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domingo, 16 de agosto de 2015

Vida longa: 9 segredos improváveis para viver mais de 100 anos

A gente já mostrou por aqui alguns conselhos das pessoas mais velhas do mundo para se ter uma vida longa. Também já falamos sobre os 7 passos para uma vida longa e saudável. Agora, esses 9 velhinhos vão falar exatamente o que você quer ouvir: que viver muito pode ser mais fácil do que você imagina.

1. A mulher que fumava cigarros, bebia vinho loucamente e comia um monte de chocolate teve a vida humana mais longa da história: 122 anos
A vida humana mais longa da história pertence a Jeanne Calment, que viveu 122 anos e 164 dias. Calment atribuiu sua longevidade e aparência relativamente jovem a uma dieta rica em azeite de oliva (que ela também costumava esfregar sobre a pele). Ela também bebia vinho do porto e comia quase um quilo de chocolate por semana. Além disso, ela fumava cigarros desde os 21 anos e manteve o hábito até os 117 anos (em 1992).
Não faltaram emoções em sua vida. Em 1888, ela conheceu Van Gogh. Com treze anos de idade, ele entrou na loja de tecidos do seu pai e ela disse que o pintor era “sujo, mal vestido e desagradável” e “muito feio, rude e doente”. Jeanne lembra de vender lápis de cor a Van Gogh e de ver a Torre Eiffel sendo construída.
A mulher não teve problemas graves de saúde na maior parte de sua vida, fez esgrima até 85 anos de idade e continuou a andar de bicicleta até seu 100º aniversário. Jeanne supostamente não era atlética ou fanática sobre sua saúde.
Ela viveu sozinha até pouco antes de seu 110º aniversário, quando foi decidido que ela precisava ser transferida para uma casa de repouso depois de iniciar um pequeno incêndio em sua casa.

2. A mulher de 104 anos que diz que o segredo da vida longa é beber 3 latinhas de refrigerante por dia
Elizabeth Sullivan, uma mulher do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveu um relacionamento muito sério com o refrigerante. Esse amor todo já dura 40 anos, e começou quando ela estava na casa dos 60. Ela disse que as pessoas frequentemente tentavam dar café para ela, mas não adiantava: ela gostava mesmo era de refrigerante.
Elizabeth bebe nada menos do que 3 latinhas por dia, mesmo que os médicos digam que isso vai matá-la. Ela responde com firmeza: “Eles morrem e eu não”.
Segundo Elizabeth, outro segredo para uma vida longa (fora as três latinhas do dia) não é muito um segredo: é apenas viver. Ela segue firme e forte, feliz e sem precisar de uma casa de repouso e enfermeiros 24 horas por dia. Viver tanto assim, com qualidade e felicidade, parece mesmo um bom negócio.

3. A mulher de 110 anos que diz que sua longevidade se deve à cerveja
Agnes Fenton, residente em Nova Jersey, tem 110 anos de idade e um conselho que muita gente vai gostar (e muito) de ouvir. Quer ter uma vida longa? Beba cerveja.
Agnes alega que depois de ter um tumor benigno há muitos anos (único problema de saúde grave que teve até então), o seu médico lhe deu este sábio conselho: beber três cervejas por dia. (Que médico legal, não? Gostei dele).
Assim, nos últimos 70 anos, Fenton tem obedecido à risca e se mostrado uma excelente paciente. Aliás, ela tem até feito melhor que a encomenda: para finalizar as três cervejas, ela manda ver em uma dose de uísque.

4. Esta mulher de 108 anos de idade atribuiu sua longa vida ao celibato
Clara Meadmore, também conhecida como a virgem mais velha da Grã-Bretanha, viveu até os 108. Muitas vezes, ela atribuiu sua longevidade a sua abstinência de sexo.
Algumas pessoas teriam morrido anos antes, por amargura (ou desespero). Clara não. Ela era uma mulher de fibra e decidida a levar uma vida longe dessas tentações perniciosas.
Ela afirma nunca ter tido relações sexuais porque estava “muito ocupada” para relacionamentos íntimos, que pareciam ser “um monte de problemas”. Talvez ela tivesse razão quanto a isso.
Clara, então, resolveu concentrar todas as suas energias em ganhar a vida. A secretária aposentada disse que o sexo significava casamento durante sua juventude nos anos 1920 e 1930 e ela nunca teve interesse em se juntar com alguém em definitivo. Em vez de namorados, Clara encheu seu tempo com leitura, jardinagem, culinária e rádio.
Clara nasceu em Glasgow, em 1903, apenas dois anos após a morte da Rainha Victoria. Lembrou-se e muitas vezes falou do naufrágio do Titanic e da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Ela faleceu em 2011, imaculada.

5. A senhora de 105 anos que disse que chegou a esta idade graças à sua dieta de bacon
Em 2013, Pearl Cantrell, a mulher de 105 anos que vive no Texas, disse que o bacon é o segredo de sua longevidade. Ela ficou viúva aos 38 anos e teve que trabalhar a todo vapor para criar 7 crianças por conta própria.
Apesar de ter uma vida sofrida, ela diz que durou tanto tempo por causa de todo o bacon que comia. Crocante e saborosa, a comida faz com que ela não se sinta tão velha.

