sábado, 23 de junho de 2018

Mitos e verdades sobre cuidados com a pele


Protetor com base funciona? As águas micelar e termal fazem diferença? Respondemos essas e outras dúvidas

Ao investir nos cuidados com a pele, é comum ter algumas dúvidas e ouvir um monte de conselhos. Conversamos com dermatos e cosmetólogos para esclarecer o que realmente procede.

1. Protetor com base funciona mesmo?
Não só funciona como é bem-vindo, já que a cor cria uma camada contra a luz visível (do sol e das lâmpadas artificiais). “Mas tem que ser em formato de loção, duo cake ou creme. O pó é só para finalização”, frisa Maurício Pupo, diretor de pesquisa da Ada Tina Italy. A dermatologista Fabíola Bordin, da clínica Dermais, no Rio de Janeiro, lembra outro detalhe: o protetor com cor é superior à base com proteção.

2. Tomar água interfere na aparência da pele?
Sim. “Além de aumentar a hidratação, esse hábito ajuda no aporte de nutrientes para a pele”, afirma a dermatologista Thaís Pepe, de São Paulo. Vale ressaltar que a tarefa do hidratante é formar uma barreira para impedir a saída de água da pele. Agora, para ter o líquido lá, é preciso bebê-lo.

3. Posso fazer máscaras caseiras?
Os experts não curtem a ideia. “Dependendo dos ingredientes, há risco de alergias”, justifica Luciana Samorano, dermatologista da Universidade de São Paulo (USP). Por isso, tem que buscar orientação. Segundo Pupo, a regra é nunca usar frutas e plantas, devido à possibilidade de reação com o sol. Iogurte, mel, aveia e azeite estão liberados (sem sol depois).

4. Depilar a sobrancelha com cera contribui para a flacidez nas pálpebras?
Está aí um tópico que gera polêmica. Para Thaís Pepe, existe, sim, essa possibilidade. Mas há quem não veja a flacidez como o principal problema. “O hábito pode acelerar a formação de manchas“, avisa Fabíola. No fim das contas, a técnica é desaconselhada.

5. As águas termal e micelar fazem mesmo a diferença?
A água micelar dá força na remoção da maquiagem e dos resíduos de poluição – com a vantagem de não ser oleosa. Já a água termal, explica Luciana, tem propriedades relaxantes e anti-inflamatórias. “Pode ser bacana após procedimentos estéticos”, sugere a médica.

6. Compressas de pepino e outros ingredientes evitam o envelhecimento?
Não. “Servem apenas para acalmar a pele e favorecer a circulação”, responde Mônica Aribi, dermatologista de São Paulo. Mas Luciana acha que, assim como no caso das máscaras, sempre vale um papo com o dermato. “O fato de ser natural não significa que é obrigatoriamente inofensivo”, alerta.

7. Os produtos de manipulação são mais eficientes do que os prontos?
Manipular cremes é uma forma de individualizar o tratamento e resolver mais de uma questão ao mesmo tempo. A indústria cosmética, por sua vez, tem tecnologia avançada e rigor com qualidade. Converse com seu médico para ver o que é melhor para você.

8. Os óculos escuros são parceiros contra o envelhecimento?
Com certeza. Ao apertarmos demais os olhos, como no momento em que encaramos a claridade, abrimos brecha para as rugas de expressão surgirem. “E os óculos protegem a pele das pálpebras”, pontua Luciana. Faz um belo par, portanto, com o filtro solar.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/mitos-e-verdades-sobre-cuidados-com-a-pele/ - Por Thaís Manarini - Foto: M Image Photography, iStock/SAÚDE é Vital

Artigo "O esporte ajuda na prevenção da violência" publicado na Revista Impactos


sexta-feira, 22 de junho de 2018

Frio aumenta o risco de problemas cardíacos


Quando as temperaturas despencam, a probabilidade de internação por insuficiência cardíaca e infarto sobe 30%

Entre junho e agosto, meses marcados por temperaturas mais frias, as internações nos hospitais públicos da cidade de São Paulo por insuficiência cardíaca e infarto chegam a ser 30% maiores do que no verão. É o que mostra estudo inédito realizado por médicos da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

A pesquisa, liderada pelo cardiologista Eduardo Pesaro considerou todas as internações por insuficiência cardíaca (76 474 casos) e infarto agudo do miocárdio (54 561 casos) registradas em 61 hospitais públicos da capital paulista entre janeiro de 2008 e abril de 2015.

