quarta-feira, 24 de julho de 2019

Ficar sentado vendo TV é pior do que fazer o mesmo trabalhando


Segundo uma pesquisa, o risco de problemas cardiovasculares e morte sobe quando ficamos no sofá em frente à televisão, mas não ao sentarmos no escritório

Ao que parece, passar horas sem se mexer em frente à TV faz mais mal ao corpo do que ficar sentado trabalhando. É o que indica uma investigação robusta, divulgada recentemente no Journal of the American Heart Association.

O trabalho analisou dados de 3 592 moradores do estado de Mississipi, envolvidas em um estudo maior sobre a saúde cardíaca dos negros norte-americanos. Eles passaram por entrevistas, exames clínicos e questionários sobre atividade física e o tempo sentado no trabalho e em casa. Todas essas avaliações eram repetidas periodicamente em um tempo médio de acompanhamento de oito anos.

Primeiro, os cientistas descobriram que o grupo que relatava assistir mais de quatro horas de televisão por dia tinha um risco 50% maior de desenvolver doenças cardiovasculares ou de morrer prematuramente, em comparação com quem gastava menos de duas horas ligado na tela.

A boa notícia: se eles suavam a camisa em intensidade moderada ou vigorosa por ao menos 150 minutos por semana, essa relação deixava de existir. Ou seja, a prática esportiva regular neutralizaria os efeitos deletérios do sofá, de acordo com o levantamento.

E o tempo sentado no trabalho?
Se ficar horas sentado em frente à TV é ruim, fazer o mesmo olhando para um computador no escritório não deveria ser diferente, certo? Parece que não é bem assim.

No estudo, mesmo quem declarou trabalhar a maior parte do dia sentado não apresentou um risco maior de sofrer piripaques. Os autores da investigação admitem que as razões para essa diferença não estão claras, mas provavelmente envolvem comportamentos que adotamos em casa ou no serviço.

“Geralmente assistimos mais TV no final do dia, quando tendemos a comer uma refeição mais pesada, e ficamos sedentários por horas ininterruptas até a hora de dormir”, explicou, em comunicado à imprensa, Jeanette Garcia, fisioterapeuta que liderou a investigação. Ou seja, a associação entre o tempo sentado e uma alimentação farta perto do momento de repousar seria um combo especialmente perigoso.

Outra hipótese é a de que os longos períodos diante da televisão dificilmente são quebrados por alguns minutos de movimentação. “Já no trabalho, as pessoas se levantam para conversar com algum colega, ir a uma reunião, tomar café”, completou Garcia. É um comportamento distinto daquele de encostar no sofá para maratonar uma série, por exemplo.

Apesar de não se saber ao certo as causas por trás dos resultados encontrados, essa pesquisa reforça outras evidências no mesmo sentido. Em outro trabalho, os longos períodos no sofá foram associados à aterosclerose – aquela formação de placas de gorduras nos vasos sanguíneos que leva a entupimentos. O mesmo não aconteceu com indivíduos que passavam o expediente na cadeira.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/ficar-sentado-vendo-tv-e-pior-do-que-fazer-o-mesmo-trabalhando/ - Por Chloé Pinheiro - Foto: divulgação/SAÚDE é Vital

terça-feira, 23 de julho de 2019

Televisão: vale a pena ver menos


Ficar mais de três horas por dia em frente à TV pode ser fatal. Isso porque o hábito é considerado pano de fundo para várias doenças

Desligue a TV e vá ler um livro. Ou melhor, pode continuar aqui lendo a SAÚDE. O importante mesmo é sair da frente da telinha. É que, apesar de soar inofensivo, o hábito de ficar muito tempo na frente do aparelho pode ser prejudicial à saúde. Exagero? Segundo uma nova revisão de estudos da Escola Norueguesa de Ciências do Esporte, assistir a três horas ou mais de televisão por dia está associado a um aumento de 93% no risco de morte por qualquer causa.

Esse dado é particularmente preocupante para nós brasileiros. Afinal, falamos do meio de comunicação e de entretenimento mais utilizado por aqui. A última Pesquisa Brasileira de Mídia, conduzida pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, mostrou que gastamos, em média, quatro horas por dia diante da TV.

