Segundo a Organização Mundial da Saúde, logo seremos
os primeiros colocados no ranking de mortes por doenças cardiovasculares. Como
mudar esse destino
O coração é um trabalhador incansável. Bate, em
média, 72 vezes por minuto, 104 mil por dia e 38 milhões por ano. Porém, para
ter bom desempenho, ele precisa muito de nossa ajuda. É necessário que as
pessoas saibam que são elas mesmas as principais responsáveis pela saúde
cardíaca. Então, apesar das tentações do mundo de hoje, não podemos nos
esquecer da importância dos bons hábitos de vida.
Alimentos ricos em carboidratos, refrigerantes,
exagero nas bebidas alcoólicas, além de excesso de itens gordurosos, levam à
deposição de gordura no fígado e promovem alterações do metabolismo dos
açúcares. Resultado: obesidade e o diabetes, duas das principais causas de
infarto e morte precoce por origem cardíaca.
Mas é preciso mais do que ficar de olho na dieta.
Fazer exercícios físicos – após avaliação médica – é outra prática que ajuda o
coração a trabalhar. Sem falar que auxilia muito no controle da pressão
arterial.
O tabagismo (aí falamos de cigarro, cachimbo e
charuto), por sua vez, é proibido para o coração. Assim como as drogas
ilícitas, que são significativas causas de infarto em pessoas com menos de 40
anos de idade.
A gente sabe, no entanto, que a mudança de estilo de
vida nem sempre é fácil: exige disciplina e persistência. Mas vale a pena,
porque pode tirar você da lista das 400 mil pessoas que morrem todos os anos no
Brasil vitimadas por doenças cardiovasculares.
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo
(Socesp) estima que ocorram 720 paradas cardíacas por dia em nosso país. Em
média, há uma morte a cada minuto e meio.
Dados de um recente estudo da Socesp mostram que, de
2003 a 2015, morreram 14,47 milhões de pessoas no Brasil, sendo 4,11 milhões
(ou 28,41%) devido a doenças cardiovasculares. Dentre estas, as doenças
isquêmicas do coração, como infarto e angina, foram responsáveis por 1,2 milhão
de óbitos; as cerebrovasculares, por 1,26 milhão; e a insuficiência cardíaca,
por 782,94 mil.
No Estado de São Paulo, no mesmo período, o total de
óbitos foi de 3,36 milhões, sendo 1,01 milhão (ou 30,08%) por doenças
cardiovasculares. Dentre estas, as principais causas de morte foram doenças
isquêmicas, como infarto e angina (349,33 mil casos), doenças cerebrovasculares
(275,58 mil casos) e insuficiência cardíaca (187,82 mil casos).
Cuidar da saúde é uma responsabilidade de todos –
com nós próprios, nossas famílias e a sociedade. A vida, este precioso bem que
se renova a cada pulsação, merece cuidados permanentes!
Por isso, seria interessante que aceitássemos um
desafio como povo: reverter a previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de
que, em 2024, o Brasil será o primeiro colocado no fatídico ranking de mortes
por doenças cardiovasculares. A SOCESP convida cada um para mudar o estilo de
vida, evitar essas mortes precoces e fazer do nosso país um campeão da saúde do
coração.
Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/o-coracao-do-brasileiro-esta-em-risco-vamos-mudar-isso/
- Por Ibraim Masciarelli Pinto - Foto:
Dulla/SAÚDE é Vital
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