quinta-feira, 6 de julho de 2023

Anda treinando muito? Entenda os perigos do overtraining


Respeitar o tempo de descanso é válido para uma boa performance

 

Dedicação, foco e renúncias em prol de uma alimentação saudável é o “trio” de condições para que um atleta se garanta dentro do treino ou competição. Dessa maneira, um competidor começa a evoluir e pensa que tudo que se deve fazer precisa ser deixado no seu circuito. No entanto, o cuidado para não entrar em overtraining precisa ser constante.

 

Efeitos do overtraining

“Muita gente acha que quanto mais treino melhor, mas assim como sedentarismo, a atividade física em excesso também pode causar inúmeros prejuízos, principalmente se a pessoa chega ao overtraining”, explica José Corbini, personal trainer e sócio do aplicativo Personal Virtual.

 

Corbini cita que o overtraining é o momento em que ocorre a perda de performance de uma pessoa devido ao treinamento excessivo, sem nenhum descanso adequado, com grande volume e intensidade, o que atrapalham a recuperação do corpo.

 

“Esse processo é caracterizado pela diminuição de rendimento nos treinos, mas também pode causar sintomas físicos, cognitivos, fisiológicos e até mesmo psicológicos”, sintetiza o personal trainer.

 

Assim, o “primeiro passo” é cumprir com aquilo que foi montado por um profissional de educação física. “Quando um professor vai elaborar um treino, leva diversos fatores em consideração. Como objetivo, rotina e o descanso deve estar nessa periodização, conforme a necessidade de cada um”, afirma José.

 

“É claro que dar um feedback para os profissionais que te acompanham é importante. Afinal, há fases em que estamos mais atarefados no trabalho ou em casa. E o cansaço pode ser mais intenso, contribuindo para a diminuição de rendimento em outras tarefas, como a academia”, acrescenta.

 

Outros perigos

“Dependendo dos sintomas, não somente o treino pode se comprometer, como também a vida pessoal e profissional”, detalha. Além disso, os riscos do overtraining prejudicam o sono, o humor e até a imunidade.

 

“Nos casos mais graves, pode ocorrer até mesmo a interrupção dos exercícios físicos e até mesmo de competições, até que a situação se ameniza. O quadro de overtraining é reversível quando não traz consequências graves. Como lesões ou alterações hormonais, por isso é importante ter acompanhamento profissional. Que envolve personal trainer, nutricionista e até mesmo fisioterapeuta e médico do esporte, em níveis mais avançados”, finaliza José Corbini.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/anda-treinando-muito-entenda-os-perigos-do-overtraining/ - By Guilherme Faber - Shutterstock

quarta-feira, 5 de julho de 2023

As pessoas gastam 1/6 do seu tempo de vida tentando melhorar a aparência


Tempo para aumentar a beleza

 

Uma equipe internacional, congregando 188 pesquisadores de todo o mundo, conduziu o maior estudo intercultural já feito até hoje sobre comportamentos voltados para melhorar a própria aparência.

 

Eles entrevistaram mais de 93.000 pessoas em 93 países, questionando sobre a quantidade de tempo que gastam todos os dias melhorando sua aparência física.

 

Os resultados mostram que as pessoas gastam uma média de quatro horas por dia para realçar sua beleza.

 

E não aponte seus olhos acusadores para as mulheres: Cuidar da aparência não depende do gênero, e as pessoas mais velhas se preocupam tanto em ter uma boa aparência quanto as jovens.

 

De modo um tanto inesperado, o preditor mais forte de comportamentos de aumento de atratividade parece ser o uso das mídias sociais, que envolve justamente "encontros virtuais", ou seja, sem encontros cara a cara.

 

Por que as pessoas querem parecer mais bonitas?

 

Os pesquisadores estavam tentando validar várias teorias que tentam explicar porque as pessoas querem parecer mais bonitas. Essas explicações vão desde a teoria evolucionária, que diz que as pessoas querem ficar mais bonitas para tentar "acasalar" com parceiros mais saudáveis, até a hipótese patogênica, que diz que pessoas com histórico de doenças querem disfarçar seus sintomas.

 

Os dados não validaram nenhuma das teorias.

 

Mas o tempo gasto para tentar aumentar a atratividade física impressionou: 4 horas é um sexto do dia, e cerca de metade do tempo que uma pessoa normalmente passa dormindo.

 

Além de maquiar-se, pentear-se e escolher roupas, esses comportamentos incluem cuidar da higiene corporal, praticar exercícios ou seguir uma dieta específica com o objetivo de melhorar a aparência - em vez de cuidar da saúde, por exemplo.