6. Este homem de 115 anos de idade alegou que um tradicional prato porto-riquenho foi a chave para sua longevidade
Quando ele completou 114 anos de idade, Emiliano Mercado del Toro se tornou a pessoa mais velha do mundo, em 11 de dezembro de 2006. Ele foi um dos poucos homens a conquistar este feito. Como você pode perceber pela nossa lista, o hall da fama de pessoas centenárias é dominado pelas mulheres. Na época que Emiliano ganhou este título, as últimas 16 “pessoas mais velhas do mundo” tinham sido mulheres.
Como o mais velho veterano militar documentado (embora fosse um não combatente), del Toro também é lembrado por seu senso de humor e amor pelas mulheres.
Como ele conseguiu viver tantos anos?
Emiliano credita sua longa vida ao funche, um prato tradicional de Porto Rico, feito com farinha de milho e bacalhau. Ele também alegou que seu senso de humor também contribuiu. Tanto que fez um pacto consigo mesmo de que iria contar piadas e anedotas bem-humoradas até o fim de seus dias.
Ele nunca se casou ou teve filhos, mas teve três “namoradas” sérias em sua vida. O centenário, cheio de amor para dar, também alegou ser um grande fã de Iris Chacón, cantora e dançarina famosa em Porto Rico. Chacón chegou a visitar Emiliano em seu 114º aniversário, e mesmo mal conseguindo ver e ouvir naquela ocasião, ele ficou extremamente satisfeito com a visita.
Sua foto tocando a bunda de Iris Chacón, com um grande sorriso em seu rosto, fez manchetes de jornal em Porto Rico.

7. A mulher de 100 anos que acha que a “bebida” é a resposta para sua longa vida
Uma mulher de 100 anos de idade (a “jovem” de nossa lista) afirma que as bebidas poderiam ser a razão pela qual ela viveu durante um século.
Pauline Spagnola afirma que sua bebida preferida é cerveja artesanal. Para seu aniversário de 100 anos, que foi em junho de 2015, a fabricante da cerveja surpreendeu a aniversariante com uma caixa.
A rotina dela é bastante certinha: uma cerveja ao meio dia, uma no jantar e uma última para embalar o sono.

8. A mulher de 116 anos que tem uma dieta baseada em bacon e ovos (e acha que foi isso que a levou tão longe)
Susannah Mushatt Jones se tornou a pessoa mais velha do mundo na quarta-feira, 17 de junho 2015. Jones tem agora 116 anos de idade. Acredite se quiser, ela também é uma viciada em bacon. Todas as manhãs, a carne é a primeira coisa a desaparecer de seu prato. Depois, ela ataca alguns ovos.
Jones é cega, parcialmente surda e não fala muito. Como a pessoa mais velha do mundo atualmente, ela é uma das duas últimas registradas que nasceram em 1800. Ela também é uma das cerca de 40 pessoas que viveram além do seu 110º aniversário.
Ao longo de sua vida, Jones viveu de maneira simples: sem fumar ou consumir bebidas alcoólicas. Ela também nunca usava maquiagem, e nunca tingiu o cabelo. Ela dorme cerca de 10 horas por dia (que sonho, não?) e também não foi casada (é a isso que também credita sua longevidade).
Jones nunca teve filhos, mas possui uma grande família ao seu redor para proporcionar conforto, contato e um sistema de apoio. Hoje, ela mora em um centro de cuidados.

9. A mulher de 112 anos que joga cartas para manter a mente afiada
Alida Victoria Grubba Rudge, no auge dos seus 112 anos de idade, joga cartas para manter suas habilidades de compreensão e memória afiadas. Ela nasceu em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, em 10 de julho de 1903, e atualmente mora em São Francisco do Sul, também em Santa Catarina. Ela se casou em 1926 e tem apenas um filho. Alida é a pessoa mais velha do Brasil e (dizem) imbatível no carteado.[oddee]

IMPORTANTE: O HypeScience não aconselha que as pessoas sigam os conselhos dessas nove figuras. Elas viveram bastante tempo APESAR de terem comportamentos que poderiam afetar sua saúde, o que não significa que o mesmo vai acontecer com você. São apenas exemplos, histórias individuais, sem valor científico.

sábado, 11 de julho de 2015

Os 6 esportes de inverno mais curiosos do mundo

Conheça algumas das modalidades esportivas mais interessantes praticadas na neve

Quem aproveita para viajar durante o inverno e gosta de se aventurar em novas modalidades esportivas, dependendo do destino, pode encontrar opções curiosas e que vão muito além dos típicos esportes de neve como esqui, snowboard e patinação.

Algumas das práticas tornaram-se conhecidas por serem disputadas nos Jogos Olímpicos de Inverno. Muitas podem ser arriscadas para iniciantes e devem sempre ser acompanhadas por profissionais especializados e com os equipamentos corretos. Países como o Canadá, Estados Unidos, Suíça e Noruega são os principais destinos que deram origem e contam com condições climáticas ideais para tais práticas.

A Sport Life Brasil listou alguns dos esportes de inverno mais curiosos do mundo e suas curiosidades. Confira!

1. Bandy
Semelhante ao hóquei, o Bandy é um esporte coletivo praticado ao ar livre em um campo plano de gelo. É uma das modalidades dos jogos Olímpicos de Inverno e tem regras similares às do futebol, já que o objetivo é marcar o maior número de “gols”. Os principais países adeptos são a Suíça, Rússia e Noruega.

2. Luge
A palavra Luge vem do francês e significa “trenó”. Velocidade, concentração e bons reflexos são as principais exigências, já que os atletas, presos em trenós, sozinhos ou em duplas descem pistas de gelo a mais de 150km por hora. É uma das práticas mais arriscadas dos Jogos Olímpicos.

3. Curling
Coletivo e praticado em pistas de gelo, o curling é uma das práticas mais populares e curiosas entre os esportes de inverno. O objetivo é fazer com que pedras de granito deslizem até o alvo determinado. Para isso, o gelo é literalmente varrido! Criado na Escócia, hoje é praticado principalmente no Canadá.

