sábado, 4 de janeiro de 2020

Como retornar para o esporte após uma lesão


Não dá para zerar o risco de uma lesão no esporte. Saiba o que fazer diante de um revés do tipo para retomar os exercícios quanto antes — e com segurança

O corpo não se adapta por igual ao esforço físico. Enquanto coração e pulmões ganham condicionamento com relativa facilidade — o que resulta em fôlego extra —, músculos, tendões, ligamentos e ossos levam mais tempo para ficar firmes e fortes. Não à toa, é comum a pessoa achar que está cheia de gás e acabar passando do ponto. “As lesões surgem em qualquer um, mas o risco é maior em quem dá um passo maior do que a perna sem um preparo adequado”, contextualiza o ortopedista Arnaldo Hernandez, chefe do Grupo de Medicina do Esporte do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Apesar de não existir um levantamento nacional do número de brasileiros que se machucam durante o esporte, pesquisas menores estimam que ele é alto. “No futebol, 15% dos praticantes se lesionarão uma vez na vida. Já na corrida, a prevalência varia entre 15 e 20%”, calcula o médico Moisés Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Para piorar, quem se contunde fica suscetível a um novo acidente de percurso. Segundo uma revisão de estudos publicada no British Journal of Sports Medicine, indivíduos com histórico de ossos quebrados na perna ou uma lesão no tendão de aquiles apresentam maior risco de problemas futuros no tornozelo.

“Outro trabalho mostra que corredores que sofreram uma fratura por estresse [provocada por impactos repetitivos] têm uma probabilidade quatro a cinco vezes maior de manifestar outro episódio”, cita Hernandez.


Além das dores e limitações de movimento, quadros graves que não são bem cuidados podem levar ao sedentarismo. Cerca de 10 a 15% dos esportistas que romperam o ligamento cruzado anterior do joelho abandonam a vida ativa, de acordo com dados do Anterior Cruciate Ligament Study Group, uma iniciativa global voltada para pesquisas sobre essa estrutura do corpo.

Daí a importância de realizar um tratamento adequado, que o faça voltar a se divertir com sua modalidade favorita.

Quais são as lesões mais comuns
Estiramento: é uma ruptura muscular por causa de esforços intensos que gera bastante desconforto. Nos casos mais severos, hematomas e perda de força dão as caras.

Entorse: torções das articulações geralmente se concentram no tornozelo. Irregularidades do terreno, desatenção e choques estão por trás dessa chateação.

Tendinopatia: Pode ser a inflamação ou o desgaste de um tendão. Ela surge pelo excesso de carga ou de repetição de movimentos. Ou, ainda, pela falta de fortalecimento.

Os problemas mais graves ligados ao exercício
Ligamento rompido: o quadro é sério quando atinge estruturas que estabilizam um movimento. Exemplo: a ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho dificulta mudanças de direção. Por isso, em geral exige cirurgia.

Ruptura dos tendões: pancadas e esforços excessivos podem dividir um tendão em dois, o que também costuma ser remendado com bisturi.

Fratura: é quando o osso quebra em decorrência de uma agressão ou por sobrecargas contínuas, como as passadas de uma corrida.

O que fazer quando você se lesiona
O processo de reabilitação depende da gravidade do machucado, do tratamento, do organismo de cada um… “Em geral, casos cirúrgicos precisam de seis a oito meses para uma recuperação completa. Já os não cirúrgicos tendem a demorar menos”, explica Alexandre Godoy, ortopedista da Universidade de São Paulo (USP).

De qualquer maneira, existe um certo roteiro a ser seguido, que inicia com o protocolo Price. Em inglês, a sigla remete a cinco estratégias que devem ser cumpridas logo após o acidente para minimizar estragos, principalmente nas primeiras 48 horas.

São elas: proteger a região, interromper o exercício, fazer compressas de gelo e manter o membro elevado. Em paralelo, é mandatório visitar o médico para firmar o diagnóstico correto.

A partir daí, o profissional vai personalizar o tratamento. Mas uma coisa é certa: das encrencas leves às graves, a fisioterapia costuma entrar em cena. Ela ajuda a recuperar a força, o alongamento e a amplitude de movimento das estruturas afetadas.

“As sessões também envolvem exercícios que simulam a movimentação no esporte praticado”, relata Marcus Vinicius Grecco, educador físico e fisioterapeuta do Hospital das Clínicas da capital paulista.

Há vários manuais médicos que orientam sobre a recuperação de lesões específicas. De modo geral, todos preconizam que o sujeito só volte a se exercitar quando apresentar uma cicatrização completa, sem sinais de inchaço ou dor.

Ele também deve ter restabelecido a função da área comprometida, a força muscular e os reflexos de maneira geral. “Para avaliar isso, testes são conduzidos pela equipe que acompanha o caso”, aponta Adriano Almeida, médico do esporte e ortopedista da USP.

Até o estado mental da pessoa merece atenção. Às vezes o físico já está ok, porém a cabeça segue cheia de inseguranças que culminam em sedentarismo.

“Sessões de psicoterapia resgatam a confiança com uma abordagem positiva sobre a evolução no tratamento”, sugere a psicóloga do esporte Fernanda Bolzan Carneiro, que atende na região metropolitana de São Paulo.

No mais, receber alta não dá aval para o corredor que ficou parado por meses já se inscrever em uma maratona. Será necessário progredir gradualmente, dando espaço a atividades de fortalecimento e alongamento do corpo como um todo. Além disso, treinos específicos voltados para evitar a reincidência da lesão seguem primordiais.

“O paciente que teve uma tendinopatia, por exemplo, deverá controlar a carga de treinamento e fortalecer o tendão com exercícios que alongam os músculos”, ilustra Paulo Roberto Szeles, ortopedista e coordenador da residência de Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo.

Já um abalo no ligamento cruzado anterior do joelho vai exigir um esforço adicional para fortificar a perna. Com isso, os músculos resguardam a região contra um novo perrengue. Pior do que se contundir uma vez é voltar ao estaleiro após umas míseras sessões da sua modalidade predileta.



Não é só a lesão que afasta do esporte
Mudança de cidade, períodos de muito trabalho, nascimento de um filho… Estão aí outros motivos comuns para cair no sedentarismo. Isso é até normal, desde que você busque reincorporar a atividade física na agenda assim que se ajustar à nova rotina.

“Costumo dizer que leva três vezes mais tempo para ganhar condicionamento físico do que para perder”, diz o ortopedista Paulo Roberto Szeles.

