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domingo, 16 de julho de 2017

5 maneiras fáceis de evitar dores de cabeça, segundo a ciência

Existem diferentes tipos de dor de cabeça, mas, no geral, elas são muito comuns – todos nós passamos por esse incômodo vez ou outra.

Então confira cinco coisas que as pesquisas científicas indicam que valem a pena tentar para melhorá-las ou evitá-las:

1. Água
Um estudo conduzido em pessoas que tiveram pelo menos duas dores de cabeça intensas ou mais de cinco moderadas por mês descobriu que água pode ajudar bastante.
Os participantes passaram por um programa de gestão de estresse e qualidade do sono, sendo que um grupo aumentou a ingestão de água por 1,5 litros extras por dia, e outro não.
O grupo que bebeu mais água obteve uma melhoria significativa nos resultados de qualidade de vida específicos da enxaqueca ao longo dos três meses, com 47% relatando que suas dores de cabeça estavam muito melhores, em comparação com 25% do grupo de controle.
No entanto, beber bastante líquido não reduziu o número ou a duração das dores de cabeça.

2. Cafeína
A cafeína pode tanto ajudar a aliviar dores de cabeça devido a efeitos analgésicos, quanto contribuir para elas, devido a sintomas de abstinência.
Uma revisão de estudos confirmou que a dor de cabeça é o sintoma número um da abstinência de cafeína, seguido de fadiga, energia reduzida, sonolência, humor deprimido, dificuldade de concentração e outros.
Em um experimento, dentre os participantes que sofreram de abstinência de cafeína, 50% tiveram dor de cabeça, com os sintomas ocorrendo dentro de 12 a 24 horas, atingindo um pico entre 20 e 51 horas, durando de dois a nove dias.
A abstinência da cafeína pode acontecer a partir de uma dose diária usual tão baixa quanto 100 mg/dia. Uma xícara de café preparado contém 100 a 150 mg de cafeína, café instantâneo possui 50 a 100 mg (dependendo de quão forte você o faz), e uma xícara de chá pode variar de 10 a 90 mg. A manutenção do consumo habitual de cafeína pode, subconscientemente, evitar sintomas de abstinência.
Em alguns casos, a cafeína pode reduzir a dor. Em uma revisão sistemática que incluiu cinco estudos sobre dor de cabeça em 1.503 participantes com enxaqueca ou condições piores, 33% dos participantes obtiveram alívio da dor de pelo menos 50% do máximo possível após receber 100 mg ou mais de cafeína, junto com medicação analgésica (ibuprofeno ou paracetamol), em comparação com 25% do grupo que recebeu apenas um analgésico.
Dores de cabeça hipnóticas – um tipo raro que ocorre em associação com o sono – também podem ser tratadas com cafeína. Essas dores geralmente duram 15 a 180 minutos e são mais comuns em idosos. A dose utilizada é geralmente a quantidade encontrada em uma xícara de café forte.

3. Jejum
Algumas pessoas têm dor de cabeça após fazer jejum por cerca de 16 horas, o que equivale a não comer entre as 18:00 e as 10:00 do dia seguinte. Um estudo na Dinamarca revelou que uma pessoa a cada 25 é afetada por dor de cabeça durante um jejum.
Essas dores são mais propensas a ocorrer quando as pessoas jejuam para um exame de sangue ou procedimento médico, ou quando decidem seguir uma dieta de perda de peso com jejum.
Em um estudo, dentre 34 pessoas com enxaqueca que mantiveram um diário de dor de cabeça por cerca de um mês, aquelas que comiam um lanche noturno eram 40% menos propensas a ter dor de cabeça em comparação com as que não comiam.
Para indivíduos suscetíveis, fazer mesmo um pequeno lanche pode prevenir dores de cabeça durante um período de jejum. Experimente uma fatia de pão ou torrada integral, com queijo branco ou atum, por exemplo.

4. Álcool
A dor de cabeça é a característica clássica da ressaca provocada pelo álcool. A quantidade de álcool necessária para desencadear uma ressaca varia muito entre indivíduos.
Um grupo de produtos químicos produzidos em pequenas quantidades durante a fermentação, chamado de congêneres, é o que dá às bebidas alcoólicas seu sabor, cheiro e cor. Os metabólitos da degradação do álcool no fígado podem atravessar a barreira hematoencefálica, contribuindo para a ressaca.
O álcool pode tanto desencadear dores de cabeça leves quanto sérias enxaquecas.
O conselho para não ter dor de cabeça é beber de forma responsável, aumentar a ingestão de água e não ingerir bebidas de estômago vazio. Se você for sensível ao álcool, evitá-lo totalmente é a melhor opção.

5. Alimentos ricos em ácido fólico
Algumas pessoas podem ter enxaquecas relacionadas com alimentos. Dentre os que podem desencadear dores de cabeça, estão queijo, chocolate e bebidas alcoólicas.
Um estudo recente descobriu que mulheres com baixa ingestão de folato na dieta tinham enxaquecas mais frequentes. No entanto, um suplemento diário de ácido fólico (1 mg) não fez diferença. Uma opção é comer mais alimentos ricos em folato, como folhas verdes, legumes, sementes, frango, ovos e frutas cítricas.
Se você acha que pode ter enxaquecas relacionadas a dieta, faça um diário no qual você anota sua nutrição e a frequência com que experimenta dores de cabeça. Assim, você pode identificar gatilhos e mudar sua alimentação de acordo. [ScienceAlert]


quinta-feira, 11 de maio de 2017

Alimentos que causam dor de cabeça

Café, chocolate, queijo... A lista das comidas por trás da enxaqueca é grande. Conheça as campeãs de reclamação

A cena é clássica: o indivíduo começa a se comportar de maneira diferente, a luz e o barulho parecem estar nas alturas e o incômodo é tão forte que a única solução é escapar para um lugar escuro, deitar e esperar a dor passar. Os ataques de enxaqueca, tão tristemente famosos quanto misteriosos, são causados por uma lista longa de fatores, das mudanças bruscas de temperatura ao esforço físico.

