O artigo O consumo de carboidratos refinados,
destaca que o consumo de carboidratos em excesso, está relacionado ao maior
risco de depressão e que de acordo com estudo publicado no American Journal of
Clinical Nutrition (Jornal Americano de Nutrição Clínica), uma dieta rica em
carboidratos refinados poderia levar a um maior risco do desenvolvimento da
depressão em mulheres após a menopausa. O aumento nos níveis de insulina com o
intuito de regular os níveis de açúcar no sangue, faria com que a resposta fosse
alterações de humor, sensação de fadiga e sintomas de depressão.
A educadora física e Health Coach, Raquel Quartiero,
esclarece que cada pessoa com suas singularidades (idade, sexo, predisposição
genética), tem uma quantidade de carboidrato a se comer e por isso, não se pode
dar uma “dica” universal", já que cada pessoa tem uma necessidade, que
precisa ser avaliada por um médico e por um nutricionista.
A coach alerta que a alta de insulina no sangue
devido ao aumento glicêmico leva ao aumento de peso corporal, por isso, é
impossível emagrecer consumindo excesso de carboidrato: “Carboidrato na hora
errada e na quantidade errada nos faz engordar. Assim como existem gorduras que
nos fazem emagrecer e existem carboidratos que nos fazem engordar”.
Antinutrientes: compreenda sobre o que são
De acordo com
o estudo Antinutrientes na Alimentação Humana, antinutrientes são compostos que
podem ser produzidos pelas próprias plantas, conhecidos como não essenciais.
Esses compostos são produzidos como uma resposta a agressões externas que
comprometem o seu desenvolvimento, alguns destes compostos gerados são tóxicos
e reduzem o valor nutricional dos alimentos, o que torna um nutriente essencial
em não disponível ou não digerível.
A educadora física esclarece que as gorduras
saturadas já foram muito condenadas na alimentação e que hoje podem ser
compreendidas como neutras, já que dependem da combinação na dieta com outros
alimentos.
Já a gordura trans, é uma gordura capaz de gerar
várias doenças, já que produzem os radicais livres (estresse oxidativo) ou
seja, o enferrujamento interno:
“Esse processo ocorre seja pela alimentação, pelo
excesso em muitos casos de atividade física, pela poluição. Os radicais livres
fazem com que tenhamos um equilíbrio fisiológico, mas precisa estar em nível
equilibrado.”
A coach destaca que o consumo exagerado de açúcar
refinado é um dos fatores que mais produzem radicais livres no corpo, já que o
açúcar é inflamatório e antinutriente. A farinha de trigo branca também
representa um antinutriente, além de se tratar de um alimento consumido em
excesso: “As pessoas em sua maioria, não consomem no dia a dia na dieta, outros
tipos de farinha, seja nas massas, nos biscoitos, nos diversos alimentos
produzidos a partir da farinha”. A especialista acrescenta que hoje o trigo que
se come é transgênico, modificado geneticamente e que não houveram testes o
bastante para saber se é saudável ou não esse consumo, embora em prática
saiba-se que o consumo exagerado não produz bons resultados na saúde.
“O sal refinado também é um antinutriente, o ideal
seria substituir o sal refinado pelos sais integrais (sal marinho, sal do
Himalaia, flor de sal, sal negro, entre outros), prefira os sais integrais, que
possuam alguns nutrientes como vitaminas e minerais em sua composição”, orienta
a educadora física.
A Health Coach também explica que a relação
desequilibrada entre os ômegas 3 e 6 também pode se transformar em
antinutriente, isso porque o ômega-6 em excesso produz inflamação no organismo
e o ômega-3 é um anti-inflamatório natural, sendo assim, se a relação desses
nutrientes estiver em desequilíbrio (excesso de ômega-6) a pessoa se torna mais
inflamada.
A dica da especialista é que a pessoa utilize
farinhas integrais além da farinha branca (farinha de arroz, farinha de milho,
farinha de aveia, farinha de grão-de-bico, entre outras). O sal utilizado deve
ser o integral. Os ovos devem ser consumidos equilibradamente na dieta pela
riqueza em vitaminas e minerais e por representar fonte protéica de alta
qualidade. Os carboidratos de baixa carga glicêmica devem fazer parte da dieta
em quantidade equilibrada (inhame, batata doce, mandioquinha, arroz integral,
quinoa, grão de bico, entre outros):
“A quinoa é um superalimento, é como se fosse a
junção do arroz e feijão, é um alimento de baixa carga glicêmica, isto é,
impede que os níveis de glicose se mantenham desequilibrados, e ao mesmo tempo
possui todos os aminoácidos essenciais (que se transformam em proteínas).”
A educadora física também alerta que a melhor opção
de hidratação do corpo é a água e se houver fome entre as refeições, a melhor
opção é uma fruta. Além disso, a especialista explica que o suco não é o mais
indicado pela alto valor glicêmico, já que quando é preparado possui apenas a
frutose e glicose, pois os nutrientes perdem-se em pouquíssimo tempo.
“Aumentem a quantidade de ômega-3 no dia a dia, é
uma gordura importante anti-inflamatória, por isso, consuma mais: óleo de coco,
óleo de linhaça, óleo de oliva, sementes oleaginosas, água de coco, entre
outros. Aumente a ingestão desse tipo de gordura que também ajudará no
emagrecimento e são fundamentais para o aumento dos níveis de HDL (bom
colesterol) no sangue.”
A coach destaca que um nível saudável de colesterol
é importante para a produção de importantes hormônios no organismo, que
manterão o bom funcionamento do corpo: “Se manter magro, por exemplo, depende
também da quantidade equilibrada do hormônio testosterona no organismo”.
Fonte: https://www.saredrogarias.com.br/noticias/cuidado-com-o-excesso-de-carboidratos
- Raquel Quartiero – Educadora Física (Health Coach)
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