Fora isso, a regra de voltar aos poucos também vale aqui. “A carga deve ser aumentada apenas em 10 a 15% a cada três ou quatro semanas para que as estruturas do corpo se adaptem”, orienta o educador físico e fisioterapeuta Marcus Vinicius Grecco.

Para exemplificar, se você correu 5 quilômetros, dali a 30 dias estaria liberado para uma sessão de 5,75. Parece uma evolução lenta, mas em alguns meses você chegará aonde deseja.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/como-voltar-a-ativa-apos-uma-lesao/ - Por Diana Cortez - Ilustrações: Giovani Flores/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

As 13 maiores mentiras de nutrição que tornaram o mundo doente e gordo


A nutrição está cheia de todo tipo de bobagem. Os piores exemplos estão listados aqui, mas infelizmente, essa é apenas a ponta do iceberg. Aqui estão as 13 principais mentiras nutricionais que tornaram o mundo doente e gordo.

1. Ovos são ruins para sua saúde
Os ovos são tão incrivelmente nutritivos que costumam ser chamados de “multivitamínico da natureza”. Os nutrientes neles são suficientes para transformar uma única célula em um filhote de frango inteiro.
No entanto, os ovos foram demonizados no passado, porque eles contêm uma grande quantidade de colesterol, o que foi creditado para aumentar o risco de doença cardíaca.
Mas a verdade é que, apesar de serem ricos em colesterol, os ovos não aumentam o colesterol ruim no sangue. Na verdade, os ovos aumentam o colesterol “bom”.
Apesar de todas as advertências sobre ovos nas últimas décadas, estudos mostram que eles não estão associados a doenças cardíacas.
E mais, os ovos são praticamente um alimento perfeito para os seres humanos. Eles são carregados com proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas, minerais e antioxidantes únicos que protegem os olhos.
Eles também são uma excelente fonte de colina, um nutriente que é muito importante para a saúde do cérebro e cerca de 90% das pessoas não estão recebendo o suficiente.    
Apesar de ser um alimento com “alto teor de gordura”, comer ovos no café da manhã é comprovado para causar perda de peso significativa.
Conclusão: Os ovos estão entre os alimentos mais nutritivos do planeta e não aumentam o risco de doenças cardíacas. Ovos no café da manhã podem ajudá-lo a perder peso.

2. Uma caloria é uma caloria
Costuma-se dizer que a única coisa que importa para a perda de peso é “calorias in, calorias out”. A verdade é que as calorias são importantes … mas os tipos de alimentos que comemos são tão importantes quanto.
Isso porque diferentes alimentos passam por diferentes vias metabólicas no organismo.
Além disso, os alimentos que comemos podem impactar diretamente os hormônios que regulam quando e quanto comemos, bem como a quantidade de calorias que queimamos.
Aqui estão dois exemplos de porque uma caloria não é apenas uma caloria:
• Proteína: Comer proteína pode aumentar a taxa metabólica e reduzir o apetite em comparação com a mesma quantidade de calorias provenientes de gordura e carboidratos. Também pode aumentar a massa muscular, que queima calorias.
• Frutose vs glicose: Frutose pode estimular o apetite em comparação com o mesmo número de calorias da glicose.
Mesmo que as calorias sejam importantes, dizer que elas são tudo o que importa quando se trata de peso (ou saúde) é completamente errado.
Conclusão: Todas as calorias não são criadas iguais. Diferentes alimentos passam por diferentes vias metabólicas e têm efeitos variados sobre a fome, hormônios e saúde

3. gordura saturada é insalubre
Por muitas décadas, as pessoas acreditaram que comer gordura saturada pode aumentar o risco de doenças cardíacas.
De fato, essa ideia tem sido a pedra angular das principais recomendações nutricionais.
No entanto, estudos publicados nas últimas décadas provam que a gordura saturada é completamente inofensiva.
Um estudo maciço publicado em 2010 analisou dados de um total de 21 estudos que incluíram 347.747 indivíduos. Eles não encontraram absolutamente nenhuma associação entre o consumo de gordura saturada e o risco de doença cardíaca
Múltiplos outros estudos confirmam essas descobertas… a gordura saturada realmente não tem nada a ver com doenças cardíacas. A “guerra” à gordura foi baseada em uma teoria não comprovada que de alguma forma se tornou de conhecimento comum.  
A verdade é que a gordura saturada aumenta o colesterol HDL (o “bom”). Também altera o colesterol LDL de LDL pequeno e denso (muito, muito ruim) para LDL Grande, que é benigno.
Não há literalmente razão para temer manteiga, carne ou óleo de coco… estes alimentos são perfeitamente saudáveis!
RESULTADO: Novos estudos mostram que a gordura saturada não aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Ela aumenta o colesterol bom e altera o colesterol “ruim” para um subtipo benigno.

4. Comer muita proteína é ruim para sua saúde
Muitas pessoas acreditam que comer muita proteína pode danificar seus ossos.
Embora seja verdade que o aumento da proteína pode aumentar a excreção de cálcio dos ossos a curto prazo, os estudos de longo prazo mostram exatamente o efeito oposto.
De fato, comer mais proteína é consistentemente associado à melhora da densidade óssea e a um menor risco de fratura na velhice.
Este é um exemplo de onde seguir cegamente os conselhos nutricionais convencionais levará ao resultado exatamente oposto .
Outro mito é que a proteína aumenta a tensão nos rins e contribui para a insuficiência renal.
A realidade é um pouco mais complicada do que isso. Embora seja verdade que pessoas com doença renal estabelecida devem reduzir a ingestão de proteínas, estudos em indivíduos saudáveis ​​mostram que a proteína é perfeitamente segura
Em indivíduos saudáveis, a proteína na verdade reduz dois dos principais fatores de risco para doenças renais … que são diabetes e pressão alta.
Comer uma dieta rica em proteínas tem muitos outros benefícios, incluindo aumento da massa muscular, redução da gordura corporal e menor risco de doenças como doenças cardiovasculares.
RESULTADO: Estudos mostram que a proteína tem efeitos positivos na saúde óssea a longo prazo e não aumenta o risco de doença renal em indivíduos saudáveis. Comer uma dieta rica em proteínas tem muitos benefícios importantes para a saúde.