 

Pessoas em relacionamentos românticos iniciais tendem a gastar mais tempo melhorando sua aparência em comparação com aqueles que são casados ou namoram há algum tempo. E as pessoas mais velhas gastam tanto tempo quanto as mais jovens buscando aumentar sua atratividade física.

 

O inesperado foi que o uso de mídias sociais parece ser o preditor mais forte de comportamentos de autoembelezamento. Os usuários mais ativos de mídia social - em particular, aqueles que ficam preocupados quando suas fotos recebem menos curtidas - investem mais tempo em melhorar sua aparência do que aqueles que passam menos ou nenhum tempo nas redes sociais.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Predictors of enhancing human physical attractiveness: Data from 93 countries

Autores: Marta Kowal et al.

Publicação: Evolution and Human Behavior

Vol.: 43, Issue 6, Pages 455-474

DOI: 10.1016/j.evolhumbehav.2022.08.003

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=as-pessoas-gastam-1-6-seu-tempo-vida-tentando-melhorar-aparencia&id=15817 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: kinkates/Pixabay

terça-feira, 4 de julho de 2023

Atividade física aumenta tolerância à dor

 


Exercite-se contra dor

 

Pessoas fisicamente ativas têm maior tolerância à dor do que as sedentárias. Mais do que isso, quanto mais elevado é o nível de atividade física, maior é o nível de tolerância à dor.

 

Foi o que comprovaram Anders Arnes e colegas da Universidade Norte da Noruega, que analisaram dados de mais de 10.000 adultos, um número muito superior ao dos estudos anteriores que analisaram o tema.

 

Os dados confirmam a hipótese de que o hábito de praticar um nível mais alto de atividade física ajuda a aliviar ou prevenir a dor crônica por aumentar a tolerância à dor.

 

A análise mostrou que permanecer fisicamente ativo, tornar-se ativo ou aumentar a atividade física está associado a uma maior tolerância à dor.

 

Os pesquisadores destacam que aumentar a atividade física pode ser uma estratégia válida para aliviar ou evitar a dor crônica, embora se saiba também que é muito difícil convencer pacientes com dores persistentes a se exercitarem.

 

"Tornar-se ou permanecer fisicamente ativo ao longo do tempo pode beneficiar sua tolerância à dor. Faça o que fizer, o mais importante é que você faça algo," concluiu a equipe.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Longitudinal relationships between habitual physical activity and pain tolerance in the general population

Autores: Anders Pedersen Arnes, Christopher Sievert Nielsen, Audun Stubhaug, Mats Kirkeby Fjeld, Aslak Johansen, Bente Morseth, Bjorn Heine Strand, Tom Wilsgaard, Ólof Anna Steingrímsdóttir

Publicação: PLoS ONE

Vol.: 18(5): e0285041

DOI: 10.1371/journal.pone.0285041

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=atividade-fisica-aumenta-tolerancia-dor&id=15976 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Tohoku University


segunda-feira, 3 de julho de 2023

Comidas não saudáveis prejudicam o sono profundo


Comida e sono

 

Vários estudos epidemiológicos demonstraram que o que comemos está associado a alterações no nosso sono. No entanto, poucos estudos investigaram como a própria dieta afeta diretamente o sono.

 

O pesquisador brasileiro Luiz Eduardo Brandão, atualmente fazendo pesquisas na Universidade de Uppsala (Suécia), teve então uma ideia inusitada: Colocar cada participante individual para comer diferentes dietas em ordem aleatória, e então medir a qualidade do seu sono.

 

Os resultados foram conclusivos: Uma dieta não saudável piorou significativamente a qualidade do sono profundo dos voluntários, em comparação com quando eles seguiam a dieta mais saudável.

 

As duas dietas continham o mesmo número de calorias, ajustadas às necessidades diárias de cada indivíduo. Entre outras coisas, a dieta não saudável continha um maior teor de açúcar e gordura saturada e mais alimentos processados. Cada dieta foi consumida por uma semana, e os horários de sono, atividade e refeição dos participantes foram monitorados individualmente em um laboratório do sono.

 

Problemas no sono profundo

 

Nas duas dietas, os participantes passaram a mesma quantidade de tempo nas diferentes fases do sono, mas a equipe se concentrou em analisar a qualidade do sono profundo, mais especificamente a atividade das ondas lentas, uma medida que pode refletir o quão restaurador é o sono profundo.

 

"Curiosamente, vimos que o sono profundo apresentou menos atividade de ondas lentas quando os participantes comeram junk food, em comparação com o consumo de alimentos mais saudáveis. Esse efeito também durou uma segunda noite, quando mudamos os participantes para uma dieta idêntica. Essencialmente, a dieta pouco saudável resultou em um sono profundo mais superficial.

