sábado, 19 de outubro de 2019

O que determina se você realmente teve uma boa noite de sono


Os principais fatores que devemos observar para descobrir se o nosso descanso foi de qualidade ou não, segundo a ciência

“Dormiu bem hoje?”. De tão corriqueira na beira da cama, essa pergunta mal desperta nossa atenção. Mas já parou para pensar como, no fim das contas, é difícil responder com exatidão se uma noite de sono foi mais reparadora do que a anterior?

Caso nunca tenha refletido sobre o assunto, fique tranquilo: pesquisadores holandeses resolveram desvendar o mistério. Por duas semanas, eles registraram os relatos subjetivos sobre a qualidade do sono de 50 voluntários. Ao mesmo tempo, consolidaram os dados de um dispositivo eletrônico que, colocado no pulso das pessoas, estima a profundidade do descanso.

Divulgado no periódico Behavioral Sleep Medicine, o artigo científico que resultou dessa investigação destaca dois fatores essenciais para levarmos em conta na hora de definir se o sono foi bom ou não. São eles: o número de vezes que a pessoa acordou na madrugada e o total de minutos (ou horas) que passou de olhos abertos no meio da noite. Faz sentido, não?

E tem mais! Um relatório de janeiro deste ano, realizado pela Fundação Nacional do Sono, dos Estados Unidos, valeu-se da opinião de especialistas para apontar os principais indicativos de que um adulto está dormindo mal. São quatro:

Demorar mais de uma hora para cair no sono
Acordar (mesmo que brevemente) quatro ou mais vezes durante a noite
Passar menos de 74% do tempo deitado na cama dormindo
Ficar mais de 41 minutos acordado no meio da noite
E aí, identificou-se com algum dos itens? Quem sabe seja preciso pensar mais na qualidade do seu sono!

Fonte: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/o-que-determina-se-voce-realmente-teve-uma-boa-noite-de-sono/ - Por Giovana Feix - Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Gordura na cintura, e não IMC, indica risco de doenças cardíacas entre mulheres


Vários estudos têm indicado que a relação entre cintura e estatura indica risco cardiovascular e que a gordura abdominal interna é a mais perigosa para doenças do coração. A boa notícia é que é possível evitar a barriguinha da meia-idade.

Localização da gordura

Ao longo de anos, as mulheres têm ouvido e lido que o ganho de peso aumenta o risco de que elas venham a desenvolver doenças cardíacas.

Essa informação não estava precisa o suficiente - na verdade, pode-se até mesmo dizer que ela está, em alguma medida, incorreta.

Não é o ganho de peso que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, é a localização da gordura que importa, afirma uma equipe internacional de cientistas em um artigo recém-publicado pela revista médica Menopause.

A gordura abdominal representa o maior fator de risco cardiovascular - e não o índice geral de massa corporal (IMC), reforçam eles.

Risco cardíaco após a menopausa

Como a doença arterial coronariana (DAC) continua sendo a principal causa de morte no mundo, há uma tremenda atenção dada aos seus fatores de risco que são modificáveis.

O estrogênio protege o sistema cardiovascular das mulheres antes da menopausa, o que ajuda a explicar por que a incidência de DAC nas mulheres na pré-menopausa é menor do que nos homens. No entanto, como os níveis de estrogênio das mulheres diminuem durante e após a menopausa, a incidência de DAC em mulheres na pós-menopausa ultrapassa os homens com idades semelhantes.

A obesidade é conhecida há muito tempo como fator de risco para a DAC (doença arterial coronariana) porque ela causa disfunção das células endoteliais, resistência à insulina e aterosclerose coronariana, entre outros problemas. E a obesidade também é frequentemente acompanhada por outros fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e diabetes.

Médicos e cientistas têm anunciado há anos que a obesidade geral - geralmente definida pelo IMC - é um fator de risco primário. Mas poucos estudos tentaram comparar o efeito da obesidade geral versus a obesidade central, que é normalmente descrita pela circunferência da cintura ou pela razão entre cintura e quadril.

Obesidade na cintura

Os resultados deste novo estudo, com quase 700 mulheres, no entanto, demonstraram que a presença de DAC obstrutiva foi significativamente maior entre as mulheres com obesidade central - concentrada na cintura.

Nenhuma diferença significativa foi identificada com base no IMC, indicando que a obesidade geral não era um fator de risco para DAC obstrutiva. Esses resultados são especialmente relevantes para mulheres na pós-menopausa porque a menopausa causa uma alteração na distribuição de gordura corporal, especialmente na área abdominal.

