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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Lista de sequelas de covid-19 aumenta a cada dia


Estudo aponta ao menos oito áreas que podem ser comprometidas pela infecção e que vão de sequelas cerebrais a dermatológicas

 

Alta hospitalar, um sopro de esperança para milhões de brasileiros que conseguiram superar a covid-19 desde que a pandemia começou. De acordo com o Ministério da Saúde, já são mais de 14 milhões de recuperados, um número que reflete as altas taxas de contaminação pelo Sars-Cov-2 no país. Mas o que vem depois que a doença vai embora? As sequelas deixadas pela covid-19 ainda estão sendo estudadas pela ciência e vão muito além das consequências respiratórias e pulmonares, como fadiga e falta de ar.

 

Alguns estudos apontam que cerca de 80% dos pacientes de covid-19 que se recuperam apresentam algum tipo de sintoma até quatro meses depois da infecção. Para a nefrologista e professora de Clínica Médica da Universidade Positivo (UP), Mariane Rigo Laverdi, uma das características mais marcantes da doença é que suas sequelas não se limitam ao sistema respiratório, mas atingem diversos sistemas. “A sequela pulmonar, que é a mais conhecida, pode até ser a mais grave, mas não vem sozinha. O paciente que teve covid sai do hospital muito debilitado, até mesmo desnutrido. Fadiga intensa, fraqueza e perda de força muscular são comuns por ficar muito tempo em repouso, o que impacta na redução da funcionalidade do paciente. Sem contar as sequelas psicológicas, que são muito significativas”, explica.

 

A “tempestade inflamatória” causada pelo vírus libera uma série de substâncias que atacam órgãos variados e dificulta a recuperação. Uma revisão de literatura publicada pela revista Nature apontou pelo menos oito áreas que podem ser comprometidas pela infecção e que vão de sequelas cerebrais a dermatológicas. “O paciente sobreviveu ao covid não vai estar de volta ao trabalho e à sua rotina prévia habitual tão logo saia do hospital. Ele precisa recuperar sua funcionalidade e isso exige um esforço multidisciplinar no pós-alta”, afirma Mariane.

 

Sequelas se espalham por várias partes do organismo

 

No Brasil, ainda não há estudos que detalhem os sintomas mais comuns entre os “recuperados”, mas, de acordo com pesquisadores de universidades da Suécia, Estados Unidos e México, os cinco sintomas de covid prolongada mais recorrentes são a fadiga (58%), dor de cabeça (44%), problemas para manter a atenção (27%), queda de cabelo (25%) e falta de ar (24%). Para chegar a esses resultados, eles avaliaram estudos feitos sobre o tema com 48 mil pacientes.

 

Além das sequelas mais comuns, há quem desenvolva perda de olfato e paladar que se prolonga por vários meses, dor no peito, tromboses, arritmias, tontura, problemas de memória, embolia pulmonar, insuficiência renal, AVC - e a lista continua. Depressão e ansiedade também fazem parte do leque de possíveis sequelas. As consequências emocionais de pegar covid-19 são extensas, como explica Mariane. “Muitas pessoas começam a ter uma nova visão sobre valores de vida. Isso porque a covid tem uma mortalidade muito alta e os pacientes passam por essa experiencia muito de perto, ao presenciarem outros pacientes ao seu redor não sobreviverem, além do isolamento - principalmente de seus entes queridos - durante o processo mais crítico da doença. Todos esses fatores influenciam muito o lado psicológico do paciente”, avalia. Daí a importância de estar atento não só às limitações físicas do paciente no pós-alta, mas também ao apoio psicológico, afetivo e até psiquiátrico, quando necessário.

 

Cada um dos sintomas apresentados deve ser relatado aos médicos, que farão o encaminhamento para os tratamentos adequados ou para outros especialistas, quando necessário. “São muitas sequelas, mas o principal no tratamento de todas elas é permitir que o corpo se restabeleça. É importante melhorar o aporte nutricional, iniciar imediatamente fisioterapia - tanto respiratória quanto motora - e ficar atento às questões emocionais. Esses três pilares precisam caminhar juntos para que o paciente recupere a funcionalidade prévia ao internamento”, finaliza a médica.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1811274/lista-de-sequelas-de-covid-19-aumenta-a-cada-dia - © Getty Images - imagem ilustrativa

domingo, 16 de maio de 2021

As consequências da covid-19, meses depois


Disfunção múltipla de órgãos e problemas psiquiátricos como ansiedade, transtornos de humor e insônia estão entre as ocorrências constatadas em prazo mais longo em estudos britânicos

 

Os efeitos de longo prazo da covid-19 tornam-se mais claros. Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, examinaram a ocorrência de 14 distúrbios neurológicos ou psiquiátricos em 236.379 pessoas seis meses após a confirmação do diagnóstico da covid-19. A taxa de prevalência de qualquer um dos problemas foi de 33,62% e de 46,42%, respectivamente, entre os que passaram por tratamento em unidades de terapia intensiva.

