quinta-feira, 8 de maio de 2014

Alimentos termogênicos para emagrecer

Nutricionista explica como eles agem no organismo

Melhor do que comer algum alimento que não engorde é comer os que ajudam a acelerar a perda de peso. Estamos falando dos alimentos termogênicos, que necessitam de maior queima de energia para serem digeridos e, por isso, chegam a ser responsáveis por cerca de 10% do gasto total de energia. Ou seja, meninas: alimentos termogênicos emagrecem muito e são os melhores amigos da dieta!

 “Todos os alimentos gastam energia para serem digeridos, ou seja, têm a capacidade de aumentar a temperatura corporal e acelerar o metabolismo, aumentando a queima de gordura. Porém, os termogênicos induzem o metabolismo a trabalhar com ritmo acelerado, gastando assim, mais calorias. Um exemplo é a pimenta vermelha que, segundo um estudo com seres humanos, induziu elevado gasto energético após a refeição e queima de gordura”, explica a nutricionista Larissa Cohen, do Espaço Stella Torreão, no Rio de Janeiro.

Além da pimenta vermelha, também fazem parte desse grupo a mostarda, o gengibre, o vinagre de maçã e o guaraná. “Ultimamente, tem-se visto maior interesse também por compostos extraídos de plantas, como a cafeína do café, efedrina da ephedra, capsaícina das pimentas e catequinas de chás”, diz.

A forma de consumo – se separadamente ou junto com outros – vai depender de cada alimento. “A pimenta, por exemplo, pode ser utilizada junto com a refeição. Já o chá verde deve ser consumido entre as refeições para não interferir na absorção de nutrientes provenientes das grandes refeições, como o ferro”, afirma.

Os alimentos termogênicos ajudam a emagrecer, mas não são milagrosos. “É importante aliar o consumo dos alimentos termogênicos a um plano alimentar equilibrado, de acordo com a rotina individual, e pobre em gorduras saturadas e açúcares simples, além da prática frequente de exercício físico”.

Se consumidos em excesso, eles podem fazer mal, causando dor de cabeça, tontura, insônia e problemas gastrointestinais. “Os hipertensos ou portadores de problemas cardíacos devem ter mais cuidado, pois alguns desses alimentos fazem o coração trabalhar mais rápido. Pessoas com problemas na tireoide também devem ter atenção e usar os alimentos termogênicos sob orientação profissional por causa da influência sobre o metabolismo”, alerta.

Receita com alimentos termogênicos
Suco verde
1 a 2 folhas de couve previamente higienizada
Lascas de gengibre (1 colher de chá)
½ copo de água de coco
1 maçã com casca
1 limão espremido
Bater no liquidificador, coar e servir

Dicas de consumo de termogênicos
Utilizar gengibre nas saladas ou em sucos ou em molhos para saladas
A pimenta vermelha pode ser usada com moderação no almoço e deve ser evitada no jantar para não atrapalhar a qualidade do sono.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

12 segredos das pessoas que nunca adoecem

Já imaginou viver dez anos a mais que o restante da humanidade? Pois cinco povos do planeta conhecem o caminho da longevidade. Confira!

1. Utilize pratos menores
Estudos americanos mostram que, quando ingerimos até 25% menos comida, o colesterol total e o LDL (porção ruim), o triglicérides e a pressão arterial são reduzidos e o peso fica estável. Um conselho? Coma até ficar 80% satisfeita. O povo da ilha japonesa usa pratos de 23 cm de diâmetro para ingerir até 30% menos comida - no Brasil, os pratos de porcelana possuem cerca de 26 cm 

2. Reduza o sal diariamente
Em 2010, o periódico inglês New England Journal of Medicine divulgou o seguinte dado: a diminuição de 3 g de sal por dia pode evitar 44 mil mortes por ano. O cuidado previne e controla a hipertensão, que agrava a insuficiência renal e as doenças cardíacas. Dicas para reduzi-lo: abuse das ervas aromáticas, que realçam o sabor dos alimentos, e fuja dos embutidos, enlatados e congelados 

