sábado, 8 de dezembro de 2018

Sexo seguro não tem limite de idade


Nossa colunista traz à tona um sério motivo para falar de sexualidade: os casos de HIV na população mais velha continuam em alta

Fazer sexo depois dos 60, dos 70, dos 80 anos… exige os mesmos cuidados indicados às demais parcelas da população ativa. Parece óbvio, não? E, de fato, seria, se não houvesse um alto índice de transmissão do vírus da imunodeficiência humana, o HIV, entre os idosos. Na última década foi registrado um aumento de 103% no número de casos, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), se o ritmo de propagação nessa população se mantiver como está, dentro de dez anos poderemos ter um mundo em que sete em cada dez idosos correm o risco de contrair a infecção. Como você deve saber, sem diagnóstico e tratamento, esse quadro evolui para a aids, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Embora ainda não se tenha uma vacina ou cura, a prevenção, por meio do uso da camisinha, é uma arma eficiente para combater a transmissão do vírus e coibir novos casos de aids. É preciso ter consciência de que a idade não é fator protetor contra o HIV. O que isso significa? Ser idoso não caracteriza estar isento de risco. Todo mundo com uma vida sexual desprotegida pode entrar na mira do vírus.

Vamos falar de sexo na velhice?
Ainda que muita gente insista em ligar a velhice a impotência e perda de apetite sexual, o fato é que hoje o mundo é bem diferente daquele de algumas décadas atrás. A oferta de estimulantes sexuais, lubrificantes e mesmo o surgimento de aplicativos de relacionamento fez mudar drasticamente certos comportamentos. Isso vem impactando no número de parceiros sexuais, na manutenção da libido e na oportunidade de realizar-se na cama e, de alguma maneira, socialmente.


O que ficou para trás foi a educação sexual. Muitos dos idosos de hoje não foram orientados a utilizar camisinha e, com isso, se tornaram vulneráveis. Nessa faixa etária existem pessoas que ainda ligam o HIV a uma doença de jovem e de “grupos de risco”, conceito que caiu por terra faz tempo.

Muitos que hoje estão com mais de 60 ou 70 anos não viveram sua juventude em uma época de alta propagação da doença. A epidemia de HIV teve início nos anos 1980 e 1990. Por não terem vivido essa realidade, é comum que entre os idosos persista a ideia de que, nessa fase, o preservativo é dispensável nas relações sexuais.

Não é à toa que defendo a necessidade de investir em campanhas de sensibilização voltadas a esse público — não apenas aos mais jovens, como ainda é corrente.

Um ponto que influencia essa história toda é que falar de sexo na velhice às vezes ganha ares de tabu. Ao silenciar discussões e orientações a respeito, os mais velhos continuam transando, só que suscetíveis não só ao HIV como a outras infecções sexualmente transmissíveis, caso de sífilis, gonorreia, clamídia e herpes genital.

Falta diálogo, mesmo por parte de profissionais da área da saúde, sobre sexo seguro nessa etapa da vida. O desejo sexual não pode ser desencorajado. Pelo contrário. Conversar com o idoso sobre sexo pode, além de auxiliar na prevenção de doenças, contribuir para que ele lide de maneira natural com a sexualidade e ganhe ainda mais qualidade de vida.

Outro comportamento, infelizmente comum, é o de familiares não aprovarem que idosos do seu círculo tenham parceiros ou que, até mesmo, namorem. É sempre bom lembrar que a libido tem grande importância na produção de hormônios que fazem bem à saúde de todos. Por isso, quando bem orientada, a prática sexual é vantajosa e gera melhor condicionamento para aqueles que se mantém ativos.

 “O tempo não para”
Se o cantor e compositor Cazuza (1958-1990) estivesse vivo hoje, estaria entre os mais maduros com HIV. Na época em que ele foi diagnosticado soropositivo, o tema ainda era obscuro em termos de tratamento e mesmo sobre os agravos e as perspectivas ao paciente. Infelizmente, para ele o fim chegou mais rápido.

A boa notícia é que hoje a sociedade dispõe de um tratamento capaz de controlar a doença. Com isso, as pessoas  com o vírus vivem bem e com a carga viral indetectável. O coquetel terapêutico é inclusive fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Independentemente de ser jovem ou idoso, conviver com o HIV exige que o paciente leve a sério o tratamento. Além do bem-estar próprio, a carga viral indetectável, resultado do uso contínuo e correto dos remédios, impede que o indivíduo manifeste sintomas ou transmita o vírus. Foi-se mesmo o tempo em que a infecção remetia a uma sentença de morte.