 

Os distúrbios psiquiátricos mais comuns foram ansiedade (17%), transtornos de humor (14%), abuso de substâncias (7%) e insônia (5%). Entre as doenças neurológicas, acidente vascular cerebral (2,1%), demência (0,7%) e hemorragia cerebral (0,6%) (Lancet Psychiatry, 6 de abril).

 

O que se sabe sobre a vacinação de grávidas contra a covid-19

Outro estudo de pesquisadores britânicos, com 47.780 pessoas que tiveram covid-19, registrou taxas maiores que na população em geral também de disfunção múltipla de órgãos, em todas as faixas de idade. Depois de uma média de 140 dias após o diagnóstico de covid-19, 30% dos indivíduos tiveram de ser novamente hospitalizados e 12% deles morreram. As taxas de doença respiratória, diabetes e doença cardiovascular foram, respectivamente, de 770, 127 e 126 para cada grupo de mil pessoas (British Medical Journal, 15 de março).

 

* Este artigo foi republicado do site Revista Pesquisa Fapesp sob uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/as-consequencias-da-covid-19-meses-depois/ - Texto:Revista Pesquisa Fapesp* ed. 303 - Crédito: Léo Ramos Chaves

sexta-feira, 7 de maio de 2021

10 possíveis sequelas da COVID-19


Além das complicações causadas durante a infecção, o novo coronavírus pode gerar danos permanentes ao organismo; confira

 

Desde o início da pandemia do novo coronavírus a quantidade de possíveis sintomas causados pela doença aumentou consideravelmente. Com o passar do tempo e o alto investimento em estudos, novos dados sobre o patogênico começaram a surgir.

 

Entretanto, não é apenas durante o período de contaminação que a COVID-19 pode manifestar reações no organismo. Cientistas e especialistas da área médica do mundo todo seguem investigando um fenômeno preocupante: possíveis efeitos do coronavírus em pacientes curados.

 

Entenda o que vem sendo pesquisado sobre o tema:

 

Sequelas da COVID-19

 

1. Complicações cardíacas

Um estudo feito em junho de 2020 por pesquisadores alemães analisou 100 pacientes com idade média de 49 anos, recém-recuperados da COVID-19. Os resultados dos exames de ressonância magnética do coração revelaram anormalidades no órgão de 78 pacientes. Além disso, do total de participantes, 60% apresentaram miocardite, uma inflamação do músculo do coração que não estava relacionada a qualquer condição preexistente.

Essa sequela segue sendo observada quase um ano depois da descoberta. Segundo Daniela Abdel Rahman, médica infectologista do Hospital Albert Sabin, houve um grande aumento no número de pacientes jovens, sem nenhuma doença cardíaca prévia, que desenvolveram miocardiopatia pelo vírus e ficaram sequelados.

O fato dessa condição surgir em pacientes previamente saudáveis se tornou motivo de alerta para os profissionais de saúde. Ainda segundo a médica, não há um perfil de paciente específico que possa ser afetado pelas consequências da SARS-CoV-2.

"O vírus pode acometer sim o músculo cardíaco, causando sequelas em qualquer pessoa, inclusive jovens. Claro que, para pacientes idosos, não é que o risco é maior, mas é que caso haja uma complicação cardíaca, essa complicação pode ser maior. Mas o risco de desenvolver não", conta.

 

2. Redução da capacidade pulmonar

Por se alocar diretamente no pulmão, as complicações que o coronavírus pode causar ao órgão também são alvo de pesquisas científicas desde o início da pandemia. Em março de 2020, autoridades do Hospital Princess Margaret, em Hong Kong, relataram que pacientes internados com a doença apresentaram redução de 20% a 30% da função pulmonar.

Esse dano continua sendo observado até hoje. Gustavo Sales, médico intensivista e cardiologista do Hospital Albert Sabin, conta que grande parte dos pacientes que apresentam sequelas graves no pulmão são tabagistas.

"Há muitos pacientes com sequelas pulmonares pós-COVID. O paciente fica com o que chamamos de bolhas no pulmão e, na maioria das vezes, são fumantes de longa data. São pacientes novos com essa lesão pela COVID que, em curto prazo, pode não acarretar em nada, mas no futuro irá gerar um comprometimento pulmonar que pode causar a perda de suas funções pela idade e desgaste", explica.