“O cérebro de quem sofre com a doença é mais sensível a estímulos e desequilíbrios que normalmente não afetam outras pessoas”, resume Fernando Kowacs, neurologista que coordena o Departamento de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia. Com a sensibilidade aguçada, para essa turma até um simples lanchinho pode dar origem ao suplício. “Estudos mostram que entre 12 e 60% dos enxaquecosos relatam ter episódios após consumir determinado alimento”, comenta Laís Bhering, nutricionista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para entender melhor como uma coisa está ligada a outra, pesquisadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, revisaram mais de 180 estudos sobre o impacto do menu na dor de cabeça. Eles concluíram que a associação é forte a ponto de justificar uma mudança na abordagem do tratamento. “Atualmente, o foco está nas medicações, mas deveria incluir mais as dietas preventivas e os hábitos alimentares de cada um”, aponta Vincent Martin, médico da instituição americana e um dos autores do trabalho.

A extensa investigação sugere dois caminhos para que as refeições passem de vilãs a coadjuvantes no combate à doença. Primeiro, evitar os ingredientes-gatilho (conheça os principais abaixo), tática que já é utilizada nos consultórios. O passo seguinte é priorizar uma alimentação que espante novas ocorrências.

O problema nessa história é que não dá apenas para dizer que aquela taça de vinho ou o sanduíche do final de semana sejam com certeza os causadores do incômodo. “O fato de um grande número de pessoas ter enxaqueca depois de comer determinado alimento não quer dizer que isso ocorrerá com todo mundo. Os fatores que disparam o problema são muito individuais”, destaca Norma Fleming, neurologista e membro da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor Crônica. Portanto, melhor é descobrir o que faz mal antes de adotar um cardápio específico.

Mesmo porque até itens saudáveis, como castanhas, frutas cítricas e banana-nanica, podem desencadear crises em sujeitos sensíveis. Ainda não se sabe muito bem por que isso ocorre, mas a teoria mais aceita diz que algumas substâncias desses e de outros quitutes estimulariam além da conta o sistema trigeminal, conjunto de nervos que recobre parte dos vasos sanguíneos da cabeça. “Com a sensibilização excessiva, a própria dilatação promovida pelo sangue circulando incomodaria, daí a dor pulsante”, desvenda José Geraldo Speciali, da USP de Ribeirão Preto.

Como não há suspeitos únicos para todos os casos, restrições agressivas estão fora de cogitação antes de uma confirmação sobre os motivos por trás do distúrbio. O trabalho americano analisou, por exemplo, a retirada do glúten das garfadas e viu que a proibição só evitava cefaleia em portadores de doença celíaca, que não toleram a proteína de jeito nenhum.

Já os regimes que proíbem carboidratos geram polêmica. Embora o cérebro dependa da glicose obtida dessas moléculas para trabalhar direito, há indícios de que sua limitação seja benéfica para os enxaquecosos. “Para compensar a falta, o organismo usa gordura para produzir corpos cetônicos, uma espécie de substituto, que teria efeito preventivo”, aponta Martin. “Mas esse tipo de regime é perigoso. Só deve ser adotado por recomendação médica e demanda monitoramento constante”, avisa.

Se por um lado o cardápio não deve ser alterado bruscamente, por outro há nutrientes que trazem, sim, alívio nesse cenário angustiante. O ômega-3, gordura do bem presente no azeite e nos peixes, é precioso aqui em razão do seu efeito anti-inflamatório — suspeita-se que a enxaqueca seja financiada pela abundância de moléculas inflamatórias em circulação. Na mesma linha de pensamento, perder peso e fazer atividades físicas ajudam porque o excesso de gordura financia a inflamação — e o exercício aumenta a tolerância às fontes do estorvo. Encher o prato de vegetais, ricos em antioxidantes, também tem efeito protetor nesse sentido.

Para encontrar o vilão, só mesmo ficando bem atento ao que não cai bem. “Se o incômodo ocorre três em cada quatro vezes que você ingere aquilo, é bem provável que esse seja um gatilho importante”, explica Martin. E isso não quer dizer que é comeu, doeu. “O mal-estar se manifesta até 48 horas depois da refeição”, complementa Laís. Uma das táticas recomendadas pelos experts é manter um diário da dor, no qual cada episódio é anotado junto com os hábitos alimentares, de sono e ansiedade — que são outros fatores intimamente ligados à cefaleia.

Aliás, é importante vigiar os demais cúmplices dessa encrenca (confira alguns abaixo), que é considerada pela Organização Mundial da Saúde a sexta doença mais incapacitante no planeta. O limite do organismo ultrassensível não é preestabelecido. “O sistema límbico, que controla nossas emoções, está envolvido no surgimento da dor. Logo, se estivermos mais ansiosos ou cansados, há um risco maior de o alimento fazer mal”, esclarece Norma Fleming. Seja como for, o ideal é procurar um especialista para descartar outras doenças e apurar por que enxaquecas mal resolvidas podem virar crônicas. Daí, o buraco é mais embaixo — e merece outra reportagem.

Café
Ele e o cérebro vivem uma relação quase sempre de amor. Tanto é que, na maioria das vezes, é a falta de cafeína que causa panes — aliás, ela até está presente em vários analgésicos justamente por potencializar a ação de alguns princípios ativos. “Quem toma a bebida diariamente pode sentir desconforto depois de mais de 24 horas sem nenhuma dose”, explica Vincent Martin.
Nesse contexto, se experimenta literalmente uma crise de abstinência. “Se for o caso, uma xícara no começo do episódio até alivia um pouco”, ensina José Geraldo Speciali, neurologista da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto.
Por outro lado, o exagero faz mal especialmente aos pouco habituados, mas não só a eles. “Beber quantidades maiores do que 400 miligramas por dia aumenta o risco de a ansiedade aparecer mesmo se a pessoa estiver acostumada, o que piora a enxaqueca”, completa o médico. Os especialistas recomendam que o consumo fique em no máximo três xícaras por dia. Vale lembrar que há cafeína também nos refrigerantes, suplementos de academia e em outras bebidas.