4. Skeleton
Extremo e radical. No skeleton os atletas ficam presos de bruços em um trenó sem freios e descem pistas de gelo, muitas vezes artificiais por questões de segurança. A velocidade da descida pode chegar a 135km por hora.

5. Biatlo
É um esporte individual dois em um: esqui e tiro. Os atletas percorrem pistas de gelo e param em pontos determinados para atirar em alvos com um rifle. As duas práticas são avaliadas para compor o resultado final. O biatlo surgiu na Noruega como um treinamento para soldados e aos poucos tornou-se apenas uma versão esportiva.

6. Combinado Nórdico
Assim como o biatlo, o combinado nórdico une duas modalidades distintas: esqui (estilo Cross-Country) e salto. O competidor que obtiver a melhor pontuação no salto, que é a primeira fase, larga primeiro no esqui, que então consiste em uma prova de velocidade.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Sim, nós estamos no começo de uma extinção em massa

O que nós temíamos há muito tempo está acontecendo. Um novo estudo sugere que milhares de espécies na Terra estão sendo extintas a uma taxa que excede em muito o que é típico. Estamos nos primórdios de uma extinção em massa, argumentam os cientistas, e isso poderia levar à fome mundial para os seres humanos e muitos outros animais.

O novo estudo, publicado ontem, dia 19, na revista “Science Advances”, explica que estamos sofrendo níveis extremamente elevados de perda de espécies. Não é uma questão de uma coruja-do-ártico aqui ou uma rã-arborícola acolá. Estamos falando de milhares e milhares de espécies se extinguindo, o que levará a uma perda de biodiversidade.

Sem essa diversidade muito necessária em um ecossistema, o risco é que as fontes de alimentos vão diminuir: um sapo em extinção pode significar que as aves que se alimentam dele também desaparecerão, o que significa que os felinos que comem essas aves se extinguirão e assim por diante. Antes que a gente perceba, a rede trófica entra em colapso e as taxas de extinção ficam muito altas.

 “A perda da biodiversidade é um dos problemas ambientais atuais mais críticos, ameaçando serviços de ecossistemas valiosos e o bem-estar humano”, escrevem os pesquisadores. “Um crescente corpo de evidências indica que as taxas de extinção de espécies atuais são mais elevadas do que a taxa normal de extinção pré-humana, com centenas de extinções antropogênicas de vertebrados documentadas em tempos pré-históricos e históricos”.
Influência inegável
O avanço deste estudo é ter coletado grandes quantidades de dados que sugerem que as espécies estão sendo extintas em níveis que excedem as taxas de extinção típicas. Talvez mais importante do que isso seja a constatação de que a perda de biodiversidade está correlacionada com as atividades humanas.

“Nós avaliamos, usando premissas extremamente conservadoras, se as atividades humanas estão causando uma extinção em massa”, afirmam os pesquisadores.

Primeiro, foi usada uma estimativa recente de que a taxa normal de extinção seria de duas extinções de mamíferos por 10 mil espécies em 100 anos (unidade que eles chamaram de 2 E/MSY), que é duas vezes maior do que estimativas anteriores amplamente utilizadas.

Em seguida, essa taxa foi comparada com a taxa atual de extinções de mamíferos e vertebrados – esta é conservadoramente baixa porque listar uma espécie como extinta exige o cumprimento de critérios rigorosos. “Mesmo sob nossas suposições, que tenderiam a minimizar evidências de uma extinção em massa incipiente, a taxa média de perda de espécies de vertebrados no último século é até 114 vezes maior do que a taxa normal”.

Considerando a taxa normal de 2 E/MSY, o número de espécies que foram extintas no século passado teria levado, dependendo da classificação dos vertebrados, entre 800 e 10 mil anos a desaparecer. Essas estimativas revelam uma perda excepcionalmente rápida da biodiversidade ao longo dos últimos séculos, indicando que uma sexta extinção em massa já está em andamento. “Evitar uma deterioração dramática da biodiversidade ainda é possível através de esforços de conservação intensificados, mas esta janela de oportunidade está se fechando rapidamente”, advertem os pesquisadores.

A extinção em massa é tecnicamente um evento no qual 75% das espécies do planeta se extinguem em um milhão de anos ou menos. Houve cinco nos 4,5 bilhões anos de história do nosso planeta, sendo a mais recente quando a maioria dos dinossauros foram mortos pelas duas explosões consecutivas de mega-vulcões na Índia e pela colisão de um enorme asteroide com o Golfo do México. Isso aconteceu 65 milhões de anos atrás. [Gizmodo]

Fonte: http://hypescience.com/sim-nos-estamos-no-comeco-de-uma-extincao-em-massa/ - Autor: Jéssica Maes

domingo, 14 de junho de 2015

Conheça as 23 línguas mais faladas do mundo

O jornalista Alberto Lucas Lopez criou este fascinante infográfico para mostrar os idiomas mais populares do mundo e em quais países eles são falados.

Especificamente, o grande círculo acima representa as 4,1 bilhões de pessoas ao redor do globo que falam uma das 23 línguas mais comuns como idioma nativo (ou seja, o número de pessoas que realmente falam esses idiomas em qualquer país deve ser maior).

