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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

7 pilares para cuidar da saúde cardíaca


Cardiologista indica os sete principais cuidados que devem ser adotados ao longo de toda a vida para preservar a saúde do coração

 

No dia 29 de setembro, foi comemorado o Dia Mundial do Coração. A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância de manter uma vida saudável desde a infância. Isso porque esta é a principal forma de evitar o surgimento de doenças cardiovasculares, que representam a principal causa de morte no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o país registra cerca de 400 mil mortes por ano.

 

“Sabemos que as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte em todo o mundo, e ninguém quer ser uma estatística. Por isso, eu trouxe algumas medidas necessárias para evitar e controlar essas doenças”, afirma a Dra. Thalita Merluzzi, médica cardiologista do hospital Albert Einstein. A profissional destaca algumas ações fundamentais para prevenção e controle de doenças que afetam a saúde do coração. Confira:

 

7 pilares para cuidar da saúde do coração

 

1. Fique atento à sua alimentação: uma dieta equilibrada e saudável é essencial para a saúde do coração. Portanto, procure incluir alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes e grãos integrais, e evite alimentos processados e ricos em gorduras saturadas e trans. Além disso, priorize proteínas boas como peixe, frango e carnes sem excesso de gorduras.

 

2. Pratique exercícios regularmente: a atividade física é uma das melhores maneiras de manter o coração saudável. Por isso, dedique pelo menos 30 minutos por dia a exercícios aeróbicos, como caminhar, correr, nadar ou pedalar e intercalar com exercícios que promovem o fortalecimento como musculação, funcional e pilates.

 

3. Mantenha um peso saudável: o excesso de peso pode colocar uma pressão extra no coração e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Portanto, é importante manter um peso adequado através de uma dieta balanceada e exercícios físicos regulares.

 

4. Não fume: o tabagismo é uma das principais causas de doenças cardiovasculares. Fumar danifica os vasos sanguíneos, aumenta a pressão arterial e reduz a quantidade de oxigênio disponível para o coração. Portanto, se você é fumante, é hora de largar esse hábito.

 

5. Controle o estresse: o estresse crônico está associado a um maior risco de doenças cardíacas. Procure maneiras saudáveis de lidar com o estresse, como meditar, praticar yoga ou reservar um tempo para atividades relaxantes.

 

6. Faça exames regulares: consulte um médico regularmente para fazer exames de rotina e verificar seus níveis de pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue. Isso ajudará a identificar precocemente qualquer problema cardiovascular e tomar as medidas necessárias para evitá-lo ou controlá-lo.

 

7. Reduza o consumo de álcool: o consumo excessivo de álcool pode aumentar a pressão arterial e os níveis de triglicerídeos, colocando em risco a saúde do coração.

 

A prevenção é o melhor caminho

 

“Lembre-se de que a prevenção é sempre melhor do que o tratamento. Portanto, comece agora mesmo a adotar essas ações fundamentais em seu estilo de vida para evitar e controlar as doenças cardiovasculares. Cuide bem do seu coração e viva uma vida longa e saudável”, finaliza a especialista.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/dia-mundial-do-coracao-7-pilares-para-cuidar-da-saude-cardiaca.phtml - Foto: Shutterstock

 

Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.

Colossenses 3:15

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Cuide destes 5 fatores para manter a vida saudável no isolamento

Se prevenir contra a COVID-19 não deve ser motivo para descuidar de outros pilares

Diante do isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, muita gente tem partido para o bom humor com memes que brincam com o fato de que ficar em casa em quarentena aumenta nossa ansiedade, e consequentemente, a fome. Além disso, é fácil notar que a prática de atividades físicas, como caminhada e academia, está mais difícil.

Neste momento, descuidar da saúde fará com que a COVID-19 não seja o único problema que vai gerar preocupação. A mudança brusca no estilo de vida pode trazer doenças oportunistas e crônicas, por isso é importante o alerta sobre os cinco pilares do bem-estar para uma vida saudável: hábito alimentar, atividade física, controle do estresse, sono e espiritualidade.

Uma vida saudável não se resume apenas à ausência de doenças, mas um sentido mais global que envolve o bem-estar do ser humano. Neste momento crítico, a sobrecarga de informações, junto ao medo e à sensação de impotência, impossibilita que consigamos tomar o devido cuidado com a mente, e isto afeta todo o resto.

Entenda a importância de cada um destes pilares:


Hábito alimentar
Fortalecer o sistema imunológico em um período como este é mais do que necessário, e uma alimentação saudável é capaz de prevenir e até mesmo reverter doenças. Tenha uma dieta variada e rica em alimentos como frutas, legumes, verduras e grãos, evitando alimentos processados, com muita gordura e açúcar.
Além de reforçar o sistema imunológico, isso impede a ingestão de calorias em excesso enquanto a pessoa está impossibilitada de voltar a sua rotina normal.

