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terça-feira, 19 de abril de 2022

Mentiras que as pessoas não deveriam contar ao médico


Se o médico não souber a verdade, como é que vai dar o tratamento certo?

 

Se tem uma pessoa com quem devemos nos abrir em relação à nossa saúde é o médico. Afinal, como é que ele vai recomendar um tratamento eficaz, para qualquer que seja o problema, se estiver tratando a coisa errada porque o paciente mentiu?

 

É importante responder com verdade todas as perguntas que o médico fizer. Mesmo se ficar com vergonha ou medo. Procure lembrar do seu histórico de saúde desde a infância. Se possível, saiba dos seus pais e avós se há doenças hereditárias.

 

Não faz sentido mentir para o médico, pois quem vai sofrer as consequências é o próprio paciente. Então, vamos listar agora algumas das mentiras mais contadas pelos pacientes ao médico, a fim de conscientizar sobre a importância de ser sincero em uma consulta.

 

Não tomo remédio por conta própria

Sim, você toma. E o médico sabe, mas seria mais fácil se você dissesse logo quais são os remédios e a frequência com que faz isso – mesmo sendo remédio para dor de cabeça.

O doutor não está ali para dar uma lição de moral em você. O objetivo é resolver o seu problema de saúde, então, vá direto ao ponto.

Se você esconde que tomou algum remédio, pode estar camuflando sintomas de alguma doença. Com isso, seu diagnóstico pode ser equivocado ou tardio, e quem vai ser prejudicado é você.

 

Sim, eu faço exercícios

É importante saber que existe diferença entre atividade física e exercício físico. A atividade é tudo o que você faz no seu dia a dia, movendo seu corpo (inclusive o exercício).

O exercício é aquele que você tem como um compromisso diário ou semanal, seja ir na academia, correr, caminhar, pedalar, jogar, dançar, nadar, enfim.

Não precisa ter vergonha de dizer ao médico que você até queria, mas não está se exercitando de verdade. Ele vai recomendar que você comece, e está certo, pois o exercício regular ajuda a prevenir e controlar muitas doenças.

 

Omitir informações sobre a vida sexual

Para muitas pessoas, falar sobre sua sexualidade é um grande tabu, que gera muita vergonha ou constrangimento.

Alguns têm vergonha de tudo, até de dizer o nome do próprio órgão genital. Outros têm vergonha de dizer quantos parceiros ou parceiras já teve, se contraiu alguma infecção sexualmente transmissível ou costuma esquecer do preservativo.

Só que, quando o problema de saúde que você tem está relacionado de alguma forma à sua sexualidade, o médico precisa saber. Mais uma vez, o doutor não vai ficar julgando suas atitudes, mas precisa saber como orientá-lo a fazer o que é melhor para sua saúde.

 

Sim, eu como muito bem!

Tem certeza? O que é “comer bem” do seu ponto de vista? Se tiver dúvida, peça para o doutor ser mais específico na pergunta.

Mas, basicamente, seja sincero quanto ao seu consumo de açúcares, sal, gorduras saturadas e produtos industrializados. Também fale a verdade sobre seu consumo de água, frutas, legumes e verduras.

Só assim será possível identificar alguma possível causa ou fator de risco para o seu problema de saúde, e sugerir melhorias.

 

Não fumo e nem bebo

Mesmo que você não fume muito, nem beba todos os dias, diga ao médico com que frequência os faz. E diga, também, se já usou outras drogas, as ilícitas.

Ele não vai chamar a polícia, mas pode fazer diferença no diagnóstico saber quais químicos já passaram pelo seu organismo.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/mentiras-pessoas-nao-deveriam-contar-medico/ - por Priscilla Riscarolli


Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

Filipenses 2:3


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Médico japonês que atendeu até os 105 anos compartilha 12 de seus princípios para uma vida longa

Para um médico especialista em longevidade, nenhuma apresentação de suas capacidades profissionais pode ser melhor do que sua própria vida – e esse é somente um dos atributos que classificam o médico japonês Shigeaki Hinohara como o mestre e a grande inspiração que foi.

Falecido recentemente aos 105 anos e ainda trabalhando, tendo vivido sua longa vida com saúde mental e física impecáveis, Dr. Shigeaki deixou não só sua história de intensa dedicação a medicina e a cuidados mais humanos com seus pacientes, como algumas dicas concretas para vivermos uma vida boa e longeva como parte de seu legado.

