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terça-feira, 27 de setembro de 2022

Doenças do coração: 3 estratégias para manter-se saudável


Descubra como adotar alguns hábitos simples para manter a saúde cardiovascular em dia

 

Não é novidade que as doenças do coração oferecem um grande risco de vida para os pacientes. De acordo com dados divulgados pela OMS (Organização Mundial de Saúde), os problemas de origem cardiovascular são as principais causas de morte entre humanos no mundo. Dessa forma, representam 16% do total de óbitos no planeta. E uma forma de amenizar esse quadro é a prevenção.

 

As doenças do coração, em sua maioria, estão diretamente ligadas a outros males, como obesidade, má alimentação e sedentarismo. Ou seja, na verdade, é uma péssima consequência do mundo atual. Afinal, pessoas com pouco tempo e muitas obrigações acabam sucateando a alimentação e deixando de praticar atividades físicas. Sendo assim, tornam-se sedentárias e começam a ficar acima do peso. Cenário perfeito para o aparecimento de hipertensão, diabetes e problemas cardíacos.

 

Para preservar a saúde contra esse problema não há outra saída. É preciso transformar o estilo de vida. Dra. Aline Lamaita, cirurgiã vascular membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, e a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia nos ajudaram a explicar melhor os três pilares para uma boa saúde vascular. Confira:

 

Como prevenir as doenças do coração

1 – ALIMENTAÇÃO

Os alimentos, quando bem selecionados, podem ser verdadeiras fontes naturais de saúde. De acordo com a Dra. Lamaita, em uma dieta balanceada é possível encontrar vitamina C, flavonoides, polifenóis e antocianinas. Ótimos aliados contra as doenças cardiovasculares. “Esses componentes têm importante atuação antioxidante e são capazes de reduzir o colesterol. Quando comemos a fruta, é melhor ainda, pois as fibras do bagaço atuam para evitar o depósito de gordura nas artérias. Além disso, a hesperidina favorece o revestimento interno dos vasos e ajuda na circulação”, diz a médica.

Outros alimentos, como beterraba, gengibre, alecrim e até mesmo chocolate amargo também podem auxiliar a preservação a saúde vascular. “O chocolate com, no mínimo, 70% de cacau tem efeitos anti-inflamatórios, propriedades antioxidantes, atividades antiplaquetárias, com melhora da função vascular. Ele atua contra os danos no DNA celular, tem ação vasodilatadora e previne a formação de placa de gordura dentro das artérias”, explica.

Já a Dra. Marcella Garcez alerta para os vilões da dieta. De acordo com a especialista é preciso tomar cuidado com o sal presente em alimentos industrializados. “Quando se fala em sódio, as pessoas automaticamente pensam em salgados e, em boa parte da população, o consumo excessivo está nos doces e produtos industrializados”, afirma. “O sal favorece a retenção de líquidos, provoca inchaço e aumenta a pressão sobre os vasos sanguíneos”, completa.

 

2 – ATIVIDADES FÍSICAS

A prática regular de atividades físicas, além de incentivar uma melhor circulação do sangue, também vai ajudar a prevenir causas de problemas vasculares. Aumentar o gasto calórico com exercícios é um grande aliado para o controle do peso e o combate ao sedentarismo. Junto com a alimentação adequada, eles são responsáveis diretos por evitar a obesidade e melhorar a saúde por completo.

A escolha do esporte é pessoal e deve ser algo gostoso de fazer. Vale lembrar também que é importante respeitar os limites do organismo e ir com calma, principalmente para quem se encontra em estado de sedentarismo total. “Nos momentos de descanso, o paciente pode manter as pernas elevadas para facilitar o retorno venoso”, recomenda a Dra. Lamaita.

 

3 – BOM SONO REDUZ CHANCES DE DOENÇA CARDÍACA

Dormir pouco pode ser o erro da maioria das pessoas que buscam uma saúde melhor. É durante o sono que o corpo se recupera dos desgastes físicos e mentais do período ativo. “Dormir oito horas por dia é indispensável. Além de ajudar a manter a massa magra e regenerar as fibras musculares, o nosso organismo precisa desse descanso reparador para a manutenção das respostas imunes”, conta a Dra. Garcez.

