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segunda-feira, 18 de março de 2024

Vacina da gripe: quando tomar e efeitos colaterais


A vacina da gripe é indicada para prevenir o desenvolvimento de complicações da gripe, como pneumonia e outros problemas respiratórios, além de hospitalização e morte, podendo ser tomada por adultos, idosos ou crianças a partir dos 6 meses.

 

Essa vacina ajuda o corpo a desenvolver imunidade contra os principais vírus causadores da gripe, como o Influenza A, incluindo os subtipos H1N1 e H3N2, e Influenza B, sendo atualizada todos os anos para proteger contra as novas formas dos vírus.

 

A vacina da gripe é disponibilizada gratuitamente pelo SUS para toda a população com mais de 6 meses de idade, mas também pode ser encontrada em clínicas particulares de vacinação.

 

Quando é indicada

Durante a campanha de vacinação, a vacina contra a gripe é indicada principalmente para pessoas com maior probabilidade de entrar em contato com o vírus da gripe ou de desenvolver sintomas e/ou complicações graves, como:

 

Crianças entre os 6 meses e 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias);

Idosos com mais de 60 anos;

Mulheres grávidas ou em pós-parto de até 45 dias;

Profissionais de saúde;

Professores;

População indígena;

Pessoas com sistema imune comprometido, como HIV ou câncer;

Pessoas com doença crônica, como diabetes, bronquite ou asma;

Portadores de trissomia, como síndrome de Down;

Profissionais da marinha, exército e aeronáutica;

Policiais civis, militares, rodoviários e federais, guardas municipais e bombeiros.

Além disso, profissionais do sistema prisional, presidiários e outras pessoas privadas de liberdade, e adolescentes que vivem em instituições socioeducativas também devem ser vacinadas, especialmente devido às condições do local onde se encontram, que facilita a transmissão de doenças.

 

Após terminar a campanha de vacinação contra a gripe, que normalmente vai até o final de maio, a vacina da gripe é liberada para todas as idades, incluindo bebês e crianças com idade superior a 6 meses, independente de terem fatores de risco ou não.

 

Tipos de vacina da gripe

Existem dois tipos de vacina da gripe que são:

 

1. Vacina da gripe trivalente

A vacina da gripe trivalente é uma vacina fragmentada e inativada que protege contra os vírus Influenza A, subtipos H1N1 e H3N2, e Influenza B.

Essa vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS e faz parte do calendário de vacinação da criança, adulto e idoso. Confira outras vacinas do calendário de vacinação da criança e do idoso.

 

2. Vacina da gripe tetravalente

A vacina da gripe tetravalente também é uma vacina fragmentada e inativada, porém protege contra 2 subtipos de Influenza A (H1N1 e H3N2) e 2 linhagens de influenza B o que varia de acordo com a linhagem de vírus circulante no ano anterior.

Essa vacina só é encontrada em clínicas particulares, não sendo oferecida pelo SUS.

 

Quando tomar

A vacina da gripe é indicada para ser tomada de acordo com o seguinte esquema:

 

Adultos: 1 dose, 1 vez por ano;

Bebês com mais de 6 meses e crianças até 9 anos: 2 doses iniciais, sendo a primeira dose na data escolhida pelo médico e a segunda dose 30 dias depois da primeira dose. Depois das doses iniciais, é recomendado 1 dose, 1 vez por ano.

O local do corpo para a aplicação da vacina da gripe pode variar de acordo com a idade. Em crianças menores de 18 meses, a vacina deve ser aplicada na coxa esquerda, enquanto que nos maiores de 18 meses a vacina é aplicada no braço esquerdo.

 

Onde tomar

A vacina trivalente da gripe oferecida pelo SUS a toda a população a partir dos 6 meses de idade e principalmente para os grupos de risco e, normalmente, é administrada em postos de saúde, durante campanhas de vacinação.

No entanto, a vacina tetravalente da gripe também pode ser feita em clínicas privadas.

 

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns após a aplicação da vacina da gripe são:

 

1. Dor de cabeça, nos músculos ou articulações

Algumas pessoas podem sentir fadiga, dor no corpo e dor de cabeça, que podem surgir cerca de 6 a 12 horas após a vacinação.

O que fazer: deve-se ficar de repouso e beber muitos líquidos. Caso a dor seja intensa, pode-se tomar analgésicos, como o paracetamol ou a dipirona, desde que indicados por um médico.

 

2. Febre, calafrios e transpiração excessiva

Algumas pessoas podem também sentir febre, calafrios e transpirar mais que o normal depois da vacinação, mas geralmente são sintomas transitórios, que surgem 6 a 12 horas após a vacinação, e desaparecem em cerca de 2 dias.

O que fazer: se causarem muito desconforto, pode-se tomar analgésicos e antipiréticos, como o paracetamol ou a dipirona, desde que orientados por um médico.

 

3. Reações no local de administração

Outra das reações adversas mais comuns é o aparecimento de alterações no local da administração da vacina, como dor, vermelhidão, endurecimento ou ligeiro inchaço.