Os dados fazem parte do Cadastro Nacional de Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram consideradas também as temperaturas mínima, máxima e média em cada período ao longo desses sete anos, registradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). “Provavelmente isso se dá por fenômenos múltiplos, como o frio e a qualidade de ar como principais aspectos de risco. As pessoas que estão em maior risco e que já são doentes, com pressão alta, diabetes, devem ter uma atenção especial nesse período e maior controle como tomar corretamente o remédio e medir a pressão”, aconselhou o cardiologista.

A pesquisa mostrou ainda que o número médio de internações por insuficiência cardíaca no inverno foi maior em pacientes com mais de 40 anos. Já as hospitalizações por infarto foram registradas em maior número em pacientes com idade superior a 50 anos. De acordo com o cardiologista, as causas do aumento do risco cardiovascular no inverno não estão diretamente ligadas à queda do ponteiro do termômetro, mas às condições ambientais e socioeconômicas de São Paulo.

“Inverno não significa só frio, mesmo porque em São Paulo ele é ameno, com temperatura média de 18 graus e variação de apenas 5 graus. Ele também significa poluição aumentada, crescimento de epidemias provocadas pelo vírus da gripe, o Influenza, além do tempo seco”, diz Pesaro.

Poluição
Com uma população de quase 12 milhões de habitantes e uma frota de 8,64 milhões de veículos (incluindo caminhões e ônibus), São Paulo fica mais poluída no inverno. A baixa umidade, chuva reduzida e as frequentes inversões térmicas (quando o ar frio é bloqueado por uma camada de ar quente e fica preso perto da superfície) são condições que impedem a dispersão de poluentes como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e material particulável inalável.

 “Temperatura baixa, pouca umidade e alta poluição contribuem para uma maior incidência de doenças respiratórias e gripe, com o consequente aumento do risco cardiovascular”, explica Pesaro.

Uma das hipóteses levantada no estudo é de que o aumento da probabilidade de infarto e de insuficiência cardíaca no inverno está relacionado às condições socioeconômicas da população. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na região metropolitana de São Paulo, 596 479 casas são consideradas subnormais, como assentamentos irregulares, favelas, invasões, palafitas, comunidades com deficiência na oferta de serviços públicos básicos, como rede de esgoto e tratamento de água, coleta de lixo e energia elétrica. A capital paulista concentra dois terços desse total ou 397 652 lares.

“Em São Paulo, uma população mais desamparada, com casas improvisadas ou sem aquecimento, mais exposta à poluição e ao frio pode apresentar mais risco de ter doenças cardíacas no inverno que uma pessoa que mora em um país de clima temperado, mas está mais protegida por ter calefação na residência e roupas melhores”, diz Pesaro.

Para se proteger, ele recomenda que as pessoas que têm condições, aqueçam bem a casa. “Um aquecedor portátil ajuda em semanas mais extremas de frio. Outra coisa é tratar do vazamento de ar frio por janelas, portas e telhado. E também se agasalhar melhor, pois tudo isso contribui com a proteção, a ideia é não expor ao frio as pessoas que têm maior risco, como idosos e doentes cardiovasculares”.

Ele ainda ressalta a importância da vacinação. “As epidemias virais e as gripes aumentam o risco cardíaco. Vacinar-se especialmente nas vésperas do outono e inverno é importante também”.

O que acontece com o coração
O frio faz os vasos sanguíneos se contraírem e eleva a liberação de adrenalina, o que culmina na subida da pressão arterial. Além disso, o aumento da poluição contribui para doenças respiratórias que sobrecarregam o coração. Já o Influenza (vírus da gripe) é capaz de causar inchaço ou inflamação das coronárias, com a possibilidade de liberar as placas de colesterol nela depositadas. As placas, por sua vez, podem causar bloqueios e interromper o fluxo sanguíneo.

Para Pesaro, o governo precisa investir em políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população. “As pessoas e os governos têm que cuidar melhor daqueles indivíduos em maior risco durante o inverno. Quem tem risco deve regularizar o controle das suas próprias doenças, como por exemplo, pressão alta, que sabemos que aumenta no inverno, lembrar de tomar os remédios, fazer a medida da pressão com periodicidade e tentar não passar frio mesmo dentro de casa”, aconselha.