“O ideal é dormir entre sete e oito horas de forma consistente. Fugir desses valores é colocar a saúde em risco. Temos evidências extensas de que dormir cinco horas ou menos aumenta consistentemente o risco de condições adversas à saúde, como doenças cardiovasculares e até pode diminuir a longevidade”, completa a Dra. Lamaita.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/doencas-cardiacas-3-estrategias-para-manter-o-coracao-saudavel.phtml - By Redação / Foto: Shutterstock

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Gordura na cintura, e não IMC, indica risco de doenças cardíacas entre mulheres


Vários estudos têm indicado que a relação entre cintura e estatura indica risco cardiovascular e que a gordura abdominal interna é a mais perigosa para doenças do coração. A boa notícia é que é possível evitar a barriguinha da meia-idade.

Localização da gordura

Ao longo de anos, as mulheres têm ouvido e lido que o ganho de peso aumenta o risco de que elas venham a desenvolver doenças cardíacas.

Essa informação não estava precisa o suficiente - na verdade, pode-se até mesmo dizer que ela está, em alguma medida, incorreta.

Não é o ganho de peso que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, é a localização da gordura que importa, afirma uma equipe internacional de cientistas em um artigo recém-publicado pela revista médica Menopause.

A gordura abdominal representa o maior fator de risco cardiovascular - e não o índice geral de massa corporal (IMC), reforçam eles.

Risco cardíaco após a menopausa

Como a doença arterial coronariana (DAC) continua sendo a principal causa de morte no mundo, há uma tremenda atenção dada aos seus fatores de risco que são modificáveis.

O estrogênio protege o sistema cardiovascular das mulheres antes da menopausa, o que ajuda a explicar por que a incidência de DAC nas mulheres na pré-menopausa é menor do que nos homens. No entanto, como os níveis de estrogênio das mulheres diminuem durante e após a menopausa, a incidência de DAC em mulheres na pós-menopausa ultrapassa os homens com idades semelhantes.

A obesidade é conhecida há muito tempo como fator de risco para a DAC (doença arterial coronariana) porque ela causa disfunção das células endoteliais, resistência à insulina e aterosclerose coronariana, entre outros problemas. E a obesidade também é frequentemente acompanhada por outros fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e diabetes.

Médicos e cientistas têm anunciado há anos que a obesidade geral - geralmente definida pelo IMC - é um fator de risco primário. Mas poucos estudos tentaram comparar o efeito da obesidade geral versus a obesidade central, que é normalmente descrita pela circunferência da cintura ou pela razão entre cintura e quadril.

Obesidade na cintura

Os resultados deste novo estudo, com quase 700 mulheres, no entanto, demonstraram que a presença de DAC obstrutiva foi significativamente maior entre as mulheres com obesidade central - concentrada na cintura.

Nenhuma diferença significativa foi identificada com base no IMC, indicando que a obesidade geral não era um fator de risco para DAC obstrutiva. Esses resultados são especialmente relevantes para mulheres na pós-menopausa porque a menopausa causa uma alteração na distribuição de gordura corporal, especialmente na área abdominal.

"Os resultados deste estudo são consistentes com o que sabemos sobre os efeitos prejudiciais da obesidade central. Nem toda gordura é igual e a obesidade central é particularmente perigosa porque está associada com o risco de doenças cardíacas, a principal causa de morte de mulheres. Identificar mulheres com excesso de gordura abdominal, mesmo com um IMC normal, é importante para que as intervenções no estilo de vida possam ser implementadas," comentou a Dra. Stephanie Faubion, da Sociedade Norte-Americana de Menopausa, que publicou o artigo relatando a pesquisa.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=gordura-cintura-indica-risco-doencas-cardiacas&id=13660%22 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O novo guia de recomendações para prevenir doenças do coração


Entre as novidades, a Sociedade Brasileira de Cardiologia destaca a importância da espiritualidade e do meio ambiente na prevenção de doenças cardíacas

Acaba de ser lançada a versão atualizada da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O documento traz orientações voltadas especialmente aos profissionais para evitar doenças cardiovasculares. Segundo a entidade, elas serão a principal causa de morte no país em 20199.