Nascido em 1911, Hinohara se tornou um dos médicos a dedicar mais tempo à saúde e à felicidade de seus pacientes no mundo. E o termo “felicidade” aqui não é usado por acaso: o médico foi um pioneiro no trato mais pessoal e individual dos pacientes e, mesmo depois de sua morte, segue como inspiração para melhorarmos a qualidade de nossas vidas.


Não há dúvidas: de vida, Dr. Shigeaki entendia – e por isso, vale lembrar aqui suas 12 mais importantes dicas, retiradas de uma entrevista que o médico deu aos 97 anos.

Alguns princípios do Dr. Shigeaki Hinohara:

1. Coma direito
“Todo mundo que vive uma longa vida, independentemente de nacionalidade, raça ou gênero, dividem uma coisa em comum: ninguém é acima do peso.”

2. Não pegue atalhos
“Para permanecer saudável, sempre suba de escadas e carregue suas próprias coisas. Eu subo de dois em dois degraus, para exercitar meus músculos.”


3. Redescubra sua energia juvenil
“Energia vem de sentir-se bem, não de comer bem ou dormir muito. Todos nos lembramos quando éramos crianças e estávamos nos divertindo, como esquecíamos de comer ou dormir. Eu acredito que podemos manter essa atitude enquanto adultos. É melhor não cansar o corpo com regras demais como hora de comer e hora de dormir.”

4. Mantenha-se ocupado
“Sempre se planeje com antecedência. Minha agenda já está completa pelos próximos cinco anos, com palestras e meu trabalho usual, no hospital.”

5. Mantenha-se trabalhando
“Não há necessidade de se aposentar jamais, mas se for preciso, deve ser bem mais tarde do que aos 65 anos. Cinquenta anos atrás, haviam somente 125 japoneses com mais de 100 anos. Hoje, são mais de 36 mil.”
Dr. Shigeaki Hinohara

6. Siga contribuindo com a sociedade
“Depois de uma certa idade, devemos nos esforçar para contribuir com a sociedade. Desde os 65 anos que trabalho como voluntário. Eu ainda trabalho 18 horas, 7 dias por semana e amo cada minuto.”

7. Espalhe seu conhecimento
“Divida o que você sabe. Eu dou 150 palestras por ano, algumas para 100 crianças do ensino médio, outras para 4.500 empresários. Eu normalmente falo por uma hora, uma hora e meia, de pé, para permanecer forte.”

8. Entenda o valor de diferentes disciplinas
“A ciência sozinha não consegue curar ou ajudar as pessoas. A ciência nos trata a todos como uma coisa só, mas as doenças são individuais. Cada pessoa é única, e as doenças estão conectadas com seus corações. Para entender as doenças e ajudar as pessoas, precisamos de artes livres e visuais, não somente de medicina.”

9. Siga seus instintos
“Ao contrário do que se imagine, os médicos não conseguem curar tudo e todos. Então pra quê causar uma dor desnecessária com, por exemplo, uma cirurgia, em certos casos? Eu acho que a música e a terapia animal podem ajudar pessoas mais do que os médicos imaginam.”

10. Resista ao materialismo
“Não enlouqueça pelo acúmulo de coisas materiais. Lembre-se: você não sabe quando será sua vez, e nós não levaremos nada daqui.”

11. Tenha modelos de vida e inspirações
“Encontre alguém que te inspire para procurar ir ainda mais longe. Meu pai veio para os EUA estudar em 1900, foi um pioneiro e um dos meus heróis. Mais tarde encontrei outros guias de vida, e quando me sinto paralisado, me pergunto como eles lidariam com o problema.”

12. Não subestime o poder da diversão
“A dor é algo misterioso, e divertir-se é a melhor maneira de esquecê-la. Se uma criança está com dor de dentes e você começa a brincar com ela, ela imediatamente esquece a dor. Hospitais precisam oferecer as necessidades básicas dos pacientes: nós todos queremos nos divertir. No St. Luke’s [hospital que dirigiu e trabalhou até o fim da vida] nós temos música, terapia animal e aulas de arte.”

“Minha inspiração é o poema “Abt Vogler”, de Robert Browning, que meu pai costumava ler para mim. Ele nos encoraja a fazer grande arte, não garranchos. Diz para tentarmos desenhar um círculo tão grande que não haja como terminá-lo enquanto vivermos. Tudo o que vemos é um arco, o resto está além da vista, mas está lá, na distância.”

terça-feira, 13 de setembro de 2016

10 mentiras que você não deve contar ao seu médico

Todo mundo já passou por isso: chegou no médico para uma consulta de rotina, ouviu algumas perguntas desconfortáveis, e teve aquele impulso gigantesco de não responder sinceramente.

