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domingo, 11 de junho de 2023

Benefícios da banana para quem pratica atividade física

Nutricionista explica como a fruta pode ser utilizada para melhorar a performance

 

A banana é uma fruta de origem asiática e que, com o decorrer do tempo, passou a ser cultivada em várias regiões do mundo. Outro detalhe desse fruto é a sua versatilidade, ou seja, dá para ser “devorada” sozinha ou preparada em diversos tipos de receitas. Nesse sentido, a nutricionista Renata Branco citou a importância do consumo de banana para atletas.

 

Banana é aliada dos atletas amadores e profissionais

“A banana contém boa quantidade de carboidrato e por isso fornece energia ao nosso corpo. Dependendo do nível de maturação, podem apresentar índice glicêmico maior ou menor. Quanto mais madura, maior o índice glicêmico. Esse carboidrato permite repor o estoque de glicogênio muscular e hepático permitindo que o nível de glicose no sangue permaneça estável e diminuindo assim risco de lesão”, disse Renata em entrevista exclusiva para o Sport Life.

 

Ainda assim, a quantidade de consumo dessa fruta é de acordo com o planejamento alimentar de cada atleta, isto é, distribuição de macro e micronutrientes. Quer afastar as câimbras dos seus treinos? Mais um motivo para ter a banana no seu cardápio.

 

“É rica em potássio, evita o desequilíbrio eletrolítico durante o exercício e reduz cãibras nos atletas, já que esses têm perdas significativas de potássio por meio da transpiração. É rica em magnésio, que é muito importante para o desempenho muscular”, destacou Branco.

 

Outras curiosidades sobre a banana

A banana ajuda uma pessoa a emagrecer desde que esteja alinhada a um plano alimentar já que é conhecida pela sua riqueza em fibras, que ajuda na saciedade. A banana nanica é a indicada para quem quer perder peso devido a sua “abundância” em potássio e carboidrato.

 

A ingestão do alimento oferece vantagens tanto antes quanto depois do treinamento. “No pós-treino, ajuda a repor energia. Já no pré-treino ajuda a dar energia e manter o equilíbrio eletrolítico”, explicou a profissional.

 

É verdade que comer banana à noite engorda?

“Depende. Se for um atleta que vai treinar na manhã seguinte, a banana vai ajudar a repor os estoques de glicogênio muscular e auxiliar na performance do treino. É importante acabarmos com o terrorismo com as frutas e o que vai fazer você engordar é comer calorias além do seu gasto. Lógico que a pessoa que quer emagrecer o ideal é comer menos carboidrato à noite já que à noite nosso metabolismo é mais lento e produzimos menos enzimas digestivas. Então, prefira a banana menos madura para ter o índice glicêmico mais baixo e coma uma banana pequena sem outras fontes de carboidrato”, concluiu Renata Branco.

 

Dados

O Ministério da Agricultura informou em 2021, que o Brasil é o quarto principal produtor mundial de banana atrás da Índia, China e Indonésia. O país envia sua produção para o mercado interno e exporta 1%. O Ministério ainda acrescentou que o setor fatura anualmente R $13 bilhões.

 

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou por meio da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) de 2017 a 2018, que o brasileiro consome em média 25 kg de banana per capita/ano. A estimativa do IBGE de 2021 menciona a produção nacional de banana em 7 milhões de toneladas por uma área de 465,9 mil hectares.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/beneficios-da-banana-para-quem-pratica-atividade-fisica/ - By Guilherme Faber - Shutterstock

sábado, 7 de maio de 2022

8 dicas para ganhar massa muscular mais rápido


Para ganhar massa muscular, é importante fazer atividade física de forma regular e seguindo as orientações do treinador, além de seguir uma alimentação adequada ao objetivo, dando preferência aos alimentos ricos em proteína.

 

É importante também dar um tempo para o músculo descansar para que possa crescer, isso porque durante os exercícios as fibras musculares se lesionam e enviam um sinal ao corpo que indica a necessidade da recuperação muscular, e é durante a recuperação que se ganha massa muscular.

 

A alimentação também é parte fundamental no processo de ganho de massa muscular, pois fornece os os nutrientes necessários para que o diâmetro das fibras musculares possa aumentar, garantido a hipertrofia.

 

As 8 melhores dicas para ganhar massa muscular de forma rápida e eficiente são:

 

1. Fazer cada exercício de forma lenta

Os exercícios de musculação devem ser realizados de forma lenta, principalmente na fase de contração do músculo, isso porque ao realizar esse tipo de movimentação mais fibras vão sendo lesionadas durante a atividade e mais efetivo será o ganho de massa muscular durante o período de recuperação muscular.

Além de favorecer a hipertrofia, a realização mais lenta do movimento também faz com que a pessoa adquira maior consciência corporal, evitando compensações durante o exercício que acabam por tornar o exercício mais fácil. Confira um plano de treino para ganhar massa muscular.

 

2. Não parar o exercício assim que começar a sentir dor

Ao sentir dor ou sensação de queimação durante o exercício, é recomendado não parar, pois é nesse momento que as fibras brancas do músculo começam a ser rompidas, levando à hipertrofia durante o período de recuperação.