Esse texto foi publicado originalmente no site da Agência Brasil.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/frio-aumenta-o-risco-de-problemas-cardiacos/ - Por Ludmilla Souza - Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 21 de junho de 2018

As melhores maneiras de combater as rugas


Os vincos na testa, nos olhos e na boca começaram a aparecer? Ou deseja evitá-los? Veja as substâncias e os tratamentos que ajudam nessa empreitada

Você costuma fazer caras e bocas ao se expressar? Pois é esperado que marquinhas se formem na pele em decorrência disso – testa, boca e olhos estão entre as áreas mais acometidas. “São as primeiras rugas que aparecem”, informa Adriana Vilarinho, dermatologista da capital paulista. Mas há uma segunda versão, chamada de ruga estática, que está ligada ao envelhecimento e a fatores como menor presença de colágeno no corpo e falta de hidratação.

“A indicação do tratamento depende dos tipos de ruga e pele. Cada caso é único”, avisa a dermato. Segundo Patrícia Mafra, da clínica Volpi, uma coisa é certa: para vincos já instalados, só cremes não fazem milagre.

Os melhores ativos
Alfa-hidroxiácidos
A cosmetóloga Vânia Leite, professora da Universidade Federal de São Paulo e presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, informa que, em geral, os ácidos têm ação esfoliante e estimuladora de colágeno. Embora essa família seja considerada mais suave, a pele fica sensível – porque há remoção de células mortas. Então, não dá para dispensar o filtro solar.

Retinol
É um derivado de ácido retinoico (este, só sob prescrição), mas menos agressivo. “Auxilia na fabricação de colágeno novo, além de evitar a destruição daquele que já temos”, esclarece o farmacêutico Maurício Pupo, diretor de pesquisa da Ada Tina Italy.

Vitamina C
“Também é ótima produtora de colágeno”, diz Vânia. A tecnologia permite que a molécula, facilmente oxidável, fique estável nos cremes.

Procedimentos de sucesso
Laser
Hoje há opções high tech. Um exemplo é o laser de diodo, que não exige óculos de proteção. “Daí conseguimos chegar bem pertinho das pálpebras superior e inferior”, comenta Mônica Aribi, dermatologista de São Paulo. Ela garante que os resultados ficam excelentes ao redor da boca.

Toxina botulínica
“É o tratamento padrão-ouro para rugas de expressão”, declara a dermatologista Denise Steiner, professora da Universidade de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. A função do popular botox é neutralizar a acetilcolina, elemento envolvido na contração muscular.

Preenchimento
Uma das substâncias mais usadas nesse procedimento é o ácido hialurônico. Isso porque ele é capaz de atrair e reter a água, dando um aspecto mais uniforme à pele.

A hora certa do botox
Há um papo de que o ideal é aplicar antes de as rugas surgirem. Será? “Faz todo o sentido”, opina Patrícia Mafra. “Assim é possível relaxar os músculos para que as rugas nem se formem”, justifica. O correto, segundo a médica, seria verificar a necessidade de aplicação lá pelos 30 anos. Mas, de novo: o tratamento é válido contra as rugas de expressão, e não as estáticas. É que o botox impede que o indivíduo realize justamente os movimentos musculares que contribuem para o aparecimento dos vincos. Depois que eles marcam a pele pra valer, o procedimento até ajuda, mas nem tanto.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/as-melhoras-maneiras-de-combater-as-rugas/ - Por Thaís Manarini - Foto: Betsie Van der Meer, Getty Images/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Inclua no cardápio 10 alimentos que te deixam mais feliz


Mel, abacate e banana fazem parte da turma que aumentam a sensação de bem-estar

Não tem quem não seja tomado por uma sensação reconfortante depois de fazer uma deliciosa refeição. E se no cardápio tiver um docinho de brinde, a vida fica melhor ainda. "Isso por que independente do alimento que consumimos, comer provoca uma confortável sensação de bem-estar já que suprimos as necessidades físicas do nosso organismo. Mas ainda há a turma de alimentos que potencializam esta reação, já que levam em sua composição, substâncias que aumentam a liberação da serotonina, hormônio neurotransmissor responsável pela sensação de prazer", explica a nutricionista e bioquímica Lucyanna Kalluf.

A seguir, a especialista sugere 10 alimentos que são obrigatórios para um prato e dias mais alegres. Confira:

Mel
O alimento é um carboidrato fonte de triptofano, com ação calmante que induz a uma sensação de bem estar melhorando a função da serotonina no cérebro. O mel tem uma função importante como regenerador da microflora intestinal, quando combinado aos lactobacilos presentes no intestino. Sabe-se que mais de 90% da serotonina é produzida no intestino, portanto o mel ajuda a manter a integridade intestinal colaborando com uma melhor regulação neuro-endócrina, com mais serotonina e mais disposição e sensação de prazer.