3. Cochile durante o dia
A sesta (soneca após o almoço) é um hábito na Península de Nicoya, na Costa Rica. Em outras partes do mundo, essa pausa diurna também é comum. Segundo os cientistas, a sesta melhora a saúde e nos deixa mais espertos. Num teste feito na Califórnia (EUA), um grupo dormiu 90 minutos e outro não. Após a soneca, o primeiro time pontuou bem mais numa dinâmica de aprendizagem 

4. Pense de forma positiva
A ciência já provou que ser otimista reforça o bem-estar. Isso porque nenhum órgão está separado dos nossos pensamentos - cada crença desencadeia uma resposta química que nos fortalece ou enfraquece. Para pensar positivo, medite imaginando uma paisagem inspiradora (praia, cachoeira). Sinta gratidão por tudo o que está funcionando na sua vida em vez de lembrar o que deu errado 

5. Consuma mais vitamina C
Uma única laranja tem a dose de vitamina C que o nosso corpo precisa por dia (60 miligramas). A fruta age como um catalisador no organismo, facilitando e induzindo várias reações necessárias à boa saúde: previne o câncer, afasta resfriados e, por sua ação antioxidante, ajuda a pele a se recuperar mais facilmente dos danos causados pelo sol. Outras fontes de vitamina C: batata, aspargo e pimenta. 

6. Coma nozes e soja
Cerca de 25% dos adventistas de Loma Linda (EUA) comem nozes cinco vezes por semana. Com o hábito, cortaram pela metade o risco de doenças cardíacas. Uma boa cota diária? Duas unidades. Na dieta de Okinawa, no Japão, reinam o tofu e outros itens à base de soja. O grão evita males cardiovasculares - dos cerca de 1 milhão de habitantes da ilha, mais de 900 já festejaram 100 anos! 

7. Prefira alimentos frescos
Se consumir itens frescos é provável que você viva mais. Os alimentos da safra, que não recebem grande quantidade de conservantes, têm mais nutrientes. Aumentar o consumo de vegetais é uma das medidas mais significativas na prevenção de males crônicos. Isso porque os alimentos naturais possuem muitos antioxidantes, fibras e gorduras boas quefavorecem o perfeito funcionamento do organismo. 

8. Tome banhos frios
Uma ducha em temperatura baixa faz maravilhas! Segundo os adeptos, ela aumenta a circulação, reforça o sistema imunológico, melhora o humor e revigora. Se você tem medo de água fria, comece pela morninha e vá abrindo o chuveiro. O banho frio proporciona, inclusive, uma pele mais jovem: estudo alemão revela que ele eleva os níveis de glutationa, antioxidante natural do organismo 

9. Tempere com alho
Com propriedades medicinais, esse condimento é usado desde a Antiguidade para dar sabor à comida. Melhora a circulação e a saúde do coração, diminui os níveis de colesterol, equilibra a pressão arterial e potencializa o sistema imunológico. Ou seja, é um santo remédio! Você pode consumi-lo cru e em chás ou xaropes. Mas a maneira mais gostosa é no dia a dia, como tempero na comida. 

10. Invista nos integrais
Além do pão, inclua farinha, arroz, massa e outros produtos integrais na dieta. O motivo? No processo de refinamento, o germe dos grãos é retirado, o que empobrece o alimento. Portanto, os integrais reúnem muito mais nutrientes do que os refinados. O grão integral ainda possui carboidrato complexo, que demora mais para ser digerido pelo organismo, promovendo uma saciedade rápida. 

11. Exercite-se e fique mais ágil
A vida moderna, que nos faz usar o carro para tudo, é um veneno para o organismo. A longevidade dos povos que não adoecem se deve ao fato de estarem sempre em movimento. Portanto, mexa-se! Atividades como cuidar do jardim ou ir à padaria a pé contam muito. Mas tente praticar um exercício ou esporte que lhe dê prazer diariamente - ele vai deixar o seu corpo ágil, alerta e saudável. 