No entanto, se a dor sentida for em uma articulação utilizada para realizar a atividade ou em outro músculo que não esteja diretamente relacionado com o exercício, é recomendado parar ou diminuir a intensidade que o exercício é realizado para evitar o risco de lesão.

 

 

3. Treinar de 3 a 5 vezes por semana

Para ganhar massa muscular, é importante que os treinos aconteçam de forma regular, sendo recomendado que o treino aconteça de 3 a 5 vezes por semana e o mesmo grupo muscular seja trabalhado 1 a 2 vezes, já que o descanso muscular é fundamental para a hipertrofia.

Assim, o instrutor pode indicar vários tipos de treino de acordo com o objetivo da pessoa, sendo muitas vezes recomendada a realização do treino ABC para hipertrofia. Entenda o que é o treino ABC e como é feito.                                                                            

 

4. Ter uma alimentação rica em proteínas

Para ganhar massa muscular, é importante que a pessoa tenha uma alimentação saudável e rica em proteínas, já que são responsáveis pela manutenção das fibras musculares e, consequentemente, estão diretamente relacionadas com a hipertrofia. Além de aumentar o consumo de proteínas, é importante também consumir gorduras boas e consumir mais calorias do que se gasta. Veja como deve ser a dieta para ganhar massa.

 

5. Treinar de forma intensa

É importante que o treino seja feito de forma intensa, sendo recomendado que seja iniciado com um aquecimento leve, que pode ser ou através de exercícios aeróbios ou por meio da repetição rápida de um exercício de musculação que fará parte do treino do dia.

Após o treino de musculação, é recomendado também que seja feito o treino aeróbio, que irá ajudar no processo de aumento do metabolismo e gasto calórico, favorecendo também a hipertrofia.

 

6. Trocar de treino de forma regular

É importante que o treino seja alterado a cada 4 ou 5 semanas para evitar a adaptação do músculo, o que pode interferir no processo de hipertrofia. Assim, é importante que ao fim de 5 semanas o instrutor avalie o desempenho da pessoa e os progressos que fez e indique a realização de outros exercícios e novas estratégias de treinamento.

 

7. Cada exercício deve ser realizado utilizando 65% da carga máxima

Os exercícios devem ser realizados utilizando cerca de 65 % da carga máxima que se consegue fazer com uma única repetição. Por exemplo, quando se consegue fazer apenas uma repetição de extensão de coxa com 30 kg, por exemplo, para realizar toda a série do treino, é indicado que seja usado um peso de mais ou menos 20 kg para realizar a série completa de exercício.

À medida que a pessoa vai realizando os treinos, é normal que os 20 kg passem a ficar mais leves, sendo, por isso, necessário que exista um aumento progressivo, pois dessa forma é possível promover a hipertrofia.

 

8. Quando se atingir o objetivo pretendido, não se deve parar

Depois de se atingir a massa muscular pretendida, não se deve deixar de exercitar, para não perder a definição conquistada. Geralmente, a perda de massa muscular pode ser observada em apenas 15 dias sem treino.

Os primeiros resultados da academia podem ser percebidos com pelo menos 3 meses de prática regular de exercícios de musculação e, com 6 meses de exercício, já é possível notar uma boa diferença no crescimento e definição muscular. No entanto, o condicionamento cardíaco pode ser notado logo no primeiro mês.

Além disso, os suplementos de proteína ou de creatina são uma ótima opção que ajuda no ganho de massa muscular, porém estes suplementos apenas devem ser tomados segundo a orientação de um médico ou nutricionista. Veja os 10 suplementos mais usados para ganhar massa magra.

 

Fonte: https://www.tuasaude.com/8-dicas-para-ganhar-massa-muscular/ - Atualizado por Equipe Editorial do Tua Saúde em Outubro de 2021. Revisão clínica por Carlos Bruce, Personal Trainer em Maio de 2016.


Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

Tiago 5:16


segunda-feira, 11 de março de 2019

Existe peso ideal? O que você deve saber sobre o número que aparece na balança


Na balança não é possível diferenciar o que é gordura, o que é músculo e o que é água

Provavelmente, você foi ensinada desde cedo a monitorar o seu peso para não engordar, e mesmo assim você se pesa (quase) todos os dias. Pois saiba que o peso da balança não reflete a nossa saúde, muito menos a composição do nosso corpo – ou seja, o que é gordura, o que é músculo, o que é água.

Nós somos resultado da mistura de muitos povos, o que confere características bastante diversificadas para as pessoas. Algumas pessoas têm mais músculos ou mais gordura, umas são mais altas e outras mais baixas, algumas têm o quadril largo, enfim. É uma miscelânea de corpos e constituições, definidas geneticamente. Não tem como existir um “corpo padrão” nessas condições.

Bom, dito isso, voltamos a conversar sobre o peso. A composição do nosso corpo é determinada geneticamente, ou seja, nós já nascemos com as informações de qual o tamanho que o nosso corpo vai ter na fase adulta. Basicamente, podemos dividir o nosso corpo em duas partes: uma que tem peso mais estável durante boa parte da vida adulta, como ossos e órgãos, e outra que tem peso variável, como músculos, líquidos e gordura. Os nossos hábitos de vida é que modificam essa segunda parte.