5. Todos devem comer trigo integral “saudável para o coração”
Comumente confundido como alimento saudável, há evidências de que o trigo pode contribuir para vários problemas de saúde.
Sim… isso inclui trigo integral “saudável para o coração”.
O trigo é a maior fonte de glúten na dieta. Novos estudos estão mostrando que uma porcentagem significativa da população pode ser sensível a ele.
Em indivíduos sensíveis, o glúten pode contribuir para vários sintomas, como problemas digestivos, dor, inchaço, incoerência nas fezes, fadiga e pode danificar o revestimento do intestino.
Existem também alguns ensaios controlados que associam o glúten de trigo a vários distúrbios do cérebro, incluindo esquizofrenia, autismo e ataxia cerebelar.
Não só isso … mas um estudo controlado em humanos mostrou que o trigo integral aumentou vários fatores de risco para doenças cardiovasculares em apenas 12 semanas.
Embora o trigo integral seja menos “doentio” do que o trigo refinado, a melhor opção seria pular o trigo completamente.
RESULTADO: O trigo é a maior fonte de glúten na dieta. Muitos estudos mostram que o trigo, incluindo o trigo integral, pode contribuir para vários problemas de saúde.

6. Café é ruim para você
O café ganhou uma má reputação no passado.
É verdade que o café pode suavemente elevar a pressão arterial a curto prazo. No entanto, estudos de longo prazo mostram que o café pode realmente reduzir o risco de algumas doenças graves.
Bebedores de café:
• Ter um risco até 67% menor de diabetes tipo II.
• Correm um risco muito menor de contrair doença de Alzheimer e Parkinson.
• Ter um risco até 80% menor de doenças do fígado, como cirrose.
A cafeína também ajuda a mobilizar os ácidos graxos dos tecidos adiposos, aumenta o metabolismo e aumenta o desempenho dos exercícios em uma média de 11-12%.
Muitos estudos examinaram os efeitos da cafeína no cérebro, mostrando que ela pode melhorar o humor, a memória, o tempo de reação, a vigilância e a função cerebral geral
Você pode se surpreender ao ouvir que o café também é carregado com antioxidantes. De fato, é a maior fonte de antioxidantes na dieta moderna, superando tanto frutas como vegetais, combinados.
Se você é sensível à cafeína ou tende a interromper seu sono, o chá verde tem muitos dos mesmos benefícios para a saúde, mas uma quantidade menor de cafeína.
RESULTADO: O café contém quantidades muito grandes de antioxidantes. Estudos mostram que os bebedores de café correm um risco muito menor de desenvolver muitas doenças graves.

7. A carne é ruim para você
Culpar novos problemas de saúde em comidas antigas nunca fez sentido.
Um exemplo disso é a carne … que os humanos têm comido durante toda a evolução, por milhões de anos.
Por alguma razão muito estranha, muitas pessoas agora culpam a carne por doenças como doenças cardíacas e diabetes tipo II, que são relativamente novas.
Isso não faz muito sentido e os estudos não suportam isso.
Embora seja verdade que a carne processada está associada a todos os tipos de doenças, o mesmo não acontece com a carne vermelha não processada .
Uma revisão maciça de 2010, que analisou dados de 20 estudos com um total de 1.218.380 indivíduos, revelou que a carne vermelha não processada não teve associação significativa com nenhuma doença cardiovascular ou diabetes tipo II.
Outros estudos que incluíram centenas de milhares de pessoas concordam com isso… a carne processada é ruim, mas a carne vermelha não processada é inofensiva.
Embora alguns estudos observacionais tenham encontrado uma ligação entre consumo de carne e câncer, estudos de revisão que analisam os dados como um todo mostram que o efeito é fraco e inconsistente.
Se realmente existe uma associação entre carne vermelha e câncer (o que NÃO foi provado), então é mais provável que seja causada pelo cozimento excessivo, e não pela própria carne. Por esse motivo, pode ser importante evitar queimar sua carne.
Além disso, não vamos esquecer que a carne é incrivelmente nutritiva. É carregado com vitaminas, minerais, proteínas de qualidade, gorduras saudáveis ​​e vários nutrientes menos conhecidos que são importantes para o corpo e o cérebro.
RESULTADO: Estudos mostram que a carne vermelha não processada não aumenta o risco de doença cardiovascular ou diabetes. Há uma associação muito fraca com o câncer, mas provavelmente causada pelo cozimento excessivo e não pela própria carne.

8. A dieta mais saudável é uma dieta com pouca gordura e alto teor de carboidratos
Desde o ano de 1977, as autoridades de saúde disseram a todos para comer uma dieta com pouca gordura e carboidratos.
Isto foi originalmente baseado em decisões políticas e estudos de baixa qualidade que foram completamente desmascarados.
Curiosamente, a epidemia de obesidade começou quase ao mesmo tempo em que as diretrizes de baixo teor de gordura surgiram.
Desde então, vários estudos maciços examinaram os efeitos na saúde da dieta com baixo teor de gordura.
Na Women’s Health Initiative, o maior estudo sobre dieta já realizado, 48.835 mulheres foram randomizadas para uma dieta com baixo teor de gordura ou continuaram a comer a dieta padrão ocidental.
Após um período de estudo de 7,5 anos, o grupo com baixo teor de gordura pesou apenas 0,4 kg (1 libra) menos e não houve diminuição de doença cardiovascular ou câncer.
Outros estudos concordam com esses achados … essa dieta é notoriamente ineficaz.
Mesmo que possa funcionar para indivíduos saudáveis ​​e ativos … para pessoas com obesidade, síndrome metabólica ou diabetes, a dieta com baixo teor de gordura pode ser absolutamente prejudicial.
RESULTADO: A dieta pobre em gordura e rica em carboidratos recomendada pelas principais organizações de nutrição é um fracasso e tem sido repetidamente provado ser ineficaz.

9. Óleos vegetais e sementes refinadas são saudáveis
Alguns estudos mostram que as gorduras poli-insaturadas diminuem o risco de doença cardíaca.
Por essa razão, muitos recomendaram que aumentássemos nosso consumo de óleos vegetais, como óleo de soja, óleo de girassol e óleo de milho.
No entanto, é importante perceber que existem diferentes tipos de gorduras poli-insaturadas, principalmente ômega-3 e ômega-6.
Enquanto recebemos Ômega-3 de peixes e animais alimentados com capim , as principais fontes de ácidos graxos ômega-6 são os óleos de sementes e vegetais processados.
A coisa é… precisamos obter Ômega-3 e Ômega-6 em um certo equilíbrio . A maioria das pessoas está comendo muito pouco Omega-3 e muito Omega-6.
Estudos mostram que o excesso de ácidos graxos ômega-6 pode aumentar a inflamação no corpo, que é conhecido por desempenhar um papel causal em muitas doenças graves.
Mais importante ainda, os óleos vegetais e de sementes estão associados a um risco significativamente aumentado de doenças cardíacas … o maior assassino do mundo.
Se você quiser diminuir o risco de doenças, coma seus Ômega-3, mas evite os óleos refinados de sementes e vegetais.
É importante ter em mente que isso NÃO se aplica a outros óleos vegetais, como óleo de coco e azeite, que são pobres em ômega-6 e extremamente saudáveis.
Resumindo: O consumo excessivo de óleos vegetais e sementes refinados pode aumentar a inflamação no corpo e elevar drasticamente o risco de doenças cardiovasculares.