 

"É importante observar que mudanças semelhantes no sono ocorrem com o envelhecimento e em condições como a insônia. Pode-se supor, do ponto de vista do sono, que potencialmente deveria ser atribuída maior importância à dieta nessas condições," disse o professor Jonathan Cedernaes, que orientou a pesquisa.

 

Checagem com arto científico:

 

Artigo: Exposure to a more unhealthy diet impacts sleep microstructure during normal sleep and recovery sleep: A randomized trial.

Autores: Luiz Eduardo Mateus Brandão, Alexandru Popa, Erasmus Cedernaes, Christopher Cedernaes, Lauri Lampola, Jonathan Cedernaes

Publicação: Obesity

DOI: 10.1002/oby.23787

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=comidas-nao-saudaveis-prejudicam-sono-profundo&id=15973 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Jonathan Cedernaes

domingo, 2 de julho de 2023

Doenças respiratórias são mais frequentes no inverno; entenda o motivo


As baixas temperaturas e o clima seco aumentam os casos de doenças respiratórias nesta época do ano. Saiba como prevenir

 

O inverno é a estação do ano que causa mais preocupação com a imunidade e a saúde. Isso porque diversas doenças respiratórias se tornam mais frequentes, como gripe, resfriado, rinite alérgica, asma, bronquiolite e pneumonia.

 

Isso ocorre porque o tempo seco e a instabilidade climática acabam favorecendo a disseminação de doenças virais e o desencadeamento das crises alérgicas, explica a otorrinolaringologista Dra. Renata Moura.

 

Segundo ela, nesta época do ano é importante evitar ambientes fechados e aglomerados, principalmente bebês e idosos, que são as faixas etárias mais propensas a essas enfermidades.

 

Doenças respiratórias mais frequentes no inverno

O resfriado e a gripe são as doenças mais comuns no inverno, indica Renata. As duas são causadas por vírus, mas a gripe causa um quadro mais grave e duradouro que o resfriado. Em ambos os casos também, é comum a presença de tosse, fraqueza, congestão nasal, espirro e coriza. No entanto, apenas a gripe evolui com febre e dor de cabeça.

 

Se esse quadro não receber o tratamento adequado, pode evoluir com uma infecção bacteriana secundária, como sinusite, otite ou pneumonia, alerta a especialista.        

 

No caso de bebês, o cuidado maior deve ser com o Vírus Sincicial Respiratório, causador da bronquiolite, que provoca tosse, febre, chiado no peito e respiração rápida. Além disso, as rinites também se intensificam porque alguns quadros pioram com a variação da temperatura, causando congestão nasal importante, espirro, coriza e tosse.

 

A otorrinolaringologista alerta ainda para o caso da asma, doença crônica dos pulmões, que causa um estreitamento da via respiratória e produção de muco. Se o paciente não estiver com o quadro sob controle, haverá tosse, chiado no peito e falta de ar.

 

Renata lembra que os pacientes que apresentam rinite e asma podem e devem fazer o controle das doenças. Em alguns casos, é recomendável fazer tratamento e acompanhamentos preventivos durante o outono e inverno.

 

Como evitar essas enfermidades

A médica enumera algumas dicas para se evitar a transmissão dessas doenças respiratórias. Confira:

 

1 – Beba bastante água, pois a hidratação melhora a atuação do sistema imunológico, combate a febre e deixa a secreção mais fluida, facilitando a eliminação. Além disso, melhora a absorção dos nutrientes importantes para a recuperação.

 

2- Tenha uma alimentação de qualidade, o que ajuda o sistema imunológico a se fortalecer, evitando a piora do quadro clínico;

 

3 – Faça repouso, e durma pelo menos de 7 à 9 horas, além de evitar atividade física para que a energia gerada no organismo sirva apenas para recuperação da doença;

 

4 – Faça lavagem nasal, pois, além de hidratar a mucosa, ela retira o muco evitando proliferação bacteriana, e consequente complicação para uma sinusite ou otite, por exemplo;

 

5 – Utilize a máscara caso esteja com sintomas virais, evitando assim a proliferação do vírus para outras pessoas;

 

6 – Lave sempre as mãos.

Renata lembra que o uso de máscara e a lavagem das mãos é um grande legado deixado pela pandemia e que não deveríamos esquecer, principalmente entre crianças e idosos com comorbidades.

 

“É importante sempre ter esse hábito de higiene das mãos ao chegar da rua, pois muitas bactérias, fungos e outros vírus são transmitidos quando coçamos os olhos ou colocamos a mão suja na boca”, alerta.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/entenda-porque-as-doencas-respiratorias-sao-mais-frequentes-no-inverno.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis. Marcos 10:27