Pessoas ativas têm massa muscular aumentada (e provavelmente massa de gordura baixa), ao passo que, sedentários têm massa muscular reduzida. E o conteúdo de massa muscular e de gordura no nosso organismo influencia diretamente no nosso estado de saúde.

E é por isso que o peso da balança não reflete a nossa saúde: a gente só vê a soma de todas as partes juntas e não conseguimos diferenciar o que é gordura, o que é músculo e o que é água. Uma pessoa que se pesa ao acordar e à noite, vai apresentar dois pesos diferentes, podendo variar até dois quilos. Isso não significa que essa pessoa engordou naquele período, é apenas um reflexo das alterações no metabolismo que acontecem durante o dia, como por exemplo, a retenção de líquidos.

É como acontece com uma pessoa sedentária que passa a praticar atividade física para perder peso. Com o início da prática, uma das adaptações que ocorre é o aumento de massa muscular, o que, consequentemente, vai aumentar o peso na balança. Talvez essa pessoa se pese dois meses depois que começou a se exercitar, veja que aumentou 1,5 kg de peso, e julgue que os exercícios não estão “fazendo o efeito esperado” porque ela “engordou”, de acordo com o número revelado na balança. E isso pode ser uma conclusão bastante equivocada, pois pode ter ocorrido, na verdade, um aumento de massa muscular e não de gordura.

Outro exemplo bem interessante também ocorre com, justamente, quem quer emagrecer. Se essa pessoa acompanha seu emagrecimento apenas pelo peso de balança, ela pode, inadvertidamente, estar perdendo massa muscular e não gordura corporal durante o processo, e isso, com certeza, não é o adequado.

O emagrecimento saudável e duradouro é aquele em que perdemos massa gorda e mantemos (ou até ganhamos) massa muscular. Para que isso aconteça, devemos ter uma prática adequada de atividades físicas, sono adequado, hábitos saudáveis (como não fumar, não consumir muita bebida alcoólica, açúcar e frituras) e seguir a dieta proposta. O músculo é um tecido ativo, ou seja, ele gasta calorias mesmo quando estamos em repouso – auxiliando na perda de peso!

Cuidado com o IMC
É por esses motivos que eu desaconselho o uso do IMC (Índice de Massa Corporal) para avaliação de indivíduos. O IMC é uma ferramenta utilizada para avaliações populacionais, pois é de fácil aplicação e é barata. Entretanto, como ele utiliza apenas o peso e a altura para classificar o estado nutricional, ele acaba tendo o mesmo problema que o número da balança: não distingue o que é gordura de massa muscular.

Dessa forma, eu desaconselho meus pacientes a se guiarem apenas pelo peso de balança ou mesmo pelo o IMC, pois eles não refletem a realidade da composição corporal. Temos alguns métodos de avaliação corporal mais fidedignas disponíveis, e vou explicar resumidamente dois dos mais comuns para vocês:

Dobras cutâneas
O profissional avaliador treinado pega em pontos específicos do corpo, com os dedos, indicador e do meio, em forma de pinça, a gordura subcutânea e mede, com um equipamento chamado plicômetro, a espessura dessa dobra em milímetros.

Esses valores são inseridos em alguma das equações já estabelecidas na literatura científica, de acordo com o público que está sendo avaliado, e o resultado é o percentual de gordura corporal. Daí a gente consegue fazer os cálculos de quanto daquele peso na balança é de gordura, de massa muscular, etc, separando os compartimentos, e fazendo uma análise mais criteriosa.

Bioimpedância
Os equipamentos de bioimpedância passam uma corrente elétrica (mas não se assuste, a gente não consegue sentir) pelo corpo através de placas de metal, com diferentes polos magnéticos, nas mãos e nos pés. Essa corrente viaja facilmente pela água e, por isso, tecidos muito hidratados, como os músculos, deixam a corrente passar rapidamente.

Já a gordura e os ossos possuem pouca água e, dessa forma, a corrente tem maior dificuldade para passar. Isso permite que o aparelho calcule a diferença da velocidade da corrente, identificando o que é músculo e o que é gordura, e o valor percentual referente às quantidades deles, além de outros parâmetros como gordura abdominal, taxa metabólica basal (calorias gastas em repouso) e idade metabólica.

Cada um dos métodos tem suas aplicações específicas, suas vantagens e desvantagens. Por isso, procure um profissional da sua confiança e converse com ele sobre qual é o melhor para o seu caso.


domingo, 11 de junho de 2017

Os sinais ignorados do infarto

A dor no peito é só a ponta do iceberg de uma série de outros incômodos que aparecem com uma pane cardíaca. Saiba como identificá-los

Marque no relógio: no tempo que você levará para ler esta reportagem, pelo menos dois brasileiros sucumbirão ao infarto, a causa de morte número 1 em nosso país e em boa parte do mundo. Esse cenário catastrófico é motivado pelo descontrole de fatores que patrocinam o entupimento das coronárias, as artérias que irrigam o coração, como o excesso de peso, o tabagismo, a pressão alta e altas taxas de colesterol e glicemia. Porém, chama a atenção a persistente lentidão com que as pessoas em geral (e, em certa medida, até profissionais de saúde) suspeitam dos sintomas de algo crítico no peito.