O que fazer: pode-se aplicar um pouco de gelo na região protegido com um pano limpo. Porém, caso se verifiquem lesões muito extensas ou limitação dos movimentos, deve-se ir imediatamente ao médico.

 

Quem não deve tomar

A vacina da gripe é contraindicada para pessoas com alergia ao ovo ou ao látex, assim como para pessoas que tiveram alguma reação alérgica grave a uma dose anterior da vacina. Em qualquer caso, sempre que existe dúvida sobre a vacinação é recomendado consultar o médico.

Além disso, pessoas com doença febril aguda moderada ou severa não devem tomar a vacina da gripe, sendo recomendado aguardar até que os sintomas tenham desaparecido.

 

Dúvidas comuns

Algumas dúvidas comuns em relação à vacina da gripe são:

 

1. A vacina protege contra o H3N2, H1N1 ou COVID?

A vacina da gripe administrada pelo SUS protege contra 3 tipos do vírus Influenza: gripe A (H1N1), A (H3N2) e Influenza tipo B, sendo conhecida como trivalente. Já a vacina que pode ser comprada e administrada nas clínicas privadas geralmente é tetravalente, protegendo também contra mais uma linhagem do vírus Influenza B.

Em qualquer caso, a vacina não protege contra nenhum tipo de coronavírus, incluindo o causador da infecção COVID-19.

 

2. É preciso tomar todos os anos?

A vacina da gripe tem uma duração que pode variar entre 6 a 12 meses e, por isso, deve ser administrada todos os anos, especialmente durante o outono.

Além disso, como os vírus da gripe sofrem rápidas mutações, a nova vacina serve para garantir que o corpo fica protegido contra os novos tipos que foram surgindo ao longo do ano.

Após administrada, a vacina da gripe começa a fazer efeito em 2 a 4 semanas e, por isso, não é capaz de impedir uma gripe que já esteja se desenvolvendo.

 

3. Posso tomar a vacina gripado?

Idealmente a vacina deve ser feita até 4 semanas antes do surgimento de qualquer sintoma da gripe. Porém, caso a pessoa já esteja gripada é aconselhado esperar o desaparecimento dos sintomas antes de fazer a vacinação, para evitar que os sintomas naturais da gripe sejam confundidos com uma reação à vacina, por exemplo.

A vacinação irá proteger o organismo contra outra possível infecção com o vírus da gripe.

 

4. Posso tomar a vacina da gripe e da COVID juntas?

O Ministério da Saúde do Brasil indica que a vacina da gripe e da COVID-19 podem ser aplicadas no mesmo dia, desde que em grupos musculares diferentes, não havendo interferência na eficácia das vacinas.

Caso as vacinas sejam aplicadas no mesmo grupo muscular, a recomendação é a de que sejam aplicadas com uma distância e 2,5 cm para que seja possível diferenciar os efeitos colaterais, caso aconteçam. Confira o esquema de doses da vacina contra COVID-19.

 

5. Grávidas podem tomar a vacina da gripe?

Durante a gravidez o corpo da mulher fica mais vulnerável a infecções e, por isso, existem grandes chances de pegar gripe. Dessa forma, a grávida faz parte dos grupos de risco para gripe e, por isso, deve fazer a vacinação de forma gratuita nos postos de saúde do SUS.

 

Fonte: https://www.tuasaude.com/agriflu-vacina-da-gripe/ - Imagem ilustrativa


E servireis ao Senhor, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades. Êxodo 23:25


domingo, 11 de fevereiro de 2024

Conheça os riscos de misturar álcool com medicamentos


Farmacêutica alerta sobre os efeitos colaterais causados pela combinação

 

Em festas e outras comemorações, como o Carnaval, consumir bebidas alcoólicas é praticamente algo inevitável para algumas pessoas. E, se você é daqueles que bebe sem pensar no amanhã, pois a ressaca pode ser curada com um “remedinho”, preste atenção: a combinação pode causar sérios danos à saúde, especialmente quando são utilizados medicamentos sem prescrição.

 

“Quando falamos de medicamentos isentos de prescrição, é importante que o paciente consulte a bula e peça orientação ao farmacêutico”, orienta Dafne Cristina Lopes Estevão, farmacêutica da rede de drogarias Farmais.

 

Riscos da combinação entre álcool e remédio

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo médio anual de álcool por pessoa no Brasil é de 8 litros, acima da média internacional de 6,4 litros. Durante o Carnaval, esse consumo tende a aumentar ainda mais. O problema é que o álcool pode interagir com diversos tipos de medicamentos, reduzindo ou anulando seu efeito, além de sobrecarregar o fígado e aumentar o risco de diversos problemas de saúde.

 

 “Combinar álcool e paracetamol pode aumentar o risco de toxicidade no fígado, hepatite medicamentosa e provocar uma grave inflamação no fígado”, exemplifica a farmacêutica. “Álcool e dipirona podem potencializar o efeito da bebida alcoólica. E álcool e ácido acetilsalicílico elevam o risco de sangramentos no estômago, uma vez que a combinação irrita a mucosa estomacal.”

