A análise dos sintomas é essencial na hora de
identificar o vírus; entenda como é feito o diagnóstico
O novo coronavírus tem se tornado um tema de grande
repercussão nos últimos tempos. Com 60 casos confirmados no Brasil (até o dia
11 de março) e quase 120 mil ocorrências no mundo todo, o vírus ainda está
sendo analisado e estudado por cientistas de diversos países.
A evolução da COVID-19, nome da doença causada pelo
vírus, vem sendo observada, porém, o que já se sabe é que, em muitos casos, é
possível que os sintomas de uma gripe comum se confundam com os sinais da
enfermidade relacionada à nova epidemia.
Sintomas do coronavírus
Até o momento, os pacientes infectados pelo novo
coronavírus apresentaram os seguintes sintomas:
Febre
Tosse
Dificuldade em respirar
Falta de ar
Por não possuir sinais específicos, em casos de
suspeita, só é possível confirmar a contaminação pelo vírus através de testes
feitos em laboratórios. Manuel Palácios, infectologista do Hospital Anchieta,
explica como esse diagnóstico é feito:
"O teste para diagnóstico é feito pelo
Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) diante de uma definição de um
quadro suspeito. No entanto, a rede particular, através dos laboratórios e
grandes hospitais, também oferece o teste por biologia molecular para a
detecção do agente SARS-CoV2, que é o agente causal do COVID-19", conta.
De acordo com o especialista, mesmo após a
realização do exame laboratorial, é necessário que seja realizado um teste de
contraprova pelo LACEN. "É a única forma de diagnóstico, apesar de termos
alguns exames auxiliares que ajudam a definir os casos", complementa o
infectologista.
Em caso de suspeita, é necessário procurar o
hospital imediatamente para a realização de exames. Antes de receber o
diagnóstico definitivo e em qualquer circunstância, o paciente deve evitar a
automedicação e o auto diagnóstico.
Diferença entre gripe e coronavírus
A gripe, também chamada de influenza, é um dos tipos
mais populares de infecção respiratória. Os sintomas da gripe são:
Febre acima de 38ºC
Músculos doloridos, especialmente nas costas, braços
e pernas
Calafrios e suores
Dor de cabeça
Tosse seca e persistente
Fadiga e fraqueza
Congestão nasal
Dor de garganta.
Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'or, conta
que, enquanto a influenza pode ser identificada dois dias após o seu
surgimento, o novo coronavírus possui um quadro mais arrastado. Outra questão é
que o SARS-CoV2 pode gerar mais casos graves do que a gripe.
Além disso, apesar da gripe apresentar sintomas
muito semelhantes à Covid-19, o que levanta as suspeitas da infecção pelo novo
coronavírus são alguns critérios epidemiológicos. Manuel Palácio explica quais
são os fatores diferenciais avaliados na hora do diagnóstico:
Viagens: Ter viajado para fora do Brasil nos últimos
14 dias.
Contato com contaminados: Ter tido contato direto
com pessoas diagnosticadas com COVID-19 nos últimos 14 dias.
Contato com suspeitos de contaminação: Ter tido
contato com pessoas que estão em isolamento domiciliar com suspeita de
COVID-19.
Alguns grupos de pessoas ainda apresentam maior
possibilidade de evolução no quadro do novo vírus, exigindo um acompanhamento
mais intenso da equipe médica. Nesse grupo estão: idosos, pacientes com
comorbidades como doenças reumatológicas ou autoimunes, HIV, pacientes com neoplasias
ou qualquer doença que mexa com o sistema imunitário.
Como se prevenir
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério
da Saúde, algumas medidas preventivas devem ser tomadas para evitar a
contaminação pelo novo coronavírus. Os cuidados mais recomendados são:
Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou
higienizá-las com álcool em gel
Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir
Evitar aglomerações se estiver doente
Manter os ambientes bem ventilados
Não compartilhar objetos pessoais, como garfos e
copos
Ainda de acordo com o Ministério, apesar da
contaminação ter se tornado um fator preocupante ao redor do mundo, 90% dos
casos são considerados leves, ou seja, não apresentam sintomas graves e não
exigem cuidados intensivos.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36037-gripe-x-coronavirus-saiba-as-diferencas-e-como-se-prevenir
- Escrito por Paula Santos - Foto: shutterstock/mentalmind
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