Essa grave falha foi escancarada por uma pesquisa do Imperial College London, na Inglaterra, recém-publicada no jornal científico The Lancet. Os autores reuniram dados sobre todos os 135 mil óbitos por ataque cardíaco que ocorreram na Inglaterra entre 2006 e 2010. Eles descobriram que, em 16% dos casos, os indivíduos haviam visitado o hospital durante o mês anterior com dores, desmaios ou falta de ar.

Mesmo assim, esses pontos de alerta não foram suficientes para levantar a possibilidade de um evento sério no coração. “O estudo destaca a importância de ficar atento aos sinais sugestivos do problema, uma vez que uma em cada seis pessoas passaram por consulta e não tiveram um diagnóstico correto”, analisa o médico Marcus Bolívar Malachias, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

É óbvio que as pontadas agudas no peito são a face mais conhecida e comum do infarto. Mas nem sempre essa sensação dá as caras. Aliás, um músculo cardíaco em parafuso se entrega por outras vias também. “Entre elas, podemos citar dificuldades para respirar, palidez, suor frio, náuseas, vômitos, tontura, confusão mental, perda de consciência e dores difusas nas costas, nos braços e na mandíbula”, lista o médico Agnaldo Píspico, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

O estabelecimento deles está relacionado à conexão entre diferentes estruturas do sistema nervoso que transmitem o estímulo doloroso e a região atingida. Se a obstrução aconteceu na porção inferior do coração, por exemplo, é natural experimentar desconfortos como regurgitação e azia.

E olha que os sintomas menos famosos são corriqueiros em alguns grupos específicos, a começar pelas mulheres. Um levantamento do Centro Médico Regional de Lakeland, nos Estados Unidos, concluiu que 42% das infartadas não sentiram uma dorzinha sequer no tórax. “Elas também demoram em média uma hora a mais para ir ao pronto-socorro em comparação com os homens”, observa o cardiologista Otavio Gebara, do Hospital Santa Paula, na capital paulista. Para piorar, o aumento do estresse e das incumbências com trabalho, casa e família elevou as estatísticas das doenças cardiovasculares entre o público feminino nas últimas décadas.

Diabéticos e idosos são outros perfis de gente que tem o colapso cardíaco sem manifestar sintomas clássicos. “O diabete danifica os nervos e altera a sensibilidade à dor”, explica o cardiologista José Armando Mangione, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. A doença ainda modifica a configuração interna dos vasos sanguíneos e possibilita o surgimento de coágulos que bloqueiam a passagem do líquido vermelho.

Nos mais velhos, o avançar das décadas deixa o coração franzino. “Muitas vezes, só vemos que um paciente de 70 ou 80 anos infartou após alguns meses, no resultado de exames de rotina”, conta o cardiologista Leopoldo Piegas, do Hospital do Coração, na capital paulista.

Quando, então, suspeitar que sinais tão simples significam um infarto sem virar hipocondríaco? A regra essencial é ficar com a pulga atrás da orelha caso os incômodos sejam intensos e surjam do nada. Quem possui histórico familiar de enfermidades cardíacas, fuma, está acima do peso, hipertenso ou com o colesterol alto também deve ficar ligado. “É necessário socorrer na primeira hora, pois esse é o momento em que ocorre a maioria das mortes”, frisa o cardiologista Francisco Lourenço Junior, do Hospital Quinta D¿Or, no Rio de Janeiro. Não tem jeito: para o relógio trabalhar a nosso favor, rapidez é primordial. Só assim evitamos que o coração afunde em águas nada tranquilas.

Desconfiar sempre
Grupos em que as manifestações das emergências cardíacas não são tão clássicas

Mulheres
A dor pode não ser tão forte nelas e vem acompanhada de palpitações. Episódios com impacto emocional são o gatilho de muitos piripaques cardíacos nesse público.

Idosos
Com um coração pouco vigoroso, saem de cena as pontadas do infarto. No lugar delas, pintam sintomas como confusão mental, tontura e falta de ar.

Diabéticos
Açúcar demais lesa os nervos responsáveis pelas sensações dolorosas, o que mascara o aperto nos vasos do coração. Náuseas e suor frio acendem o sinal de alerta nessa turma.


Fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/os-sinais-ignorados-do-infarto/ - Por André Biernath - Henrique Campeã/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O que a língua pode revelar sobre sua saúde

Sem ela, não sentiríamos o sabor da comida nem conversaríamos com os amigos. E saiba que esse órgão ainda tem muito a dizer sobre a nossa saúde

A língua vive nos extremos. Só nos lembramos dela na dor ou no prazer. Quanta aflição quando a mordemos sem querer. Quanta felicidade em um beijo apimentado. Na maior parte da vida, porém, esse músculo (sim, músculo!) exerce um papel tão discreto quanto fundamental: atua na quebra e digestão dos alimentos, na coordenação da fala e também serve como espelho do resto do organismo. Pode delatar situações mais triviais como uma febre ou sinalizar até mesmo quadros sérios como anemia, gastrite e diabete.

“Não é apenas sabedoria popular dizer que a língua traz um reflexo do que ocorre no corpo”, afirma o dentista Cassius Torres, presidente da Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral (Sobep). Estomatologia é uma especialidade da odontologia dedicada a investigar tudo o que diz respeito aos tecidos da boca – caiu na pegadinha se pensou que tinha a ver com estômago. Ocorre que a aparência da língua não deveria ser examinada só na cadeira do dentista. Embora a ciência ainda não saiba explicar em minúcias, uma série de problemas sistêmicos se manifesta por alterações nessa estrutura. É o caso da anemia, que pode ser fruto de uma deficiência de ferro ou vitamina B12.