 

Além dos riscos mencionados, misturar álcool e medicamentos também pode causar outros problemas, como sonolência, tontura, perda de coordenação motora e dificuldade de concentração. Por isso, a dica é: beba com moderação, evitando misturar diferentes tipos de bebidas alcoólicas.

 

Riscos da interação entre álcool e medicamento

 

Abaixo, confira outros riscos da interação entre álcool e medicamento:

 

Vômitos, palpitação, cefaleia, hipotensão, dificuldade respiratória e até morte: combinação de álcool e antibióticos;

Úlcera gástrica e sangramentos: combinação de álcool e anti-inflamatórios;

Aumento das reações adversas e do efeito sedativo, além de diminuição da eficácia dos remédios: combinação de álcool e antidepressivos;

Aumento do efeito sedativo, risco de coma e insuficiência respiratória: combinação de álcool e calmantes (ansiolíticos);

Tontura, vertigem, fraqueza, síncope e confusão: combinação de álcool e inibidores de apetite

Hipoglicemia: combinação de álcool e insulina;

Aumento dos efeitos colaterais e risco de intoxicação, somado à redução da eficácia contra as crises de epilepsia: combinação de álcool e anticonvulsivantes.

 

Consulte um especialista

Antes de cair no samba, os foliões que fazem uso de remédios precisam estar cientes dos riscos da combinação com álcool. Por isso, a recomendação é de que o paciente converse com seu médico antes de começar a tomar qualquer medicamento e informe ao profissional sobre o eventual consumo de bebidas alcoólicas.

 

Em geral, a orientação é evitar o consumo de bebidas alcoólicas associado a medicações. Para não ficar em dúvida, recomenda-se a leitura da bula dos medicamentos – a maioria delas informa sobre os perigos da combinação com álcool.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-02-09/conheca-os-riscos-de-misturar-alcool-com-medicamentos.html - Por Marcelo Monteiro - Imagem: LeviaUA | Shutterstock


Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.

Colossenses 3:15


terça-feira, 23 de maio de 2023

Conheça os riscos dos anabolizantes para a saúde


Os hormônios sintéticos são usados para ganhar músculos, força e resistência

 

Não é de hoje que o uso de anabolizantes nas academias brasileiras preocupa os profissionais do esporte e da área da saúde. Com o objetivo de aumentar a competitividade com a melhora da performance, ganhar músculos e definição rápida e curar lesões de forma mais ágil, muitas pessoas optam por ingerir esteroides androgênicos anabólicos, os famosos anabolizantes, sem a real noção do perigo disso em excesso.

 

Efeitos colaterais dos anabolizantes

Derivados principalmente do hormônio testosterona , os anabolizantes atuam no crescimento celular e nos tecidos corporais, como o ósseo e o muscular. Dentre os diversos efeitos colaterais provocados por eles, podemos destacar aumento de acne, queda de cabelo, distúrbios de sono, agressividade, ataques de ira, alucinações, engrossamento da voz e surgimento de pelos.

 

No caso das mulheres, ainda há a irregularidade no ciclo menstrual. Nos homens, pode ocorrer calvície. Nos adolescentes, os efeitos podem ser ainda mais devastadores, pois o produto pode comprometer o crescimento ósseo, além de interferir no desenvolvimento sexual.

 

Riscos à saúde

De acordo com a endocrinologista e metabologista Paula Pires, o uso correto desses suplementos para pessoas saudáveis não oferece riscos à saúde . Contudo, para alguns pacientes, eles podem ter consequências ruins. “A dextrose tem alto índice glicêmico, por isso seu pico de insulina será rápido, o que é prejudicial para pacientes com diabetes e acima do peso”, revela a especialista.

 

“Como acontece com a bulimia e anorexia, esta prática está associada à insatisfação com a imagem corporal e [a] comportamentos obsessivos, sendo que estes, muitas vezes, precisam ser encarados como uma doença psicológica a ser tratada”, completa.

 

Procure um médico e seja mais saudável

 

Os efeitos dos anabolizantes são rápidos e comprovados. Porém, o uso dessas drogas pode ser extremamente nocivo à saúde, chegando a causar embolia pulmonar e outros sintomas graves. Por isso, Paula Pires afirma que devemos combater a busca por resultados imediatos de corpos esculturais e investir em um estilo de vida saudável , com alimentação balanceada e atividades físicas regulares, evitando os efeitos devastadores de drogas que interferem no desempenho.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2023-05-19/conheca-os-riscos-dos-anabolizantes-para-a-saude.html - Redação EdiCase - (Imagem: tsyhun | Shutterstock)


Peça à Nossa Senhora e seu pedido será atendido!


domingo, 19 de julho de 2020

Suplementos alimentares: o que são, para que servem e quem precisa deles


Muita gente acha que quanto mais, melhor. Mas não é bem assim que funciona: se ingeridos exageradamente e sem necessidade, os suplementos alimentares podem sim trazer efeitos colaterais.