Há 7.102 línguas ainda usadas no mundo hoje. Da população de 7,2 bilhões de pessoas da Terra, temos dados dos idiomas falados por 6,3 bilhões, sendo que 4,1 bilhões falam uma desses 23 (em ordem decrescente):

Chinês* (1,197 bilhões): falado em países como China, Taiwan, Hong Kong, Malásia, Mianmar, Macau, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã;

Espanhol (399 milhões): falado em países como Espanha, Porto Rico, Peru, Cuba, EUA, República Dominicana, Venezuela, Chile, Honduras, Argentina, Colômbia, Uruguai, Equador, Bolívia, Costa Rica, Guatemala, Nicarágua, Panamá e El Salvador;

Inglês (335 milhões): falado em países como Austrália, EUA, Serra Leoa, Malásia, Zimbábue, Trinidad e Tobago, Singapura, Irlanda, Canadá, África do Sul, Nova Zelândia e Reino Unido;

Hindi (260 milhões): falado em países como a Índia;

Árabe (242 milhões): falado em países como Argélia, Sudão, Síria, Tunísia, Iraque, Iêmen, Marrocos, Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Chade, Líbia, Egito, Israel, Irã, Kuwait, Líbano, Omã, Palestina, Qatar e Turquia;

Português (203 milhões): falado em países como Brasil, Portugal, França, Moçambique e Índia;

Bengali (189 milhões): falado em países como Índia e Bangladesh;

Russo (166 milhões): falado em países como Rússia, Ucrânia, Cazaquistão, Bielorrússia, Látvia e Uzbequistão;

Japonês (128 milhões): falado no Japão;

Lahnda (88,7 milhões): falado em países como Índia e Paquistão;

Javanês (84,3 milhões): falado em países como Indonésia;

Alemão (78,1 milhões): falado em países como Alemanha, Polônia e Suíça;

Coreano (77,2 milhões): falado em países como Coreia do Sul, Coreia do Norte, Japão e China;

Francês (75,9 milhões): falado em países como França, Bélgica, Suíça, Itália, Polinésia Francesa, Canadá e Estados Unidos;

Telugu (74 milhões): falado na Índia;

Marata (71,8 milhões): falado na Índia;

Turco (70,9 milhões): falado em países como Turquia e Bulgária;

Tâmil (68,8 milhões): falado em países como Índia, Malásia e Sri Lanka;

Vietnamita (67,8 milhões): falado em países como o Vietnã;

Urdu (64 milhões): falado em países como Paquistão, Índia e Nepal;

Italiano (63,8 milhões): falado em países como Itália, Suíça e França;

Malaio/Bahasa (60,5 milhões): falado em países como Indonésia, Tailândia, Malásia e Singapura;

Persa (57 milhões): falado em países como Afeganistão e Irã.

*O chinês foi considerado aqui como uma macro língua, incluindo todos os diferentes idiomas e dialetos sob essa designação, por exemplo, mandarim e cantonês. [BoredPanda]

sábado, 30 de maio de 2015

10 catástrofes naturais que os cientistas já previram para o futuro próximo

Todos os anos, nos deparamos com notícias de novos furacões, tornados, terremotos e outros desastres naturais atingindo o mundo. Embora algumas áreas sejam afetadas com mais frequência por estas catástrofes naturais do que outras, a maioria das pessoas teme condições meteorológicas extremas – aqui no Brasil, podemos não ter vulcões entrando em erupção, mas sofremos constantemente com enchentes, deslizamentos e secas.

Os cientistas que estudam essas catástrofes têm previstos grandes tempestades e outras ocorrências há séculos. Dentro do século XXI, muitos fizeram previsões de grandes eventos que devem ocorrer nos futuros próximo e distante. Abaixo, estão dez desastres naturais que, de acordo com evidências científicas, podem ocorrer a qualquer momento.

10. Incêndios florestais – EUA, 2015-2050
Cientistas ambientais da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas (SEAS) de Harvard preveem que, até 2050, os incêndios sazonais que ocorrem nos EUA durarão três semanas a mais, produzirão duas vezes mais fumaça e queimarão uma área maior a cada ano. Ao mesmo tempo, o Instituto Norte-Americano de Pesquisa Geológica e o Serviço Florestal do país registraram que, desde 1999, a área queimada por incêndios florestais nos EUA triplicou de 2,2 para 6,4 milhões por ano, o que significa que muito mais do país estará em chamas em um futuro próximo.
O que conduziu a este dramático aumento no risco de incêndio? A resposta, de acordo com a SEAS, é a mudança climática gradual, o que elevou a temperatura da Terra, criando condições que geram incêndios maiores e mais ferozes. Loretta J. Mickley, pesquisadora sênior de química atmosférica da Escola, afirmou que a temperatura será o maior determinante de futuros incêndios. Quanto mais quente, mais provável é que um incêndio vá começar. Ironicamente, o problema foi exacerbado por algumas campanhas que queriam extinguir todos os incêndios florestais, interrompendo o ciclo natural de incêndios que limpa a vegetação rasteira das florestas. Com 30 mil a 50 mil incêndios florestais previstos para ocorrer anualmente, os EUA poderão em breve estar enfrentando sua própria versão do Inferno na Terra.

9. Explosão do Vulcão Bardarbunga – Islândia, 2014
Ok, não está no futuro, mas esta previsão se concretizou algumas semanas depois ter sido feita.
Em agosto de 2014, o Escritório Meteorológico Islandês aumentou o nível de risco para uma possível erupção do Bardarbunga, um vulcão localizado na segunda montanha mais alta da Islândia. O aumento deveu-se a centenas de terremotos que ocorreram ao redor do local ao longo de vários dias, um forte sinal de uma possível erupção vulcânica. Os cientistas começaram a prever o que poderia ocorrer se Bardarbunga entrasse em erupção. Alguns disseram que o gelo ao redor do vulcão iria derreter, provocando inundações. Outros disseram que poderia causar erupções adicionais ao longo de fissuras de 100 metros de comprimento no sudoeste da Islândia, acordando o vulcão Torfajokull, que iria destruir vários grandes rios que servem como fonte de energia hidrelétrica no país.
Em 23 de agosto de 2014, o vulcão entrou em erupção debaixo da geleira Dyngjujokull. Ao longo da próxima semana, milhares de terremotos ocorreram perto do Bardarbunga e na área ao redor, e em 31 de agosto, sua fissura Holuhraun entrou em erupção. A fissura Holuhraun irrompeu por seis meses, terminando de expelir material vulcânico oficialmente em 28 de fevereiro de 2015. A fissura liberou a cada cinco minutos, em média, lava suficiente para encher um estádio de futebol americano. No final, o vulcão produziu 1,5 quilômetros cúbicos de lava e criou um campo de lava de 86 quilômetros quadrados, tornando a erupção do Bardarbunga de 2014 a maior erupção islandesa desde a da fissura Laki de Bardarbunga em 1783.