Atividade física
É possível manter o corpo ativo durante um período de quarentena. Embora a carga e intensidade sejam amplamente reduzidas, isso não é prejudicial e nem fará o seu corpo se desacostumar com o que vem executando até agora nas academias. Faça flexões, agachamentos, abdominais e improvise halteres com objetos em casa.
A internet possui diversos tutoriais sobre como se exercitar sem ir a uma academia. Isso ajuda a manter o peso e libera substâncias benéficas ao cérebro que comprovadamente diminuem os efeitos da ansiedade.

Controle do estresse
Há quem diga que é impossível viver uma vida sem o estresse. Em partes, é verdade. No entanto, o importante é ter essa consciência e tentar controlá-lo. Quando o estresse se torna crônico, ou seja, quando a pessoa estressada se torna incapaz de retornar a sua estabilidade emocional inicial, ela acaba chegando esgotamento (burnout).
Isso desencadeia diversas doenças psicossomáticas como gastrite, colite, síndrome do pânico, diarreia, dores musculares e uma lista enorme de outras manifestações físicas.

Sono
A privação do sono também é um dos fatores responsáveis pela mudança brusca de estilo de vida, acarretando em problemas que afetam os hormônios responsáveis por regular a fome, fazendo com que ela surja de forma mais exagerada do que o comum.
É durante o sono que refazemos toda a bioquímica celular do nosso corpo. Por isso, é importante priorizar a hora de dormir, buscando alcançar um tempo de aproximadamente 7h30 de sono para o corpo conseguir completar todos os processos durante as 6 fases.

Espiritualidade
A espiritualidade também deve ser priorizada. Isso nada tem a ver com crenças pessoais ou religião, mas com uma ligação do indivíduo para consigo mesmo, com seus familiares, amigos e com o universo. Meditação, ioga e mindfulness são algumas das práticas que oferecem essa ligação íntima ao indivíduo


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Os quatro excessos da educação moderna que perturbam as crianças

Quando nossos avós eram pequenos, eles tinham apenas um casaco de frio para o inverno. Apenas um! Naquela época de vacas magras, já era luxo ter um. Exatamente por isso a criançada cuidava dele como se fosse um tesouro precioso. Naquela época bastava a consciência de se ter o mínimo indispensável. E, acima de tudo, as crianças tinham consciência do valor e da importância de suas coisas.

Muita água correu por baixo da ponte, acabamos nos transformando em pessoas mais sofisticadas. Agora prezamos pelas várias opções e queremos que nossos filhos tenham tudo aquilo que desejarem, ou, caso seja possível, muito mais. Não percebemos que esse mimo excessivo ajuda a criar um ambiente propício para transtornos psicológicos.

De fato, foi demonstrado que o excesso de estresse durante a infância aumenta a probabilidade de que as crianças venham a desenvolver problemas psicológicos. Assim, uma criança sistemática pode ser empurrada para ativar um comportamento obsessivo. Uma criança sonhadora, sempre com a cabeça nas nuvens, pode perder a sua capacidade de concentração.

Neste sentido, Kim Payne, professor e conselheiro norte-americano, conduziu uma experiência interessante em que simplificou a vida de crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Depois de apenas quatro meses, 68% destes pequeninos passaram a ser considerados clinicamente funcionais. Eles também mostraram um aumento de 37% em suas habilidades acadêmicas e cognitivas, um efeito que não poderia coincidir com a medicação prescrita para esta desordem, o Ritalin.

Estes resultados são, em parte, extremamente reveladores e, mais que isto, também são um pouco assustadores, porque nos fazem pensar se realmente estamos criando para nossos filhos um ambiente saudável, mental e emocionalmente.

O que estamos fazendo de errado e como podemos corrigir isto?

Quando o “muito” se transforma em “demais”?

No início de sua carreira, este professor trabalhou como voluntário em campos de refugiados, onde teve que lidar com crianças que sofrem de estresse pós-traumático. Payne constatou que essas crianças se mostravam nervosas, hiperativas e tremendamente ansiosas, como se pressentissem que algo de ruim fosse acontecer de uma hora para a outra. Elas também eram amedrontadas em excesso, temendo qualquer novidade, o desconhecido, como se tivessem perdido a curiosidade inata das crianças.