Confira dez mentiras típicas que os pacientes dizem aos seus médicos, e por que elas não são inocentes, mas sim muito perigosas para a saúde:

1. Sim, eu estou tomando meus medicamentos corretamente
Não, você não está. Claro, é difícil tomar medicamentos regularmente. É estranho confessar que você não é capaz disso. Mas, ao responder com uma mentira, não só você não está seguindo corretamente um tratamento prescrito, como você pode acabar tendo mais efeitos adversos.
“Eu preciso saber se o paciente está tomando os remédios. Se eles não estão, e eu assumo que é a droga que não está funcionando, isso pode fazer com que eu mude para uma segunda escolha de remédio”, explicou o Dr. David B. Agus, diretor do Instituto J. Ellison Lawrence para Medicina Transformativa, ao portal Gizmodo.
Um médico pode também desnecessariamente ajustar a dose, uma vez que ele pode pensar que a dose atual (aquela que você não está realmente tomando) não gerou o efeito pretendido. Aumentar a dosagem vem com seu próprio conjunto de consequências, tais como aumento da frequência cardíaca, tonturas e fadiga.
Muitas vezes, um médico pode perceber se você não está tomando medicamentos específicos. Por exemplo, se você estiver com pressão arterial elevada, ou se seus exames de sangue indicarem níveis elevados de colesterol. Em última análise, no entanto, depende de você – e de sua sinceridade.

2. Não, eu não estou tomando quaisquer outros medicamentos ou suplementos
Esta omissão aparentemente inócua pode atrapalhar seriamente a sua saúde. Conforme nota o Dr. Agus, ao receitar um remédio para seus pacientes, se eles não contam sobre todos os outros medicamentos que já estão tomando, um efeito colateral potencial da interação entre duas drogas pode passar batido.
Isto inclui remédios como antibióticos, antidepressivos e medicamentos para o coração, bem como suplementos e drogas que não exigem prescrição, como aspirina, minerais, aminoácidos, botânicos e vitamínicos.
“Os suplementos são drogas e precisam ser tratados como tal”, disse. “Eles devem ser listados no registo das medicações de um paciente”.
Reações dependem da mistura específica e da fisiologia do paciente, mas algumas drogas são piores que outras. “Estas podem ser analgésicos, benzodiazepinas e assim por diante”, afirma a Dra. Gail Saltz, professora de psiquiatria do New York Presbyterian Hospital, ao Gizmodo. “Estes medicamentos interagem com outros e podem ter um efeito aditivo, que pode ser perigoso”.
Interações problemáticas podem levar a uma queda perigosa da pressão arterial, batimento cardíaco irregular, acúmulo de toxinas que danificam o fígado e sintomas menos graves, como náuseas, dor de estômago e dor de cabeça.
Os pacientes podem mentir porque querem mais desses medicamentos, ou porque sentem vergonha.
“Um diagnóstico de depressão ou ansiedade também é importante saber, porque alguns medicamentos podem, como efeito colateral, causar depressão ou ansiedade, particularmente em alguém que já tem experimentado isso”, fala a Dra. Saltz.

3. Eu não comi ou bebi nada antes desta cirurgia
Muitas cirurgias exigem jejum. Quando o paciente chega e o anestesiologista pergunta: “Quando foi a última vez que você comeu ou bebeu alguma coisa?”, você deve responder sinceramente. Mentir sobre isso, de acordo com M. Fahad Khan, professor de anestesiologia da Universidade de Nova York, poderia resultar em um desastre.
“É muito importante ser honesto sobre a última ingestão de alimentos ou de bebidas, uma vez que isso pode ter consequências significativas com relação ao seu plano de anestesia”, disse ao Gizmodo.
O problema é que, quando um paciente é colocado para dormir através de anestesia, o esfíncter esofágico inferior (a válvula que liga o esôfago ao estômago) relaxa. Durante este período de relaxamento, o conteúdo do estômago pode perigosamente regurgitar-se na boca do paciente, e seguir seu caminho pela traqueia até os pulmões. Uma vez nos pulmões, este material regurgitado ácido pode começar a causar inflamação e até mesmo conduzir ao desenvolvimento de uma pneumonia.
Na pior das hipóteses, você pode ir parar na UTI.