10. Dietas com baixo teor de carboidratos são ineficazes e prejudiciais
Dietas de baixo carboidrato têm sido populares por várias décadas.
Porque eles são ricos em gordura, eles foram demonizados por nutricionistas e os meios de comunicação.
Eles afirmam repetidamente que tais dietas são “não comprovadas” ou francamente perigosas.
No entanto, desde o ano de 2002, mais de 20 estudos randomizados controlados examinaram os efeitos das dietas de baixo carboidrato em vários aspectos da saúde.
Quase todos esses estudos concordam que:
1 – Dietas de baixo carboidrato levam a reduções significativas na pressão arterial.
2 – Dietas com poucos carboidratos, em que as pessoas podem comer o quanto quiserem, causam mais perda de peso do que as dietas com baixo teor de gordura, que são restritas em calorias
3 – As dietas com baixo teor de carboidrato aumentam o colesterol HDL (o bom) e diminuem os triglicérides muito mais do que as dietas com baixo teor de gordura.
4 – As dietas de baixo carboidrato alteram o padrão de LDL (o “mau”) colesterol de LDL pequeno e denso (muito ruim) para LDL Grande – que é benigno.
5 – Dietas “low-carb” têm poderosos efeitos positivos sobre o diabetes tipo II, diminuindo significativamente o açúcar no sangue e reduzindo a necessidade de medicação.
6 – No mínimo, as dietas com baixo teor de carboidratos parecem ser mais fáceis de manter do que as dietas com pouca gordura, provavelmente porque as pessoas não precisam restringir as calorias e ficar com fome o tempo todo. (Fonte -1-)
Embora as dietas low-carb sejam desnecessárias para pessoas saudáveis ​​e ativas, estudos mostram que são extremamente úteis contra a obesidade, síndrome metabólica e diabetes tipo II … que são alguns dos maiores problemas de saúde do mundo.
Apesar desses resultados poderosos, muitos dos “especialistas” que deveriam ter nossos melhores interesses em mente têm a audácia de chamar as dietas de baixo nível de carboidratos perigosas e continuar a vender a dieta com baixo teor de gordura que está prejudicando mais pessoas do que ajuda.
Resumindo: Dietas de baixo carboidrato são a maneira mais fácil, saudável e eficaz de perder peso e reverter doenças metabólicas. É praticamente um fato científico neste momento.

11. Todo mundo deveria estar cortando o sódio
As autoridades de saúde nos dizem constantemente para reduzir o sódio na dieta, a fim de reduzir a pressão arterial.
Considerando que a maioria das pessoas está comendo cerca de 3400 mg de sódio por dia, geralmente somos aconselhados a reduzir para 1500-2300 mg por dia (cerca de 3/4 a 1 colher de chá de sal).
É verdade que a redução do sódio pode causar reduções leves na pressão arterial, especialmente em indivíduos que têm pressão arterial elevada.
Mas é importante ter em mente que a pressão sanguínea elevada em si não mata ninguém diretamente. É um fator de risco, não necessariamente uma causa de doença.
Curiosamente, muitos estudos examinaram se a restrição de sódio tem algum efeito sobre a doença cardiovascular ou o risco de morte. Estes estudos consistentemente não encontraram nenhum efeito … mesmo em indivíduos com pressão alta.
Outros estudos mostram que muito pouco sódio também pode ser prejudicial, levando a efeitos adversos, como resistência à insulina, colesterol LDL elevado e triglicérides, bem como um aumento do risco de morte em diabéticos tipo II.
No geral, não há evidências de que pessoas saudáveis ​​precisem reduzir o sódio.
Resumindo: Apesar da restrição de sódio ser capaz de reduzir levemente a pressão arterial, isso não leva a melhores resultados de saúde.

12. O açúcar é ruim porque contém calorias “vazias”
Muitos pensam que o açúcar não é saudável apenas porque contém calorias “vazias”.
Isso é verdade … o açúcar contém muitas calorias, sem nutrientes essenciais.
Mas isso é realmente apenas a ponta do iceberg.
O açúcar, principalmente devido ao seu alto teor de frutose , pode ter sérios efeitos adversos no metabolismo e nos propiciar rápido ganho de peso e doença metabólica.
Quando ingerimos grandes quantidades de frutose, ela se transforma em gordura no fígado e é transportada como partículas de VLDL, ou aloja-se no fígado para causar doença hepática gordurosa não alcoólica.
Estudos em humanos mostram que o excesso de frutose pode levar à resistência à insulina, açúcar elevado no sangue, triglicerídeos elevados, aumento do LDL pequeno e denso e aumento da obesidade abdominal em menos de 10 semanas.
A frutose também não diminui o hormônio da fome, a grelina, e não afeta a saciedade no cérebro da mesma forma que a glicose. Dessa forma, o açúcar faz com que um impulso bioquímico no cérebro coma mais e engorde.
Isso se aplica à frutose de açúcares adicionados , e não aos açúcares naturais encontrados nas frutas.
Quando consumido em excesso, o açúcar adicionado está associado a várias doenças, incluindo obesidade, doenças cardíacas, diabetes tipo II e até mesmo câncer.
O açúcar é provavelmente o pior ingrediente da dieta moderna.
RESUMINDO: Os efeitos nocivos do excesso de açúcar vão muito além das calorias vazias. O açúcar pode ter efeitos adversos graves no metabolismo, levando ao ganho de peso e a muitas doenças graves.