Além disso, a infectologista Daniela Rahman conta que pessoas que possuem DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) por tabagismo podem ter uma evolução pior do quadro de saúde, assim como pacientes com outras doenças pulmonares estruturais.

 

3. Função cognitiva

Entre os danos provocados na função cognitiva estão a perda de concentração, memória e desorientação. Segundo o cardiologista Gustavo Sales, esses fatores ocorrem por alterações no sistema nervoso central. "O paciente que teve a infecção pela COVID evolui o quadro com perda de memória, chamado leigamente de apagão, com lapsos em que ele desliga e liga novamente".

Daniela Rahman explica que essas sequelas nas funções cognitivas podem ocorrer mesmo em pacientes sem nenhum problema de saúde prévio, que acabam apresentando algum déficit de memória logo após a COVID. Entretanto, esse quadro tem apresentado, na grande maioria das vezes, recuperação posterior.

 

4. AVC e trombose

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais alertou sobre os riscos de trombose envolvendo pacientes infectados pelo coronavírus. Isso acontece quando o patogênico provoca anormalidades na coagulação sanguínea. Entretanto, o mecanismo que causa a formação desses coágulos ainda não é conhecido.

Segundo Gustavo Sales, o que já é de conhecimento médico é que um fator de risco pode causar fenômenos trombóticos: a obesidade. Quando o vírus gera a formação de coágulos que entopem os vasos, tanto arteriais quanto venosos, as complicações decorrentes disso são: AVC, infarto, tromboembolismo pulmonar e trombose inferior.

 

5. Ansiedade

Uma pesquisa em andamento desde de setembro do ano passado feita pela Universidade Federal de Minas Gerais em parceria com hospitais, como o Hospital das Clínicas (HC), vem observando o aumento de complicações envolvendo a saúde mental em pacientes curados da COVID-19.

Segundo os pesquisadores, o distúrbio de ansiedade pode ser consequência do período de internação e isolamento durante a infecção. Outro fator relatado pelos participantes do estudo é o medo de se contaminar novamente, assim como o receio de transmitir a doença para outras pessoas.

 

6. Perda de cabelo

O número de relatos sobre a queda de cabelo aumentou consideravelmente durante a pandemia. Além dos fatores psicológicos que podem justificar esse quadro, como o estresse e a ansiedade gerados pela quarentena, a perda dos fios também pode ser consequência das alterações do organismo após a infecção pelo vírus.

"O corpo responde à infecção por SARS-CoV-2 criando um estado pró-inflamatório que leva a danos nos tecidos e outras sequelas por conta da liberação das citocinas pró-inflamatórias. Esse quadro pode retroalimentar a inflamação, o que significa manter a inflamação por um período maior", explica a dermatologista Joana D'arc Diniz.

 

7. Parosmia

A alteração no olfato, também chamada de parosmia, é um dos sintomas mais conhecidos da COVID-19. Entretanto, esse problema pode durar até mesmo após a recuperação da doença. Profissionais de saúde acreditam que o vírus afeta o nervo olfatório, causando uma irritação temporária ou até permanente. Assim, ocorre uma desconexão entre os receptores dos cheiros e o cérebro.

Enquanto alguns pacientes sentem dificuldade ao sentir cheiros, outros acabam sofrendo alterações na percepção de odores. Há relatos de pessoas que passaram a sentir o aroma de acetona em alimentos e bebidas, por exemplo. Entretanto, o número de dados sobre a complicação ainda é pequeno, fazendo com que as causas e o tempo de cura para o problema ainda sejam desconhecidos.

 

8. Inflamação no fígado

Apesar de existirem poucas evidências sobre o tópico, alguns profissionais de saúde apontaram que o surgimento de lesões no fígado, como a inflamação do órgão, também pode ser consequência da COVID-19.

"Temos observado elevações muito transitórias das enzimas hepáticas que, normalmente, têm voltado ao normal. Portanto, sequelas hepáticas não são tão comuns", explica a infectologista Daniela Rahman.

 

9. Diabetes

Um estudo publicado na revista científica Diabetes, Obesity and Metabolism em novembro de 2020, revelou que a infecção pelo coronavírus pode causar uma alteração drástica na taxa de glicemia.

De 3.711 pacientes analisados, 14,4% foram diagnosticados com diabetes após se curarem da COVID-19. Apesar da possibilidade de alguns dos participantes já terem a doença antes se contaminarem com o vírus, os cientistas acreditam que o patogênico possui a capacidade de provocar alterações nas células sanguíneas, fazendo com que pessoas de diferentes perfis possam desenvolver diabetes.

 

10. Epididimite

Um estudo feito pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) analisou a inflamação no epidídimo, canal localizado nos testículos, como uma possível consequência da infecção por coronavírus.