Quando éramos menores, não era incomum nossas mães nos darem um líquido escuro e amargo para “abrir o apetite e garantir vitalidade e força” — o tônico, geralmente administrado antes das refeições. Até hoje, aliás, diferentes produtos ainda são relacionados com o ganho de energia e usados indiscriminadamente por muita gente. Contudo, é preciso prestar atenção: os suplementos alimentares que existem no mercado podem ter diferentes funções, e a quantidade e o jeito que devem ser ingeridos varia muito de pessoa para pessoa. Para não errar mais, que tal conhecer um pouco mais sobre eles?

O que são suplementos alimentares
Como o próprio nome diz, esses produtos, que podem vir no formato de cápsulas, pós, comprimidos e líquidos, servem para completar tudo aquilo que a gente não consegue obter por meio da alimentação diária, suprindo, então, a necessidade do corpo por determinadas substâncias.

A própria ANVISA designa os suplementos alimentares como “produtos para ingestão oral, apresentado em formas farmacêuticas, destinado a suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis com nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, isolados ou combinados”. E, embora a categoria tenha ganhado uma regulamentação específica para a sua comercialização apenas em julho do ano passado, os itens ainda podem ser vendidos sem receita médica.

Se feita da maneira correta, a suplementação traz inúmeros benefícios. Quem elenca alguns deles é a farmacêutica Claudia Coral, vice-presidente da Galena:

Reposição de nutrientes, como as vitaminas e minerais;
Melhora da digestão ou diminuição de intolerâncias alimentares;
Manutenção da saúde intestinal;
Modulação de parâmetros metabólicos específicos, como os nutracêuticos, utilizados para auxiliar no emagrecimento.
Isso sem contar as vantagens para os esportistas. “Além de corrigir deficiências de saúde, os suplementos podem ser usados para o aumento da performance e ganho de massa muscular. Há ainda aqueles com objetivos estéticos, como melhora do aspecto da pele, cabelo e unhas”, complementa a nutricionista Lícia D’ Ávila (@liciadav), de São Paulo.

A proteína, por exemplo, muito utilizada por quem pratica musculação, já teve seus benefícios para outros fins comprovados. “Fizemos um estudo com pacientes da área da oncologia — que perdem muita massa muscular por conta da doença. E percebemos que os indivíduos que suplementaram com a proteína ficaram muito mais dispostos, conseguiram comer melhor e alguns até tinham ânimo para praticar atividades físicas”, conta o médico do esporte Páblius Staduto Braga (@pablius_medsport), do Centro de Medicina Especializada do Hospital Nove de Julho.

Quem precisa de suplementação

Qualquer pessoa pode precisar de suplementação, mesmo quem procura manter hábitos saudáveis. A questão é que somente um nutricionista, nutrólogo ou outro profissional de saúde habilitado pode dizer exatamente qual suplemento você deve tomar, em qual quantidade e como. “O especialista avalia alguns sinais e sintomas do paciente (como a fadiga, queda de cabelo) e depois analisa por meio de uma conversa quais nutrientes não estão sendo ingeridos corretamente na alimentação. Depois entra a prescrição, com doses e orientações personalizadas para cada caso”, explica a nutricionista Gabriela Cilla, da Clínica NutriCilla. Exames bioquímicos, como o de sangue, também são muito importantes para o diagnóstico correto.

Contudo, alguns grupos específicos necessitam de um reforço extra. É o caso dos esportistas, como já dissemos anteriormente. “Quem treina mais intensamente às vezes precisa de um suplemento que tem efeitos sobre o músculo e sobre o aproveitamento de energia. Isso porque o gasto energético durante a prática é enorme, e a pessoa pode notar que, apesar de comer bem, sente muita fome e a evolução no esporte não melhora. Precisamos antes, é claro, excluir outros fatores que prejudicam a performance, como sono desregulado, estresse e expectativa de resultados rápidos”, diz Páblius Staduto Braga.

Os idosos, naturalmente, passam pelo processo de sarcopenia — perda progressiva de massa muscular conforme envelhecem. “Nesse caso, há os suplementos à base de aminoácidos (proteínas, BCCA e colágeno) que ajudam no combate ao processo. Até pessoas que estão em transição para o vegetarianismo podem utilizar”, afirma Gabriela Cilla. Mas o médico do esporte alerta: os produtos com proteína só serão incorporados pelos músculos se aliados aos exercícios físicos, mesmo que de baixa intensidade.

Já as grávidas geralmente recebem prescrições dos mais variados suplementos alimentares logo durante o início da gestação. Eles são importantes para garantir o estoque necessário de nutrientes para a boa formação fetal — principalmente de ferro e ácido fólico. “Os probióticos são igualmente úteis, uma vez que reduzem as chances de diabetes gestacional, obesidade, pré-eclâmpsia, constipação e dificuldade de eliminar o excesso de peso pós-parto”, afirma Lícia D’ Ávila. Uma microbiota intestinal materna equilibrada também diminui os riscos da criança desenvolver rinite, otites e alergias.