“Um dos primeiros sinais é a atrofia da língua. Ela fica lisa, parece perder as papilas”, descreve a estomatologista Fernanda Salum, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Diante de uma anemia, também é comum o indivíduo se queixar de ardência e sensação de queimação na hora de comer. “É uma condição que se reflete diretamente no órgão, deixando-o mais sensível”, completa a especialista. Segundo Torres, essa ardência aparentemente do nada – você não está degustando um prato picante – também pode ser uma pista de que o diabete está à espreita. O descontrole da glicose, diga-se, ainda é capaz de gerar formigamento por ali, boca seca, além de danos à gengiva.

É por tudo isso e mais um pouco que a Sobep e seus membros recomendam o autoexame da língua. “Buscamos ensinar as pessoas a ficar atentas aos sinais estranhos e conhecer minimamente a anatomia do órgão para identificar as alterações e, se for o caso, procurar um profissional”, orienta o presidente da entidade. Sim, tem que mostrar a língua para o espelho. Até porque existem doenças que afetam ela mesma.

De acordo com Fernanda, que também atua no Hospital São Lucas, em Porto Alegre, é ali que ocorre a maioria dos casos de câncer de boca. Os tumores surgem principalmente nas bordas, com a aparência de pequenas lesões. São registrados mais de 15 mil novos episódios anualmente no Brasil. O drama é que, se flagrada em fase tardia, a enfermidade cobra tratamentos mutiladores e pode se espalhar, causando inúmeras complicações. Diagnóstico precoce, portanto, faz a diferença – espalhe por aí.

Com a língua, não é preconceito julgar pela aparência. O padrão considerado normal e saudável diz que sua coloração deve ser rosada e a textura, mais homogênea. Em um estudo feito com 896 moradores da cidade de Okinawa, no Japão, os pesquisadores observaram uma relação direta entre a cor da língua e a gastrite – no caso, o problema estava ligado a tons muito vermelhos ou amarelados. Eles acreditam inclusive que uma espiada no músculo durante a consulta médica seja uma estratégia eficiente e não invasiva para rastrear inflamações nas bandas do estômago.

O aparecimento de manchas e placas brancas é outro sinal de alerta. Pode ser indício de uma infecção fúngica, como a candidíase, ou de uma deficiência na imunidade, situação mais comum entre pessoas com HIV. Acontece que, muitas vezes, essas características significam apenas uma deposição de saburra, camada de resíduos gerados pelas próprias papilas e restos de alimentos – nada que uma boa higiene bucal não remova.

Por isso, se há suspeita diante de uma alteração persistente ou recorrente, só um profissional estará apto a tirar a dúvida. “Sozinho, o indivíduo não vai conseguir classificar uma lesão como normal ou perigosa”, reforça a otorrinolaringologista Cleonice Hitome, da Universidade Federal de São Paulo. De acordo com ela, um tabagista pode apresentar mais de 35 manifestações diferentes na boca e é difícil distinguir o que é passageiro do que é, de fato, preocupante.


Assim como acusa se alguém fuma, a língua pode revelar os hábitos alimentares e de higiene do cidadão. O projeto “Mostre a Língua”, do Centro para Regulação Genômica da Espanha, já identificou as bactérias mais presentes na boca das crianças e, agora, está cruzando os dados com informações sobre a rotina delas. A análise vai permitir descobrir quais micro-organismos habitantes da língua e suas redondezas estão mais presentes entre quem consome refris e salgadinhos, por exemplo, e como esse comportamento repercute na saúde local e sistêmica.

Apesar de virar atração científica mais recentemente, o papel da língua como espelho do corpo é conhecido da medicina chinesa há milênios. Essa escola ensina que o paciente deve botar a língua pra fora de maneira relaxada para o especialista avaliar tamanho, cor, rachaduras, lesões e a saburra. Os chineses enxergam em sua superfície uma projeção de outras áreas do organismo – a parte da frente reflete coração e pulmões; o centro, o sistema digestivo; e o fundão, os genitais. “Alterações nessas regiões indicam, assim, disfunções nos respectivos órgãos”, explica Marco Antonio Hélio da Silva, professor da pós-graduação em medicina chinesa da Universidade Federal Fluminense. O corpo tem várias formas de expressar suas aflições. E a língua tem muito a dizer.

Faxina lingual

Escovar os dentes e passar o fio dental é praticamente um mantra entre os dentistas. Mas essa não é a única regra obrigatória. A língua também precisa de uma boa higiene diariamente. Seja com a própria escova, seja com um limpador (ou raspador) – acessório vendido em farmácias -, a faxina elimina resíduos que ficam na língua e que, entre outras coisas, causam mau hálito.


 Fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/o-que-a-lingua-pode-revelar-sobre-sua-saude/ - Por Paula Sperb e Alexandre de Santi - Ilustração: Fido Nesti

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

3 dicas fundamentais para emagrecer sem perder músculo

A indústria de perda de peso tem trabalhado duro para nos fazer acreditar que a perda de peso rápida é uma meta que vale a pena, mas emagrecer não é um processo muito linear.