13. Gordura faz você engordar
Parece fazer sentido que comer gordura faria você engordar.
Afinal, o material que está deixando as pessoas macias e inchadas é gordo.
Por este motivo, comer mais gordura deve nos dar mais do mesmo.
No entanto, acontece que não é tão simples assim. Apesar da gordura ter mais calorias por grama do que proteínas ou carboidratos, dietas ricas em gordura não deixam as pessoas gordas.
Isso depende completamente do contexto. Uma dieta que é rica em carboidratos e gordura vai fazer você engordar, mas não é por causa da gordura.
De fato, os estudos mostram consistentemente que dietas ricas em gordura (mas pobres em carboidratos) levam a muito mais perda de peso do que dietas com baixo teor de gordura.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A ameaça do infarto em adultos jovens


O número de ataques cardíacos em pessoas com menos de 30 anos cresceu 13% no Brasil. Como prevenir esse problema?

No início de setembro, Danilo Feliciano de Morais se sentiu mal durante uma partida de futebol com os amigos. O filho do ex-jogador Cafu, capitão do pentacampeonato do Brasil na Copa do Mundo de 2002, não resistiu. Morreu de infarto aos 30 anos, uma tragédia que provocou comoção e também chamou a atenção para um problema cada vez mais comum: os ataques do coração em adultos jovens.

Embora eles ainda figurem no imaginário como algo que afeta só gente de meia-idade ou com os cabelos brancos, avançam com força na moçada. Um estudo apresentado no último encontro do Colégio Americano de Cardiologia revela que, apesar de o número de infartos ter se estabilizado entre os americanos mais velhos, a incidência vem se ampliando 2% ao ano entre cidadãos com 40 anos ou menos.

A situação é parecida entre os brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, de 2013 pra cá os episódios de infarto entre adultos com até 30 anos subiram 13%. “Isso reflete o aumento de hábitos não saudáveis que colocam em risco a vida de pessoas nessa faixa etária”, avalia o médico Roberto Kalil Filho, diretor do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. “Estresse, obesidade, diabetes, tabagismo, hipertensão e colesterol fora de controle, além do histórico familiar, são fatores cada vez mais prevalentes e apontados como os grandes responsáveis pelo aumento das estatísticas”, enumera ele, que também comanda o Instituto do Coração (InCor), em São Paulo.

Os genes e algumas peculiaridades biológicas ainda entram em jogo. Como no caso de Danilo, que praticava esporte quando sofreu o ataque, muitas vezes o comprometimento cardiovascular só se revela na hora do próprio infarto. “Uma parte significativa dos episódios em jovens acontece a partir de entupimentos que até momentos antes não eram significativos, as chamadas placas rasas, que geram um coágulo capaz de obstruir uma artéria do coração”, explica José Knopfholz, professor de cardiologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. “Nessas ocasiões, às vezes o primeiro sintoma é o próprio infarto”, lamenta.

Para evitar um desastre desses, ficar atento a antecedentes familiares (avós, pais ou irmãos que infartaram mais cedo), ter acompanhamento médico e buscar um estilo de vida equilibrado compõem um roteiro básico. Tem que se alimentar direito, fazer exercícios, não fumar nenhum tipo de cigarro… “O tabagismo leva a um risco até cinco vezes maior de ter um infarto”, ressalta o cardiologista Leopoldo Piegas, do Hospital do Coração, em São Paulo.

Fatores de risco para o infarto antes dos 40 anos

Sedentarismo, dieta desregulada e obesidade (em alta no Brasil) semeiam o terreno para entupimentos nos vasos do coração.
A hipertensão não costuma dar sinais e causa danos nas artérias coronárias e cerebrais, abrindo caminho a ataque cardíaco e AVC.
Cerca de 15% dos casos de infarto estão ligados a crises de estresse, capazes de levar a picos de pressão e ao colapso do músculo cardíaco.
A herança genética pode favorecer colesterol nas alturas e outros elementos que contribuem para a ocorrência de infartos precoces.

Como surge um infarto

Você já deve ter ouvido por aí que o infarto em jovens é mais grave, não? Um papo de que, com a idade, o coração se prepararia melhor para futuros sustos… Isso se deve à história de que os mais velhos teriam mais circulação colateral, vasos sanguíneos que se desenvolvem ao redor do músculo cardíaco para supri-lo — se uma artéria importante ficasse entupida, o problema seria compensado pelo aporte de sangue fornecido pelos outros caninhos.

Pois bem: uma revisão de estudos feita por cientistas suíços atesta que a circulação colateral pode, sim, ser decisiva para o desfecho de um infarto, mas a idade não teria influência sobre esse fenômeno. “A circulação colateral pode evitar uma morte súbita em decorrência do ataque cardíaco, fazendo com que a pessoa tenha uma chance de ir ao hospital em caso de emergência”, explica Knopfholz.

“Só que ela não é maior ou menor no jovem, uma vez que é determinada geneticamente”, esclarece o cardiologista Bruno Caramelli, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Por falar em herança genética, ela tanto pode proteger como elevar a propensão a um infarto precoce. “Filhos de pais hipertensos ou que já tiveram AVC correm um risco 50% maior”, calcula Oscar Dutra, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Algumas condições determinadas pelo DNA, como a hipercolesterolemia familiar (que faz disparar os níveis de colesterol), também tornam mais árduo o destino do coração — daí a importância de diagnosticar e tratar corretamente quanto antes.

A despeito dos genes, a prevenção não deve esperar sintomas, até porque a formação das placas que entopem os vasos do coração é um processo silencioso. Mas o fato é que fatalidades como a de Danilo despertam a preocupação com o tema e a saúde de cada um, como o InCor já tinha observado em 2006 após a morte do humorista Bussunda, do Casseta & Planeta.

Nos dias seguintes à notícia, houve aumento no número de pessoas atendidas na emergência cardiológica do hospital. Os pacientes tinham, em média, 43 anos, a idade de Bussunda ao falecer. “As pessoas lembram que precisam se cuidar quando veem algo ocorrer com alguém famoso”, nota Caramelli, que liderou esse levantamento no InCor.

O combate à doença cardiovascular, a bem da verdade, precisa começar antes mesmo do nascimento. Já está comprovado que um ambiente intrauterino desfavorável eleva a probabilidade de hipertensão, colesterol alto, obesidade e diabetes lá na frente. Com base nisso, a SBC recomenda que os cuidados se iniciem no pré-natal e percorram a primeira infância e a adolescência — as placas de gordura já podem se depositar nas artérias das crianças.

Nesse sentido, além das consultas e do check-up com o pediatra, cabe estimular prática de atividade física, alimentação balanceada, controle do peso, boas noites de sono… “A ideia de que a prevenção começa aos 40 anos é coisa do passado. Tem de começar antes do nascimento e se estender ao longo da vida”, defende Caramelli.