A principal mensagem do documento é a de que manter um estilo de vida saudável é decisivo para conter a epidemia de panes cardíacas. Nas páginas, os autores ensinam aos médicos estratégias para abordar de maneira efetiva com seus pacientes tópicos como dieta, atividade física, tabagismo e obesidade.

Um dos novos aspectos abordados pela SBC é a espiritualidade como fator protetor do músculo cardíaco. “Segundo os estudos, pessoas com algum tipo de fé são mais resilientes e vivem melhor”, aponta Dalton Précoma, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia e um dos autores do documento.

“Esse grupo também costuma aderir ao tratamento e seguir as orientações médicas, o que ajuda a controlar doenças cardiovasculares”, completa Précoma.

Fatores ambientais
Outro destaque do documento é o papel da poluição ambiental e da falta de planejamento urbano na saúde do coração. Altos níveis de ruído, violência, falta de saneamento básico e poluição atmosférica favoreceriam o aparecimento de doenças crônicas e infecciosas, ligadas às panes cardíacas.

A SBC, aliás, demonstrou uma preocupação especial com a sujeira do ar. Os poluentes aumentam o estresse oxidativo nas células e as inflamações pelo corpo — o que contribui para o entupimento das artérias.

Vacinação
No mais, a diretriz reforça o consenso de que as vacinas, em especial a da gripe, ajudam a reduzir o risco de infarto em idosos e cardiopatas. Outro imunizante citado é o contra a bactéria pneumococo — que provoca pneumonia, entre outras coisas — para os portadores de doenças cardíacas.

Já a da febre amarela deve ser usada com cuidado entre os idosos com algum problema no coração. “Ela é feita com o vírus vivo atenuado. Por isso, pode oferecer riscos a pessoas com idade avançada”, destaca Précoma.

Sua aplicação só é recomendada quando o indivíduo estiver firme e forte. E se o número de casos na região estiver subindo.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-novo-guia-de-recomendacoes-para-prevenir-doencas-do-coracao/ - Por Chloé Pinheiro - Ilustração: Studio Nebulosa/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

5 dicas para as mulheres evitarem doenças cardíacas

As chances de você morrer de doença cardíaca são altas, visto que essa é a condição mais mortal do mundo todo, de acordo com a OMS.

Aqui no Brasil, doenças cardíacas representam 29% dos óbitos, e só nos primeiros dias de 2016 elas já mataram mais de 10 mil pessoas. A estimativa é do Cardiômetro, uma ferramenta de alerta que a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) inaugurou no final do ano passado.

Para as mulheres, a condição pode ser ainda mais problemática, porque seus sintomas podem ser diferentes dos sintomas vistos pelos homens. A boa notícia é que existem algumas coisas que elas podem fazer para evitar tornar-se mais uma triste estatística.

Durma bem
A maioria das pessoas precisa de sete a oito horas de sono por noite para estar bem descansado.
Durante o sono, seu cérebro fortalece sua memória, seu coração e seu sistema vascular conseguem fazer uma pausa, sua pressão arterial e frequência cardíaca abrandam. Se você não dorme o suficiente, seu corpo produz constantemente adrenalina e hormônios de estresse para mantê-lo acordado. Isso significa que sua pressão arterial e frequência cardíaca não diminuem, e isso machuca seu coração. Seu corpo adormecido também produz citocinas, o que ajuda a combater infecções e inflamações crônicas.
Estudos mostram que dormir mal – menos do que seis horas – prejudica mais mulheres do que homens. Sono ruim também pode agravar os sintomas de depressão e aumentar o risco de ataques cardíacos.