8. Megaterremoto – Chile, 2015-2065
Em 1 de abril de 2014, um terremoto de magnitude 8,2 ocorreu a 97 quilômetros da costa noroeste de Chile, perto da cidade de Iquique, causando deslizamentos de terra e um tsunami que atingiu a costa. Este terremoto criou a possibilidade de um terremoto ainda maior atingir o país em um futuro próximo, devido à localização do tremor.
O terremoto de Iquique surgiu de uma zona de subducção, onde uma placa tectônica, a Placa de Nazca, está mergulhando debaixo de outra, a Placa Sul-Americana. Esta zona de subducção se encontra dentro do “Anel de Fogo”, um arco no Pacífico contendo 75% dos vulcões ativos do mundo, o que causa grande parte da atividade sísmica do mundo. Quando uma placa tectônica se desloca sob outra, as falhas podem ser submetidas a grandes quantidades de estresse, e qualquer liberação de tensão gera atividade sísmica, ou seja, terremotos. O de abril de 2014 foi um “megaterremoto”, ou um grande terremoto causado pela liberação de tensão de uma zona de subducção. Somente 33% da tensão na falha foi aliviada, deixando o resto para ser dispensado ​​num futuro próximo.

7. Terremoto gêmeo – Japão, 2017
Masaaki Kimura, sismólogo e professor emérito de geologia submarina na Universidade de Ryukyus, no Japão, está prevendo que outro terremoto de magnitude 9,0, muito parecido com o terremoto de Tohoku de 2011, ocorrerá no país em 2017. Em 11 de março de 2011, o terremoto de magnitude 9,0 atingiu Tohoku a 372 km da costa nordeste de Tóquio e criou um tsunami com ondas de 9 metros que atingiram o Japão. Kimura afirmou que ele previu o terremoto de Tohoku quatro anos antes do acontecido, mas a sua previsão e as evidências foram ignoradas pelo Congresso de Ciência do Pacífico.
Suas hipóteses são baseadas em seu conceito de “olhos de terremoto”, regiões que têm muitos pequenos terremotos que são comumente ignorados. O especialista acredita que esses olhos de terremoto são os melhores preditores de onde e quando um grande terremoto ocorrerá. Esses indicadores são uma parte de seu método de previsão de terremotos a curto prazo de quatro etapas, apelidado de “método de Kimura”. Ele é atualmente o único método de previsão de terremotos em uso, no entanto, não foi bem testado por seus pares científicos.
Kimura acredita que o novo terremoto começará nas Ilhas Izu e terá uma magnitude de 9,0. Este também causaria um tsunami que atingiria o Japão de uma forma muito semelhante ao de Tohoku.

6. Erupção do Monte Fuji – Japão, 2015-2053
Quando o terremoto de Tohoku mudou a massa terrestre do Japão, 20 dos 110 vulcões ativos no país mostraram aumento da atividade sísmica, levando especialistas a acreditar que um deles pode entrar em erupção a qualquer momento. A Agência Meteorológica do Japão monitora a atividade sísmica e vulcões ativos no Japão. Destes 110 vulcões, 47 são considerados “ativos”, o que significa que surgiram nos últimos 10 mil anos e/ou vomitam gases. Os cálculos mostram que o Japão deve ter uma grande erupção vulcânica a cada 38 anos. Atualmente, 15 “eventos vulcânicos” acontecem anualmente.
Na lista dos 47 vulcões ativos japoneses está o Monte Fuji, o mais alto vulcão do Japão com 3.773 metros de altura. Em julho de 2014, uma equipe científica francesa e japonesa divulgou um relatório afirmando que o Fuji é um dos vulcões mais susceptíveis de entrar em erupção, causando preocupação para muitos cidadãos japoneses. O Monte Fuji está localizado a apenas 100 km de Tóquio. Se entrasse em erupção, seria necessário fazer a evacuação de emergência de 750 mil pessoas de Tóquio. A cidade provavelmente ficaria coberta de cinzas.

5. Terremoto e tsunami – Oregon, 2015-2065
Pelos esforços conjuntos de mais de 150 peritos voluntários, a Comissão Consultiva de Política de Segurança Sísmica de Oregon prevê que um terremoto de magnitude entre 8 e 9 e um tsunami subsequente irá ocorrer ao largo da costa do estado norte-americano do Oregon, nos próximos 50 anos. As grandes questões são: quando isso vai acontecer exatamente e se o Oregon vai estar preparado.
A possível fonte dessa catastrófica combinação de terremoto e tsunami é a zona de subducção de Cascadia, uma rachadura de 1.287 quilômetros a 97 km da costa do Oregon. As placas tectônicas continentais de Juan de Fuca e Norte-Americana criam esta zona de subducção, que é considerada a “mais silenciosa do mundo”. Porém, atualmente acredita-se que ela esconda um dos maiores eventos sísmicos do século. Esta ocorrência está prevista desde 2010; a Comissão afirma agora que isso vai ocorrer, inevitavelmente. Este terremoto e tsunami previsto mataria mais de 10 mil pessoas, possivelmente dividiria partes da Costa Oeste e custaria 32 bilhões dólares em danos aos EUA.