Projetos como o SBC Vai à Escola, que pretende levar educação sobre o assunto a mais de 60 mil alunos de 6 a 18 anos de 210 escolas públicas de São Paulo, buscam justamente mudar esse paradigma de cuidados. E incentivar que não só os mais jovens, mas toda a família, se protejam de uma das maiores causas de morte no planeta.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/a-ameaca-do-infarto-em-adultos-jovens/ - Por Maurício Brum, Juan Ortiz e Sílvia Lisboa - Ilustração: Victor Beuren/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

2019: ano especial em minha vida!

Todos os meus 58 anos foram especiais em minha vida, mas nada comparado a 2019, com momentos inesquecíveis e importantes que vou compartilhar com os meus amigos: em janeiro, reiniciei meu trabalho como Professor de Educação Física nos Colégios Dom Bosco e O Saber; em abril, fiz uma viagem inesquecível a Curitiba para participar do Retiro nacional “Evangelizar é preciso” do Padre Reginaldo Manzotti com minha esposa Madileide, as minhas irmãs Cida e Lourdes, meu irmão Tonho, minha cunhada Deise e meus sobrinhos Matheus e Felipe; em julho, comemorei 58 anos de vida junto aos meus familiares; em setembro, lancei o Livro Minhas Memórias na Bienal do Livro de Itabaiana; em outubro, viajei a São Paulo com minha esposa Madileide, minhas irmãs Cida e Lourdes, meu irmão Tonho, minha cunhada Deise e meus sobrinhos Matheus e Felipe para as comemorações da Novena e Festa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte; visitamos a Catedral de Frei Galvão em Guaratinguetá e a Canção Nova em Cachoeira Paulista. Também passearmos na capital paulista acompanhados da minha irmã Dete e meu cunhado Adovaldo; em novembro, viajei pela primeira vez a Gramado/RS para participar do Natal Luz com minha esposa Madileide, minha irmã Cida e meus sobrinhos Matheus e Felipe. Ainda em novembro, participei do 9º Encontro dos colegas da Turma de 1979 do Colégio Estadual Murilo Braga; em dezembro, participei das confraternizações de Natal e de fim de ano das famílias Costa e Carvalho com esposa, filhos, irmãos, sobrinhos, cunhados, noras, primas; durante o ano letivo tive o orgulho e satisfação de lecionar e conviver com centenas de alunos dos colégios Dom Bosco e O Saber; este ano passei mais tempo brincando com a minha netinha Laisa. Foram momentos inesquecíveis em 2019.

Agradeço a Deus pelos 365 dias de bênçãos divinas, paz, saúde e prosperidade em minha vida, de minha esposa Madileide, dos meus filhos Júnior, Lucas e Thiago e de minha netinha Laisa.

Com as graças e bênçãos de Deus espero que 2020 seja um ano melhor que foi 2019 e possa concretizar mais sonhos e projetos ao lado dos meus familiares, amigos e alunos.

José Costa

Mulheres, levem seus sintomas de ataque cardíaco a sério


Você já ouviu falar que o colesterol pode levar a artérias entupidas e aumentar o risco de um ataque cardíaco, e isso é verdade. Mas o que você pode não perceber é que você pode ter um ataque cardíaco, mesmo que suas artérias não tenham bloqueios. Esse é o caso de pelo menos um terço das mulheres que tiveram ataques cardíacos, diz o Dr. C. Noel Bairey Merz, diretor do Centro Cardiovascular Feminino Barbra Streisand em Cedars-Sinai, em Los Angeles. No entanto, até mesmo seus médicos muitas vezes não percebem o que aconteceu.

Quando Merz e seus colegas pegaram um grupo de mulheres que se queixaram de dor torácica, mas não precisaram se preocupar porque os exames de imagem (angiografias) não mostraram nenhum bloqueio, eles descobriram que 8% tinham cicatrizes no coração – indicando que ataque cardíaco tinha acontecido. Sua pesquisa foi publicada em 2018 na revista Circulation.

Como isso é possível? Enquanto uma artéria bloqueada é uma das principais causas de ataques cardíacos, dificilmente é o único. O infarto agudo do miocárdio, que a maioria das pessoas chama de ataque cardíaco, simplesmente significa que o fluxo sanguíneo para os vasos sanguíneos do coração é cortado de modo que as células do músculo cardíaco morram, diz Merz.

Na maior parte do tempo, isso acontece porque um depósito de gordura (chamado de placa) que já está entupindo uma artéria torna-se instável e se interrompe, diminuindo ainda mais ou interrompendo o fluxo sanguíneo. Mas mesmo pequenas quantidades de placa que normalmente não mexem com a circulação podem romper e formar coágulos sanguíneos, que restringem o fluxo sanguíneo e causam pequenos ataques cardíacos, diz Merz.

“As mulheres também podem ter ataques cardíacos por problemas menos comuns, como o SCAD – dissecção espontânea da artéria coronária – que é quando o revestimento interno de uma artéria se separa”, acrescenta ela. Outra causa possível é um espasmo em uma artéria coronária, o que poderia restringir o fluxo sanguíneo se ele durasse o suficiente ou acabasse formando um coágulo.

Infelizmente, mulheres que têm um ataque cardíaco devido a uma dessas causas menos conhecidas tendem a não ser levadas a sério. “Os médicos não acreditavam que tivessem um verdadeiro ataque cardíaco”, diz Merz sobre as mulheres com dor no peito que foram encontradas para ter cicatrizes cardíacas no estudo Circulation.

Se você tiver dor torácica persistente ou grave, consulte um cardiologista. Se lhe disserem que não se preocupe porque suas artérias estão abertas, procure uma segunda opinião. Outros testes, como uma ressonância magnética cardíaca ou um teste de reserva de fluxo coronário, podem revelar que você realmente tem um sério problema cardíaco – talvez você tenha tido um ataque cardíaco – e que o tratamento é necessário.

Se você tiver dor torácica persistente ou grave, consulte um cardiologista. Se lhe disserem que não se preocupe porque suas artérias estão abertas, procure uma segunda opinião. Outros testes, como uma ressonância magnética cardíaca ou um teste de reserva de fluxo coronário, podem revelar que você realmente tem um sério problema cardíaco – talvez você tenha tido um ataque cardíaco – e que o tratamento é necessário.

É bom saber:
O que posso fazer pelo meu coração?

Hábitos de vida saudáveis ​​são fundamentais. Não fume, coma muitas frutas e vegetais e faça do exercício uma prioridade.