Mantenha-se ativa (incluindo sexo)
Qualquer tipo de exercício é essencial para o seu coração, incluindo o sexo. De acordo com a cardiologista Dra. Deidre Mattina, da organização de saúde Henry Ford Health System, nos EUA, o ideal é obter pelo menos 30 minutos diários de exercício físico de intensidade moderada de qualquer tipo – vale até uma simples caminhada.
O exercício físico reduz a pressão arterial, ajuda a perder peso, aumenta o colesterol bom, reduz o colesterol ruim e aumenta a sensibilidade à insulina.
Estar acima do peso faz mal para o coração. Se você tiver que perder muitos quilos, mude seu objetivo para 60 a 90 minutos de exercício por dia, conforme sugere a Dra. Carol Ma, cardiologista do Florida Hospital em Orlando, nos EUA.
Como dissemos acima, sexo conta como atividade. Além dele, chocolate e café, com moderação, também são bons para aliviar o estresse, e logo fazem bem ao coração.

Tome um copo de álcool por dia e coma bem
A Dra. Mattina sugere um copo de bebida alcoólica por dia para manter o coração saudável. Não precisa ser vinho tinto – de fato, ele tem antioxidantes saudáveis, mas qualquer bebida pode aumentar os níveis de colesterol bom e limitar danos às artérias. O álcool também pode ajudá-lo a relaxar.
O importante é não exagerar. No caso da cerveja, 350 ml bastam. Vinho, 120 ml. Bebidas destiladas mais fracas, 45 ml, ou 30 ml para as mais fortes.
Comer alimentos saudáveis também é essencial; diminua o açúcar refinado, sal e gordura e invista em frutas e legumes. A Dra. Ma ainda indica uma dieta rica em ácidos graxos ômega-3, como o que você encontra em peixes. Se você está à procura de sugestões, a dieta mediterrânea é particularmente boa para o coração.

Pare de fumar
Este é o item mais importante da lista. A Dra. Mattina disse que quando vê uma paciente jovem que teve um ataque cardíaco, 90% são fumantes. Esse é um fato pouco conhecido, mas a maioria dos fumantes morre de doenças do coração muito antes de ter câncer de pulmão.
Fumar pode criar coágulos sanguíneos, diminuir os níveis de colesterol bom, tornar mais difícil para a pessoa se exercitar fisicamente e elevar a pressão arterial temporariamente. Nada disso é bom para o coração.

Faça exames regularmente
Fazer exames com uma certa regularidade pode evitar problemas futuros. Com que frequência ou que tipos de exames são coisas que dependem de sua idade, o quanto você se exercita, sua dieta e histórico familiar (se seus pais ou irmãos têm problemas de coração, você está em maior risco).
A Associação Americana do Coração sugere que todos iniciem o monitoramento de sua saúde cardíaca aos 20, checando pressão arterial, peso e níveis de colesterol e triglicérides.
Se você quiser uma verificação mais abrangente, pode checar IMC, circunferência da cintura, atividade elétrica em seu coração, perfis lipídicos e fazer testes da espessura média da íntima-média da artéria carótida (que procuram sinais precoces de doenças cardíacas, como endurecimento das artérias).
Pressão arterial elevada aumenta sua chance de ter problemas cardíacos. Se a sua pressão estiver acima de 120/80 mmHg, faça exames com maior frequência. Além disso, tente controlá-la com medicamentos ou mudanças de estilo de vida.
A partir dos 45 anos, verifique também os níveis de glicose no sangue. Se estiverem altos – um sinal de diabetes tipo 2 -, isso pode levar a doenças cardíacas e acidente vascular cerebral.
Para as mulheres, é especialmente importante conhecer os sinais de problema de coração, pois eles podem ser diferentes dos vistos nos homens.
A clássica dor no peito é comum em ambos os sexos, mas nem todas as mulheres a sentem. Elas podem ter uma sensação ruim em seu pescoço ou mandíbula, palpitações, fraqueza, fadiga, medo – ou ainda sintomas que podem ser confundidos com doenças gastrointestinais, incluindo náuseas, vômitos e indigestão.
Vale lembrar que qualquer atraso no tratamento reduz significativamente as chances de sobrevivência. Se estiver com algum sintoma preocupante, procure imediatamente um médico. [CNNRHB]