A especialista destaca que, para mulheres na menopausa, suplementos como cálcio, magnésio e vitaminas C, D, E e ômega 3 podem ajudar a diminuir os sintomas característicos das alterações hormonais dessa fase da vida. E os probióticos entram como grandes aliados das microbiotas vaginal e intestinal. “Em geral, o consumo de cálcio nem sempre atende às necessidades do corpo, já que  a ingestão de lácteos, principal fonte de cálcio da alimentação, tem sido insuficiente na população. O magnésio, vitamina D, vitamina E e ômega 3 geralmente necessitam ser suplementados. A falta de uma alimentação equilibrada, a redução da absorção de diversos nutrientes e as questões relacionadas às alterações hormonais são fatores que podem determinar a necessidade de suplementações. No entanto, devem ser feitas com a avaliação dos exames e dosagens corretas individualizadas”, recomenda.

Riscos de suplementar sem acompanhamento


Você já deve ter se deparado com relatos de amigos e parentes que acabaram com a queda de cabelo, cansaço e até o ganho de peso tomando certas vitaminas e minerais. É normal, então, que a primeira reação seja passar na farmácia mais próxima para comprar o mesmo produto. Mas essa não é a melhor ideia.

Primeiramente, o suplemento comprado sem prescrição pode não ser o que seu organismo precisa naquele momento. E ingerir uma bomba de vitaminas de uma vez só (com os chamados multivitamínicos) torna-se um desperdício de dinheiro, uma vez que o corpo não consegue absorver todos aqueles nutrientes juntos. “Alguns, inclusive, têm um limite que é aceito. Em excesso, causam uma intoxicação”, alerta Lícia D’ Ávila. Sem contar que ainda há o risco de não ocorrer efeito nenhum. “Mesmo um ativo excepcional para o cuidado de cabelo, pele e unha pode não gerar os melhores resultados se o paciente tiver uma deficiência nutricional ou estiver utilizando algum medicamento que cause queda capilar”, explica Claudia Coral.

As proteínas em quantidades exageradas, por outro lado, representam um risco para quem já sofre com problemas nos rins (podendo agravá-los) e geram desconfortos gastrointestinais. “Diarreia e gastrite são comuns porque a proteína dos suplementos já vêm em ‘pedaços’ menores e atrapalham o processo de digestão”, afirma Páblius Staduto Braga. Isso sem falar no aumento de peso e até queda da imunidade. Os estimulantes e termogênicos, feitos para acelerar o metabolismo, devem ser evitados por quem tem arritmia e hipertensão, uma vez que aceleram os batimentos cardíacos.

São tantas as opções que até confundem a cabeça da gente, não é mesmo? Para entender melhor, separamos os suplementos alimentares em algumas categorias a seguir.

Vitaminas e minerais
Eles são compostos que atuam como cofatores para diversas reações no organismo (síntese de substâncias, por exemplo). É por isso que manter um cardápio variado é tão importante — quanto mais colorido o prato, mais opções de vitaminas e minerais você ingere. “A partir de estudos científicos, a gente já sabe que alguns estão mais carentes na população brasileira. É o caso do zinco, selênio, vitamina D, magnésio e vitamina B12”, diz Lícia. A primeira edição do Guia Alimentar para a População Brasileira (2008), documento do Ministério da Saúde, também fala na carência de vitamina A (hipovitaminose A) e na anemia por falta de ferro.

Um corpo saudável e bem suprido de micronutrientes também é um passo a mais para uma imunidade reforçada. Não foi à toa, então, que as vendas de multivitamínicos aumentaram em cerca de 48% entre as pessoas que já ingeriam suplementos alimentares desde que a pandemia começou, segundo dados da pesquisa encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad).

O problema é que aí entra a mesma questão já discutida anteriormente. A suplementação da vitamina C, por exemplo, muito relacionada (de maneira um pouco equivocada) à prevenção de gripes e resfriados, deve ser supervisionada por um profissional especializado. “O correto é consumirmos pequenas doses durante o dia. Quando comemos uma grande quantidade desse nutriente de uma vez só, o corpo não consegue absorver tudo e pode sobrecarregar o rim (resultando até em cálculos renais)”, diz Gabriela Cilla.

“Vários estudos mostram, por exemplo, que a proteção que o consumo de frutas ou de legumes e verduras confere contra doenças do coração e certos tipos de câncer não se repete com intervenções baseadas no fornecimento de medicamentos ou suplementos que contêm os nutrientes individuais presentes naqueles alimentos. Esses estudos indicam que o efeito benéfico sobre a prevenção de doenças advém do alimento em si e das combinações de nutrientes e outros compostos químicos que fazem parte da matriz do alimento, mais do que de nutrientes isolados.”

Guia Alimentar para a População Brasileira (2ª edição, 2014).
 