Realçadores de sabor
O aditivo alimentar mais associado ao transtorno é o glutamato monossódico. A substância tem vocação natural para atuar na massa encefálica. “O que se acredita é que a presença dele excita o sistema nervoso, ocasionando a dor”, detalha Laís, da UFMG.
No entanto, o ácido glutâmico, a base desse ingrediente, está presente naturalmente em alimentos como carnes, queijos e alguns legumes. Por isso, é difícil dizer se é ele mesmo o culpado. Parece que a encrenca se dá com a versão feita em laboratório e encontrada em congelados, no molho de soja e em outros industrializados. Ah, o estudo da Universidade de Cincinnati mostrou que há uma variante mais perigosa desse item. “Sua absorção aumenta quando ele está diluído em preparos líquidos”, destaca Vincent Martin.

Salaminhos e companhia
Aqui o culpado é outro composto químico: o nitrito, usado para preservar a cor rosada e dar sabor curado e defumado ao bacon, à salsicha e a embutidos em geral. Em excesso, ele favorece a vasodilatação, o que não é ruim — a menos que você esteja entre os 15% dos brasileiros que têm enxaqueca.
Nesse grupo, o relaxamento dos vasos quando o sangue passa causa dor porque as terminações nervosas que recobrem esses caminhos estão hipersensíveis. Aí qualquer onda é percebida como um tsunami. “Mas vale esclarecer que a vasodilatação é precedida por outros fenômenos e não é a causa em si do problema”, diferencia Kowacs. “Agora, a influência do nitrito sobre outras substâncias pode ocasionar uma crise até seis horas depois de ele ser ingerido”, completa.

Álcool
Não é preciso nenhum estudo para perceber que a bebedeira bagunça a cabeça. Por isso, vale aqui uma diferenciação. Há a dor da ressaca, causada pela desidratação e por outros efeitos do abuso de álcool no organismo, e há a enxaqueca disparada por drinques específicos, quando basta uma dose para estragar a happy hour. Nesse quesito, o campeão é o vinho tinto, cheio de moléculas benéficas para as artérias, mas disparadoras de dor para alguns azarados. E, diferentemente do que muita gente pensa, não é a qualidade ou a origem da bebida que fazem estrago.
“Um estudo já comparou as queixas depois de goles de rótulos nacionais e importados e viu que mais gente reclamava após tomar o vinho francês”, conta Kowacs. Também, entram no rol inglório de perturbadoras da paz cerebral a vodca, a cerveja e outras bebidas fermentadas. “Parece haver uma ação das aminas presentes no líquido em alguns neurotransmissores envolvidos no desenvolvimento da crise”, aponta Laís. Nesse caso, não tem muita solução a não ser cortar as taças da rotina até que o problema esteja sob controle. Já para evitar a dor de cabeça comum, a dica é tomar água entre as doses e não brindar de barriga vazia — além de beber com moderação, sempre.

Chocolate
Eis um clássico na lista. É que o cacau contém teobromina, substância com efeito estimulante e vasodilatador também encontrada no vinho tinto — e algumas pessoas são sensíveis a ela. O chocolate branco até tem essa molécula, mas em menores quantidades. E há ainda uma associação curiosa nessa história: o desejo incontrolável pelo doce. “Muitos dizem que o chocolate foi o estopim, mas na verdade a própria fissura já é um sinal do comportamento alterado que precede a crise de enxaqueca em 60% dos casos”, decifra Kowacs.
A fase que antecede o sofrimento é chamada de pródromo e começa até dois dias antes da dor em si. Além da vontade intensa, durante esse tempo é normal sentir alterações de humor, como irritabilidade, euforia e picos de energia, sem contar perrengues como enjoo. O quadro ainda está sendo investigado pela ciência, mas já se sabe que provoca alterações no hipotálamo — importante região do cérebro que comanda a resposta emocional ao metabolismo — e diminui o nível de alguns neurotransmissores.

Queijos
Embora os gordurosos levem a fama, qualquer variedade é capaz de ofender o sistema nervoso dos mais suscetíveis. “Como são derivados lácteos, todos os queijos possuem componentes que servem de gatilho à dor, a exemplo de proteínas grandes demais para serem digeridas e potencialmente alergênicas”, diz Laís. Nos organismos mais sensíveis, essas proteínas são confundidas com agentes agressores e atacadas pelas defesas do corpo, numa reação em cadeia que leva ao desconforto.
Mas a balança pesa mesmo para os tipos mais calóricos, caso do gorgonzola e do parmesão, e os curados e envelhecidos. “Ainda não temos muitos estudos sobre os mecanismos desse processo, mas parece que a própria gordura, presente em maiores quantidades, favoreceria o ataque”, completa a nutricionista. Sem contar que o queijo tem tiramina, componente encontrado em outros itens desta lista negra como o… vinho!

Outros fatores que abalam a cuca
Jejum
A fome e a sede dão dor de cabeça mesmo em quem não sofre com a enxaqueca. E pelo motivo mais óbvio: a falta de combustível para o cérebro.
Sono
As poucas horas de descanso refletem no dia seguinte, mas até o excesso de tempo na cama pode bagunçar o coreto. O ideal é manter a rotina.
Ambiente
Cheiros fortes ou mesmo bem específicos, como certo perfume, claridade, luzes coloridas e muito barulho também entram na lista.
Estresse
É batata: se a tensão está em alta, não há dieta que dê conta de aliviar a dor. Não é à toa que ele é considerado o principal desencadeante das crises.
Doenças
O médico precisa ser consultado sempre para descartar outros males que têm a cefaleia como sintoma, a exemplo de derrames, meningite e até tumores.


Fonte: http://saude.abril.com.br/alimentacao/alimentos-que-provocam-dor-de-cabeca/ - Por Chloé Pinheiro - Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Como diferenciar enxaqueca de dor de cabeça e AVC: sintomas denunciam

A enxaqueca é uma das queixa muito frequente: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela acomete ao menos 15% da população mundial. No entanto, o mais preocupante é que reconhecê-la pode não ser fácil em meio à grande variedade de tipos de dores de cabeça existentes. A seguir, entenda como identificar enxaqueca.

O que é enxaqueca?
Enxaqueca é um tipo de cefaleia, sintoma comum a uma série de doenças. O neurologista Marcelo Calderaro, do Hospital Samaritano de São Paulo, explica que o acometimento ocorre em crises que surgem ao longo da vida do paciente e duram aproximadamente 72 horas.