Anos mais tarde, Payne constatou que muitas das crianças que precisavam de sua ajuda mostravam os mesmos comportamentos que os pequenos que vinham de países em guerra. No entanto, o estranho é que estas crianças viviam na Inglaterra, abraçados por um ambiente completamente seguro. Qual a razão que os levava a exibir os sintomas típicos de estresse das crianças pós-traumáticas?

O professor pensa que as crianças em nossa sociedade, apesar de estarem seguras do ponto de vista físico, mentalmente vivem em um ambiente semelhante ao produzido em áreas de conflito armado, como se suas vidas estivessem sempre em perigo. A exposição à muitos estímulos provoca um estresse acumulado que obriga as crianças a desenvolverem estratégias que as façam se sentir mais seguras.

Na verdade, as crianças de hoje estão expostas a um fluxo constante de informações que não são capazes de processar. Elas são forçadas ao crescimento rápido, já que os adultos depositam muitas expectativas sobre elas, forçando-as a assumir papéis que realmente não condizem com a realidade infantil. Assim, o cérebro imaturo das crianças é incapaz de acompanhar o ritmo imposto pela nova educação, por conseguinte, um grande estresse ocorre, com as óbvias consequências negativas.

Os quatro pilares do excesso.

Como pais, nós normalmente queremos dar o melhor para os nossos filhos. E pensamos que, se o pouco é bom, o mais só pode ser melhor. Portanto, vamos implementar um modelo de paternidade superprotetora, nós forçamos os filhos a participar de uma infinidade de atividades que, em teoria, ajudam a preparar os pequenos para a vida.

Como se isso não fosse suficiente, nós enchemos seus quartos com livros, dispositivos e brinquedos. Na verdade, estima-se que as crianças ocidentais possuem, em média, 150 brinquedos. É demais, e quando é excessivo, as crianças ficam sobrecarregadas. Como resultado, elas brincam superficialmente, facilmente perdendo o interesse imediatista nos brinquedos e no ambiente, elas não são estimuladas a desenvolver a imaginação.

Payne ressalta que estes são os quatro pilares do excesso que forma a educação atual das crianças:

1 – Excesso de coisas.
2 – Excesso de opções.
3 – Excesso de informações.
4 – Excesso de rapidez.

Quando as crianças estão sobrecarregadas, elas não têm tempo para explorar, refletir e liberar tensões diárias. Muitas opções acabam corroendo sua liberdade e roubam a chance de se cansar, o que é elemento essencial no estímulo à criatividade e ao aprendizado pela descoberta.

Gradualmente, a sociedade foi corroendo as qualidades que tornam o período da infância algo mágico, tanto que alguns psicólogos se referem a esse fenômeno como a “guerra contra a infância”. Basta pensar que, nas últimas duas décadas, as crianças perderam uma média de 12 horas por semana de tempo livre. Mesmo as escolas e jardins de infância assumiram uma orientação mais acadêmica.

No entanto, um estudo realizado na Universidade do Texas revelou que quando as crianças brincam com esportes bem estruturados, elas se tornam adultos menos criativos, em comparação com jovens que tiveram mais tempo livre para criar suas próprias brincadeiras. Na verdade, os psicólogos têm notado que a maneira moderna de jogar gera ansiedade e depressão. Obviamente, não é apenas o jogo mais ou menos estruturado, mas também a falta de tempo.


Simplificar a infância.

A melhor maneira de proteger a infância das crianças é dizer “não” para as diretrizes que a sociedade pretende impor. É preciso deixar que as crianças sejam crianças, apenas isso. A melhor maneira de proteger o equilíbrio mental e emocional é educar as crianças na simplicidade. Para isso, é necessário:

– Não encher elas de atividades extracurriculares, que, em longo prazo, não vão ajudá-las em nada.

– Deixe-lhes tempo livre para brincar, de preferência com outras crianças, ou com jogos que estimulem a criatividade, jogos não estruturados.

– Passar um tempo de qualidade com eles é o melhor presente que os pais podem dar.

– Criar um espaço tranquilo em suas vidas onde eles podem se refugiar do caos e aliviar o estresse diário.

– Garantir tempo suficiente de sono e descanso.

– Reduzir a quantidade de informações, certificando-se de que esta seja sempre compreensível e adequada à sua idade, o que envolve um uso mais racional da tecnologia.

– Simplifique o ambiente, apostando em menos brinquedos e certificando-se de que estes realmente estimulem a fantasia da criança.

– Reduzir as expectativas sobre o desempenho, deixe que elas sejam simplesmente crianças.
Lembre-se que as crianças têm uma vida inteira pela frente até se tornarem adultos, entretanto, então, permita que elas vivam plenamente a infância.

Texto publicado em espanhol no site Rincón de la Psicología, traduzido e adaptado pela Revista Pazes.