4. Na verdade, eu não bebo muito álcool
Especialistas em saúde dizem que você não deve beber mais do que dois ou três drinques por dia (10 a 15 por semana). Problemas de saúde podem surgir quando você ultrapassa esses limites, incluindo pressão elevada do sangue, resultados de testes de sangue anormais e problemas digestivos.
Se você mente ao seu médico sobre sua ingestão de álcool, e apresenta esses sintomas, você está potencialmente levando-o para um diagnóstico errôneo. Além do mais, álcool, como qualquer outra droga, pode influenciar na eficácia dos medicamentos que você está tomando, e seu médico precisa saber.
Para aqueles com um problema mais grave de álcool, este é o tipo de mentira que poderia levar a morte. “Eu estou me referindo especificamente a pacientes que são admitidos em um hospital, e posteriormente desenvolvem abstinência alcoólica”, explica o Dr. David Juurlink, do Sunnybrook Health Sciences Centre em Toronto, no Canadá. “É uma condição potencialmente letal e, por vezes, difícil de diagnosticar”.
Em um hospital, se os médicos sabem sobre o histórico de bebida de um paciente, podem tratá-lo em conformidade. Mas se não sabem ou se são enganados, muitas vezes procuram por outras doenças que podem causar sintomas semelhantes (por exemplo, febre, agitação, confusão) e podem não gerenciar um tratamento que de fato salvaria a vida da pessoa.
“As pessoas não devem se preocupar em ser julgadas por seus médicos”, diz Juurlink. “Muitos bebem mais álcool do que deveriam”.

5. Não, não fumo
Cerca de 13% dos fumantes escondem seu hábito de seus médicos. Nos EUA, isso significa que cerca de seis milhões de fumantes não informam aos seus médicos sobre seu vício.
As pessoas têm medo de dizer aos seus médicos a verdade por causa do estigma social em torno do cigarro, e porque têm medo de admitir para si mesmas que estão se envolvendo em um hábito de saúde extremamente arriscado. Além do mais, os pacientes podem estar escondendo o vício de suas famílias ou de seus empregadores.
No entanto, é importante dizer a verdade. Se o seu médico sabe que você fuma, ele pode recomendar outros exames e avaliações, a fim de diagnosticar doenças relacionadas ao tabagismo, como câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica e doenças cardíacas. Também é importante lembrar que o seu médico pode ajudá-lo a largar o vício antes que seja tarde demais.

6. Não, não uso drogas
A maioria das drogas recreativas são ilegais, então as pessoas obviamente se sentem desconfortáveis em admitir que as usam.
A não divulgação de seu consumo de drogas pode dificultar seriamente a capacidade de um médico de diagnosticar uma condição de saúde. Maconha, uma droga de lazer cada vez mais socialmente e legalmente aceitável, pode interferir com outros medicamentos, como antidepressivos, aspirina, diluentes de sangue (por exemplo, varfarina e heparina), medicamentos anti-inflamatórios (por exemplo, ibuprofeno) etc. Também pode afetar os níveis de açúcar no sangue e causar pressão arterial baixa.
Se você está sendo levado para o hospital por uma razão relacionada com uma droga que usou, ou se você estiver drogado quando uma emergência de saúde acontece, você deve informar o seu médico ou pronto-socorro para que eles saibam exatamente como tratá-lo. Isso pode salvá-lo de algo potencialmente muito pior.
“É muito importante divulgar o seu uso de drogas a seus médicos, especialmente se você está tendo um ataque cardíaco”, destaca o Dr. Ramin Manshadi, da Universidade da Califórnia em Davis. “Se um paciente está tendo um ataque cardíaco e usou cocaína, por exemplo, não podemos dar-lhes alguns remédios benéficos que normalmente damos a pacientes nesse caso, pois a combinação pode provocar um agravamento do ataque cardíaco e, possivelmente, morte”.

7. Eu me exercito regularmente e como alimentos saudáveis
“Se o seu colesterol está acima, o nível de glicose no sangue alto, a pressão arterial alta, não basta dizer que você está passando por um período ruim”, explica David Jenkins, professor de ciências da nutrição e medicina da Universidade de Toronto. “Você precisa de ajuda. Você precisa de uma mudança de estilo de vida. E, se isso não for suficiente, então você precisa de uma mudança de remédios”.
Muitos pacientes tentam soar saudáveis para seus médicos, mas mentir sobre fazer exercícios só prejudica a eles mesmos. Diabetes e doenças cardíacas são problemas comuns em países desenvolvidos. Exercício e dieta são os melhores métodos de vencer essas doenças, por isso, não é legal não falar a verdade.
A necessidade diária de nutrição e exercício físico é algo que precisa ser bem esclarecido.

