Associação Brasileira do Sono (ABS) afirma que mais
de 73 milhões de brasileiros sofrem do mal
Alguns dormem menos, outros mais. O consenso entre
os estudiosos, no entanto, é que adultos devem dormir de 7 a 9 horas todas as
noites, segundo a Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos. Ter o tempo ou
até mesmo o sono para isso pode ser um privilégio. O pneumologista Maurício da
Cunha Bagnato, integrante da Unidade de Medicina do Sono do Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo, afirma em entrevista ao portal Drauzio Varella que
cerca de 30% a 40% das pessoas têm ou terão insônia em algum momento da vida.
Saiba mais sobre esse mal e como combater a insônia.
“A insônia, na maioria das vezes, é provocada ou
agravada por um fator externo, como dores no corpo, trauma emocional e trabalho
em turnos diferentes, por exemplo. Até mesmo o baixo nível sócio-econômico e a
preocupação com o desemprego podem estar entre as causas de insônia. O fator
genético também pode influenciar, mas é uma parcela muito pequena, 5% a 15% dos
casos apenas”, explica Louise Soares, fisioterapeuta e especialista em saúde
integrativa.
A especialista conta que, para as pessoas mais
velhas, no entanto, o tempo de sono pode ser naturalmente menor. Isso porque,
com a idade, o hormônio que regula o sono (melatonina) tem sua produção
diminuída. Ainda assim, as horas de descanso devem sempre revigorar energia. Se
você acorda com sensação de fadiga, é um sinal de que algo está errado. Além de
cansaço, a insônia aumenta o risco de doenças como hipertensão, doenças
cardiovasculares, derrames, doenças neurológicas e Alzheimer, segundo a
profissional. Por isso, é muito importante saber como combater a insônia, ou ao
menos minimizá-la.
Alimentação saudável
Duas substâncias são essenciais para a produção de
melatonina no corpo. Uma é o ácido fólico, presente nas folhas verdes escuras,
aveia sem glúten, chocolate, semente de girassol e amêndoas, entre outras,
conforme Louise. A outra é a vitamina B6, encontrada em bifes de fígado, no
pistache, nas castanhas e no salmão.
“As pessoas têm muito preconceito com bife de
fígado, mas ele é excepcional! É no bife de fígado que estão diversos elementos
especiais e diversas vitaminas. Então eu recomendo que as pessoas consumam pelo
menos uma vez por semana. Existem muitas opções para conseguir esses nutrientes
que ajudam a produzir a melatonina”, afirma a especialista.
Louise Soares também ressalta que é preciso ter
cuidado quanto à ingestão de melatonina não natural. Segundo a especialista,
consumo em excesso pode causar dependência. Além disso, pode fazer com que a
glândula pineal, responsável pela produção do hormônio, pare de cumprir sua
função. Antes de tomar medicamentos, consulte um médico.
“Não tire cochilos durante a tarde, regule os
horários e procure dormir diariamente no mesmo horário. Evite comer muito tarde
e, se for comer, prefira alimentos leves e de fácil digestão”, completa a
especialista.
Fonte: https://sportlife.com.br/como-combater-a-insonia/
- Gabriel Chaves - Foto: Hans Braxmeier/Pixabay
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