Com a perda de peso rápida, a perda de massa muscular vem ainda mais rápido.

Além disso, uma dieta muito rigorosa pode ser prejudicial para a sua saúde e inclusive pode atrapalhar suas metas de emagrecimento, já que o músculo é necessário para queimar calorias.

Como emagrecer?
A perda de peso ocorre como o resultado de uma ação consistente ao longo do tempo. O que você deve procurar são estratégias para emagrecer sem sacrificar o músculo que você desenvolveu. Abaixo, veja três ingredientes-chave indicados por especialistas para ajudar a perder peso sem perder massa muscular.

1. Não corte calorias a um nível muito baixo
Há um equívoco comum no mundo das dietas. As pessoas tendem a acreditar que dietas de baixa caloria são melhores, e mais rápidas, para perder peso.
Não é bem assim. A redução de calorias a níveis que são muito baixos, na verdade, tem o efeito oposto e torna ainda mais difícil emagrecer a longo prazo. Assim, as dietas de baixa caloria não só deixam as pessoas aborrecidas e desmotivadas a sustentar a restrição por longos períodos de tempo, como também podem destruir o seu metabolismo, o fator mais importante para a perda de peso.
Cada 500 gramas de músculo que você tem proporcionam uma queima extra de 50 a 100 calorias por dia. O problema com dietas de baixa caloria é que você acaba queimando músculo, o que atrasa o seu metabolismo.
Um corpo saudável armazena o excesso de gordura como um mecanismo de sobrevivência em caso de escassez de alimentos. Com a restrição calórica, você deixa o corpo em modo “fome” e ele responde com um mecanismo de proteção: retarda o metabolismo, para guardar gordura e quebrar músculos para gerar energia.
Então, resumindo: dietas de baixa caloria podem funcionar como uma solução de curto prazo, mas depois de várias semanas, você vai acabar tornando a perda de peso muito mais difícil. As únicas calorias que você deve cortar são calorias vazias de doces, salgadinhos empacotados, pão branco e massas, frituras, refrigerantes e álcool.

2. Coma proteína, por favor
Proteína é matéria-prima para músculo, por isso é muito importante que uma dieta de perda de peso inclua proteína o suficiente. Além disso, a proteína também faz você se sentir mais satisfeito por sua refeição e te mantém sem fome por mais tempo. A quantidade ideal de proteína para um indivíduo depende do sexo da pessoa, níveis de atividade física e, claro, objetivos.
Uma maneira de certificar-se de que você está recebendo bastante proteína é simplesmente tentar incorporar alimentos proteicos em cada uma de suas refeições, equilibrando-os com uma variedade de legumes frescos e cereais integrais.
Fontes ideais incluem carnes magras, peixes, legumes, ovos e algumas proteínas em pó.
É importante não exagerar, porém. Não ingerir o suficiente não irá ajudar, mas comer muita proteína também pode ter efeitos negativos, incluindo ganho de peso e toxicidade hepática e renal.

3. Força
A perda de peso saudável envolve a queima de gordura e crescimento de músculos. Para isso, é importante adicionar pelo menos dois dias de treinamento de força por semana na academia. Um programa de condicionamento físico ideal deve equilibrar cardio e musculação.
No entanto, é fácil exagerar no cardio.
Se você comer poucas calorias, muito cardio também pode impactar negativamente no seu metabolismo, diminuindo a perda de gordura e esgotando os músculos.
Independentemente de seu progresso na academia, uma rotina de fitness que equilibra cardio e treinamento de força, complementada por uma dieta saudável de proteínas e carboidratos complexos e fibrosos, é o equilíbrio ideal para conquistar um peso saudável. [phillymag]

Fonte: http://hypescience.com/emagrecer-sem-perder-musculo/ - Autor: Gabriela Mateos

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Como engrossar as coxas

Use exercícios simples para adicionar massa do músculo às coxas

Os músculos da coxa são alguns dos mais poderosos do corpo e são capazes de crescerem muito mais do que os outros e se tornarem mais fortes. No entanto, com o estilo de vida sedentário moderno, os músculos das coxas não estão alcançando todo o potencial. Para se livrar de pernas de frango magras ou preencher seu jeans apertado um pouco melhor, use vários exercícios potentes que visam ao volume e engrossam as coxas.

Instruções

1 - Comece a caminhar. Caminhadas trabalham os quadríceps e os isquiotibiais. Para um treino intenso extra, tente caminhar com uma mochila cheia. Participe de um grupo local de caminhadas e faça a caminhada em montanhas como parte das suas atividades de lazer no fim de semana. Se morar perto de uma área natural com trilhas para caminhadas, tente acordar uma ou duas horas mais cedo e faça uma caminhada antes de trabalhar algumas vezes por semana. Quanto mais íngreme o terreno, melhor o treino para as coxas. Trilhas íngremes também darão um melhor treino cardiovascular.