Causas
Estudos ainda estão sendo desenvolvidos para determinar o que causa enxaqueca, mas, ao que tudo indica, há relação com predisposição genética. “A presença de genes ligados ao problema é um fator de risco para ter crises”, explica o médico.
Apesar da enxaqueca já “nascer com o indivíduo”, os episódios de dor surgem por meio de elementos desencadeantes, que são chamados de gatilhos. É como ter alergia a determinado alimento: a sensibilidade está no organismo, mas só vem à tona se a comida que provoca a alergia for consumida.
O mesmo ocorre com a enxaqueca. Ela está presente no gene do indivíduo, mas só surge de fato se for desencadeada, levando a uma série de espasmos nas artérias que geram dor.
Os gatilhos variam de pessoa para pessoa, causando sintomas em algumas e não em outras. Entre os mais comuns estão estresse, uso de anticoncepcionais, jejum prolongado, alterações do sono (como dormir muito ou pouco), mudanças hormonais e alguns alimentos.

Quais são os sintomas de enxaqueca e como diferenciá-los?

Enxaqueca X AVC
Segundo o neurologista Custódio Michailowsky, do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, é importante não confundir sintomas de enxaqueca pois pode se tratar de outro tipo de dor de cabeça, chamada de cefaleia sentinela, que é preocupante pois está ligada a lesões cerebrais, como o AVC.
“A cefaleia sentinela é caracterizada por uma dor na cabeça insuportável e incapacitante que não responde à medicação caseira ou do pronto-socorro. Nestes casos, é necessário buscar ajuda médica urgente”, ressalta o doutor. Já a enxaqueca costuma responder a medicamentos da classe dos triptanos – que reduzem os espamos nas artérias - ou a drogas administradas em pronto-socorro.

Enxaqueca X outros tipos de dor de cabeça
O quadro enxaquecoso ainda se difere de outros tipos por apresentar dor latejante que costuma atingir apenas um lado da cabeça. Outra característica própria é a presença de outros sintomas como sensibilidade à luz e a barulhos, náuseas e vômitos.
Ainda há um subtipo chamado enxaqueca com aura em que as crises são precedidas de sensações que podem ser visuais, como enxergar flashes e pontos de luz, ou físicas, como tontura ou formigamento.


domingo, 26 de março de 2017

10 alimentos aliados de quem tem dor de cabeça

Itens podem ajudar a reduzir crises, no entanto a ação depende da predisposição de cada organismo

Quem tem dor de cabeça, principalmente enxaqueca, pode ter uma relação de amor e ódio com a alimentação. "As enxaquecas podem ser desencadeadas por uma série de substâncias: adoçantes como aspartame, nitrato dos embutidos como presunto e peito de peru, bebidas alcoólicas, glutamato monossódico presente em diversos temperos prontos, café e chocolate pela presença da cafeína e tantos outros", enumera a nutróloga Lenina Matioli, especialista pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

No entanto, quem sofre de dor de cabeça constante não precisa retirar todos esses alimentos da dieta, já que cada pessoa é sensível a compostos diferentes. Além disso, a dor pode nem ser causada pelo que se come.

"Para descobrir se alimentação causa crises é importante anotar o que se come e perceber quais itens podem ocasionar as dores em cada caso", ensina a nutricionista Clarissa Fujiwara, mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP).

Do mesmo modo, existem alguns alimentos que podem ser aliados de quem sente dores de cabeça. "Os estudos ainda são iniciais a respeito destes nutrientes e mostram respostas em pessoas que são predispostas a observar melhora das crises com a ingestão dessas substâncias", pondera Clarissa. No entanto, como eles fazem parte de uma dieta saudável, não custa tentar, não é mesmo?

Veja abaixo que alimentos são esses e como eles podem ajudar:

1. Peixes de águas salgadas
Peixes como salmão, arenque, sardinha, atum e bacalhau são ricos em um nutriente chamado ômega-3, que pode ser aliado de quem tem dores de cabeça frequentes. "Esse ácido graxo tem uma atividade anti-inflamatória e também evita coagulação sanguínea, por isso acredita-se que ele possa ajudar, por analogia", explica o nutrólogo José Alves Lara Neto, vice-presidente da ABRAN.


Portanto, pessoas que não têm dores de cabeça deflagradas por peixes podem se beneficiar com estes itens. O ômega-3 também pode ser encontrado em alimentos vegetais, como as oleaginosas.

2. Feijão
O feijão é rico em alguns nutrientes que ajudam a combater dores de cabeça, como o magnésio. "Esse é um dos minerais relacionados a contração muscular, e muitas vezes as dores de cabeça podem ser causadas pela contração involuntária da musculatura lisa da artéria", considera Lara Neto.
Além disso, Lenina Matioli nos lembra que o feijão contém triptofano, uma substância precursora da serotonina, neurotransmissor ligado ao bem-estar e que pode ajudar a reduzir a dor de cabeça. "Entretanto, algumas pessoas podem ter dores de cabeça desencadeadas por esse alimento, então é preciso ter cuidado", avisa a especialista.

3. Acerola
A vitamina C presente na acerola atua de forma antioxidante no organismo. "Isso melhora a circulação no cérebro e a pressão arterial, podendo aliviar as dores de cabeça", considera Clarissa Fujiwara.
Como muitas frutas cítricas apresentam uma substância chamada octopamina, que pode causar dores de cabeça, o ideal é começar investindo na acerola que, por não possuir essa substância, tem menos chances de agravar o mal-estar e ainda tem mais vitamina C do que a laranja.

4. Quinoa
A quinoa é um grão rico em vitaminas do complexo B e vitaminas A e C. "Essas substâncias podem ser usadas como coadjuvantes num tratamento para melhorar as crises de dores de cabeça", ensina a nutróloga Lenina. O alimento também contém triptofano e magnésio, assim como o feijão, trazendo mais benefícios.

5. Gengibre
O gengibre é um alimento útil tanto para evitar as dores de cabeça quanto para aliviar possíveis náuseas. "Os gingerois, nutrientes típicos do gengibre, têm função redutora de substâncias relacionadas às dores de cabeça. Além disso, ajudam a reduzir as náuseas, um sintoma comum das enxaquecas", descreve a nutricionista Clarissa.

Caso a pessoa não tenha dores de cabeça relacionadas ao gengibre, ele pode ser um ótimo aliado.