O excesso de tempo sentado é o principal vilão nessa novela. E o objetivo inicial da equipe norueguesa era descobrir se a atividade física poderia amenizar, ou até eliminar, os riscos atrelados a esse comportamento. Os resultados apontaram que sim: é possível anular o perigo com, no mínimo, uma hora de exercícios todo santo dia. O surpreendente, no entanto, foi que mexer o esqueleto não diminuiu (muito menos fez desaparecer) a probabilidade de piripaques entre as pessoas que dedicavam várias horas a filmes, seriados e demais programas televisivos.

Foi aí que os cientistas notaram que o sofá não é o único inimigo – outros hábitos pioram a situação. “Sentar em frente à TV pode estimular atitudes ruins, como a ingestão de alimentos e bebidas pouco saudáveis“, exemplifica o epidemiologista Ulf Ekelund, um dos responsáveis pela revisão. Ou seja: três horinhas na sala ou no quarto olhando para o televisor parecem ser mais nocivas do que aquelas horas na cadeira do escritório.

“Ainda que pouco, no trabalho você acaba se movimentando para pegar um café, entregar um documento ou conversar com um colega. Isso dificilmente ocorre quando se está vendo TV”, compara o educador físico Raul Santos de Oliveira, da Universidade Federal de São Paulo. Para muita gente, só faz sentido levantar no meio de um episódio da série predileta se for para buscar um petisco – e, aí, o enredo se complica.

Outra agravante está no horário em que o corpo fica inerte e com olhos vidrados. Na maioria das vezes, à noite, logo após o jantar. Isso prejudica a ação de uma enzima chamada lipoproteína lipase, responsável por eliminar as moléculas de gordura dos vasos sanguíneos. Essa falha favorece o ganho de peso e torna o ambiente propício para um filme de terror no organismo, com direito a maior probabilidade de infarto no final.

O conteúdo publicitário veiculado nas telas também dá sua contribuição. Estudiosos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais, analisaram 239 propagandas de alimentos e notaram que 85% dos produtos anunciados eram doces e fontes de gorduras. Frutas, hortaliças e verduras nem sequer apareciam nos comerciais. “A questão é que a mídia exerce grande influência em relação àquilo que consumimos”, lembra o educador físico Grégore Mielke, da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Mas não tem jeito. Precisamos retomar aquela história de ficar horas a fio com as nádegas afundadas no sofá, já que o conflito todo para o nosso corpo começa justamente aí. Para uma porção de gente, esse comportamento faz parte da rotina e da profissão. Pode até parecer bastante confortável, mas a realidade é que cada célula do organismo está alvoroçada só esperando que você se mexa. “Nosso corpo foi feito para se movimentar”, ressalta a educadora física Cláudia Forjaz, da Universidade de São Paulo. O sedentarismo, de certo modo, vai contra a nossa natureza.

O sangue que corre pelas artérias, por exemplo, depende desse agito para viajar sem entraves. Logo, se permanecemos parados feito múmia de filme B, aumenta o perigo de um entupimento nessa rede. Não à toa, em uma pesquisa da Universidade Osaka, no Japão, o hábito elevou em 70% o risco de embolia pulmonar – condição marcada por um bloqueio nos vasos dos pulmões. “Apesar de não termos investigado a causa do problema, acreditamos que seja consequência da redução na velocidade da circulação sanguínea. E isso é resultado do tempo excessivo que as pessoas passam sentadas”, explica o epidemiologista Toru Shirakawa. “Fazer uma pausa, levantar e caminhar um pouco pelos arredores já ajuda a prevenir essas complicações”, aconselha.

Cláudia concorda e ainda ensina uma conta simples para usar no dia a dia. “Para cada meia hora na cadeira, o ideal é passar cinco minutos em pé”, diz. Se achar difícil adotar esse esquema imediatamente, ou estiver em uma semana atribuladíssima no trabalho, saiba que mexer um pouco as pernas faz diferença. Foi o que concluiu um experimento publicado recentemente no periódico American Journal of Physiology Heart and Circulatory Physiology. Depois de analisar a função vascular dos membros inferiores de 11 jovens saudáveis antes e depois de ficarem três horas na cadeira, os estudiosos concluíram que movimentar essa região do corpo, ainda que sentado, traz vantagens aos vasos.

“No entanto, a melhor saída para driblar os efeitos do comportamento sedentário é apostar na atividade física”, frisa o educador físico Rodrigo Reis, do Centro de Pesquisa em Prevenção da Universidade Washington em St. Louis, nos Estados Unidos. “Ela não só reduz a probabilidade de danos como traz benefícios extras”, complementa. “Nossos resultados sugerem que a prática diária de 60 a 75 minutos de exercícios elimina o risco de morte decorrente do excesso de tempo sentado”, reforça Ekelund, do trabalho norueguês.