Suplementos esportivos
Eles são inúmeros, constituídos dos mais variados ingredientes e com diferentes objetivos, que podem ir desde a recuperação muscular, melhora da performance, emagrecimento, aumento de massa muscular e prevenção de dores e desconfortos articulares. Confira alguns tipos:

Whey:
Nada mais é do que a proteína do soro do leite geralmente proveniente da indústria de laticínios, que antes descartava o líquido sem saber de suas propriedades para a recuperação e aumento dos músculos. Pode ser dividido em três tipos: o concentrado, que contém de 35 a 80% de proteína em sua composição; o isolado, que reúne mais de 90%; e o hidrolisado, rico em proteínas quebradas em partes pequenas (peptídeos), o que facilita sua absorção. Hoje, já existem versões alternativas de proteínas veganas (com proteína da ervilha e outros vegetais), sem lactose e até feitas a partir do bife de boi.

BCAA:
Os aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina) funcionam como “pedacinhos menores” resultantes da quebra da proteína. “Ajudam a diminuir a fadiga e beneficiam a produção de proteínas pelo corpo. É como se você desse uma molécula bem mastigada para formar o músculo, o que pode facilitar o processo”, diz o médico do esporte.

Taurina, cafeína e estimulantes:
“Aumentam o metabolismo, como se você estivesse treinando parado. Como essas substâncias geralmente são termogênicas, ajudam a queimar mais calorias, mas o problema são seus efeitos sobre o corpo todo — podem acelerar os batimentos cardíacos”, afirma Páblius.

Géis de carboidratos:
Indicados para quem pratica treinos longos (com mais de uma hora) e que exigem bastante resistência (corrida, trialto e ciclismo de estrada). “Garantem a carga glicêmica necessária para manter o ritmo”, explica Gabriela Cilla.

Suplementos com fins estéticos (nutricosméticos)
Os mais conhecidos são o colágeno e o silício orgânico. “O colágeno é um aminoácido. Quando você o ingere, o organismo não consegue discernir se precisa usar ele para produzir mais músculos ou reforçar a pele”, explica Lícia. É por isso que, antes de consumir os nutricosméticos, você precisa primeiro ter certeza que a ingestão de outros nutrientes está sendo suficiente para o corpo. “Se você não tiver uma boa produção de colágeno por falta de alguma vitamina, não adianta ingerir o suplemento dele.”

Nutracêuticos e fitoterápicos
“Nutracêuticos são suplementos alimentares que contêm a forma isolada e concentrada de um composto bioativo retirado de um alimento, em doses que excedem aquelas que poderiam ser obtidas via alimentação. Têm a finalidade de prevenir e tratar doenças”, diz a nutricionista Fádia.

Além deles, ela completa, existem os suplementos fitoterápicos, usados para tratar diversos problemas de saúde. Como a L-Teanina para ansiedade, qualidade do sono e relaxamento.


domingo, 24 de maio de 2020

Cloroquina: novo estudo em 100 mil pacientes acaba com as dúvidas sobre sua eficácia


Um novo estudo com quase cem mil pacientes de Covid-19 não mostrou qualquer benefício no tratamento com medicamentos antivirais cloroquina e hidroxicloroquina e, na realidade, aumentou a probabilidade de que morressem no hospital.

Hidroxicloroquina e cloroquina são comumente usados no tratamento da artrite e malária, mas figuras públicas em seus pronunciamentos, incluindo o presidente do Brasil – Jair Bolsonaro – anunciou a fabricação em massa do medicamento e sua aplicação pelo SUS.

A cloroquina pode produzir efeitos colaterais que podem ser graves como arritmia cardíaca.

Os autores de um novo estudo publicado sexta-feira na revista científica The Lancet disseram ter observado que tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina não tiveram efeito positivo no tratamento de pacientes hospitalizados por coronavírus.

Ao analisarem os prontuários de 96 mil pacientes tratados em centenas de hospitais, eles confirmaram que a administração destas drogas realmente aumenta o risco de óbito.

Eles também chegaram a comparar quatro diferentes grupos: pacientes tratados exclusivamente com hidroxicloroquina, aqueles tratados com cloroquina e também dois grupos que receberam os mesmos medicamentos combinados com antibióticos.

A comparação foi feita também com um grupo controle: pacientes que não receberam nenhum destes tratamentos.

Cerca de 9% dos pacientes no grupo de controle foram a óbito. Dos que foram tratados apenas com hidroxicloroquina ou apenas com cloroquina, 18% e 16,4%, respectivamente, morreram.

O grupo que recebeu cada droga juntamente com antibióticos teve taxas de óbito ainda maiores: 22,8% (cloroquina) e 23,8% (hidroxicloroquina).

Os autores concluíram que a cloroquina e hidroxicloroquina aumentam o risco de morte dos pacientes de Covid-19 em 45% em comparação a problemas de saúde subjacentes.

“O tratamento com cloroquina ou hidroxicloroquina não beneficia pacientes com Covid-19”, afirmou Mandeep Mehra, o principal autor deste estudo e diretor do Brigham and Women’s Hospital Center for Advanced Heart Disease, em Boston, EUA.

“Em vez disso, nossas descobertas sugerem que pode estar associado a um risco maior de problemas cardíacos graves e aumento do risco de morte”.