6. Gergelim
Essa sementinha é rica em diversos nutrientes, como gorduras boas e vitamina E. "Essa vitamina é um antioxidante poderoso, capaz de estimular o organismo a se proteger contra os radicais-livres, que em excesso causam inflamações", relata Clarissa. Ao combater as inflamações, a dor de cabeça pode ser reduzida.
Além disso, ela pode ajudar especialmente quem sofre de dores de cabeça durante a menstruação. "A vitamina E e o magnésio, presentes no gergelim, têm relação com o equilíbrio hormonal (estrogênio) e no caso de certos tipos de enxaquecas podem ajudar a melhorar", explica Lenina, que ressalta que o paciente deve primeiro perceber se o gergelim não é um item que provoca dores.

7. Melancia
A melancia é uma fruta rica em líquidos. "A água é sempre uma aliada no combate à dor de cabeça, pois o estado de hidratação adequado ajuda a prevenir as crises, quando causadas pela desidratação", considera Lenina.
Além disso, a melancia contém magnésio, nutriente importante para pessoas com dores de cabeça e deficiência deste mineral.

8. Ovo
Os ovos são alimentos ricos em vitaminas do complexo B, fundamentais para o metabolismo cerebral, como ressalta Lenina. Duas vitaminas deste complexo em especial podem ajudar nas dores de cabeça: "Uma é a vitamina B2, que participa da produção de energia nas células, o que pode ajudar nos neurônios ligados às dores de cabeça", explica Clarissa Fujiwara. Já a vitamina B12 possivelmente evita alterações de sensibilidade à dor, mas não há evidências científicas que sustentem completamente essa propriedade.

9. Batata
A batata costuma ser usada em rodelas na testa para melhorar as dores de cabeça, mas ingeri-la também ajuda bastante. "Ela é rica em potássio e magnésio, nutrientes importantes para evitar as contrações musculares que podem causar enxaqueca, além de ser fonte de vitamina C", enumera Clarissa.

10. Leite e derivados
Alimentos advindos do leite, como o iogurte e o queijo, são boas fontes de cálcio. "O mineral também é fundamental para minimizar as contrações musculares, trazendo benefícios para quem sente dores de cabeça", explica Clarissa Fujiwara.
No entanto, é importante ressaltar que os iogurtes e queijos amarelos são alimentos gatilhos comuns de dores de cabeça, portanto, se a pessoa costuma sentir dor ao consumi-los, devem ser evitados.


terça-feira, 8 de setembro de 2015

9 dicas para acabar com a enxaqueca

Confira o passo a passo de como enfrentar a enxaqueca da maneira correta

Nem todos os incômodos na cabeça podem ser caracterizados como enxaqueca, já que suas causas podem ser as mais diversas possíveis. Porém, quando a crise ameaça aparecer, algumas atitudes podem ser tomadas de imediato para que a dor não piore e se transforme em um verdadeiro martírio, capaz de impedir que as atividades do dia sejam desempenhadas como de costume.

Os hábitos de vida do paciente sempre devem ser levados em consideração. Por isso, para identificar o melhor tratamento, primeiramente é preciso levar em consideração todas as atividades do dia a dia, tais como a alimentação e, inclusive, demais fatos que podem desencadear situações que envolvam algum nível de estresse.

A seguir, confira oito sugestões que devem ser tomados logo que a crise for pressentida.

1 – O medicamento seguro
Após todos os cuidados necessários para a certificação de que é seguro ingerir o medicamento, tais como a imprescindível prescrição médica, a medicação é uma eficaz etapa do tratamento, Por isso, é aconselhável tomá-la logo que os primeiro sintomas começarem a surgir, antes que a dor possa se estabilizar ou aumentar, dificultando assim o alívio do incômodo.

2 – Descanso
A não ser que a enxaqueca resolva aparecer em algum momento em que não é possível se ausentar, é preciso desligar-se de tudo quando as dores estiverem surgindo. Por isso, o descanso é a melhor opção, sempre. Permita-se fugir por alguns momentos ou até mesmo horas para um ambiente aconchegante, a fim de relaxar a mente e tentar se desconcentrar da dor. Mesmo que a sensação pulsante seja forte o suficiente para impedir que o sono apareça, deitar-se em um local confortável é sempre uma ótima saída.

3 – Mude o ambiente
É necessário fugir da luz. Quem sofre do problema certamente já percebeu que a exposição pode tanto desencadear uma crise quanto piorá-la, portanto, quanto mais escuro for o local, mais conforto ele oferecerá (pelo menos enquanto a crise persistir). Escolha um lugar calmo, no qual as pessoas não possam entrar ou passar a todo momento (de preferência, o próprio quarto). Além disso, quanto maior o silêncio, melhor. Por isso, fechar as janelas e desligar o celular ajuda a deixar tudo mais sereno.

4 – Use compressas
Compressas frias podem não resolver todo o problema, mas, quem sofre com as crises de enxaqueca sabe bem que qualquer melhora é bem-vinda. A técnica funciona porque o frio estimula os vasos sanguíneos a se comprimirem, fazendo com que os nervos que o rodeiam exerçam menos pressão sobre eles. As compressas podem ser feitas tanto com uma toalha resfriada quanto com uma bolsa de gel, que pode ser deixada na geladeira e ser aplicada no local da dor. O ideal é colocá-la no local onde a incômoda dor pulsante mais persiste, seja na área da testa, nuca ou lateral da cabeça.

5 – Aposte na massagem
Embora o massagista seja o profissional mais adequado para fazê-la, em momentos de crise, a automassagem é uma ótima saída. Sem sair de casa, é necessário escolher um local confortável e calmo. Depois, com muito cuidado, faça movimentos circulares na região da dor, criando pontos de pressão. Estender a massagem por toda a região da cabeça também traz alívio e, nada impede que ela seja transferida para a região do pescoço, nuca e ombros.

6 – Mexa-se
Pode até parecer clichê, mas os benefícios que as atividades físicas promovem no organismo são incontáveis. Para aumentar a qualidade de vida, basta começar por uma pequena e tranquila caminhada pela manhã, de apenas 15 minutos. Sair enquanto o sol ainda não estiver forte e respirar ar puro observando o mundo ao redor faz um bem enorme à saúde, renova as energias e promove melhorias que serão percebidas a longo prazo. Mas é importante ir aos poucos: quando feitas de forma exagerada, os exercícios podem contribuir para a dor de cabeça. Outra dica: é necessário alimentar-se com algo leve antes da prática e hidratar-se durante todo o percurso.