4. Submersão da Costa Leste – EUA, 2050-2100
Em outubro de 2012, o furacão Sandy deixou várias cidades debaixo d’água e, devido à sua força, é considerada uma tempestade de aberração que só ocorreria uma vez a cada 700 anos, de acordo com a NASA. No entanto, as tendências atuais do nível do mar ao longo da costa leste dos Estados Unidos podem deixar as principais cidades da região debaixo d’água até 2050.
Um estudo de 2012 feito pelo professor emérito do Instituto de Ciência Marinha de Virginia John Boon afirmou que mudanças significativas no nível do mar ao longo da costa leste de Key West, na Flórida, até Newfoundland, no Canadá, começaram por volta de 1987. Seu estudo mostra que o nível do mar está aumentando 0,3 milímetros por ano. Este estudo se encaixa em outro, do Instituto Norte-Americano de Pesquisa Geológica, realizado por cientistas na Flórida, que afirma que o nível do mar da costa leste está aumentando três ou quatro vezes mais rápido do que em qualquer outro lugar no mundo.
Atualmente, as zonas costeiras no nordeste dos EUA são consideradas em maior risco devido aos maiores valores de propriedade e zonas costeiras construídas em lugares como Nova York, que podem ser inundadas em 2050. O nível do mar de Nova York deverá aumentar 79 centímetros até 2050, deixando 25% da cidade em perigo de se transformar em uma planície de inundação. Cerca de 800 mil pessoas vivem na zona alvo de inundação. Em 2050, 97% das usinas de Nova York vão estar lá também. É por isso que o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg propôs um sistema de inundação de US$ 20 bilhões para a cidade em 2013, antes de deixar o cargo, mas este plano não foi posto em ação.

3. O maior tsunami já visto – Caribe, data desconhecida
Se você se assustou com os desastres que já mostramos, prepare-se que o pior ainda está por vir. Simon Day, da University College London, e Steven Ward, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, preveem que o vulcão Cumbre Vieja, nas Ilhas Canárias, vá entrar em erupção e criar o maior tsunami da história. Em seu artigo conjunto sobre o tema, lançado em 2001, Day e Ward levantaram a hipótese de que uma ruptura na estrutura do vulcão ocorreu durante sua última erupção, fazendo com que o lado esquerdo tenha se tornado particularmente instável.
Se o Cumbre Vieja entrar em erupção novamente, o seu lado esquerdo se transformaria em um deslizamento de terra que causaria o maior tsunami na história da humanidade. Eles deduziram que a onda monstruosa avançaria a 800 quilômetros por hora, com 100 metros de altura em seu primeiro impacto com a terra, e chegaria à Flórida nove horas depois de ser criada. Day e Ward preveem que tsunamis atingiriam lugares distantes entre si como a Inglaterra, a Flórida e o Caribe.
Vale notar, no entanto, que essa é a pior situação possível. Se um deslizamento de terra causado por uma erupção na Cumbre Vieja vier a acontecer, é mais provável que toda aquela massa de terra não cairia no mar de uma só vez. Um deslizamento de terra mais fragmentado poderia não causar um tsunami recorde. No entanto, se o seu próximo investimento imobiliário vai ser uma casa na costa do sul dos EUA, da Inglaterra ou do Caribe, pode ser uma boa reconsiderar a ideia.

2. O “Big One” – Califórnia, 2015-2045
O Serviço Geológico dos EUA aumentou a probabilidade de um terremoto de magnitude 8 ou maior atingir a Califórnia nas próximas décadas. O “Big One” refere-se ao terremoto que muitos californianos estavam esperando com a respiração suspensa durante anos. Cientistas afirmam que um terremoto de magnitude 8 ou maior tem uma chance de 7% de ocorrer nos próximos 30 anos. As chances da região ser atingida por um terremoto de magnitude entre 6,5 e 7 sobe para 30%.
Se fosse para esse fenômeno acontecer, a causa mais provável seria a ruptura da falha de San Andreas, que vai do interior do sul da Califórnia até Los Angeles, mas há alguma especulação quanto a falha ser o epicentro do tremor. Alguns relatórios especificam que o Big One se originará da falha de Hayward, próxima da área da baía de San Francisco.
Não importa de onde o terremoto vier, a previsão é de que ele devaste toda a Califórnia e outras partes da Costa Oeste. Um “cenário realista de crise” utilizado para o planejamento de emergência foi criado por 300 cientistas e detalha a ocorrência e os danos do terremoto através de projeções de computador baseadas em dados históricos. O computador prevê que o terremoto irá produzir ondas de choque que viajariam a 11,6 mil quilômetros por hora, danificando gravemente as principais rodovias e prédios. No geral, a maior preocupação para qualquer terremoto de grande impacto são os incêndios, devido à quantidade de vegetação seca que poderia transformar qualquer pequeno incêndio em um inferno de fogo.
A Casa Branca concedeu US$ 5 milhões a uma equipe da Universidade de Tecnologia da Califórnia, da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade de Washington, que está desenvolvendo um sistema de alerta precoce de terremoto para informar as pessoas um minuto antes de um terremoto atingir o estado. Atualmente, o sistema só é capaz de lançar um alerta 10 segundos antes do início de um terremoto.