Quais sintomas podem sugerir um ataque cardíaco?

Você pode ter dor no peito, mas muitas vezes as mulheres também têm dor nas costas ou mandíbula, azia , náusea , vômito, fadiga extrema e falta de ar.

Quais testes de triagem cardíaca eu preciso?

A resposta depende das coisas que você tem que tornam os problemas cardíacos mais prováveis, incluindo sua história familiar e pressão sanguínea e leituras de colesterol

Onde posso ir para uma segunda opinião?

Seu médico de cuidados primários deve ser capaz de encaminhá-lo para um cardiologista diferente, ou você pode dirigir-se a um centro médico que tenha um programa especializado de coração para mulheres.


terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Chá gelado, picolé, açaí… 8 alimentos para refrescar o calor


Eles prometem hidratá-lo mesmo nos dias mais quentes. Conheça as vantagens de cada um — e como aproveitá-los — para curtir o verão com saúde

Vem chegando o verão e, com ele, a necessidade de se hidratar mais. E é bom caprichar mesmo porque a temperatura promete subir muito em janeiro e fevereiro. Uma pesquisa realizada pela agência meteorológica do Reino Unido mostra que 2017 será um dos anos mais quentes de que se tem notícia. A razão para isso é a combinação entre os efeitos do El Niño — fenômeno atmosférico que aquece águas dos oceanos e altera o clima global — e os gases do efeito estufa.

Para ajudá-lo a encarar o sol e a praia que estão a caminho, selecionamos uma lista de bebidas e alimentos que hidratam, refrescam e espantam o calor. Você vai conhecer prós e contras de cada para fazer as suas escolhas.

Águas aromatizadas ou saborizadas
Elas chegaram com tudo. Estão na moda e marcam presença em restaurantes e bares, sendo apreciadas principalmente por quem acha a água sem graça. Mas são saudáveis? As versões naturais, que você prepara em casa, sim.
“Especiarias como a canela conferem um sabor delicioso à água”, aponta Ana Ceregatti, nutricionista especializada em alimentação natural e vegetariana. Ela destaca que uma excelente opção é adicionar galhos de hortelã limpos e frescos e um pedaço pequeno de gengibre à bebida. Se esses itens forem orgânicos, melhor ainda.

A hortelã favorece a digestão e o gengibre contém o ativo gingerol, um antisséptico e anti-inflamatório natural. “Quem gosta de ervas e especiarias pode fazer as próprias combinações”, afirma Ana. Cuidado mesmo exigem as frutas cítricas, que oxidam em temperatura ambiente e, aí, deixam a água com sabor amargo, além de perderem suas propriedades nutricionais.
As industrializadas, ao contrário, abusam dos corantes artificiais, conservantes e acidulantes (usados para intensificar o sabor dos alimentos e bebidas). Algumas têm ainda adoçante e sódio.
Além das versões saborizadas artificialmente, o mercado possui agora farta oferta de uma bebida vendida com vitaminas, minerais e energéticos em cápsulas – cujo conteúdo deve ser adicionados ao líquido da garrafa. É mais um desses modismos de academia. “Parece água, mas não é. A promessa é de que esses produtos aumentem a energia ou acalmem”, descreve Cynthia Antonaccio, da Consultoria Equilibrium, de São Paulo.
Essas bebidas contêm princípios ativos e extratos que até podem ser uma opção interessante. Porém, é imprescindível contemplar a presença de açúcar em sua composição e o preço (que chega a 100 reais a unidade) antes de optar por qualquer uma.

Chá gelado
Não dá para negar que um chá geladinho ajuda a driblar a sede. Mas, diante da variedade de produtos disponíveis, qual escolher? “A melhor opção será sempre a natural, sem açúcar e à base de ervas, flores e especiarias, como erva-mate, hibisco, camomila e gengibre”, explica Fernanda Gabriel, nutricionista da RG Nutri, consultoria de São Paulo.
Preparado com água e um ingrediente principal, esse tipo de bebida preserva antioxidantes e substâncias anti-inflamatórias. Cuidado apenas com a procedência da erva e com a quantidade de chá ingerida. Compre esses produtos em estabelecimentos de confiança, verifique se não estão mofados e se não apresentam sujidade.
“Essas ervas possuem princípios ativos que, se consumidos com frequência e em grande quantidade, podem fazer mal aos mais sensíveis. A dica é variar”, ensina Mariana Del Bosco, nutricionista e mestre em Ciências pela disciplina de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Já os chás industrializados, disponíveis em saquinhos, garrafas e até latas, são sem dúvida práticos. Porém, também são mais pobres do ponto de vista nutricional. A maioria tem pouca quantidade de polifenóis –compostos encontrados nos alimentos e que varrem as toxinas do organismo, por exemplo.
Tais compostos se perdem durante o processo de produção dessas bebidas, que têm sabor alterado com a adição de açúcar ou adoçantes. “Alguns chás industrializados contêm conservantes e corantes. Por isso, sempre indico os que são feitos com as ervas e, na ausência deles, os de saquinho”, receita Ana Ceregatti.
Caso você não deseje carregar por aí uma garrafinha com seu chá feito em casa, a nutricionista Cynthia Antonaccio dá uma dica importante: “Ao comprar as versões industrializadas, escolha pelo menos as que têm menos açúcar ou são light”.
Vale lembrar que a ingestão desse carboidrato não deve ultrapassar 10% do valor calórico total do dia, como recomendado pela Organização Mundial de Saúde. “Um adulto que consome em torno de 2 mil calorias ao dia pode ingerir, no máximo, 200 calorias provenientes do açúcar, que é algo em torno de 50 gramas”, exemplifica Fernanda Gabriel.

 O perigo da garrafa
De nada vale tomar todos os cuidados para escolher um chá natural e colocá-lo em uma garrafa qualquer de plástico. Certifique-se de que sua garrafa está livre de BPA, ou Bisfenol-A – composto presente na confecção de alguns tipos de policarbonato. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estudos preliminares mostram que esse composto pode causar problemas hormonais.