7 – Experimente a acupuntura
A técnica promove o relaxamento, o que beneficia os pacientes que estão passando por algum tipo de estresse a aliviarem as dores causadas pela enxaqueca. Sendo assim, a técnica ainda colabora para que a pessoa se sinta mais disposta e feliz, contribuindo até mesmo para que as noites de sono sejam mais agradáveis.

8 – Programe o sono
É como uma bola de neve: dormir pouco incentiva o cansaço físico e mental, que contribui para que o estresse aumente. Sendo assim, em um dia mais cansativo, a possibilidade que a enxaqueca possui de aparecer é bem maior. Portanto, é preciso não poupar esforços na hora de dormir. O ambiente deve ser tranquilo e confortável, os travesseiros na altura e maciez adequadas (a cabeça e o pescoço sempre deve estar alinhados à coluna cervical para evitar dores na coluna), o colchão precisa estar em bom estado e, o mais importante de tudo, as horas de sono devem respeitar o limite que os especialistas indicam: de sete a oito horas diárias.

9 – Coma bem
Algumas pessoas apresentam sensibilidade a alguns alimentos ou a algum de seus componentes, o que contribui (e muito!) para que uma crise de enxaqueca comece. Portanto, é preciso prestar muita atenção em tudo o que se leva à mesa, pois, ingerindo os alimentos certos, é possível até mesmo evitar as dores.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Oito causas inusitadas para a dor de cabeça

Cheiros, alimentos, postura e exercícios podem ser a causa da dor

O Brasil é o país campeão da dor de cabeça crônica diária e ocupa o quarto lugar em cefaleia tensional e enxaqueca, de acordo com dados de uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pelo menos 63 milhões de brasileiros de todas as idades sofrem com dores de cabeça frequentes. 


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca está entre as vinte doenças que mais prejudicam a vida saudável de suas vítimas quando se mede a quantidade de anos que ela incomoda. Na 12ª posição, ela está à frente do diabetes e até da Aids. 


A dor mais comum é a do tipo tensional - 36% dos brasileiros relataram ter sofrido esse tipo de dor (que costuma surgir por conta de estresse ou falta de sono e costuma ser resolvida com um analgésico) pelo menos uma vez no último ano. Em segundo lugar, aparece a enxaqueca, com 15% da população adulta brasileira.  

O estresse
Sabe-se que o estresse libera doses dos hormônios adrenalina e cortisol, responsáveis por um aumento da frequência cardíaca. "Isso pode causar dor de cabeça por conta de uma vasoconstrição dos vasos que irrigam a cabeça", explica o neurologista Renato Lima Ferraz. "Tive uma paciente que tratava as dores de cabeça crônicas com remédios até que um dia sumiu das consultas. Ao reencontrá-la, ela revelou que havia se curado do problema depois que mudou de trabalho", conta o médico.

A rotina estressante e a pressão da chefia podem ser a causa das dores constantes. A pesquisa da UFSC descobriu que a cefaleia tensional esta relacionada ao grau de escolaridade. Ela é três vezes mais comum entre aqueles com mais de oito anos de estudo do que no entre os menos escolarizados, sendo 63% mais frequente entre os que ganham mais. "A pressão, as cobranças e o medo de perder um cargo cobiçado geram mais estresse", diz Renato. 

Muito calor
Um estudo realizado com sete mil pacientes do Centro Médico Beth Israel Deaconess, nos Estados Unidos, descobriu que a incidência de dores na cabeça causadas por enxaqueca, tensão ou outras causas aumentam em cerca de 7,5% para cada 5°C a mais na temperatura. Além do calor, outros fatores ambientais como pressão, umidade e poluição do ar influenciam no aparecimento das dores. De acordo com Renato, isso ocorre porque o calor, ao facilitar a desidratação, desequilibra o processo de entrada e saída de sódio e potássio das células, causando um distúrbio metabólico que facilita a cefaleia. 

Dormir mal
Dormir mal faz com que a quantidade do hormônio melatonina diminua. Este hormônio ajuda a evitar o a dor, especialmente a enxaqueca, ao favorecer a síntese de analgésicos naturais. "Além disso, quem dorme mal tende a sofrer mais com estresse", diz o neurologista. 

Alguns alimentos
Se você tem enxaqueca, sofre de dores de cabeça facilmente, ou está com aquela dorzinha chata, evite os seguintes alimentos: chocolate, café e chás pretos, embutidos, queijos amarelos, álcool, frutas cítricas, molho shoyo, cebola, alho e sorvete. Esses alimentos possuem substâncias que podem disparar o gatilho da dor. No caso do sorvete, há uma contração dos vasos, através da sensação de frio que o palato sofre. É como se o organismo estivesse dando um alerta para a diminuição repentina da temperatura. 

Pular refeições
Ficar muito tempo sem comer pode causar hipoglicemia, ou seja, uma baixa nos níveis de açúcar no sangue. Essa baixa pode estimular indiretamente a liberação de adrenalina, que provoca a vasoconstrição, causando dor. 

Postura incorreta
A má postura pode causar uma dor conhecida como cefaleia tensional. "Os nervos da coluna acabam ficando comprimidos com a posição incorreta e a dor é irradiada para a cabeça", diz Renato. Além disso, no caso das dores crônicas, a causa pode ser uma hérnia de disco, cervical, bico de papagaio e osteoporose. 

Esforço exagerado
Depois da academia e até do sexo, muita gente sente uma leve dor incômoda que no caso de quem tem enxaqueca pode ser até uma dor mais intensa. "Existe uma causa conhecida pelos médicos como cefaleia pós-esforço", diz Renato. No entanto, essa dor de cabeça também pode ser indício de algo mais sério, como um aneurisma. No entanto, o efeito também pode ser inverso, pois no estudo da UFSC, a enxaqueca apareceu como sendo 43% mais frequente entre os sedentários do que entre os que costumam praticar algum tipo exercício. 