1. Grande tempestade solar – 2015-2025
O maior desastre natural que poderia afetar a Terra no futuro próximo nem sequer nasceria no nosso planeta; ele vem do sol.
O sol tem um “ciclo de atividade”, o que significa que tem diminuição ou aumento da atividade, tais como erupções solares e manchas solares, dependendo do seu tempo em um ciclo particular. A grande explosão mais recente da atividade solar ocorreu em julho de 2012, quando uma ejeção de massa coronal (EMC) passou pela órbita da Terra e acertou a estação espacial STEREO-A. Uma tempestade solar geralmente tem uma labareda solar, altos níveis de radiação UV, partículas energéticas que destroem os componentes eletrônicos cruciais de satélites e muitas EMCs. A labareda solar de 2012 atingiu a estação espacial, mas foi apenas uma semana de diferença que evitou com que ela atingisse a Terra.
Esse golpe de sorte da Terra pode não se repetir no futuro próximo, de acordo com Pete Riley, cientista do Instituto de Ciência Preditiva. Depois de analisar os registros de tempestades solares dos últimos 50 anos, seus cálculos concluíram que há uma chance de 12% de uma grande tempestade solar atingir a Terra nos próximos 10 anos. Se isso vier a acontecer, interferiria potencialmente com sistemas de rádio, GPS e comunicações por satélite, afetando o uso de milhões de produtos eletrônicos em todo o mundo. Redes de energia também seriam afetadas devido à sobretensão provocada pelas partículas energéticas, possivelmente causando grandes apagões em todo o mundo – de forma semelhante ao que ocorreu em Quebec em 1989. Os custos econômicos são estimados em US$ 1 a 2 trilhões no primeiro ano do impacto, sendo que uma recuperação completa levaria entre 4 e 10 anos, de acordo com o Conselho Nacional de Pesquisa.
Mesmo que essa catástrofe ocorra, segundo o pesquisador Robert Rutledge e o escritório de previsão do Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA, ela pode não ser tão impactante como alguns estão prevendo. Mais uma vez, as previsões que estão sendo feitas abordam o ponto de vista da “pior situação possível” e são apenas uma advertência. Dito isto, as grandes empresas de energia e serviços de emergência em todo o mundo estão cientes dos efeitos da atividade solar e estão investindo pesadamente para se defender contra eles. [Listverse]

Fonte: http://hypescience.com/10-catastrofes-naturais-que-devem-estar-no-nosso-futuro-proximo/ - Autor: Jéssica Maes

quarta-feira, 22 de abril de 2015

10 mistérios fascinantes da vida que a ciência não pode explicar

A ciência com certeza melhorou o nosso entendimento do mundo enormemente, mas ainda existem muitas coisas que simplesmente não parecem ter explicação e continuam a intrigar estudiosos por décadas. Como…

10. Vacas sempre encaram norte ou sul enquanto comem
Quando uma equipe de cientistas analisou milhares de imagens de satélite do Google Earth de vacas (não me pergunte por quê), descobriram um detalhe que nos passou despercebido por milênios: os animais sempre se voltam para o polo magnético norte e sul enquanto comem ou descansam. O padrão se manteve consistente independentemente do vento ou outros fatores, e ninguém sabe por quê. Enquanto outros animais são conhecidos por conterem uma bússola interna, esta é a primeira vez que a orientação foi encontrada em um grande mamífero. Outra coisa estranha é que, quanto mais perto as vacas estão dos polos, menos precisas essa orientação é. Os cientistas não podem dizer se o fenômeno está relacionado com a navegação ou uma tentativa mal calculada de afastar predadores, embora deva ter um propósito (por causa da consistência com que foi observado em animais nos seis continentes). O fenômeno pode ter um efeito sobre a produção agrícola, uma vez que vacas obrigadas a ficar em uma orientação leste-oeste devem ser afetadas de alguma forma.

9. Por que alguns mamíferos voltaram para água
Sabemos que animais marinhos se mudaram da água para a terra muito tempo atrás, desenvolvendo membros para rastejar no chão. Foi a coisa mais sensata a se fazer, já que as regiões terrestres continham uma grande quantidade de recursos inexplorados, ideais para a evolução animal. Mas por que alguns desses animais, como os ancestrais imediatos de baleias e focas, mudaram-se de volta para a água? É evolutivamente muito mais difícil para os animais terrestres se mudarem para o mar do que vice-versa, uma vez que aprender a nadar para um animal que já anda leva muito mais energia. Mamíferos marinhos desenvolveram o método mais eficiente de navegar pelas caudas em vez de remar muito mais tarde no curso de sua evolução, o que nos leva a perguntar: por que passar por todo esse calvário, em primeiro lugar? Esse continua sendo um dos maiores mistérios da evolução que a ciência moderna enfrenta.

8. Alcaloides nas plantas
Alcaloides são substâncias que ocorrem naturalmente nas plantas, sendo que um dos mais populares é a morfina. Cerca de 7.000 diferentes tipos de alcaloides foram identificados em plantas e, embora tenhamos sido capazes de estudar os produtos químicos extensivamente, ainda não estamos muito certos do porquê eles estão lá. Essas substâncias fortes provocam uma variedade de respostas quando consumidas por outros animais. No caso da planta papoula, que produz morfina, alguns especialistas acreditam que é útil para manter os predadores afastados. Como consegue esse efeito, uma vez que é uma substância muito eficaz na redução da dor, é uma incógnita. Alguns acreditam que, em vez de razões externas, os alcaloides podem ser úteis para a regulação do metabolismo das próprias plantas.

7. Por que flores estão por toda parte
As plantas com flores formam uma classe chamada de angiospermas. Como você deve ter notado, elas estão por toda parte. O que é uma surpresa, no entanto, é que esse não foi sempre o caso. As plantas floridas superaram outros tipos de plantas em um período de tempo muito rápido cerca de 400 milhões de anos de atrás, e como resultado constituem cerca de 90% de todas as espécies de plantas hoje. O problema preocupava Charles Darwin, que o chamou de “um mistério abominável”. A rápida evolução de flores logo após sua origem ocorreu diretamente contra sua teoria da evolução lenta através da seleção natural. E não há nada evolutivamente benéfico sobre produzir flores. A planta poderia investir seus nutrientes em crescimento ou outras coisas que poderiam colocá-las em um lugar mais alto na escada evolutiva. Como as plantas não deixam quaisquer registros fósseis quando morrem, tem sido difícil determinar como esta espécie veio do nada e tão rapidamente conquistou todo o resto.

