Embora não seja possível generalizar, muitos
brasileiros não têm o costume de valorizar os produtos nacionais. Alguns acham
que tudo que é bom vem de fora, que precisa ser importado.
Aí vem a surpresa: tem coisa brasileiríssima que é
muito apreciada no exterior. Coisa que
você usa todo dia. Coisa que você adora. Coisa que você deveria dar valor,
ou ter orgulho.
Confira dez invenções incríveis que você
provavelmente não sabia que eram brasileiras:
10. Brigadeiro
Ahhhhh, o brigadeiro. Doce preferido de crianças e
também de muitos adultos, onipresente em festas de aniversário, e 100%
brasileiro.
O brigadeiro nasceu durante as eleições de 1945,
quando o brigadeiro Eduardo Gomes disputou a Presidência do Brasil com Eurico
Gaspar Dutra. “Brigadeiro” era um posto militar – o título do oficial mais
graduado da Aeronáutica. Alguém teve a ideia de misturar leite condensado,
manteiga e chocolate em pó, criando um docinho para distribuir durante a
campanha de Eduardo Gomes. O doce recebeu seu nome em homenagem ao candidato.
Na época, ele não ganhou a eleição, mas o brigadeiro certamente se elegeu por
unanimidade no gosto do povo.
9. Avião
Muitos já conhecem ou ouviram falar dessa invenção.
Alberto Santos Dumont, brasileiríssimo, é considerado o pai da aviação. A
primeira conquista foi quando o aeroplano 14-Bis, construído por ele, sobrevoou
o céu de Paris (a capital da França) em 1906. A tecnologia mudou muito e só
melhorou desde então.
Como acontece com muitas invenções de tamanha
importância, diversos outros inventores clamam ser os responsáveis pelo
primeiro avião, incluindo os irmãos Wilbur e Orville Wright, dos Estados
Unidos. Mas a história aponta que o mérito é mesmo do nosso querido
conterrâneo.
8. Escorredor de arroz
Já imaginou não ter um? Hoje extremamente comum em
todas as casas brasileiras, o escorredor foi inventado em 1959. A obra foi da
cirurgiã-dentista Therezinha Beatriz Alves de Andrade Zorowich, que estava
cansada de ver o ralo da sua pia sempre entupido. Ela teve a ajuda do seu
marido, o engenheiro Sólon Zorowich, que montou um protótipo em papel alumínio
e o apresentou ao dono da empresa Trol S/A. Pouco tempo depois, o produto
começou a ser comercializado.
7. Máquina de escrever
Como no caso do avião, essa grande invenção é
reivindicada por muitos países, incluindo Brasil, Estados Unidos, França,
Inglaterra e Itália. Por aqui, a criação de um dispositivo mecânico de escrita
é atribuída ao padre Francisco João de Azevedo, nascido na Paraíba do Norte
(atual João Pessoa) em 1827. Professor de matemática e integrante de uma
família de mecânicos, ele construiu um modelo que foi apresentado na Exposição
Agrícola e Industrial de Pernambuco em 1861 e na Exposição Nacional do Rio de
Janeiro no mesmo ano.
6. Balão
O padre do balão é mesmo brasileiro. Não estamos
falando do que morreu anos atrás, mas sim de Bartolomeu de Gusmão,
que descobriu que o ar aquecido era mais leve que o ar da atmosfera. Resultado?
A criação do balão de ar quente. A primeira tentativa de Gusmão não foi um
sucesso: o veículo pegou fogo e assustou o público que tinha ido conferir a
descoberta. Infelizmente, esse fato levou o padre ao esquecimento, mas as
glórias da invenção continuam sendo dele.
5. Urna eletrônica
Essa invenção brasileiríssima, do desembargador
Carlos Prudêncio, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, permitiu que o voto
fosse de fato secreto e mais bem protegido. As cédulas de papel eram mais
frágeis e mais propensas a fraude. A urna eletrônica também ajuda na hora da
contagem dos votos, que ficou mais rápida e segura.
Em 1989, Prudêncio organizou a primeira votação, na
cidade de Brusque (SC), com a ajuda de um computador. O processo só foi
melhorando desde então. Em 1995, o Brasil se tornou o primeiro país a ter uma
eleição totalmente informatizada.
4. Identificador de chamadas
Ninguém quer viver em um mundo no qual o celular
toca e você não sabe quem é. Essa invenção está tão integrada no nosso
cotidiano que nem lembramos de como era não ter “bina”. Inventada em 1977 por
Nélio Nicolai, ela é usada no mundo todo e, ainda assim, o brasileiro
especialista em telefones não recebe nada por isso. Tudo porque ele não
conseguiu registrar a patente.
Curiosidade: a palavra bina é, na verdade, uma sigla
que significa “B identifica número A”, ou seja, o segundo aparelho revela o
número do primeiro.
3. Orelhão
Criado em 1970 pela designer Chu Ming Silveira,
chinesa naturalizada brasileira, o primeiro orelhão do país foi colocado na Rua
Sete de Abril, em São Paulo. Em 1972, gradualmente, os orelhões passaram a ser
implantados por todos os estados. Essa invenção é agora encontrada em vários
países da América Latina, além da China.
2. Painel eletrônico
A placa luminosa dos estádios só podia ser
brasileira, não? O produto foi patenteado em 1996 pelo cearense Carlos Eduardo
Lamboglia. A estreia do produto ocorreu dois anos depois, na Copa da França,
sendo hoje indispensável em competições de inúmeros esportes. Certamente,
também é usado com outras finalidades.
1. Coração artificial
A criação do coração artificial é do engenheiro
mecânico brasileiro Aron de Andrade, do Instituto Dante Pazzanese de
Cardiologia (SP). Inventado em 2000, o órgão artificial é ligado ao natural e
alimentado por um motor elétrico. Antes desse desenvolvimento, havia um
procedimento no qual o coração natural tinha que ser retirado na operação e
substituído pelo artificial – que não durava muito tempo. No molde brasileiro,
porém, nada é extraído. De acordo com Andrade, as vantagens desse padrão são
muitas, como tornar a própria cirurgia bem mais simples. [EBC, GenioCriador, FatosDesconhecidos, ViverEmBrasilia, MacacoVelho]