8. Eu não tomo muitos medicamentos para dor
Muitos pacientes costumam dizer que tomam remédios como Tylenol apenas de vez em quando, enquanto na realidade tomam direto, em alguns casos, todos os dias.
Os médicos precisam saber quanto analgésico um paciente está realmente tomando a fim de prescrever um plano de tratamento seguro. Vários medicamentos para a dor são pílulas combinadas, que incluem opiáceos além de paracetamol. O fígado de um paciente pode ter muita dificuldade em metabolizar uma quantidade grande desses remédios de modo seguro e eficaz.
Existe um limite diário admissível de paracetamol que uma pessoa pode ingerir. Se o seu médico assume que você não toma muito paracetamol por conta própria, pode, sem saber, prescrever uma combinação de medicação que irá te colocar em risco de desenvolver insuficiência hepática.

9. Não, não está doendo
Enquanto existem os hipocondríacos, muitas pessoas na verdade subestimam seus sintomas na esperança de que os médicos não encontrem nada de errado com elas, ou para alimentar seus egos no que diz respeito à quanta dor ou desconforto podem lidar.
O Dr. Mashadi aponta que, muitas vezes, pacientes que tiveram stents implantados para tratar bloqueios em suas artérias minimizam os seus sintomas, porque não querem acabar recebendo outro stent. “Isto é perigoso, já que quanto mais cedo descobrimos que existem problemas, melhor o resultado”, diz.

10. Entendo totalmente o que você está dizendo, doutor
Muita da informação médica fornecida é esquecida pelos pacientes imediatamente, quando não é lembrada incorretamente.
É melhor anotar as instruções que seu médico passa, e também preparar perguntas para a sua próxima consulta.
A nossa capacidade de compreender e lembrar de instruções e advertências é fundamental para melhorarmos. Quando não entendemos algo que o nosso médico diz, isso pode levar a problemas mais graves – por exemplo, quando não compreendemos de fato as implicações de uma concussão ou um raio-X.
Precisamos parar de fingir e balançar a cabeça em concordância quando nossos médicos estão falando grego para nós. Não há problema em pedir esclarecimentos. Este é o trabalho deles. [Gizmodo]


domingo, 3 de março de 2013

O que perguntar ao médico antes da cirurgia


Se o médico diz que a saída para seu problema é cirúrgica, esclareça as suas dúvidas e vá tranquilo para o hospital

Que toda e qualquer cirurgia tem o intuito de melhorar o corpo humano - seja pelas condições de saúde ou esteticamente - não há dúvidas. A parte ruim é que se submeter a essas intervenções nunca é agradável e sempre envolve riscos. Para tornar esse momento menos preocupante e decidir com mais segurança se a cirurgia deve ser feita, preparamos uma lista das perguntas que você deve fazer ao seu médico antes de ser internado. Para o médico não é uma tarefa fácil preparar o paciente para a intervenção cirúrgica e, para o paciente, é fundamental saber quais as condições em que a intervenção será realizada. "Essa relação médico-paciente deve ser estreita e humanizada e, para isso, é necessária uma boa formação médica e alta confiança do paciente", define o cirurgião João Carlos Leal, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).

A informação sobre a intervenção cirúrgica deve ser clara, objetiva e com vocabulário simples. Cabe também ao paciente participar ativamente com perguntas sobre o tratamento cirúrgico indicado e saber os detalhes. Desse modo, você pode compreender melhor a respeito das técnicas operatórias disponíveis. Se achar melhor, pegue papel e caneta e não se intimide em levar a listinha de perguntas ao doutor.

1. Existem outros tratamentos para esse caso clínico?
Quando o médico aponta a cirurgia como uma saída, na maioria dos casos é porque os procedimentos menos invasivos já foram cogitados, mas não parecem ser a melhor opção. Mesmo assim, o paciente tem o direito a escolher tratamentos alternativos, ouvir uma segunda e até terceira opinião médica. Discuta com o especialista as estratégias de tratamento.

2. Como é feita a cirurgia?
"Cabe ao médico explicar exatamente sobre o procedimento a ser realizado, salvo em casos de emergências onde essa possibilidade inexiste", diz Luiz Tizatto, cirurgião da Unit Care, empresa especializada em telemedicina ehomecare. Aproveite para perguntar, por exemplo, qual o tipo de anestesia que será usada.