Cheiros fortes
Não se conhece a fundo a relação entre alguns cheiros e a dor de cabeça, mas existem odores desencadeantes da cefaleia. "Perfumes fortes, gasolina, solventes e cheiro de cigarro, quando em uma exposição prolongada, facilitam o aparecimento da dor de cabeça", diz o neurologista. 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Benefícios dos exercícios físicos no combate às cefaleias

Pacientes com enxaqueca são orientados a realizar exercícios físicos.Mas é possível tirar proveito daqueles com maior efeito analgésico

Uma pesquisa realizada pela neurologista Thaís Rodrigues Villa, membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), e pela fisioterapeuta Michelle Dias Lopes dos Santos concluiu que a prática de atividade física, associada ao uso de medicamentos utilizados para o tratamento preventivo da enxaqueca, pode ter efeito positivo no tratamento de indivíduos com enxaqueca crônica. A comprovação científica atesta um hábito recente dos consultórios, a orientação para a prática de exercícios. “Todos os nossos pacientes que sofrem desse incômodo são aconselhados a fazer atividade física. Estudos mostram que ela ajuda no controle da dor, melhorando o funcionamento dos mecanismos internos da analgesia”, diz o médico Marcelo Ciciarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe).

Aumento da tolerância

O mecanismo principal dos exercícios físicos no controle da dor é a redução da atividade do sistema nervoso autônomo, principalmente o sistema simpático, que é responsável pela liberação de adrenalina, gerando vasoconstrição e contração da musculatura. “O relaxamento por meio de atividades físicas favorece a reversão das mais diversas respostas físicas exibidas pelo corpo quando há situações-gatilho para cefaleia”, explica João Sabbag, neurologista do Hospital Vita Batel (PR). Exercícios aeróbicos, principalmente os que aumentam o tempo inspiratório, que fazem crescer o volume de oxigênio trocado pelos pulmões, mostram benefícios por elevar consideravelmente a quantidade de oxigênio disponível para o cérebro e a musculatura, proporcionando mais tolerância à dor.

Terapia de apoio

Em caso de dores decorrentes de tensões musculares na região cervical, o alongamento de algumas musculaturas que se originam na base do crânio pode aliviá-las. O exercício aeróbio também auxilia, com a diminuição do estresse e aumento da oxigenação cerebral. “A liberação hormonal (endorfina e serotonina) ocorre naturalmente, no decorrer do exercício, e promove um relaxamento geral da musculatura, além da sensação de bem-estar”, esclarece o educador físico e professor de musculação do Espaço Stella Torreão (RJ), Marcus Vinícius Mattos. É importante lembrar que a prática regular de atividade física serve como prevenção e não como tratamento da dor de cabeça.

Sendo assim, o exercício físico consiste em um apoio ao tratamento, e não uma solução definitiva. Deve ser orientado por profissional capacitado e, se possível, acompanhado com dieta equilibrada, que vai prover o corpo de nutrientes para a prática desportiva.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/beneficios-dos-exercicios-no-combate-as-cefaleias/3591/ - Texto: Douglas Galan / Foto: Shutterstock / Adaptação: Clara Ribeiro

quinta-feira, 4 de abril de 2013

10 estranhas causas de dor de cabeça


Ninguém sabe exatamente quais as causas das enxaquecas conhecidas como migrâneas. Quando começa uma enxaqueca, não muito a fazer, além de se recolher em um quarto escuro e aguardar a dor passar.

Apesar da causa ser desconhecida, não há falta de fatores que as disparam, de vinho tinto a sexo, passando por relâmpagos. Confira 10 surpreendentes fatores que disparam enxaquecas:

10. Células cerebrais sensitivas
Embora ninguém saiba o que acontece realmente durante uma enxaqueca, uma teoria sustenta que suas vítimas são mais sensíveis que as outras pessoas, conforme conta Frederick Freitag, diretor da clínica de enxaquecas no Centro Médico da Universidade Baylor, no Texas (EUA).
Quando as pessoas têm uma migrânea, células cerebrais superexcitáveis disparam uma onda elétrica que se espalha pelo cérebro. Esta onda causa a liberação de prostaglandinas e serotonina e vasos sanguíneos dilatados – tudo o que pode causar uma dor de cabeça de matar.

9. Padrões irregulares
Muitas das pessoas que sofrem de enxaquecas conseguem identificar fatores que disparam as mesmas, como vinho tinto ou fome. Mas isso é complicado, porque sua frequência é muito variável, e ela pode ser causada por múltiplos fatores interagindo juntos.
Assim, embora pareça que aquela enxaqueca latejante veio do Merlot servido na janta, também é possível que outros fatores tenham participação no fenômeno.

8. Hormônios na cabeça
A maioria dos que sofrem de enxaqueca são mulheres, e não é por acaso, já que mudanças hormonais podem ser causadoras das enxaquecas.
Um estudo publicado em 2012 no “Journal of Headache and Pain” descobriu que metade das mulheres que sofreram com migrâneas também sofriam de cólicas menstruais.
Mas se os hormônios podem ser a causa, também podem ser a cura. Outro estudo apontou que a oxitocina, o hormônio do amor, pode reduzir a frequência das enxaquecas.

7. Luzes brilhantes
Cerca de 85% dos pacientes de enxaquecas dizem ser extremamente sensíveis a luzes brilhantes ou piscantes durante seus ataques. Entretanto, um estudo recente descobriu que a luz não era um causador tão forte quanto suspeitava-se.
Quando pacientes submetidos a luzes piscantes tiveram um pequeno aumento na frequência das enxaquecas, mas não o suficiente para provar que as luzes a disparam.

6. Relâmpagos na cabeça
Outro tipo de luz piscante parece disparar enxaquecas – os relâmpagos de uma tempestade elétrica. Um estudo publicado no periódico Cephalagia em 2012 descobriu que os pacientes tinham 28% mais propensão a sofrer migrâneas em dias que tempestades arrebentavam perto de suas casas.
Não se sabe bem como é que os relâmpagos causariam as enxaquecas, mas uma possibilidade é que as mudanças nas cargas atmosféricas poderiam alterar as ondas elétricas do cérebro.

5. Perfumes dolorosos
O Chanel nº5 pode ter um aroma sexy para alguns, mas para quem sofre de migrâneas, é uma garantia de um dia no quarto, com dores.
Um estudo feito em 2011, também publicado na Cephalalgia, descobriu que muitos pacientes apontam perfumes e outros odores fortes como mecanismos que iniciam as cefaleias.



