Especialistas afirmam que as noites em claro são sintomas ocasionados por doenças adquiridas, como depressão, ansiedade e apneia do sono, as quais devem ser tratadas
A insônia é o distúrbio de sono mais comum entre
adultos, apesar de afetar todas as faixas etárias, e a Organização Mundial da
Saúde aponta que 40% da população brasileira sofrem com esse problema. Segundo
André Lima, neurologista e membro da Academia Brasileira de Neurologia, a
insônia é um sintoma ocasionado por doenças adquiridas, como a depressão, a
ansiedade e a apneia do sono (causada pelo ronco).
O fonoaudiólogo Bruno Dutra, especialista em sono e
ronco, explica que, ao contrário do que muitos pensam, o que caracteriza a
insônia não é apenas a falta do sono, mas a má qualidade do descanso. Em muitos
casos, o sujeito está extremamente cansado, seu corpo e mente “gritam” pelo
descanso, mas ainda assim não conseguem adormecer, ou quando conseguem, acordam
ainda mais cansados. Durante a pandemia, o distúrbio tem se agravado entre os
indivíduos por conta das mudanças nas rotinas, o isolamento social e, até
mesmo, o home office.
Quais as causas da insônia?
De acordo com Dutra, as causas da insônia podem ser
orgânicas ou psíquicas. A disfunção orgânica pode estar associada a distúrbios
hormonais, hipertireoidismo, menopausa, doenças auditivas (zumbido), patologias
obstrutivas (roncos e apneias), adenóides, distúrbios alimentares (excesso de
cafeína, alimentação rica em carboidratos e gorduras), entre outros. Já as
causas psíquicas são responsáveis por mais de 70% dos casos de insônia. Entre
as principais:
Estresse
Ansiedade
Pensamentos Acelerados
Pânico
Perfeccionismo
Depressão
Tristeza
Luto
Quais são os sintomas da insônia?
O neurologista André Lima aponta que, para identificar
a insônia, cada pessoa tem que avaliar se os episódios de falta de sono estão
sendo muito frequentes, se acorda cansada na parte da manhã e se apresenta
sonolência durante o dia. Os sintomas variam de indivíduo para indivíduo.
Em complemento, o fonoaudiólogo Bruno Dutra explica que
existem dois tipos de insônia: as transitórias e as crônicas. As transitórias
acontecem normalmente por um fator conhecido, normalmente com causa psíquica.
Já as crônicas são aquelas que perduram por dias, meses e até anos. Alguns
inicialmente percebem mudanças na rotina do sono, que persistem e evoluem para
uma resistência em ir para a cama. Outros apresentam uma inquietação quando
deitam, alguns desenvolvem a síndrome das pernas inquietas e, em casos mais
graves, crises de pânico e ansiedade que podem se apresentar com palpitação,
tremor e crises de choro.
O agravamento ultrapassa a noite e se prolonga pelo
dia, gerando mau humor, impaciência, dificuldade de concentração e sensação de
esgotamento. Essa repetição pode comprometer o sistema de defesa do organismo
humano e ocasionar problemas emocionais, atrapalhar relacionamentos, bem como
atividade profissional e escolar.
Bebês podem ter insônia?
Sempre que uma criança muito pequena apresenta
problemas no sono, é importante investigar se não está com problema físico que
a impeça de respirar de forma adequada, algum desconforto digestivo que
provoque dores abdominais ou até problemas neurológicos. Normalmente, em uma
criança saudável, é importante investigar como está sendo seu dia a dia, ou
seja, se fica acordada até muito tarde, se dorme muito durante o dia, qual o
tipo de alimentação, entre outros pontos. Bebês precisam de rotina fixa e que o
horário de dormir seja de tranquilidade e relaxamento.
Qual o médico cuida do sono e quando procurá-lo?
É importante procurar um neurologista assim que o
problema começar a afetar o dia a dia do paciente. Feita uma avaliação e
descobrindo a causa do problema, a pessoa pode iniciar um tratamento
multidisciplinar para combater a insônia, dependendo da origem.
Fonte: https://oglobo.globo.com/saude/medicina/insonia-veja-causas-sintomas-tratamentos-25167712?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo
- O Globo - Foto: Canva
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Hebreus 11:1