"Os resultados deste estudo são consistentes com o que sabemos sobre os efeitos prejudiciais da obesidade central. Nem toda gordura é igual e a obesidade central é particularmente perigosa porque está associada com o risco de doenças cardíacas, a principal causa de morte de mulheres. Identificar mulheres com excesso de gordura abdominal, mesmo com um IMC normal, é importante para que as intervenções no estilo de vida possam ser implementadas," comentou a Dra. Stephanie Faubion, da Sociedade Norte-Americana de Menopausa, que publicou o artigo relatando a pesquisa.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=gordura-cintura-indica-risco-doencas-cardiacas&id=13660%22 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O novo guia de recomendações para prevenir doenças do coração


Entre as novidades, a Sociedade Brasileira de Cardiologia destaca a importância da espiritualidade e do meio ambiente na prevenção de doenças cardíacas

Acaba de ser lançada a versão atualizada da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O documento traz orientações voltadas especialmente aos profissionais para evitar doenças cardiovasculares. Segundo a entidade, elas serão a principal causa de morte no país em 20199.

A principal mensagem do documento é a de que manter um estilo de vida saudável é decisivo para conter a epidemia de panes cardíacas. Nas páginas, os autores ensinam aos médicos estratégias para abordar de maneira efetiva com seus pacientes tópicos como dieta, atividade física, tabagismo e obesidade.

Um dos novos aspectos abordados pela SBC é a espiritualidade como fator protetor do músculo cardíaco. “Segundo os estudos, pessoas com algum tipo de fé são mais resilientes e vivem melhor”, aponta Dalton Précoma, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia e um dos autores do documento.

“Esse grupo também costuma aderir ao tratamento e seguir as orientações médicas, o que ajuda a controlar doenças cardiovasculares”, completa Précoma.

Fatores ambientais
Outro destaque do documento é o papel da poluição ambiental e da falta de planejamento urbano na saúde do coração. Altos níveis de ruído, violência, falta de saneamento básico e poluição atmosférica favoreceriam o aparecimento de doenças crônicas e infecciosas, ligadas às panes cardíacas.

A SBC, aliás, demonstrou uma preocupação especial com a sujeira do ar. Os poluentes aumentam o estresse oxidativo nas células e as inflamações pelo corpo — o que contribui para o entupimento das artérias.

Vacinação
No mais, a diretriz reforça o consenso de que as vacinas, em especial a da gripe, ajudam a reduzir o risco de infarto em idosos e cardiopatas. Outro imunizante citado é o contra a bactéria pneumococo — que provoca pneumonia, entre outras coisas — para os portadores de doenças cardíacas.

Já a da febre amarela deve ser usada com cuidado entre os idosos com algum problema no coração. “Ela é feita com o vírus vivo atenuado. Por isso, pode oferecer riscos a pessoas com idade avançada”, destaca Précoma.

Sua aplicação só é recomendada quando o indivíduo estiver firme e forte. E se o número de casos na região estiver subindo.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-novo-guia-de-recomendacoes-para-prevenir-doencas-do-coracao/ - Por Chloé Pinheiro - Ilustração: Studio Nebulosa/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Orgulho de ser professor


     Convicto da importância do professor na educação de crianças e jovens, não apenas em 15 de outubro, mas em todos os dias do ano, gostaria de relatar em poucas palavras a minha trajetória como professor de educação física e a missão incansável de educar.

     Em 1976, quando estudava a 8ª série e praticava basquete no Colégio Estadual Murilo Braga, resolvi que iria fazer o vestibular para Educação Física e ser professor.

     Em janeiro de 1980, fiz o vestibular e fui aprovado. Era o início da concretização do sonho de ser professor. No mês de abril do mesmo ano, tive a oportunidade de ingressar no serviço público e, assim, dar aulas de educação física e basquete no Colégio Estadual Murilo Braga. No início da carreira, passei 5 anos estudando na UFS e ao mesmo tempo ensinando.

     Em 1988, insatisfeito com apenas um emprego, resolvi procurar o ex-colega da universidade e vice-diretor do Colégio Graccho, Abelardo Neto. Solicitei a ele um emprego como professor, e fui prontamente atendido. Ensinei basquete e no último ano de trabalho na escola lecionei aulas de educação física aos alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Dediquei 22 anos de minha vida aos alunos e à instituição, a qual sou eternamente grato pela acolhida.

     Em 1989, recebi o convite para ensinar basquete no Colégio Salesiano pelo coordenador Pedagógico Jairton Guimarães (Cobrinha), que já conhecia o meu trabalho através do CEMB e do Graccho. Também lecionei educação física do 5º ano do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio. Trabalhei 21 anos e aprendi muito como educador através do sistema preventivo de Dom Bosco.

     Tenho orgulho de ter trabalhado em dois dos melhores colégios do Estado, Graccho e Salesiano. Em ambos, pedi para ser demitido por motivos pessoais e fica aqui o meu agradecimento pelo respeito ao meu trabalho por mais de duas décadas.

     Em 1993, a Irmã Auxiliadora me fez o convite para lecionar no Colégio Dom Bosco, inicialmente o basquete e depois o voleibol. Atualmente, ensino educação física aos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

     Em 2009, senti a necessidade de criar um blog para divulgar meu trabalho nas escolas relacionado à educação física e ao esporte, envolvendo com meus alunos e ex-alunos. Posteriormente, comecei também a publicar conteúdos pesquisados na internet sobre educação, esporte, saúde, cultura e cidadania. O blog já está com 6 milhões de acessos, uma demonstração de dedicação, compromisso e responsabilidade para com minha carreira de professor e com as pessoas que confiam em mim.