O ministro da Saúde do Brasil recomendou na quarta-feira o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar até casos leves de Covid-19. Apesar do entusiasmo de Bolsonaro em usar a cloroquina para o tratamento com Covid-19, além do medicamento não ser benéfico ele piora significativamente as chances de sobrevivência dos pacientes.

A Grã-Bretanha encomendou 35 milhões de libras (R$ 237 milhões) em hidroxicloroquina, apesar de inúmeros estudos mostrarem sua ineficácia no tratamento do Covid-19.

“Vários países defenderam o uso de cloroquina e hidroxicloroquina, isoladamente ou em combinação, como tratamentos potenciais para o Covid-19”, disse Frank Ruschitzka, diretor do Centro do Coração do Hospital Universitário de Zurique que foi co-autor do estudo.

“Agora sabemos em nosso estudo que a chance de que esses medicamentos melhorem os resultados no Covid-19 é muito baixa”. [The Lancet, MedicalXpress]


domingo, 31 de março de 2019

Como o viagra age no organismo? Especialista explica


Entenda se faz mal tomar o medicamento e quais os efeitos colaterais

Viagra é o nome comercial mais conhecido da medicação com princípio ativo sildenafila. É principalmente usada para o tratamento da disfunção erétil. A droga foi patenteada em 1996 pelo laboratório Pfizer destinada ao tratamento da hipertensão pulmonar, condição grave que leva a uma sobrecarga ao coração por aumento da pressão sanguínea nos pulmões.

Os pesquisadores identificaram um "efeito colateral" comum a todos os homens que usavam a medicação, o aumento da frequência e intensidade dos episódios de ereção. Em 1998, patentearam a droga para o tratamento da disfunção erétil.

A droga age através do aumento da concentração de um vasodilatador produzido pelo organismo, conhecido como óxido nítrico. A sildenafila impede a diminuição do óxido nítrico no pênis e favorece o início e manutenção da ereção.

O medicamento começa a agir de 15 a 20 minutos após a ingestão e dura por aproximadamente 16 horas. Medicação similar, a tadalafila, tem um tempo maior para o início do efeito, porém seu efeito pode durar até 48h.

O tempo de duração da droga no organismo não significa que a ereção seguirá ativa a todo instante. É necessário sempre que haja o estímulo sexual para que a ereção ocorra. A medicação é apenas um facilitador.

A liberação de óxido nítrico é feita através de estímulos nervosos enviados pelo cérebro através dos nervos cavernosos que penetram no pênis e passam ao redor da próstata.O óxido nítrico então leva a um aumento do fluxo de sangue no interior do pênis.

No mundo inteiro é umas das medicações mais prescritas. Em 2017, 1,4 milhões de caixas da medicação foram vendidas.

Existem outros medicamentos semelhantes à sildenafila, como a tadalafila (Cialis) e vardenafila. Todos com um mecanismo de ação semelhantes e perfil de efeitos colaterais. A diferença entre os compostos é o tempo para início do efeito e o tempo de permanência da medicação no organismo.

Existem complicações relacionadas ao uso do medicamento?
O medicamento não é considerado um hormônio e não causa dependência. Efeitos colaterais mais frequentes são: congestão nasal, vermelhidão facial e dor de cabeça leve. Os sintomas regridem espontaneamente na maioria das vezes.

Um questionamento muito frequente ao urologista é se a medicação pode causar infarto do miocárdio. Não há indícios científicos que a medicação leve ao infarto. Na verdade, o ideal é que todo homem sedentário que planeja aumentar sua carga de atividades físicas deve passar por uma avaliação cardiológica antes.

A atividade sexual leva ao aumento do consumo de oxigênio e glicose pelo corpo. Homens que já apresentam insuficiência do fluxo sanguíneo nas coronárias, mas que não sentem qualquer sintoma em repouso, podem sofrer um infarto ao realizar atividades físicas, como a relação sexual, por exemplo.


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Injeção anticoncepcional: entenda como o método funciona e tire suas dúvidas

A injeção anticoncepcional pode ser mensal ou trimestral; conheça a diferença entre elas, suas vantagens e riscos

A injeção anticoncepcional é composta de hormônios injetáveis, que são aplicados mensalmente ou a cada três meses na região glútea, para quem quer evitar a gravidez.

Esse método é ideal para quem esquece de tomar a pílula diariamente ou não pode usar os anticoncepcionais orais por orientação médica. Além disso, tem um custo mais baixo.

Mas nem tudo são vantagens. A injeção anticoncepcional pode causar algumas reações adversas, além de tornar a gravidez mais difícil mesmo depois da interrupção do uso.

O ginecologista e obstetra Rodrigo da Rosa Filho, especialista em reprodução humana, explica melhor os pontos positivos e negativos, o jeito certo de usar o anticoncepcional injetável e esclarece outras dúvidas a respeito desse método.

Como ela funciona e para quem é indicada?