3. Como serei beneficiado?
Sempre que um procedimento cirúrgico é indicado ele deve ser baseado em critérios técnicos, por isso, "peça para seu médico explicar de forma clara os motivos que optou por essa decisão e mostrar os benefícios que esse tipo de intervenção pode causar", orienta Tizzato.

4. Posso esperar para marcar a data?
De maneira geral, quando uma cirurgia é indicada o ideal é que seja realizada o quanto antes. Mas em muitos casos é possível aguardar um período mais adequado ao paciente. "Essa questão é importante principalmente para os indivíduos assintomáticos, que não sentem o corpo reclamar, mas que apesar disso seu estado de saúde pode estar comprometido", afirma Flavio Carneiro Hojaij, cirurgião membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

5. Há quanto tempo faz esse tipo de procedimento?
"Essa questão é fundamental, pois existe um número mínimo de operações por ano para que o médico tenha experiência. Entretanto, essa questão é muito delicada, pois para cirurgias mais raras esse critério não pode ser empregado", orienta Hojaij. O ideal é perguntar se o médico tem experiência nesse tipo de procedimento e, se julgar necessário, pesquisar sobre a carreira profissional dele.

6. Há algum preparo a ser feito?
Cada tipo de cirurgia indicará um preparo específico antes da internação. É muito importante esclarecer quais as indicações médicas e cumpri- -las, como as restrições físicas, alimentares, medicamentos e exames laboratoriais préoperatórios.

7. Quais são os custos que terei?
Os valores dependem se o paciente tem plano de saúde, se é particular ou se está operando pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Os custos devem ser explicados pelo médico, pois existem tanto os custos diretos (referentes ao procedimento cirúrgico), quanto os custos indiretos (como o afastamento do trabalho e a limitação da rotina diária no pós-operatório).

8. Qual é o hospital mais indicado?
Além de conhecer bem o cirurgião e sua equipe, "o paciente deve conhecer o hospital onde será feita a cirurgia, questionar se as instalações são adequadas ao procedimento proposto e se os equipamentos estão disponíveis caso aconteça algo inesperado", alerta Luis Fernando Correia, médico cirurgião e Chefe da Emergência do Hospital Samaritano (RJ).


Antes de ir para o hospital é importante deixar tudo organizado para a sua ausência:
- Verificar a necessidade de acompanhante ou enfermeira particular
- Confirmar se é necessária a consulta pré-cirúrgica
- Levar para internação os exames complementares realizados
- Levar lista de remédios que lhe causam alergia
- Utensílios de higiene pessoal
- Óculos ou lentes de contato
- Fazer lista de medicamentos
- Pagar as contas
- Organizar a agenda de trabalho
- Organizar os cuidados com as crianças e eventuais pets
- Deixar disponível os endereços de e-mails e telefones de amigos
- O mesmo para auxiliares domésticos (faxineira, motorista, cozinheira)
- Presença de familiares próximos para ajudar no pós-cirúrgico
- Retirar os adereços (relógios, pulseiras, anéis, brincos, prótese dentária, piercing)
- Aos fumantes: parar de fumar de 48 a 72 horas antes da internação
- Não utilize cremes, sprays, géls, perfumes ou pós próximo ao local da cirurgia


9. Existem riscos ou possíveis complicações posteriores?
Não existe procedimento cirúrgico sem riscos, toda e qualquer cirurgia implica em um risco, sendo esse de intensidade variável de acordo com cada tipo de intervenção e paciente. O risco deve ser claramente explicado pelo médico. "Essa é talvez a mais importante pergunta a ser feita, o paciente deve colocar os riscos e benefícios em uma balança para que a decisão seja tomada de forma responsável e em conjunto", afirma Correia.

10. Como proceder para marcar a intervenção?
Aproveite este momento para discutir a melhor data, horário e local. Também é o momento de saber como será o auxílio para as burocracias de planos assistenciais e hospitais.

11. Pode haver algum impedimento para realizar a operação?
Procure saber que condições físicas impediriam a cirurgia, como resfriados, diarreias ou período menstrual, que possam atrapalham o ato operatório. Nesses casos, informe com antecedência a impossibilidade de realizar o procedimento para que uma nova data seja marcada. "Uma vez marcado o procedimento, o paciente deve ter em mente que o cancelamento, por qualquer motivo, é um grande transtorno para si mesmo, para a equipe médica e para o hospital - que envolve vários procedimentos e profissionais", finaliza Hojaij.