6. Por que há tanta diversidade perto do equador
Cerca de 200 anos atrás, um explorador prussiano chamado Alexander von Humboldt percebeu pela primeira vez que a biodiversidade aumenta conforme nos aproximamos da linha do Equador. A vida natural e a cultura humana se tornam mais diversificadas e vibrantes, assim como as doenças. Sempre que você ouve falar sobre epidemias mortais na África ou na América do Sul, não é apenas por causa dos cuidados de saúde ruins dos países subdesenvolvidos – os vírus e as bactérias que causam essas doenças são simplesmente muito mais ativos e diversificados nesses locais do que mais ao norte. Existem mais de 30 teorias para responder à grande questão de por que isso acontece, mas tem sido quase impossível conciliar todas essas hipóteses em uma única conclusão.

5. Paradoxo do fitoplâncton
Fitoplâncton é uma classe de organismos encontrados em grandes corpos de água. Eles são, essencialmente, plantas que flutuam, e têm sido descobertos em todo o mundo. É um grupo extremamente diversificado, e é essa grande diversidade que parece zoar com a cara da evolução e da seleção natural. A falta de recursos faz com que seja impossível que um grande número de diferentes organismos sobreviva em um ecossistema sem matar uns aos outros. Mas, de alguma forma, isso acontece. O problema não é restrito apenas ao fitoplâncton, aliás. Corpos d’água abundantes em nutrientes têm geralmente uma menor diversidade de espécies do que os que carecem deles. Isso é conhecido como o “paradoxo do enriquecimento”, já que nutrientes mais elevados deveriam significar maior diversidade.

4. Como formigas argentinas sustentam colônias em todos os continentes
Formigas argentinas são, possivelmente, a única espécie além da humana que conseguiu colonizar três continentes. Todos as três supercolônias de formigas argentinas na Europa, América do Sul e Ásia consistem de animais que compartilham as mesmas características genéticas e são essencialmente a mesma população. Como a distribuição geográfica dessas colônias é assustadoramente grande, sua estrutura social também confunde a ciência. Esses insetos reconhecem imediatamente seus irmãos, mas são agressivos com formigas de outras espécies. Além disso, o código genético das formigas argentinas não mudou muito durante milhares de anos. Isso é estranho porque, geralmente, organismos fora do seu ambiente nativo evoluem rapidamente, o que não foi o caso com esses bichinhos.

3. O ancestral humano misterioso
A linhagem de seres humanos modernos foi bem estudada ao longo dos anos, e parecia que tínhamos uma boa ideia sobre as nossas origens – até que os cientistas descobriram vestígios de um ancestral humano desconhecido no DNA de uma espécie extinta, a Denisova hominins, uma espécie de hominídeo estreitamente relacionada com os Neandertais e nomeada em homenagem às cavernas em que seus membros foram encontrados. A análise dos Denisovans indicou que eles cruzaram com uma espécie desconhecida cerca de 30.000 anos atrás, que deixou no seu DNA uma marca distinta: um conjunto estranho de dentes não encontrados em qualquer lugar outra parte do mundo vivo. Não sabemos nada sobre essa possível espécie hominídea ancestral.

2. Os animais que podem viver sem oxigênio
Quase todos os organismos da Terra precisam de oxigênio para viver, seja consumindo-o ou produzindo-o. Por isso, todos ficaram chocados quando os primeiros animais que não precisavam de oxigênio foram encontrados no fundo do Mar Mediterrâneo. Enquanto algumas bactérias e outros organismos simples podem viver sem oxigênio, o fenômeno era inédito entre animais multicelulares complexos. As criaturas recém-descobertas são do filo Loricifera, uma classe de pequenos animais que viviam com oxigênio, mas, eventualmente, se adaptaram a um novo ambiente com níveis muito baixos do gás, que eventualmente foi substituído por sais. Nenhum organismo complexo previamente conhecido vivia em ambientes sem oxigênio, então não temos nenhuma ideia sobre sua história evolutiva. Mais pesquisas poderiam oferecer-nos um novo olhar sobre a vida marinha antes dos oceanos terem qualquer oxigênio, cerca de 600 milhões de anos atrás.

1. Reprodução sexual
Além de alguns micróbios e plantas, quase todos os seres vivos do mundo se reproduzem sexualmente. Parece algo tão comum e normal que não percebemos que o sexo, na verdade, pode ser uma anomalia evolucionária. Metade de toda uma espécie – os machos – são incapazes de produzir qualquer descendência, enquanto usam os mesmos recursos do ambiente que a outra metade – as fêmeas. Por que passar por tanto esforço para desenvolver um mecanismo que é uma clara desvantagem no longo prazo? Por que não existe apenas a reprodução assexuada, que só depende de um único ser? Uma das teorias era que o sexo ajuda a eliminar mutações prejudiciais, mas esse não parece ser o caso. Quando os cientistas estudaram 700 genes de diversos organismos, eles descobriram que o número de mutações prejudiciais ainda gira em torno de 0,5 por indivíduo por geração, o que é MUITO. Somando os vários inconvenientes do sexo, não há nada suficiente para justificar a reprodução sexual. Mistério. [Listverse]

Fonte: http://hypescience.com/10-misterios-fascinantes-da-vida-que-ciencia-nao-pode-explicar/ - Autor: Natasha Romanzoti