Estudos recentes mostram que o fortalecimento dos músculos vai além da estética e garante benefícios também para a saúde cerebral
Engana-se quem acredita que a musculação só traz benefícios
estéticos. Por muito tempo, os indivíduos que dedicam tempo para cuidar do
corpo tiveram seu intelecto descredibilizado. Mas, na verdade, fortalecer os
músculos contribui para a formação de novos neurônios e, assim, para o
desenvolvimento cerebral.
É o que mostram estudos recentes. Diferentes pesquisas
demonstram que manter o músculo ativo e uma rotina de exercícios colabora com a
saúde do cérebro. Isso porque auxilia na prevenção de perdas cognitivas.
Miocinas
De acordo com o MIT Technology Review, portal especializado
em tecnologia, é o músculo esquelético que permite o movimento do corpo. Ele
também é um tecido endócrino, portanto libera moléculas de sinalização – que
dizem para outras partes do corpo o que elas devem fazer.
Essas moléculas são chamadas de miocinas. Elas são liberadas
na corrente sanguínea cada vez que os músculos se contraem. Em um estudo,
cientistas mostraram que algumas miocinas participam do controle das funções
cerebrais, como aprendizado, memória e humor. Além disso, elas também podem
atuar como mediadoras e desencadear processos benéficos no cérebro em
decorrência do exercício físico, como a formação de novos neurônios, apontou o
MIT.
Outra pesquisa voltada às miocinas descobriu que elas têm
efeitos neuroprotetores contra lesões de isquemia e doenças neurodegenerativas,
incluindo o Alzheimer. Aliás, evidências indicam que ser ativo fisicamente
reduz o risco da demência e desacelera o declínio cognitivo em adultos mais
velhos ou que já possuem doenças e danos cerebrais existentes. Isso porque a atividade
física, de alguma forma, impede a formação de placas e emaranhados prejudiciais
ao cérebro, um dos sinais clássicos da doença.
Atividade física e saúde cerebral
Outra forma de diminuir o risco de desenvolvimento do
Alzheimer é praticar atividades físicas moderadas, como apontam as pesquisas.
Quanto mais tempo investido nos exercícios, maior é a produção de glicose no
cérebro, ou sua transformação em combustível. Isto, por sua vez, está
diretamente relacionado à prevenção de doenças neurodegenerativas.
Um outro estudo, publicado pelo Instituto Nacional de
Envelhecimento dos EUA, revelou que o exercício estimula o cérebro a manter
antigas conexões de rede e fazer novas que são vitais para a saúde cognitiva. Além
disso, os cientistas acreditam que o exercício aeróbico, como uma caminhada, é
mais benéfico para o cérebro do que os não aeróbicos, de alongamento e
tonificação.
Ao considerar a idade, pesquisadores descobriram que o
hipocampo (estrutura localizada nos lobos temporais) encolhe na fase adulta, o
que leva ao aumento das chances de demência, além de problemas de memória.
Porém, eles verificaram que o treinamento anaeróbico (de alta intensidade e
curta duração) aumenta o tamanho do hipocampo, melhorando a memória espacial
(parte responsável por registrar informações sobre o entorno e localizações).
Idade e desenvolvimento dos músculos
Ainda levando em consideração a faixa etária de cada
indivíduo, os pesquisadores concluíram que é mais natural para os jovens
saudáveis o aumento dos músculos. Isso porque os movimentos musculares de um
indivíduo nessas condições ativam diversas vias químicas do músculo, que
estimulam a produção de proteínas integradas às fibras musculares. Isto faz com
que o músculo aumente de tamanho.
No caso das pessoas mais velhas, isso pode não ser tão
fácil. Os sinais enviados pelos movimentos, e que incentivam o crescimento do
músculo, são muito mais fracos. Por essa razão, é mais complicado para idosos
ganharem e manterem a massa muscular. Mas é possível, e essa tentativa é
crucial para dar suporte ao cérebro.
Fonte: https://sportlife.com.br/fortalecer-os-musculos-contribui-para-a-saude-do-cerebro/
- By Milena Voga / Foto: Shutterstock
Minha carne e meu coração podem desfalecer, mas Deus é
a força do meu coração e minha porção para sempre. (Salmos 73:26)
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