2 - Faça agachamentos. Eles são os exercícios principais na academia para a construção de força e para colocar músculo nos quadríceps. Eles também tonificam e fortalecem os glúteos. Faça pelo menos três séries de dez repetições cada para obter o máximo de ganho de força e massa muscular. Aumente o peso do agachamento, logo que sentir que os músculos não queimam com dez repetições. Agachamentos podem ser feitos em pé, sem aparelhos, com pesos nos ombros ou em máquinas, onde será capaz de ajustar a inclinação, trabalhando os músculos um pouco diferente dentro do grupo dos quadríceps.

3 - Faça flexões. Apesar de não serem tão grandes ou tão poderosos como o quadríceps, os músculos isquiotibiais na parte de trás da perna funcionam muito parecido com o bíceps do braço, dando volume às pernas e formando um bom músculo, quando bem desenvolvido. Faça pelo menos três séries de dez repetições. Como com o agachamento, adicione mais peso sempre que achar que é capaz de fazer dez repetições facilmente com o peso utilizado anteriormente.

4 - Faça lunges. Use halteres de peso livre em cada mão e se mova para a frente com cada perna, afundando para baixo na posição anterior de retornar a uma posição ereta. Como os agachamentos, lunges fortalecem e aumentam o quadríceps, mas fornecem uma maior amplitude de movimento ativando também os isquiotibiais. Como os exercícios de academia, faça pelo menos três séries de dez repetições, acrescentando peso quando se tornar fácil.

Fonte: http://www.ehow.com.br/engrossar-coxas-como_10205/ - Escrito por Ocean Malandra / Traduzido por Camila Rodrigues – Hemera Technologies/AbleStock.com/Getty Images

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Infarto: quem pode ter?

Descubra se você pode sofrer do mal que matou famosos. Jair Rodrigues e José Wilker morreram com infarto do miocárdio; entenda.

As seguidas mortes de famosos por ataque do coração chamam atenção para o problema e fazem surgir a dúvida: quem pode ter um infarto? O cantor Jair Rodrigues, o ator José Wilker e o jornalista esportivo Luciano do Valle foram as últimas vítimas desse mal. Conversamos com cardiologistas que explicam e indicam o grupo de risco do problema.

O que é o infarto?

O infarto do miocárdio acontece quando um coágulo interrompe a circulação de sangue em uma região do músculo cardíaco, segundo explica o médico Dr. Fábio Cardoso, especialista em medicina preventiva e longevidade. Esse problema causa fortes dores no peito e afeta os batimentos do coração. Caso esse mal não seja revertido rapidamente com ajuda médica, podem ocorrer danos irreparáveis ao cérebro por falta de oxigenação adequada ou mesmo a morte do paciente.

Eu posso ter infarto?

Se você passa o dia muito estressado e preocupado com trabalho, tem diabetes, fuma, sofre de hipertensão, possui níveis de colesterol altos, é sedentário, obeso ou possui histórico familiar de problemas coronarianos, está nogrupo de risco de pessoas que podem ter um infarto, independente de idade ou sexo.
Se sentir uma espécie de aperto no peito, que pode se irradiar para pescoço, costas e braços, e também se tiver possíveis crises de suor, palidez, sensação de queimação no tórax ou porção superior do abdome, mal estar generalizado, náusea e falta de ar, procure imediatamente ajuda médica – esses são os maiores sintomas do infarto. Um eletrocardiograma poderá confirmar o problema e o tratamento deverá ser feito com cirurgia para retirada do coágulo, o que poderá restaurar o fluxo sanguíneo. Quanto mais precoce for o procedimento, maior a quantidade de músculo salvo e melhor o prognóstico do paciente.

Como evitar infarto

Os cardiologistas do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) indicam atitudes que podem diminuir os riscos de ter um infarto. “Manter a mente tranquila e evitar grandes emoções é muito importante, mas também é fundamental manter uma vida plenamente saudável. Principalmente na terceira idade”, alerta a médica Cynthia Magalhães. Confira a lista completa de cuidados:

Não fume e nem seja fumante passivo. O cigarro é um dos grandes inimigos do coração.

Faça exercícios regularmente. Há uma série de benefícios proporcionados pela atividade física: aumento do bom colesterol (HDL), controle da pressão arterial, redução de peso, sensação de bem estar, redução do açúcar no sangue, etc.

Cheque e trate a sua pressão arterial, caso ela esteja elevada. Considere como normal a pressão de 12x8 (doze por oito).

Cheque e trate o seu nível de açúcar no sangue, caso ele esteja elevado. Considere como normal até 99 mg/dl.

Cheque e trate o seu colesterol, caso ele esteja elevado no sangue. Considere como normal para indivíduos saudáveis colesterol total menor que 200mg/dl e LDL (mau colesterol) menor que 100 mg/dl.

Reduza seu estresse e procure dormir bem à noite. Proporcione-se momentos de lazer.

Alimente-se corretamente, com mais qualidade do que quantidade. Não esqueça de que não podemos abusar do sal e, às vezes, ele vem disfarçado em alimentos. Portanto, crie o hábito de ler rótulos no mercado.

Controle seu peso. Cheque-o com frequência.

Consulte um médico regularmente. Não espere ficar doente para marcar uma consulta. A prevenção é o melhor remédio que existe.

domingo, 4 de maio de 2014

Por que o coração não se cansa nunca de bater?

Entre 60 a 100 vezes por minuto todos os dias, seu coração bate. Ao contrário dos outros músculos do seu corpo, ele quase nunca se cansa, até parar de vez.