A injeção anticoncepcional só deve ser tomada se houver orientação profissional. Essa indicação leva em conta diversos fatores, como questões de saúde, intolerância a determinados tipos de hormônios, hábitos e até mesmo o estilo de vida. “Entre a injeção mensal, a pílula de via oral ou adesivo anticoncepcional, a diferença básica é mais na forma de aplicação. E muda a praticidade, já que o esquecimento é um problema muito comum. Mas a eficácia é a mesma”, afirma o médico.
A aplicação deve ser feita sempre na farmácia, pois é uma aplicação intramuscular. Segundo o médico, é pouco dolorosa. “Só dói se for mal aplicada”, diz.

Anticoncepcional injetável mensal x trimestral

O ginecologista esclarece também que existem dois tipos de métodos injetáveis. Um é aplicado mensalmente, com hormônios combinados (derivados do estradiol e progesterona), sintéticos, que têm as mesmas características da pílula e do adesivo anticoncepcional.
É muito utilizado por adolescentes que esquecem com frequência o comprimido, também possui menos efeitos colaterais, principalmente os gastrointestinais, como náuseas. “Essa injeção é aplicada a cada 30 dias, sempre no mesmo dia do mês. A primeira deve ser aplicada no primeiro dia da menstruação. E o ciclo é normal, sem nenhuma mudança”, afirma.
O outro tem aplicação trimestral. Sua composição é à base somente de progestógeno (similar à progesterona natural), sem estrogênio. “Ela tem a vantagem de não ter contraindicações. Inclusive é muito usada no período pós-parto, porque não interfere na amamentação. Mas tem a desvantagem de aumentar a retenção de líquidos ao longo do tempo”, explica Rodrigo.
Outra característica diferente da injeção trimestral é que as mulheres não menstruam. “É muito indicada em casos que a gente não quer que a paciente menstrue, como na endometriose.”, diz.

Efeitos colaterais possíveis

A injeção mensal, por causa dos hormônios combinados, tem os mesmos riscos que a pílula ou o adesivo anticoncepcional, como trombose, infarto, AVC, problemas no fígado. Isso não muda independente da via de administração, ou seja, se é oral ou injetável.
Portanto, é um método contraindicado para quem tem predisposição a algum desses problemas e também para tabagistas. Mulheres que estão amamentando também não podem usar o método, pois há interferência.
Já a injeção trimestral não possui nenhuma dessas contraindicações, pois não tem estrogênio em sua composição.

Mais dúvidas respondidas

Antes de optar por um método contraceptivo injetável, é importante saber mais detalhes sobre ele, suas vantagens, desvantagens e riscos. O ginecologista e obstetra Rodrigo da Rosa Filho responde algumas dúvidas comuns.

Anticoncepcional injetável engorda?
Sim. Os injetáveis têm uma quantidade maior de hormônio, que aumenta a retenção de líquido. Por isso qualquer mulher que começa a fazer uso das injeções está sujeita a ganhar mais peso, mas isso também varia muito de organismo para organismo.

Meu ciclo menstrual vai mudar com a injeção?
Depende. Na injeção mensal a pessoa continua menstruando mensalmente. Já na trimestral não há menstruação.

A injeção dispensa o uso da camisinha?
Para evitar doenças sexualmente transmissíveis, não. A camisinha continua sendo necessária. Mas para contracepção a injeção é bem eficaz.

Comecei a tomar a injeção este mês, já estou protegida?
Sim. A eficácia é desde a primeira vez que toma a injeção.

Quando vou conseguir engravidar após parar as injeções?
A mensal não interfere na fertilidade. Se parou de tomar, no mês seguinte já volta ao ciclo normal e já tem chances de gravidez no próximo ciclo. Já na trimestral, depois da interrupção do uso, pode demorar de seis meses a um ano para que a mulher volte a ovular e a menstruar. Por isso ela só é indicada em casos muito específicos.

Esqueci de tomar no dia certo, tem algum problema tomar atrasado?
Se esquecer, tem até três dias de intervalo para tomar novamente sem que haja riscos. Na trimestral é ainda mais tranquilo, com um prazo mais flexível.

Se eu quiser interromper a menstruação, tem jeito?
No caso da injeção, não tem como interromper a menstruação, porque não é indicado aplicar mais de uma por mês. Se não quer menstruar, esse não é um bom método.

Por quanto tempo posso usar o anticoncepcional injetável?
Não tem prazo para o uso da injeção mensal. Se estiver se sentindo bem, sem contraindicações, pode usar sempre. Pode começar na adolescência e ir até a fase de pré-menopausa. Mas a trimestral pode ser aplicada por no máximo três anos, porque pode induzir à osteoporose.

Quanto custa cada injeção?
A mensal custa em torno de 30 reais, um valor bem menor se comparado ao de outros métodos. Segundo o médico, muitas mulheres optam pela injeção por causa do custo. A trimestral sai por cerca de 40 reais, é até mais barata.

É importante ressaltar que somente um médico poderá avaliar cada caso e prescrever o melhor método anticoncepcional, de forma a evitar danos à saúde.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/injecao-anticoncepcional/ - Mariana Bueno - Foto: iStock