12. Seja mais sociável
Manter-se próxima da família é um dos hábitos cultivados pelas pessoas da Sardenha, na Itália, e da Ilha de Icária, na Grécia. Além dos familiares, os moradores de Loma Linda ainda possuem uma relação íntima com os amigos. O relacionamento aumenta a motivação e reduz o stress. Não sabe por onde começar a expandir o seu círculo social? Dedique-se a um trabalho voluntário ou hobbie 

Conteúdo MÁXIMA

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/saude/fotos/saude-mulher/segredos-pessoas-nunca-adoecem - Por Rosane Queiroz, com edição de Marco Mesquita - Foto: Getty Images

terça-feira, 6 de maio de 2014

7 passos para turbinar a sua memória

Exercício físico, alimentação e uma boa noite de sono: esses são alguns dos itens fundamentais para aumentar a sua capacidade de gravar informações.

Assim como os músculos do nosso corpo, que quanto mais a gente usa mais fortes ficam, o cérebro também precisa de exercícios frequentes para ficar em forma. Ler, aprender novas línguas, fazer palavras cruzadas e até tomar banho de olhos fechados ajuda (e muito) a melhorar o desempenho da nossa memória e a acabar com aqueles brancos que fazem a gente passar o maior mico ou perder um tempão. Ou seja, o segredo é tirar o nosso cérebro da zona de conforto e desafiá-lo a toda hora.

O que fazer para ficar com a cabeça funcionando a mil

1. Saia do automático
O cérebro gosta de novidades! "Tente mudar o caminho, tomar banho de olhos fechados ou comer com os talheres em mãos trocadas", ensina Antônio Carlos Perpétuo, presidente fundador do Supera, rede de academias de ginástica cerebral.

2. Pratique exercícios
Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que a atividade física diminui a viscosidade do sangue, o que contribui para aumentar o fluxo sanguíneo cerebral, melhorando a capacidade de aprendizado e a memória.

3. Durma bem
Durante o sono, ocorre uma restauração do sistema nervoso central, que é quando os neurônios conseguem passar adequadamente informações entre eles. Descanse pelo menos oito horas.

4. Evite o estresse
Muitos dos lapsos de memória que temos
esses esquecimentos bobos, como "o que é que eu ia fazer mesmo?" - estão diretamente relacionados ao estresse e ao cansaço. A dica aqui é relaxar e tentar levar uma vida mais tranquila.

5. Mantenha o foco
Entre os jovens, o principal motivo das falhas de memória é a falta de atenção. Com essa mania de fazer tudo ao mesmo tempo, acabamos não nos concentrando e daí surgem os esquecimentos como "será que eu fechei a porta?". A dica é prestar atenção ao que está fazendo!

6. Jogue, leia, faça palavras cruzadas...
"Atividades intelectuais diversificadas ajudam a memória a estabelecer estratégias mais eficientes de armazenamento e busca", diz Paulo Bertolucci, neurologista da Escola Paulista de Medicina da Unifesp.

7. Coma bem
É importante uma dieta bem balanceada, que forneça os nutrientes nas quantidades adequadas e ajude o cérebro a funcionar melhor. Veja alguns alimentos que prometem turbinar a memória no quadro ao lado.

Ginástica cerebral

Tente dizer a cor de cada palavra (não a que está escrita). Será que consegue? Esse exercício, conhecido como teste de Stroop, ajuda a tirar as teias de aranha do nosso cérebro.


Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/prevencao-trata/7-passos-turbinar-sua-memoria-781133.shtml - Raquel Maldonado - Edição: MdeMulher - Foto: Getty Images

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Descubra os benefícios das cores nos alimentos

Manter todos os nutrientes que o corpo precisa nem sempre é fácil. Para isso, uma forma de conseguir balancear é incluir mais cores no cardápio

Roxo, preto e azul
Contêm antocianinas, que protegem as células dos danos oxidativos, retardando os sinais de envelhecimento. Alimentos com essas cores também são ótimos na prevenção de problemas nas articulações. “Além disso, auxiliam a função cognitiva e apresentam antioxidantes, que ajudam no combate ao câncer”, afirma Jocelem Salgado. Melhor horário para comê-los: na hora do lanche da tarde.


Vermelho
As substâncias que esses alimentos contêm, entre elas o licopeno, contribuem para turbinar a memória, além de reduzir o estresse oxidativo, minimizando os riscos de desenvolver doenças como câncer, diabetes, Alzheimer e Parkinson. “Também são alimentos protetores do coração, pois têm efeito vasodilatador e anticoagulante. A falta do pigmento causa anemia, envelhecimento precoce, fraqueza muscular e confusão mental”, pontua a especialista Jocelem. Melhor horário para comê-los: na primeira refeição da manhã.