Mas vale a pena ler de novo: além de suar a camisa, é crucial aproveitar o tempo de folga para investir em atividades que não incluam só ficar prostrado em frente à televisão. É isso que enterra de vez as chances de levar uma vida mais equilibrada. No lugar, que tal dar início a um curso de pintura? Ou, ainda, reunir-se mais com a família e os amigos? Também dá para intercalar um episódio da série do momento com capítulos de um livro – sempre lembrando de ficar em pé vez ou outra. Atitudes singelas podem tanto minimizar o drama ao longo do roteiro como ajudar a evitar finais infelizes.

Sentado e doente
Por que a inércia abala o corpo todo

Coluna indefesa
A postura dos sentados, em geral, é curvada, o que pode danificar os discos que ficam entre as vértebras.

Coração ferrado
Como o sangue não circula direito, os vasos correm maior risco de entupir e sobrecarregar o músculo cardíaco.

Cabeça de zumbi
Com menos oxigênio trafegando, o cérebro falha na missão de nos deixar alertas. Cai, portanto, nosso nível de concentração.

Cadê o fôlego?
A má postura deixa os pulmões sem espaço para expandir. Isso limita a quantidade de oxigênio que será enviada ao sangue.

Peso pesado
O sedentarismo, somado à ingestão de alimentos calóricos, leva ao acúmulo de gordura no organismo.

Doce veneno
A falta de movimento dificulta a conversão do açúcar presente na circulação em energia. É um passo para o diabete.

Por que levantar?
Os números confirmam: ficar sentado não é nada bom

13% é quanto sobe o risco de mortalidade por assistir à TV durante mais de duas horas.
5% é quanto aumenta a probabilidade de morrer a cada duas horas extras sentado.
4% das mortes no mundo seriam evitadas com três horas a menos na cadeira ou no sofá.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/televisao-vale-a-pena-ver-menos/ - Por Karolina Bergamo - Foto: Dulla

segunda-feira, 22 de julho de 2019

A maioria dos suplementos dietéticos não melhora a saúde nem o risco de morte: estudo


Uma nova pesquisa americana chegou à conclusão de que quase todo suplemento dietético, vitamínico ou mineral não traz benefícios para a saúde, como uma maior expectativa de vida ou um menor risco de doença cardíaca.

Metodologia
Os pesquisadores analisaram os resultados de 277 ensaios clínicos utilizando 24 tipos de intervenção diferentes que testaram 16 vitaminas ou outros suplementos, bem como oito dietas em relação a suas associações com mortalidade e condições como doenças cardíacas e derrame. No total, foram examinados os dados de 992.129 indivíduos.

Os suplementos revisados foram: antioxidantes, β-caroteno, vitaminas do complexo B, multivitaminas, selênio, vitamina A, vitamina B3/niacina, vitamina B6, vitamina C, vitamina E, vitamina D, cálcio, cálcio e vitamina D juntos, ácido fólico, ferro e ácido graxo ômega-3 (também conhecido como óleo de peixe).

As dietas revisadas foram: dieta mediterrânea; dieta baixa em gordura saturada; dieta baixa em gordura saturada ou com substituição de calorias por gorduras ou carboidratos mais insaturados; dieta baixa em gorduras; dieta baixa em sal em pessoas saudáveis e com hipertensão; dieta rica em ácido alfa linolênico (nozes, sementes e óleos vegetais); e dieta rica em ácidos graxos ômega-6 (nozes, sementes e óleos vegetais).

Resultados
No geral, os cientistas descobriram que os suplementos não faziam mal, mas também não tinham quase nenhum benefício de saúde.

Houve uma possível vantagem de saúde relacionada a uma dieta com pouco sal – 10% menos risco de morte para pessoas saudáveis, 33% menos risco para pessoas com hipertensão.

Algo semelhante ocorreu com estudos sobre suplementos de ácidos graxos ômega-3 – uma redução de 8% no risco de ataque cardíaco e 7% doença coronariana.

Estudos feitos na China com suplementos de ácido fólico foram ligados a um risco 20% de derrame, mas os resultados podem não ser tão relevantes em países que já consomem alimentos enriquecidos com ácido fólico, como os cereais comumente comercializados nos EUA.