12. Sou obrigado a aceitar esta indicação médica?
Se já foram discutidos outros métodos alternativos em substituição à cirurgia, não fazê- -la pode ser bastante arriscado. Tizzato esclarece que "sempre deve ocorrer uma indicação correta baseada em critérios técnicos e o paciente deve ser informado dos possíveis riscos em não aderir ao tratamento proposto".

13. Por quanto tempo estarei anestesiado?
O tempo de cirurgia pode variar muito dependendo do tipo, das especificidades do paciente, da complexidade cirúrgica e dos imprevistos que sempre podem acontecer. Idealmente quanto menor o tempo de intervenção, melhor. Mas é melhor que a cirurgia seja feita com calma e que ela tenha êxito no final, independentemente do tempo que ela dure.

14. Será necessário tomar sangue?
Antes de realizar uma cirurgia são realizados exames pré-operatórios com a finalidade de detectar eventuais alterações que precisem correções, como transfusão sanguínea. Para entender melhor como será sua cirurgia, confirme com seu médico se será necessária ou não uma transfusão.

15. A recuperação será fácil?
Para se programar melhor, pergunte quantos dias de internação serão necessários, quais serão as limitações físicas, o que será necessário de suporte domiciliar na alta hospitalar e em quanto tempo se volta às atividades ansiadas (trabalho, esporte, convívio social, relações sexuais etc.)


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Autodiagnóstico: Vem aí seu médico especialista portátil

Analisador de hálito

Os bafômetros já são utilizados internacionalmente para detectar elevadas concentrações de álcool a partir do hálito dos motoristas.

Mas o potencial da tecnologia é muito mais amplo, e agora os pesquisadores começaram a testar os primeiros analisadores de hálito para detectar doenças.

As doenças fazem com que o organismo exale moléculas características do processo patológico. Vários testes já demonstraram, por exemplo, que cães, com seu olfato apurado, conseguem identificar pessoas com câncer de pulmão.

A partir dessa constatação, vários grupos de cientistas ao redor do mundo começaram a desenvolver o chamado "nariz eletrônico", um sensor de cheiros muito sensível, capaz de detectar a presença de moléculas em quantidades ínfimas.

Bafômetro médico

A ideia parecia boa demais, e a Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos resolveu apoiar algumas dessas iniciativas.

Alguns dos primeiros resultados estão saindo das mãos da Dra. Perena Gouma, da Universidade Stony Brook.

Seu "bafômetro médico" consegue detectar traços de acetona que indicam que o diabetes está fugindo do controle, e traços de amônia que indicam quando interromper um tratamento de hemodiálise.

Já a Dra. Fariba Assadi-Porter, da Universidade Wisconsin-Madison, criou um "bafômetro especialista", capaz de detectar sinais da síndrome do ovário policístico em mulheres.

Autodiagnóstico

Tudo que o paciente precisa fazer é soprar no bafômetro médico: se a luz vermelha se acender, o resultado é positivo.

Mas as possibilidades são muito maiores, porque tudo depende do sensor instalado no aparelho: troca-se o sensor, e ele passa a ter a capacidade de diagnosticar outra doença.

Segundo os pesquisadores, o próximo passo será fabricar aparelhos com múltiplos sensores, capazes de detectar uma variedade de doenças correlacionadas.

Assim, para ficar antenado nas possibilidades desses "especialistas portáteis", é bom prestar atenção na descoberta de biomarcadores das diversas doenças, e no desenvolvimento dos sensores capazes de detectá-los.

Já existem mais de 300 sensores especialistas, capazes de detectar compostos químicos específicos.

Inovações recentes mostraram que é possível construir sensores com base nas leis da mecânica quântica, o que permitirá detectar concentrações de moléculas ainda menores - os cientistas falam em detectar até moléculas individuais.

Sensores de doenças

Os sensores são essencialmente uma pastilha de material inerte, como vidro, recoberto com o material ativo, geralmente fios finíssimos - os chamados nanofios - capazes de capturar as moléculas.

Ou seja, são nanossensores, um produto da tão falada nanotecnologia.

Quando as moléculas-alvo tentam passar pela malha de nanofios, elas são capturadas. Isso altera a corrente elétrica que passa pelos nanofios, e a luz vermelha do aparelho se acende.

"Esses nanofios permitem que o sensor detecte apenas umas poucas moléculas do marcador da doença em um mar de bilhões de moléculas de outros compostos que formam o hálito," explica a Dra. Gouma.

"Existem inúmeros tipos de nanofios, cada um com um arranjo característico de átomos de metais e oxigênio, que os torna capazes de capturar um composto químico particular.