Marrom
Ricos em fibras e vitaminas do complexo B e E, os alimentos marrons possuem substâncias que melhoram o funcionamento do intestino. “Eles também ajudam na redução dos níveis de colesterol total e triglicerídeos”, afirma a nutricionista Paula Crook, da PB Consultoria em Nutrição. “Seus fitoquímicos são conhecidos, ainda, por combaterem a ansiedade e a depressão”, acrescenta Roseli.
Melhor horário para comê-los: na hora da ceia.

Verde
São alimentos riquíssimos em magnésio e em isotiocianatos, compostos que têm como principal função a prevenção do câncer e também a eliminação de toxinas pelo fígado. Além disso, eles têm luteína e zeaxantina, dois antioxidantes potentes que combatem os radicais livres e reduzem o risco de degeneração macular, doença líder na causa de cegueira.
Melhor horário para comê-los: almoço e jantar.

Branco
Os alimentos que apresentam essa tonalidade são boas fontes de cálcio e potássio, dois minerais importantes para a formação e manutenção dos ossos. “Esses compostos também participam da regulação dos batimentos cardíacos e são imprescindíveis para o bom funcionamento do sistema nervoso e dos músculos”, diz Paula. Possuem, ainda, ação antialérgica.
Melhor horário para comê-los: almoço e jantar.

Amarelo
Têm substâncias que favorecem o processo de cicatrização, além de impedir que os radicais livres causem danos à pele. “Alimentos com esse pigmento melhoram a saúde do aparelho digestório, graças à enzima bromelina, que atua como um tipo de suco gástrico, facilitando a digestão”, diz Jocelem. Os alimentos amarelados possuem, ainda, hesperidina. “Esse  fitoquímico atua especialmente na saúde cardiovascular, protegendo os vasos sanguíneos de possíveis danos  causados por moléculas nocivas”, complementa Fernanda.
Melhor horário para comê-los: na hora do lanche da manhã.

Laranja
São alimentos ricos em betacaroteno, substância que tem recebido atenção especial na luta contra o câncer. “Acredita-se que ele possa fortalecer a função imunológica, combatendo as células tumorais”, explica Jocelem. O consumo de frutas alaranjadas ajuda a prevenir, em especial, o câncer de colo uterino, segunda maior causa de morte por câncer entre as mulheres. “O betacaroteno também atua beneficiando a saúde do coração”, complementa Roseli.
Melhor horário para comê-los: almoço e jantar. 


Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/guia/descubra-os-beneficios-das-cores-dos-alimentos/2392/ - Texto: Rita Trevisan e Carol Basto/ Fotos: Shutterstock, Danilo Tanaka, Fabio Mangabeira/ Adaptação: Letícia Maciel 

domingo, 4 de maio de 2014

Por que o coração não se cansa nunca de bater?

Entre 60 a 100 vezes por minuto todos os dias, seu coração bate. Ao contrário dos outros músculos do seu corpo, ele quase nunca se cansa, até parar de vez.

Por quê?

O corpo humano é composto por três tipos de músculos: esqueléticos, lisos e cardíacos.

Os músculos esqueléticos são estriados. Anexados aos ossos e tendões, eles controlam praticamente todos os movimentos voluntários e involuntários (como o diafragma, que funciona automaticamente) do corpo.

O movimento voluntário é estimulado por impulsos nervosos, que viajam até os neurônios motores do ramo somático sensorial do sistema nervoso, para fazer com que as fibras musculares esqueléticas em que terminam se contraiam.

O músculo esquelético deriva sua energia a partir de mitocôndrias dentro de suas células, mas não precisa de muitas delas – contém uma média de apenas 1 a 2% mitocôndrias, uma fonte de energia suficiente para tarefas musculares intermitentes, como caminhar ou correr.

Completando suas reservas, o músculo esquelético também pode usar glicogênio (energia armazenada) para produzir ATP, a unidade básica que transporta e libera energia às células.