Os participantes da pesquisa tinham entre 18 e 55 anos, todos hospitalizados com COVID-19. Os dados relataram que, de 26 pacientes com casos leves e moderados da doença, 42.3% apresentaram quadros de epididimite.

Os pesquisadores acreditam que essa condição ocorreu por um mecanismo utilizado pela SARS-CoV-2 para invadir as células dos testículos. Entre as consequências dessa inflamação, estão alterações no sêmen e nos parâmetros seminais, o que pode causar dores intensas na região e inchaço do saco escrotal. Porém, até o momento, ainda não há outras pesquisas sobre o tema.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37533-10-possiveis-sequelas-da-covid-19?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9071816 - Escrito por Paula Santos

terça-feira, 27 de abril de 2021

Síndrome pós-Covid: os sintomas que precisam de atenção


Por ser uma doença inflamatória multissistêmica que afeta vários órgãos, principalmente o pulmão e os sistemas hematológico e cardiovascular, podendo comprometer também os rins e o sistema nervoso, as sequelas decorrentes da Covid-19 atingem grande parte dos pacientes, e podem persistir por meses após a infecção pelo vírus. Estudos indicam que até 80% dos recuperados sentem ao menos um sintoma por até quatro meses depois do fim da infecção.

 

Os males causados por quem já se recuperou da doença ainda estão sendo desvendados e requerem atenção especial dos serviços médicos, mas a orientação é que os cuidados não devem ser encerrados após o fim dos sintomas, conforme alerta a Dra. Giovanna Orrico, infectologista do Centro de Tratamento da Covid do Hospital Espanhol, em Salvador. “A continuidade do acompanhamento se faz necessária para garantir o retorno às atividades, principalmente quando há quadros graves”.

 

Sequelas e acompanhamento


De acordo com a infectologista, alguns acompanhamentos médicos são indicados, geralmente para quem teve a forma moderada e grave, e com internação em enfermaria ou UTI. Os casos leves habitualmente não necessitam de acompanhamento, apenas em situações específicas, como perda de olfato prolongado, alterações neurológicas ou depressão.

 

As sequelas mais frequentes e que necessitam de atenção:

Para quem teve a forma mais grave: fibrose pulmonar, diminuição da capacidade respiratória, insuficiência coronariana, tromboembolismo pulmonar, alterações neurológicas, como acidentes isquêmicos/hemorrágicos e depressão.

Para quem teve a forma mais leve: fadiga extrema, tonturas, palpitações e mialgia (dores musculares).

Em todos os casos são recomendados exames de laboratório, como hemograma, função renal, coagulograma e provas inflamatórias como VHS e PCR.

Exames de imagem podem ser necessários, principalmente para quem teve quadro de pneumonias graves com fibrose residual.

Exames de avaliação cardiológica e pulmonar são recomendados nos casos que necessitaram de internação hospitalar.

 

 Síndrome pós-Covid-19


A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou como síndrome o conjunto de sintomas prolongados apresentados por pacientes no pós-covid-19. Alguns dos sintomas mais frequentes:

• Dor de cabeça persistente

• Perda de memória

• Déficit de atenção

• Ansiedade

• Depressão

• Alterações cardíacas, como taquicardia e dispneia após atividades

• Problemas digestivos

• Insônia

• Fadiga extrema

 

Dra. Giovanna explica que esta síndrome precisa de uma abordagem multidisciplinar com médicos, nutricionistas e fisioterapeutas para reabilitação pulmonar e motora, além de apoio psicológico e psiquiátrico, principalmente para pacientes que ficaram em UTI por muito tempo. “A Covid representa um grande desafio para as equipes de saúde, e o esforço coletivo tem contribuído muito para o retorno mais rápido dos pacientes às suas atividades e à vida normal”, avalia.

 

Estudo brasileiro e simpósio OMS

 

No último mês de fevereiro, a OMS convocou especialistas internacionais para um simpósio dedicado exclusivamente à Síndrome pós-Covid-19 para melhor definir a enfermidade, ampliar os conhecimentos, alinhar métodos de estudos e planejar estratégias globais de atendimento. O Brasil participou do evento apresentando a pesquisa Coalizão VII, do Coalizão Covid-19 Brasil, estudo que analisa os impactos a longo prazo e a qualidade de vida após a alta hospitalar de pacientes que tiveram a doença. O estudo é um dos nove desenvolvidos pela aliança formada por diversos hospitais e institutos de saúde no país.

 

Fonte: https://revistaabm.com.br/blog/sindrome-pos-covid-os-sintomas-que-precisam-de-atencao