Volto a insistir:  o vírus da imunodeficiência humana não escolhe idade, cor, raça, crença, tampouco faz distinção socioeconômica. Pelo contrário, a infecção pode alcançar qualquer pessoa que pratique sexo sem proteção. Entre idosos, trata-se de um hábito tão natural quanto em outras idades. Afinal, jamais se é velho demais para tirar proveito de uma vida sexual ativa, saudável e feliz.

Estamos no #DezembroVermelho, o mês do Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Que tal aproveitar para incluir a camisinha como um item tão essencial na sua rotina quanto a água que você bebe? Já pensou em fazer um simples teste de HIV? As pessoas não param de fazer sexo porque ficam velhas. Então, cuide-se!

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/sexo-seguro-nao-tem-limite-de-idade/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Saiba como emagrecer com musculação


Thaís Emídia, professora da Smart Fit, diz que é muito importante praticar musculação quando o objetivo é perder gordura

Engana-se quem pensa que a musculação promove somente ganho de massa muscular e força. Esse é um tipo de exercício supercompleto e muito recomendado para quem deseja emagrecer e perder peso. Thaís Emídia, professora da Smart Fit, diz que é muito importante praticar musculação quando o objetivo é perder gordura. Isso porque ela promove o aumento da massa muscular, o que acelera o metabolismo e, consequentemente, contribuiu para a diminuição do percentual de gordura.

"A massa muscular gera o aumento do consumo de oxigênio pós exercício e isso leva ao aumento da taxa metabólica basal, ou seja, acelera o metabolismo e, como consequência, eleva o gasto calórico do corpo mesmo quando ele está em repouso", explica a professora. Quanto mais massa magra a pessoa tiver, mais o seu metabolismo ficará acelerado e vai promover mais facilmente a metabolização de gordura.

O treino na musculação mais recomendado para aumentar o gasto calórico e consequentemente diminuir o percentual de gordura e emagrecer é aquele em formato de circuito - realizar uma série de exercícios em cada equipamento, sem pausa entre eles. "Ou seja, ao finalizar um exercício, vá imediatamente ao seguinte, sem intervalo", comenta Thaís. Isso fará com que a sua frequência cardíaca eleve e o seu metabolismo acelere. "O recomendado é realizar esse tipo de treino 3 vezes por semana, em dias intercalados", sugere a professora da Smart Fit.

O ideal para quem quer emagrecer com a musculação é investir nos exercícios multi articulares, ou seja, os que trabalham mais de uma musculatura, pois possuem um gasto calórico maior. São eles, por exemplo, o leg press 45°, agachamento, supino, remada aberta, entre outros.

Confira outros benefícios promovidos pela musculação:
- Melhora a postura
- Fortalece os músculos, protegendo os ossos e as articulações
- Diminui as chances de problemas cardiovasculares
- Promove a sensação de bem-estar
- Melhora o sono
- Reduz o stress e a ansiedade
- Melhora a autoestima
- Melhora a síndrome metabólica (obesidade, pressão alta, alterações de colesterol, triglicérides, glicemia e diabetes).


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Pipoca desacelera envelhecimento e contribui para perda de peso!


Chegou a hora da gente acrescentar pipoca ao cardápio! Não só porque é deliciosa, mas também por trazer alguns benefícios à nossa saúde.

É verdade!
Pipoca não é só um gostoso lanche consumido durante as sessões de cinema.

Ela é um alimento cheio de virtudes:
1-Tem elevada quantidade de fibras. Ou seja, permite o funcionamento regular do intestino.
2-Contém grande quantidade de oxidantes – chega a ser o dobro da de frutas. Isso permite a prevenção de doenças degenerativas, como câncer e diabetes.
3-Desacelera o envelhecimento, pois tem antioxidantes que combatem os radicais livres que provocam a velhice.
4-Em quantidade moderada, pode contribuir para a perda de peso.

Esta é uma ótima notícia, não é mesmo?
Então, por que esperar uma sessão de cinema para aproveitar as maravilhas que a pipoca pode fornecer?
É só ter atenção para consumir moderadamente e assim, curtir o estouro de sabor e vantagens que o lanche oferece.
1 xícara de pipoca estourada equivale a meio pão francês ou uma fatia de pão de fôrma.