"Por exemplo, alguns nanofios podem ser capazes de capturar moléculas de amônia, enquanto outros capturam acetona e outros óxido nítrico. Cada um destes biomarcadores sinaliza uma doença ou uma disfunção metabólica específica, permitindo a fabricação de um bafômetro capaz de diagnósticos distintos," conclui a pesquisadora.

Ou seja, cada aparelho será virtualmente um "médico especialista portátil", permitindo o diagnóstico rápido de doenças específicas, sobretudo em regiões sem acesso a médicos especialistas.

Diagnósticos mais precisos

Os primeiros analisadores de hálito para detectar doenças estão sendo analisados clinicamente.

Segundo a Fundação Nacional de Ciências, "dentro de cerca de dois anos você poderá ser capaz de autodetectar uma grande gama de doenças e desordens simplesmente soprando em um analisador de hálito portátil".

A entidade afirma ainda que a previsão é que esse "médico portátil" custe ao redor de US$20,00.
Na verdade, o cenário mais provável parece ser o uso desses aparelhos em hospitais, postos de saúde e, sobretudo, pelos próprios médicos.

Afinal, de nada serve um diagnóstico sem uma receita médica emitida por profissional capacitado para isso.

O grande ganho para a população deverá ser o diagnóstico mais rápido e mais preciso, além da eliminação da necessidade de uma enxurrada de exames.

Com informações da NSF - [Imagem: NSF]

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=autodiagnostico-medico-especialista-portatil&id=7735&nl=nlds

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Antes de tomar um remédio, consulte um médico


SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Esta é a frase que aparece na TV logo após a propaganda de medicamentos que só beneficia um lado: o da Indústria Farmacêutica. O malefício se concentra do outro lado onde está a população, que é estimulada para a automedicação.

Automedicação é a pratica de ingerir medicamentos por conta própria sem a receita médica. Este hábito é incentivado pelos meios de comunicação, TV, revistas, jornais, outdoors além de familiares, vizinho, um amigo intimo viciado em remédios, balconista da drogaria ou farmacêutico.

Aliás, deveria ser proibida (desde 1976, existem no Brasil elementos legais suficientes para regular e fiscalizar a propaganda de medicamentos) a divulgação de produtos farmacêuticos na imprensa de uma maneira geral. Só assim não precisaríamos estar aqui discutindo esta questão. Já que é permitida, a citação que deveria vigorar seria a primeira que serve de titulo ao nosso artigo.

A segunda surgiu, na tentativa de minimizar os danos que já vinham acontecendo na sociedade com a lucrativa propaganda livre e irresponsável de medicamentos. Constantemente vemos alguém indicando remédio para outra pessoa, porque se deu bem, como se todos fossemos iguais. As reações a tudo na vida são individuais, é a chamada Idiossincrasia.

Até mesmo nós médicos podemos alimentá-la. Se alguém nos pergunta por telefone ou durante um encontro ocasional: “Doutor, posso tomar tal remédio? e respondermos que sim, sem conhecimento dos seus efeitos adversos e do estado de saúde do paciente, particularmente da sua função hepática, renal, gastrointestinal e hematológica, podemos estar iniciando um processo mórbido, doloroso até mesmo fatal nesta pessoa. E se ela estiver tomando outros medicamentos? Pior ainda, porque poderemos desencadear uma terrível interação medicamentosa. Até mesmo no nosso próprio consultório temos o dever de estar ciente destas funções e fazer uma relação dos fármacos que porventura nosso consulente está usando para prevenir uma possível interação incompatível.

Realmente uma das formas de evitar ou pelo menos reduzir essa mania de proceder seria realizando uma boa gestão publica e privada voltada principalmente para a educação da população, para o ensino e melhoria das condições de trabalho dos médicos. Com relação à educação da população, mostrar os riscos da automedicação. O ensino tem que ser mais humanizado e profissionalizado nas Escolas de Medicina, para que os futuros médicos exerçam a profissão com mais responsabilidade quanto à prescrição de fármacos. Para melhorar as condições de trabalho do médico, a aplicação dos fundos de saúde dirigidos tanto para equipar os ambulatórios e hospitais quanto para lhe dar segurança financeira na vida profissional. Desta maneira poderíamos dispor de mais e melhores médicos que poderiam ser consultados a qualquer hora do dia ou da noite.

Só assim poderíamos repetir em alto e bom som e com toda a segurança: Antes de tomar um remédio consulte um médico.

Fonte: Conselho Federal de Medicina - Por Dr. Marco Aurélio Smith