4. Fome
Pode parecer que não comer aquele pretzel seja uma boa ideia, mas para muita gente que sofre de enxaqueca, a fome pode causar as dores de cabeça.
Um estudo publicado em 2005 no Cephalalgia descobriu que a fome estava ligada frequentemente com as migrâneas, principalmente as migrâneas com aura, ou luzes piscantes. Curiosamente, as dores de cabeça que a maioria das pessoas tem de vez em quando não são causadas pela fome.

3. Vinho e queijo
Um jantar romântico com vinho, chocolate e queijo pode ser um campo minado para quem sofre de enxaquecas. Muitos pacientes relatam que certas comidas disparam as dores.
Apesar de serem causas comuns, os especialistas ainda não descobriram quais os elementos químicos na comida podem ser responsáveis por iniciar a dor de cabeça, de acordo com um estudo publicado no periódico Neurological Sciences, em 2012.



2. Pressão atmosférica estranha
Os relâmpagos não são os únicos fenômenos atmosféricos capazes de causar uma enxaqueca. Estudos já mostraram que mudanças rápidas na pressão barométrica podem mudar a concentração de cargas no ar e causar uma inundação de serotonina no cérebro. A liberação de serotonina pode causar dor de cabeça.


1. Estresse
Entre os fatores citados com mais frequência, o simples fato de estar estressado pode começar os flashes de luz e dores de cabeça de uma migrânea, segundo vários estudos.
Em uma pesquisa publicada em 2012 no Journal of Health Psychology, o estresse foi listado como a causa mais comum para as dores da migrânea. [Livescience]



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Dor de cabeça: conheça sete sinais preocupantes


Listamos alguns sinais que denunciam a gravidade de uma dor de cabeça e exigem intervenção médica imediata. Fique atenta!

Sabe aquela dor de cabeça que às vezes surge e acaba com nosso dia? É preciso estar alerta aos seus sintomas, pois em alguns casos a mesma pode sinalizar um problema agudo que exige intervenção médica imediata. “Existem alguns tipos de dor de cabeça mais preocupantes, e por isso é fundamental estar atenta ao padrão da dor, sua evolução no tempo, os sintomas associados e o contexto que gerou seu aparecimento”, ressalta Leandro Teles, neurologista (SP).

Abaixo, selecionamos alguns dos sinais que representam a gravidade de uma dor de cabeça. Caso apresente algum deles, não hesite em procurar a ajuda de um especialista. Mas lembre-se: essas são dicas gerais e não regras absolutas. “Independente de qualquer critério, sempre que a dor de cabeça incomodar muito e prejudicar a rotina, não deixe de procurar ajuda especializada para se certificar do diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes”, orienta Marcelo Queiroz, chefe do Ambulatório de Dor do Hospital São Camilo (SP).

Dor de cabeça súbita
Trata-se de uma dor de cabeça repentina, explosiva, que atinge seu ápice de intensidade em poucos segundos. “Esse quadro é muito preocupante. Para o médico que escuta esse tipo de queixa, fica o receio da ruptura ou distensão de um aneurisma cerebral (que é uma dilatação de uma artéria que pode eventualmente rompem durante a vida). As dores mais comuns e benignas geralmente começam mais leves e a intensidade aumenta progressivamente”, explica Leandro.

Dor de cabeça com sintomas neurológicos associados
A dor veio acompanhada de outro sintoma neurológico focal? Procure um médico imediatamente, pois nesses casos, o receio é que existam alguns fatores que causam a dor e alteram a função de alguma parte do cérebro, comotumores, abscessos, sangramentos, isquemias e trombose. “É importante atentar para fraqueza muscular em alguma parte do corpo, alteração de sensibilidade ou visual, confusão mental e dificuldade para falar ou caminhar”, destaca Leandro.

Dor de cabeça com sinais de infecção
Dores de cabeça associada com quadros de febre, dores no corpo, náuseas, dificuldade de movimentar o pescoço, manchas pelo corpo e calafriospodem denunciar meningite, abscesso cerebral, sinusite e dengue. “Infecções mais leves também podem causar dores de cabeça e mal estar, como gripes e diarreias virais, mas nesses casos o médico saberá como diferenciá-las”, assegura Leandro.

Dor de cabeça que surge durante esforço físico ou atividade sexual
“Em casos em que a dor teve seu início durante o esforço ou atividade sexual, novamente surge o temor da distensão ou ruptura de um aneurisma cerebral (o esforço aumenta a pressão nesse vaso e pode predispor ao seu rompimento). Identificada essa associação temporal entre a atividade e o início dos sintomas, uma investigação mais detalhada precisa ser feita para tranquilizar o médico e o paciente”, esclarece o neurologista. 

Dor de cabeça em pessoas mais debilitadas
De acordo com Leandro, dores de cabeça que surgem em idosos, gestantes, crianças e pessoas com antecedentes de tumores, problemas de coagulação e imunidade baixamerecem atenção especial. “A fragilidade desses pacientes torna a ocorrência de um problema mais preocupante ainda mais provável em relação à população geral. Por isso, nesses casos, todo o cuidado é pouco”, alerta.

Dor de cabeça progressiva
“Caracterizada por dores diárias que pioram a cada dia, esse tipo de evolução é típico de lesões que ocupam espaço dentro do crânio, como tumores, trombose venosa e abscesso. Esse comportamento não é tão comum para enxaquecas e dores de cabeça tensionais, que geralmente mostram períodos de piora intercalados com melhora ou, eventualmente, uma dor de cabeça diária, mas estável (não progressiva)”, diz Leandro.

Dor de cabeça após traumatismo craniano
Os traumas podem causar inchaço, contusões e sangramentos dentro e em torno do cérebro. “As pessoas mais propensas a complicações de trauma são os idosos, as crianças e os alcoólatras”, aponta Leandro. O especialista recomenda que fique atenta a dores que ocorram fora do local exato da batida, sintomas neurológicos como confusão e sonolência,secreção saindo do ouvido ou pelo nariz após a pancada e hematomas atrás da orelha ou abaixo dos olhos (sinais de traumas mais intensos).