Por quê?

O corpo humano é composto por três tipos de músculos: esqueléticos, lisos e cardíacos.

Os músculos esqueléticos são estriados. Anexados aos ossos e tendões, eles controlam praticamente todos os movimentos voluntários e involuntários (como o diafragma, que funciona automaticamente) do corpo.

O movimento voluntário é estimulado por impulsos nervosos, que viajam até os neurônios motores do ramo somático sensorial do sistema nervoso, para fazer com que as fibras musculares esqueléticas em que terminam se contraiam.

O músculo esquelético deriva sua energia a partir de mitocôndrias dentro de suas células, mas não precisa de muitas delas – contém uma média de apenas 1 a 2% mitocôndrias, uma fonte de energia suficiente para tarefas musculares intermitentes, como caminhar ou correr.

Completando suas reservas, o músculo esquelético também pode usar glicogênio (energia armazenada) para produzir ATP, a unidade básica que transporta e libera energia às células.

Já músculo liso é exatamente como descrito: sem estrias. Encontrado em órgãos internos ocos (exceto o coração), os músculos lisos funcionam automaticamente, nos ajudando a fazer coisas como digerir alimento, dilatar as pupilas e fazer xixi.

Por sua vez, tal como o músculo esquelético, o músculo cardíaco é estriado. Excepcionalmente, as células deste tipo de músculo são unidas em junções aderentes que permitem a contração do coração com força, sem rasgar suas fibras.

O estímulo para fazer o coração bombear vem de dentro e passa de fibra a fibra por meio de junções comunicantes entre si. Em uma onda síncrona a partir das aurículas e através dos ventrículos, o sangue viaja por todo o corpo. Qualquer coisa que interfere com essa onda, como um ataque cardíaco, pode fazer com que as fibras do coração batam de forma aleatória – condição chamada de fibrilação atrial.

Embora o coração bombeie sangue por sua própria vontade, os nervos modulam (aumentam ou diminuem) a taxa intrínseca e a força do batimento cardíaco. Mesmo que esses nervos sejam destruídos (como em um transplante cardíaco), o coração continua a bater.

Músculo cardíaco, assim como o músculo esquelético, também é alimentado por mitocôndrias, mas possui muitas mais. O volume total do coração é integrado de 30 a 35% de mitocôndrias. Essa enorme quantidade de geradores de energia significa que o músculo cardíaco, em um estado saudável, nunca precisa de descanso – há sempre um pouco de energia sendo transferida para o músculo, ao mesmo tempo em que mais energia está sendo derivada da ingestão calórica.

No entanto, esta quantidade de mitocôndria significa que o coração tem também uma maior dependência de respiração celular para ATP, tem pouco glicogênio e recebe pouco benefício da glicólise quando o suprimento de oxigênio é limitado.

Assim, qualquer coisa que interrompe o fluxo de sangue oxigenado para o coração leva rapidamente a danos, até mesmo à morte. Isto é o que acontece em ataques cardíacos.

É possível cansar o coração
Em 2001, cientistas estudaram a fadiga cardíaca em atletas de resistência. A cardiologista Euan Ashley montou um laboratório móvel na linha de chegada da corrida de ultra resistência “Adrenaline Rush” na Escócia. A equipe vencedora cruzou a linha depois de 90 horas contínuas de ciclismo, escalada, natação e remo, praticamente sem dormir.

Fazendo exames antes e após os 400 km de corrida, a equipe de Ashley determinou que os corações dos atletas que terminaram a competição bombeavam 10% menos sangue no final da corrida em comparação com a quantidade bombeada no início.

No entanto, mesmo os corações dos atletas que mostraram sinais de cansaço cardíaco voltaram ao normal rapidamente após a corrida, e nenhum dano permanente foi feito.

Mas poderia.

Outras pesquisas indicam que existem perigos de danos permanentes ao coração, como um estudo britânico de 2011, feito com homens que tinham sido parte de uma equipe nacional ou olímpica britânica em corrida de longa distância ou de remo, bem como corredores que tinham completado pelo menos uma centena de maratonas.

12 participantes tinham 50 anos ou mais, e 17 tinham 26 a 40 anos. Eles foram analisados e comparados a um grupo de 20 homens saudáveis com mais de 50 anos, nenhum dos quais eram atletas de resistência.

Os diferentes grupos foram submetidos a um tipo de ressonância magnética de seus corações, que identifica sinais muito precoces de fibrose ou cicatriz dentro do músculo cardíaco, condição que pode contribuir para função cardíaca irregular e, eventualmente, insuficiência cardíaca.

Os resultados foram bastante inquietantes. Nenhum dos atletas mais jovens ou os não atletas mais velhos tinham fibrose em seus corações. Mas metade dos atletas mais velhos tinham cicatrizes no músculo cardíaco. Os homens afetados foram, em cada caso, aqueles que tinham treinado de maneira intensa por mais tempo.

No entanto, até mesmo os cientistas que estudam os efeitos do exercício intenso no músculo cardíaco concordam que “exercício demais” não é um grande problema na sociedade de hoje. A maioria das pessoas só se exercita para ficar em forma, e a evidência científica diz que o exercício de resistência, no geral, faz bem para o coração. [Gizmodo]