Além disso, os pesquisadores descobriram que suplementos que combinam cálcio e vitamina D pode estar ligados a um risco ligeiramente maior de derrame – 17%. Tomados sozinhos, os suplementos não parecem gerar esse risco.

 “Nossa análise carrega uma mensagem simples de que, embora possa haver alguma evidência de que algumas intervenções têm impacto na morte e na saúde cardiovascular, a grande maioria das polivitaminas, minerais e diferentes tipos de dietas não tem efeito mensurável na sobrevivência ou redução do risco de doença cardiovascular”, resumiu o principal autor do estudo, Safi U. Khan, professor de medicina da Universidade de West Virginia (EUA).

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica Annals of Internal Medicine. [ScienceDaily]


domingo, 21 de julho de 2019

Aulão integrativo gratuito


Topa um desafio?

Próxima quarta (24/07,) às 19h, teremos nosso Aulão Integrativo para trabalharmos juntos o corpo, mente e espírito!

A personal trainer @elainenunes84 e @budahmoderno para essa nova edição trarão novidades como o sorteio de vários brindes dos parceiros:

@naturallifeitabaiana @farmaciadosecerta  @tntsuplementosefitness @moniele_noronha  @wesley_lava_jato @johnatanjessicamarketing  @jacqueline_docemania @credimoveishome @jamissonmello @valeriaaugustomakeup @acaicombinado @jpsonorizacao_e_iluminacao e @zarrarasemijoias_oficial

‼ ATENÇÃO ‼ ao novo local que será o @carvalhoeventos_itabaiana , vizinho ao @acaicombinado na avenida principal de Itabaiana.

O AULÃO É GRATUITO e você pode convidar todos os seus amigos!

A aula começa às 19h em ponto, por isso chegue cedo pra não perder nada, combinado?

Por Budah Moderno

Se você tem tendência à hipertensão, é melhor moderar no café

Café é bom para o coração, mas, em excesso, aumenta a chance de pressão alta em pessoas predispostas.

Predisposição à pressão alta

O hábito de consumir mais de três xícaras de café por dia aumenta em até quatro vezes a chance de indivíduos predispostos à hipertensão apresentarem níveis elevados de pressão arterial.

Não foi observada associação significativa entre a bebida e os níveis de pressão arterial no caso de pessoas que consumiam até três xícaras ao dia.

"Esses achados destacam a importância de moderar o consumo de café para a prevenção da pressão alta, particularmente em indivíduos geneticamente predispostos a este fator de risco cardiovascular," disse a pesquisadora Andreia Machado Miranda, da USP (Universidade de São Paulo).

Foram considerados como pressão arterial elevada valores acima de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg). Em um trabalho anterior, Andreia havia observado que o consumo moderado de café (de uma a três xícaras diárias) tem efeito benéfico sobre alguns fatores de risco cardiovascular - particularmente a pressão arterial e os níveis sanguíneos de homocisteína, aminoácido relacionado com o surgimento de alterações nos vasos sanguíneos, infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Nessa primeira análise, não foram incluídos os dados genéticos.

"Decidimos, no estudo mais recente, investigar se, em indivíduos que apresentam fatores genéticos que predispõem à hipertensão, o consumo de café teria influência nos níveis de pressão arterial," disse Andreia.

Café e hipertensão

O consumo de café foi dividido em três categorias: menos de uma xícara ao dia; de uma a três; e mais de três xícaras diárias. "Fizemos uma análise de associação desses três fatores: escore genético de risco, consumo de café e valor da pressão arterial. Usando um método estatístico conhecido como regressão logística múltipla, incluímos outras variáveis de ajuste que poderiam influenciar o resultado, como idade, sexo, raça, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, índice de massa corporal, atividade física e uso de medicação anti-hipertensiva", explicou Andreia.

As análises estatísticas mostraram que, à medida que aumentava o escore de risco e a quantidade de café consumida, crescia também a chance de o indivíduo apresentar pressão alta. Nos voluntários com pontuação mais elevada e consumo diário superior a três xícaras, a chance de pressão alta foi quatro vezes maior que a de pessoas sem predisposição genética.

"Como a maior parte da população não tem ideia se é ou não predisposta a desenvolver hipertensão - para isso seria necessário sequenciar e analisar o genoma -, o ideal é que todos façam um consumo moderado de café que, ao que tudo indica, é benéfico à saúde do coração," disse Andreia.