Mas fique atento!
Consumir pipocas de micro-ondas ou aquelas vendidas no cinema não é uma boa ideia.
Pipoca boa de verdade – saudável – é aquela feita na panela de casa, com pouco óleo e com sal e manteiga de forma moderada. E de milho não transgênico, que geralmente é encontrado em lojas de alimentos saudáveis.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

9 cuidados essenciais antes, durante e depois da academia para manter sua pele saudável

Além da preocupação com a saúde e beleza do corpo, quem faz academia ou pratica atividades físicas também precisa ter cuidados com a pele, para mantê-la saudável

Nos últimos tempos, o número de brasileiros praticantes de atividades físicas, como a musculação, tem aumentado significativamente. Porém, o que poucos sabem é que durante a prática de exercícios físicos não é só o corpo que precisa de atenção, mas a pele também. Isso porque, segundo a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD), apesar de ser normal e até saudável a pele transpirar durante qualquer atividade física, sem o cuidado adequado, esta transpiração pode prejudicar o tecido e causar alterações como desidratação, irritações e acne. Mas é possível evitar estes problemas através de alguns cuidados básicos que devem ser tomados antes, durante e depois da prática de exercícios físicos. Para ajudar a entender melhor, a especialista apontou cada um deles abaixo. Confira:

Antes

- Higienize sua pele. O mais importante antes dos exercícios é que a pele esteja limpa, pois, se os poros estiverem entupidos, o suor terá dificuldade em sair naturalmente, promovendo irritações e inflamações como acnes e cravos. “Para quem malha de manhã, usar um sabonete especifico para sua pele é o suficiente para remover a oleosidade produzida durante o sono. Já para quem malha à noite, recomendo o uso de demaquilante ou água micelar para remover a maquiagem, os cosméticos e as impurezas da pele”, explica a dermatologista.

- Tonificar e hidratar também é importante. Além da limpeza, é recomendado também o uso de um tônico, para realizar uma limpeza profunda, e de um hidratante fluído e leve, para proteger a pele durante os exercícios sem obstruir os poros. “Quem apresenta vermelhidão na pele ao malhar pode utilizar produtos com ativos calmantes ou anti-inflamatórios para relaxar o tecido e evitar irritações”, completa a especialista.

- Não esqueça o protetor solar. “Para quem vai praticar exercícios ao ar livre ou vai se expor ao sol em algum momento, o fotoprotetor é indispensável para prevenir os danos causados pela radiação ultravioleta, que incluem câncer de pele e envelhecimento precoce. O ideal então é que este produto tenha FPS de, no mínimo, 30 e seja resistente ao suor e reaplicado a cada duas horas.”

- Atenção na hora de escolher as roupas. De acordo com a Valéria, a escolha de roupas para malhar também é fundamental. Evitar calças muito justas e roupas de tecidos que retém o suor é o ideal, pois elas acabam dificultando que a pele respire de maneira adequada. “O corpo precisa transpirar de modo correto. Se isso não ocorre, as bactérias do tipo estafilococos da região se proliferam e acabam atingindo a estrutura que origina os pelos, causando assim um processo inflamatório que leva à foliculite”, afirma.

- Prenda os cabelos. “Não esqueça também de prender os cabelos, pois, se ficarem caídos sobre o rosto, o suor e a oleosidade produzidos pelos fios podem acabar obstruindo os poros da pele.”

Durante

- Hidrate-se. Enquanto pratica exercícios, o mais importante é manter-se hidratado. “Durante os exercícios perdemos mais água através do suor, o que leva à desidratação do organismo e, consequentemente, da pele, deixando-a desprotegida e com uma péssima aparência. Para evitar que isso ocorra, a ingestão de líquidos é obrigatória”, alerta a médica.

Depois

- Troque de roupa assim que acabar de se exercitar. Após a atividade física, o ideal é remover a roupa suada o quanto antes, pois utilizar a roupa dos exercícios por muito tempo impede que a pele respire, entupindo os poros e promovendo a formação de foliculite.

- Cuidado com a ducha pós-treino. De acordo com a dermatologista, é indicado também evitar banhos muito quentes e demorados, pois estes podem retirar a camada de proteção da pele, deixando-a ressecada. O ideal é apostar em uma ducha rápida e com a temperatura da água morna. “Quem sofre com irritação e vermelhidão pode molhar o rosto com água fria de duas a três vezes seguidas para acalmar a pele e fazer com que volte ao tom normal”, recomenda.