Já músculo liso é exatamente como descrito: sem estrias. Encontrado em órgãos internos ocos (exceto o coração), os músculos lisos funcionam automaticamente, nos ajudando a fazer coisas como digerir alimento, dilatar as pupilas e fazer xixi.

Por sua vez, tal como o músculo esquelético, o músculo cardíaco é estriado. Excepcionalmente, as células deste tipo de músculo são unidas em junções aderentes que permitem a contração do coração com força, sem rasgar suas fibras.

O estímulo para fazer o coração bombear vem de dentro e passa de fibra a fibra por meio de junções comunicantes entre si. Em uma onda síncrona a partir das aurículas e através dos ventrículos, o sangue viaja por todo o corpo. Qualquer coisa que interfere com essa onda, como um ataque cardíaco, pode fazer com que as fibras do coração batam de forma aleatória – condição chamada de fibrilação atrial.

Embora o coração bombeie sangue por sua própria vontade, os nervos modulam (aumentam ou diminuem) a taxa intrínseca e a força do batimento cardíaco. Mesmo que esses nervos sejam destruídos (como em um transplante cardíaco), o coração continua a bater.

Músculo cardíaco, assim como o músculo esquelético, também é alimentado por mitocôndrias, mas possui muitas mais. O volume total do coração é integrado de 30 a 35% de mitocôndrias. Essa enorme quantidade de geradores de energia significa que o músculo cardíaco, em um estado saudável, nunca precisa de descanso – há sempre um pouco de energia sendo transferida para o músculo, ao mesmo tempo em que mais energia está sendo derivada da ingestão calórica.

No entanto, esta quantidade de mitocôndria significa que o coração tem também uma maior dependência de respiração celular para ATP, tem pouco glicogênio e recebe pouco benefício da glicólise quando o suprimento de oxigênio é limitado.

Assim, qualquer coisa que interrompe o fluxo de sangue oxigenado para o coração leva rapidamente a danos, até mesmo à morte. Isto é o que acontece em ataques cardíacos.

É possível cansar o coração
Em 2001, cientistas estudaram a fadiga cardíaca em atletas de resistência. A cardiologista Euan Ashley montou um laboratório móvel na linha de chegada da corrida de ultra resistência “Adrenaline Rush” na Escócia. A equipe vencedora cruzou a linha depois de 90 horas contínuas de ciclismo, escalada, natação e remo, praticamente sem dormir.

Fazendo exames antes e após os 400 km de corrida, a equipe de Ashley determinou que os corações dos atletas que terminaram a competição bombeavam 10% menos sangue no final da corrida em comparação com a quantidade bombeada no início.

No entanto, mesmo os corações dos atletas que mostraram sinais de cansaço cardíaco voltaram ao normal rapidamente após a corrida, e nenhum dano permanente foi feito.

Mas poderia.

Outras pesquisas indicam que existem perigos de danos permanentes ao coração, como um estudo britânico de 2011, feito com homens que tinham sido parte de uma equipe nacional ou olímpica britânica em corrida de longa distância ou de remo, bem como corredores que tinham completado pelo menos uma centena de maratonas.

12 participantes tinham 50 anos ou mais, e 17 tinham 26 a 40 anos. Eles foram analisados e comparados a um grupo de 20 homens saudáveis com mais de 50 anos, nenhum dos quais eram atletas de resistência.

Os diferentes grupos foram submetidos a um tipo de ressonância magnética de seus corações, que identifica sinais muito precoces de fibrose ou cicatriz dentro do músculo cardíaco, condição que pode contribuir para função cardíaca irregular e, eventualmente, insuficiência cardíaca.

Os resultados foram bastante inquietantes. Nenhum dos atletas mais jovens ou os não atletas mais velhos tinham fibrose em seus corações. Mas metade dos atletas mais velhos tinham cicatrizes no músculo cardíaco. Os homens afetados foram, em cada caso, aqueles que tinham treinado de maneira intensa por mais tempo.

No entanto, até mesmo os cientistas que estudam os efeitos do exercício intenso no músculo cardíaco concordam que “exercício demais” não é um grande problema na sociedade de hoje. A maioria das pessoas só se exercita para ficar em forma, e a evidência científica diz que o exercício de resistência, no geral, faz bem para o coração. [Gizmodo]