Água de coco
Um das deliciosas vantagens do verão é aproveitar praias, parques e praças — e se lambuzar com uma refrescante água de coco. Fernanda Gabriel, da RG Nutri, confirma que o líquido é naturalmente rico em água e minerais que auxiliam na hidratação. “Além da água da fruta, podemos consumir a carne do coco. Ela é gostosa e carrega fibras e gorduras que garantem a saciedade por mais tempo”, fala.
Em um copo de 200 mililitros dessa bebida há 93% de água. O restante é composto por açúcar, proteínas, sais minerais e fibras. Por isso, Ceregatti endossa o consumo do líquido in natura. Ela explica que o produto em caixinha contém frutose – adicionada na maioria dos industrializados (sucos etc) para destacar o sabor da bebida.
“É melhor comprar o coco fresco, abri-lo e fazer cubos de gelo com sua água”, diz. Esses cubos servirão para preparar sucos naturais e até smoothies, preservando as propriedades da fruta.
Fernanda Gabriel até admite o consumo da água em caixinha como alternativa para os dias de pressa e para quem não encontra a fruta com facilidade. Mesmo assim, a ingestão deve ser moderada – justamente pela presença de açúcar e conservantes nessa versão.

Sucos naturais e industrializados
Mais uma vez, as nutricionistas preferem os naturais ou a versão integral em caixinha. “Por serem feitos com ingredientes frescos, eles mantêm os nutrientes”, ensina Fernanda. Ela reforça que, entre os industrializados, é bom ficar de olho na presença de açúcar e evitar os néctares e refrescos, que apresentam um percentual pequeno de fruta na composição.
Para ser considerada um suco, a bebida precisa ter pelo menos 50% de polpa da fruta e água (sem nenhuma substância estranha). Já o néctar deve conter até 30% de fruta, açúcar e aditivos químicos, como corantes. Nesse balaio, não dá pra negligenciar os refrescos (com 8% de fruta e muito açúcar) e o suco concentrado (ele tem menos açúcar que o néctar, é mais barato e leva corantes, aromatizantes e conservantes). Já o produto integral não carrega conservantes nem é adoçado artificialmente.
No entanto, se no momento de escolha você só tiver o néctar, não precisa se martirizar. E uma dica da nutricionista Cynthia Antonaccio: “Ao optar pelo néctar, escolha aqueles que seriam iguais ao que você prepara em casa”, diz. Como assim? “Por exemplo: dificilmente você fará um suco puro de maracujá ou de limão. Então, não tenha medo se, às vezes, recorrer a esses produtos. Mas analise para ver se vale a pena”, explica.

Picolé e sorvete de massa
Por mais tentadores que sejam, cabe lembrar que os sorvetes de massa possuem um monte de açúcar e, em boa parte dos potes, a famigerada gordura trans, criada pela indústria para melhorar o sabor e a durabilidade dos alimentos na gôndola. Acontece que estudos científicos comprovaram que essa molécula é muito prejudicial à saúde.
Por isso, a opção das nutricionistas é o picolé — em geral, preparado com suco da fruta e açúcar. “Se tiver que escolher, opte por um de frutas, mas não pense nele como lanche”, ensina Ceregatti. Nas refeições intermediárias, coma o vegetal in natura mesmo para matar a fome.
A nutricionista Cynthia Antonaccio admite a ingestão de sorvete de massa como uma indulgência à qual você recorre vez ou outra. “Sem peso ou culpa, mas consciente do que está ingerindo”, arremata.

Açaí na tigela
Não abre mão dessa delícia originária da Amazônia e está no grupo dos que precisam controlar a ingestão de açúcares? Então fique de olhos abertos: a maioria das versões vendidas nas ruas têm adição de xarope de milho, como esclarece Ana Ceregatti.
“Arriscaria que 99% dos que são vendidos têm esse ingrediente. Ele é pior que o açúcar refinado, porque sobrecarrega o organismo de forma geral”, explica. De acordo com ela, é importante checar o rótulo para adquirir os que contenham a polpa de açaí.
Fernanda Gabriel diz que nem por isso a fruta deve sair do cardápio. “Ela é rica em antioxidantes e proporciona saciedade. Mas a polpa congelada, na maioria das vezes, é adoçada. Assim, é melhor escolher acompanhamentos como frutas, coco ralado e opções sem açúcar”.
Garantimos: não é necessário adicionar xaropes como o de guaraná na tigela. As frutas e os cereais já dão um gosto especial. Mas se está sentindo falta de um docinho, considere o açúcar mascavo ou mesmo o de coco.

 Raspadinha
A procedência da água usada para fazer essa guloseima praiana é comumente negligenciada. Mas é aí que mora o perigo. Se não for potável, ela pode ser veículo de transmissão de várias doenças, ocasionando de diarreia à hepatite A.
“Também é importante saber que tipo de suco foi usado para prepará-la e se foi adicionado algum xarope”, acrescenta Ceregatti. A nutricionista explica que um suco natural é o ingrediente perfeito para uma raspadinha deliciosa. “Bata água de coco com suco de uva no liquidificador. Ponha em um saco e leve ao freezer até endurecer. Se preferir, use suco de maçã concentrado”, ensina.
Para os que não abrem mão das versões vendidas nas areias e ruas brasileiras, vale ficar atento às calorias. Isso porque ingredientes como leite condensado tornam essa opção bastante calórica. “Se forem feitas com esses produtos, as raspadinhas devem ser incluídas na alimentação com moderação”, pondera Fernanda Gabriel.

Água mineral
“A água deve ser ingerida pura e estar sempre disponível. Ela é a nossa principal fonte de hidratação”, atesta Del Bosco. “Uma dica para saber se você está bebendo a quantidade ideal é observar a cor da urina, que deve ser clara”, conclui.
Nas ruas, o principal cuidado é comprar uma água mineral de fonte ou empresa reconhecida. “Sempre a adquira em um comércio formal, que forneça nota fiscal. Nesses locais, o risco de levar um produto adulterado é menor”, afirma Antonaccio. Como as águas são extraídas de fontes naturais, pegue as que você já está acostumado — mais por uma questão de sabor do que por qualquer outro detalhe.
O sódio encontrado nas versões minerais é natural das fontes das quais ela são extraídas. Sua quantidade é muito pequena frente às recomendações diárias (um copo de água há 0,15% da indicação de consumo). “Sendo assim, não vai prejudicar o funcionamento do corpo”, afirma Fernanda Gabriel.
O consumo frequente de água mineral, ao contrário do que se fala, não causa danos ao organismo em pessoas saudáveis. Evite apenas ingeri-la durante as refeições.
Vale lembrar que nosso corpo precisa de aproximadamente 2 litros de água por dia para regular a temperatura, transportar minerais e vitaminas e por aí vai. E uma ótima notícia: o consumo adequado ajuda até a acabar com aquela falsa sensação de fome. Portanto, hidrate-se!