- Para finalizar, cuide de sua pele novamente. É importante também realizar uma limpeza profunda na pele após os exercícios para remover as impurezas, desobstruir os poros, controlar a oleosidade e normalizar o pH da pele, já que o suor tem um pH ácido, o que pode ser agressivo ao tecido. “Assim como antes do exercício, a limpeza deve começar com o uso de soluções micelares ou sabonetes específicos para o seu tipo de pele. Após a limpeza, utilize um tônico adstringente para reequilibrar o pH e um cosmético hidratante para que o tecido possa se recuperar. Por fim, aplique o protetor solar, que sempre deve ser o último a ser passado na pele”, diz Valéria Marcondes. E lembre-se: lave o cabelo. “É melhor lavar o cabelo todo dia, do que deixar o suor no couro cabeludo”, finaliza.


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Porque a frequência cardíaca máxima diminui com a idade


Você já deve ter ouvido de seu cardiologista ou percebido isso na esteira de sua academia: quanto mais jovem você for, maior é a frequência de batimentos cardíacos que seu coração consegue aguentar. Mas você sabe por que, exatamente, isso acontece?

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, oferecem uma nova visão sobre a velha questão do porquê a frequência cardíaca máxima (também conhecida internacionalmente como “maxHR”) diminui com a idade. Esta diminuição não só limita o desempenho de atletas à medida que o tempo passa, mas também é uma das principais causas de admissão de idosos em casas de repouso. Essas pessoas estariam completamente saudáveis se não fosse seus corações, que acabam limitando suas atividades e minando a capacidade física necessária para uma vida independente.

O que significa essa “desaceleração”?

Todo mundo sabe que a capacidade aeróbica diminui com a idade. Voltamos à tabelinha que indica a sua frequência cardíaca máxima diminuindo à medida que você envelhece. Os corações mais velhos simplesmente não podem bater tão rápido quanto os mais jovens – uma pessoa idosa cujo batimento cardíaco está em 120 por minuto provavelmente está se esforçando mais do que uma pessoa mais jovem, cujo coração está batendo 150 vezes por minuto.

Um novo estudo realizado por um grupo liderado pelos pesquisadores Catherine Proenza e Roger Bannister relata que um dos motivos para a redução da frequência cardíaca máxima em razão da idade é que o envelhecimento enfraquece a atividade elétrica espontânea do “marcapasso natural” do coração: o nó sinoatrial.

Cientistas criam coração funcional de rato com células humanas
A dissertação de Eric Larson, pós-graduando do laboratório de Proenza, no Departamento de Fisiologia e Biofísica, é citada no artigo. Larson descreve que utilizou uma espécie de exame de eletrocardiograma em ratos conscientes e descobriu que a frequência cardíaca máxima era menor nos animais mais velhos, assim como o é em pessoas idosas. “Este resultado não foi inesperado, mas fato completamente novo foi que o maxHR mais lento dos ratos velhos se justificava porque as células marcapasso dos indivíduos – chamadas de miócitos sinoatriais, ou “SAMs”, na sigla em inglês – simplesmente não conseguiam bater tão rápido quanto os SAMs de ratos jovens”, explica.

Os pesquisadores gravaram os minúsculos sinais elétricos das células isoladas e descobriram que os SAMs de ratos velhos realmente batem mais devagar, mesmo quando as células são diretamente estimuladas. O índice mais baixo dos batimentos cardíacos acontece devido a um conjunto limitado de modificações na forma de onda do potencial de ação – o sinal elétrico que é gerado pelas células.

As modificações são provocadas pela alteração do comportamento de alguns canais de íons nas membranas das células mais velhas. Canais de íons são proteínas que conduzem a eletricidade através da membrana celular. Imagine um balão com furos minúsculos que se abrem e se fecham para deixar o ar entrar e sair – os canais iônicos são como esses buraquinhos.

Como a maioria das descobertas iniciais em ciência básica, este estudo abre o caminho para outras perguntas e diversas novas pesquisas. No entanto, ele já indica a possibilidade de que os canais de íons sinoatriais e as moléculas de sinalização que os regulam se tornem novos alvos de remédios que visam retardar a perda de capacidade aeróbica com o decorrer da idade.

Por fim, Proenza ressalta que, embora a frequência cardíaca máxima diminua para todos de forma igual, independentemente de condicionamento físico, as pessoas podem melhorar e manter a sua capacidade aeróbica em todas as idades por meio de exercícios físicos. [Medical Xpress]