Banana
A fruta é um carboidrato rico no aminoácido triptofano ( cada 100g da banana contém em média 18mg de triptofano). Acontece que este aminoácido é uma substância precursora da serotonina. "Sem serotonina, o organismo fica suscetível a males como depressão, irritabilidade, insônia, ansiedade, mal humor e hiperfagia (aumento exagerado da fome)", explica Lucyanna Kalluf. A serotonina também é considerada como sendo uma substância anorexígena, diminuindo a compulsividade e a fome.

Abacate
Esta fruta rica em ácido fólico, vitamina B3 ( niacinamida) e potássio. O abacate também tem mais proteína que qualquer outra fruta, cerca de 2 g para cada porção de 110 g. Possui, ainda, quantidades úteis de ferro, magnésio e vitaminas C, E e B6. A niacinamida ( Vitamina B3) tem ação específica sobre o sistema nervoso central, colaborando com a manutenção de hormônios que regulam as substâncias químicas do cérebro e garante efeito relaxante. Esta vitamina tem ação conjunta com o ácido fólico, que atua como coenzima de diversos neurotransmissores do bom humor. Dica: fique atento ao valor calórico da fruta: cada 110 g contém cerca de 200 calorias.

Nozes
Esta oleaginosas possui vitamina B1 (tiamina), que ajuda a converter glicose em energia. Também imita a acetilcolina, neurotrasmissor que possui um papel nas funções cerebrais relacionadas com memória e cognição. Também carrega o Inositol (fosfatidilinositol), substância reconhecida como parte do complexo B, que é necessário para o correto funcionamento dos neurotransmissores serotonina e acetilcolina.

Ômega 3
Os peixes de água fria (salmão, atum, cavalinha) são considerados excelentes fontes de ômega 3 , um ácido graxo com efeito protetor sobre os neurônios. A relação de consumo desse ácido graxo e a felicidade, está no aumento na produção dos receptores de neurotransmissores como: a serotonina, a dopamina e a noradrenalina que protegem o cérebro e o sistema nervoso central dos radicais livres, substâncias responsáveis pelo envelhecimento celular.

Canela
Rica em polifenóis e antioxidantes, esta especiaria melhora a atividade da insulina, ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e reduz a compulsão por carboidratos e doces. Assim, colabora para evitar o sobrepeso e o acúmulo de gorduras na região abdominal e mantém a produção de serotonina em equilíbrio.

Lentilha
É fonte de proteínas vegetais e cálcio, contribuindo significativamente para a regulação da flora intestinal. O equilíbrio do cálcio e magnésio no organismo atua no metabolismo cerebral e na produção de neurotransmissores, como serotonina e dopamina, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar.

Chá verde
A bebida afasta os riscos do estresse oxidativo, que é a deficiência de substâncias antioxidantes no organismo, trazendo como consequências doenças como a obesidade e até depressão. O chá verde é rico em polifenóis, nutrientes antioxidantes que atacam os radicais livres das células cerebrais, mantendo a sua atividade neuroprotetora, diminuindo a probabilidade de inflamação cerebral e favorecendo sensação de bem-estar.

Tofu
 o queijo à base de soja. Com muitos nutrientes, o tofu tem o dobro de proteínas do feijão e 45% menos calorias que o queijo minas. Importante fonte de magnésio mineral que atua na regulação do metabolismo cerebral e participa da metabolização de alguns aminoácidos. "A deficiência de magnésio resulta em fadiga e deficiência de enzimas envolvidas na produção de energia", explica Lucyanna Kalluf. Meia xícara de tofu tem em média 110mg desse mineral.

Gérmen de trigo
É a parte mais nobre do trigo, que quando é refinado perde esta propriedade, e uma excelente fonte de todo aporte vitamínico do complexo B, atuando como calmante natural que diminui a irritabilidade e o nervosimo. Tem inositol, presente nas membranas celulares como fosfatidilinositol, que é necessário para o correto funcionamento dos neurotransmissores serotonina e acetilcolina. "Também carrega o ácido pantotênico, a vitamina B5 ou vitamina anti-estresse que atua na síntese da acetilcolina, conferindo melhor adequação dos impulsos nervosos e das funções cerebrais", aponta a nutricionista.