     Tenho orgulho de ter sido campeão por todas as escolas que trabalhei nas diversas competições escolares de voleibol, handebol, futsal e, principalmente, do basquete.

      Em 28 de fevereiro de 2017, foi publicada a portaria no Diário Oficial da minha aposentadoria após 37 anos de trabalho no funcionalismo público estadual como professor de educação física do Colégio Estadual Murilo Braga. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários que fizeram parte da minha vida profissional neste período.

     Em janeiro de 2018, o diretor do Colégio O Saber, Everton Oliveira, ex-aluno do basquete do CEMB, convidou-me para dar aulas de educação física aos alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

     Em 02 de março de 2018, adquiri a concessão do INSS da minha aposentadoria após ter trabalhado como Professor de Educação Física por 30 anos nos Colégios Graccho Cardoso, Salesiano, Dom Bosco e O Saber. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários dos colégios onde trabalhei e que fizeram parte da minha vida profissional neste período.

     Que Deus, na sua infinita bondade, dê-me muita saúde e disposição para continuar trabalhando e contribuindo na formação integral dos alunos, como faço há mais de 39 anos e continuo lecionando nos Colégios Dom Bosco e O Saber. Trabalho esse realizado com respeito, dedicação e compromisso aos alunos e às instituições de ensino, sempre com Orgulho de ser Professor.

Foto criada no site Você na capa da Revista NOVA ESCOLA


Por Professor José Costa

domingo, 13 de outubro de 2019

6 distúrbios que podem afetar seu sono – e como lidar com eles


Quanto mais os benefícios do sono são aclamados pela ciência, mais devemos prestar atenção à qualidade dele

Entre análises feitas em 2007 e 2017, foi possível verificar um aumento – de 38% para impactantes 69% – na fatia da população brasileira que sofre com a apneia do sono. Os levantamentos foram realizados pelo Instituto do Sono, de São Paulo – que também comprovou que são muitas as pessoas que atualmente sofrem com a insônia.

Quanto mais os benefícios do sono são comprovados (e aclamados!) pela ciência, mais precisamos dar atenção aos distúrbios que impedem ou dificultam o ato de dormir. Os dois males mencionados acima, aliás, são só alguns exemplos dentre os tantos que podem prejudicar nosso descanso. Entenda, logo abaixo, como funcionam e quais são os principais tratamentos para alguns deles.

Apneia do sono
Definição
Trata-se da obstrução total ou parcial do fluxo de ar na garganta enquanto se dorme, o que não deixa o sono ser reparador.
Sintomas
A pessoa sente cansaço e sonolência de dia. Quem dorme ao lado é acordado frequentemente pelos roncos.
Causas
O principal fator é a obesidade. O excesso de peso faz a língua ficar maior e mais pesada – daí ela cai em direção à faringe e fecha a passagem.
Riscos
Vários estudos comprovam a relação da apneia com a maior propensão a problemas cardiovasculares e neurológicos.
Diagnóstico
Feito pela polissonografia. É preciso ficar a noite no laboratório com equipamentos que medem diversos parâmetros.
Tratamento
O CPAP, um aparelho que joga uma corrente de ar pela boca, é o principal. Mas há casos que pedem de aparelhos bucais a cirurgias.

Insônia
Definição
É a dificuldade de pegar no sono ou permanecer desligado. Há aqueles que despertam antes da hora.
Sintomas
Cansaço extremo, falta de foco, irritabilidade, lentidão e dor de cabeça e no corpo por vários dias seguidos.
Causas
São as mais diversas possíveis. A condição pode estar relacionada a maus hábitos no período noturno ou transtornos de ansiedade.
Riscos
A baixa concentração causa acidentes no trabalho e nas vias públicas. A insônia ainda levaria a doenças respiratórias e cardíacas.
Diagnóstico
O médico flagra essa encrenca na consulta, por meio de um questionário simples. Em alguns casos, é preciso recorrer à polissonografia.
Tratamento
A terapia cognitivo-comportamental vai ajudar o indivíduo a reorganizar seus hábitos. Remédios também podem ser prescritos.

Outros transtornos que abalam o sono

Narcolepsia
Está por trás de uma sonolência incontrolável. Quem tem a condição perde a força num segundo e simplesmente apaga.

Bruxismo
É o aperto involuntário dos dentes. Geralmente se acorda com dor na mandíbula. Além disso, a dentição fica bem desgastada.

Sonambulismo
Falas desconexas e movimentos são realizados sem consciência. Comum na infância, tende a desaparecer com o tempo.

Pernas inquietas
Necessidade irresistível de movimentar os membros inferiores para aliviar uma sensação desagradável que não deixa dormir de jeito nenhum.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/6-disturbios-que-podem-afetar-seu-sono-e-como-lidar-com-eles/ - Por André Biernath - Ilustração: Pedro Piccinini/SAÚDE é Vital