Muito se ouve falar sobre os malefícios dos alimentos
ultraprocessados para a saúde. Esses produtos são também chamados de alimentos
remosos ou inflamatórios. Eles passam por processos industriais nos quais
recebem uma série de aditivos para ganharem mais cor, sabor, aroma, preservar
sua textura e aumentar sua validade. Ficam deliciosos e irresistíveis, mas, se
consumidos em excesso, causam muitos danos.
Quais são os alimentos ultraprocessados?
Bebidas alcoólicas;
Carne de porco e carnes processadas, como salsicha,
presunto, linguiça, bacon, mortadela e salame;
Biscoitos recheados;
Bolos com farinha e açúcar refinados;
Massas prontas para bolos;
Chocolates;
Barras de cereal compradas;
Frituras, como batata frita, pastel, croquete e outros
salgados;
Fast foods;
Macarrão instantâneo;
Caldo de carne comprado;
Comida congelada industrializada;
Sorvetes industrializados;
Refrigerantes e sucos industrializados;
Margarina;
Pele de frango.
Como esses alimentos afetam a memória?
Problemas de memória são apenas um dos prejuízos que
os alimentos ultraprocessados, em excesso, podem causar. Mas, é nesse prejuízo
que vamos focar agora.
Um estudo feito com ratos de laboratório, realizado
por pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, e
publicado na revista Brain, Behavior, and Immunity, mostrou que a
neuroinflamação e os problemas cognitivos não foram detectados em ratos adultos
jovens que ingeriram a dieta processada. Apenas nos mais velhos.
No estudo, os pesquisadores atribuíram aleatoriamente
ratos machos de 3 e 24 meses de idade à sua ração normal composta por 32% de
calorias de proteína, 54% de carboidratos complexos à base de trigo e 14% de
gordura; uma dieta altamente processada com 19,6% de calorias de proteínas,
63,3% de carboidratos refinados – amido de milho, maltodextrina e sacarose – e
17,1% de gordura; ou essa mesma dieta ultraprocessada, suplementada com
ômega-3.
Os resultados mostraram uma elevada ativação de genes
ligados a uma poderosa proteína pró-inflamatória e outros marcadores de
inflamação no hipocampo e amígdala dos ratos idosos que ingeriram apenas a
dieta processada.
Os roedores mais velhos na dieta processada também
mostraram sinais de perda de memória, que não foram observados nos mais jovens.
Em poucos dias eles esqueceram de ter passado algum
tempo em um espaço desconhecido, um sinal de problemas com a memória contextual
no hipocampo, e não exibiram comportamento de medo antecipado a uma pista de
perigo, o que indica anormalidades na amígdala.
De acordo com Ruth Barrientos, pesquisadora do
Instituto de Pesquisa em Medicina Comportamental da Universidade Estadual de
Ohio e professora associada de psiquiatria e saúde comportamental, que foi
autora sênior desse estudo, “em humanos, a amígdala tem sido implicada em
memórias associadas a eventos emocionais, produtores de medo e ansiedade. Se
esta região do cérebro é disfuncional, as pistas que predizem o perigo podem
ser perdidas e podem levar a más decisões”.
Devemos eliminar os alimentos ultraprocessados do cardápio?
Bem, se você tiver disposição para isso, o melhor é
eliminá-los, sim. Mas, se puder consumi-los de forma mais equilibrada, só de
vez em quando, é bem menos pior do que consumir todos os dias ou em grande
quantidade.
Claro, tudo depende da condição de saúde de cada
pessoa, pois, em alguns casos de doenças crônicas, mesmo pequenas quantidades
desses alimentos podem trazer prejuízo.
Mas, para pessoas saudáveis, é possível manter algum
consumo de ultraprocessados em combinação a uma alimentação rica em frutas,
legumes e verduras frescas, grãos integrais, sementes, oleaginosas, carnes
magras, laticínios magros e gorduras saudáveis.
Falando em gorduras saudáveis, elas merecem atenção
especial porque contêm ômega-3, um ácido graxo que atua como anti-inflamatório
no organismo.
Isso significa que ele ajuda a reduzir os efeitos
inflamatórios, no cérebro e em outras partes do corpo, produzidos alimentos
ultraprocessados que você consome de vez em quando. Mas, não é um passe livre
para comer ultraprocessados à vontade.
Fonte: https://www.dicasonline.com/alimentos-ultraprocessados/
- por Priscilla Riscarolli
Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de
fortaleza, e de amor, e de moderação.
2 Timóteo 1:7
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