um dos prejuízos que os alimentos ultraprocessados, em excesso, podem causar. Mas, é nesse prejuízo que vamos focar agora.

 

Um estudo feito com ratos de laboratório, realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, e publicado na revista Brain, Behavior, and Immunity, mostrou que a neuroinflamação e os problemas cognitivos não foram detectados em ratos adultos jovens que ingeriram a dieta processada. Apenas nos mais velhos.

 

No estudo, os pesquisadores atribuíram aleatoriamente ratos machos de 3 e 24 meses de idade à sua ração normal composta por 32% de calorias de proteína, 54% de carboidratos complexos à base de trigo e 14% de gordura; uma dieta altamente processada com 19,6% de calorias de proteínas, 63,3% de carboidratos refinados – amido de milho, maltodextrina e sacarose – e 17,1% de gordura; ou essa mesma dieta ultraprocessada, suplementada com ômega-3.

 

Os resultados mostraram uma elevada ativação de genes ligados a uma poderosa proteína pró-inflamatória e outros marcadores de inflamação no hipocampo e amígdala dos ratos idosos que ingeriram apenas a dieta processada.

 

Os roedores mais velhos na dieta processada também mostraram sinais de perda de memória, que não foram observados nos mais jovens.

 

Em poucos dias eles esqueceram de ter passado algum tempo em um espaço desconhecido, um sinal de problemas com a memória contextual no hipocampo, e não exibiram comportamento de medo antecipado a uma pista de perigo, o que indica anormalidades na amígdala.

 

De acordo com Ruth Barrientos, pesquisadora do Instituto de Pesquisa em Medicina Comportamental da Universidade Estadual de Ohio e professora associada de psiquiatria e saúde comportamental, que foi autora sênior desse estudo, “em humanos, a amígdala tem sido implicada em memórias associadas a eventos emocionais, produtores de medo e ansiedade. Se esta região do cérebro é disfuncional, as pistas que predizem o perigo podem ser perdidas e podem levar a más decisões”.

 

Devemos eliminar os alimentos ultraprocessados do cardápio?

Bem, se você tiver disposição para isso, o melhor é eliminá-los, sim. Mas, se puder consumi-los de forma mais equilibrada, só de vez em quando, é bem menos pior do que consumir todos os dias ou em grande quantidade.

 

Claro, tudo depende da condição de saúde de cada pessoa, pois, em alguns casos de doenças crônicas, mesmo pequenas quantidades desses alimentos podem trazer prejuízo.

 

Mas, para pessoas saudáveis, é possível manter algum consumo de ultraprocessados em combinação a uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras frescas, grãos integrais, sementes, oleaginosas, carnes magras, laticínios magros e gorduras saudáveis.

 

Falando em gorduras saudáveis, elas merecem atenção especial porque contêm ômega-3, um ácido graxo que atua como anti-inflamatório no organismo.

 

Isso significa que ele ajuda a reduzir os efeitos inflamatórios, no cérebro e em outras partes do corpo, produzidos alimentos ultraprocessados que você consome de vez em quando. Mas, não é um passe livre para comer ultraprocessados à vontade.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/alimentos-ultraprocessados/ - por Priscilla Riscarolli


Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.

2 Timóteo 1:7


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