sábado, 22 de agosto de 2020

Conheça oito óleos funcionais que te dão saúde e ajudam a emagrecer


Eles aceleram o metabolismo, dão saciedade e podem até ser usados como hidratantes para a pele

Os óleos funcionais, como o óleo de coco e o óleo de cártamo, têm vantagens que vão além da perda de peso. Aumentar o metabolismo e a saciedade, manter a pele bonita e atenuar os sintomas do TPM são só algumas das ações comprovadas. "Eles passam por uma prensagem a frio, sem solventes e sem refinamento, garantindo que os ácidos graxos - substâncias antioxidantes responsáveis por melhorar a fluidez do sangue e diminuir o colesterol ruim - não sejam perdidos", explica a nutricionista Larissa Marin, especialista em nutrição funcional de São José do Rio Preto (SP).

Apesar de o preço ser um tanto salgado (a garrafinha com 250 ml varia de 25 a 65 reais), o rendimento é muito bom. "Como a ingestão recomendada varia entre duas colheres de chá ou de sopa por dia, cada garrafa dura em média dois meses", explica a nutricionista. Mas lembre-se sempre de ingeri-los em temperatura ambiente, já que o aquecimento pode eliminar alguns nutrientes. O Minha Vida preparou uma lista com os diferentes tipos de óleos para que você escolha o que melhor se encaixa às suas necessidades.

Óleo de coco
Apesar de não haver longos estudos realizados com esse óleo, ele tem sido cada vez mais recomendado pelos nutricionistas. Segundo os especialistas, essa versão é rica em antioxidantes que apresentam uma série de benefícios para o organismo: prevenção de doenças cardiovasculares, auxílio no emagrecimento, redução das taxas de colesterol, ação antifúngica (auxiliando no tratamento de candidíase e gastrite bacteriana) e fortalecimento da imunidade. Por ser um alimento termogênico, aumenta o gasto energético do organismo e, em consequência, a perda de peso e de medida na cintura. Também promove mais saciedade, por ser uma gordura que aumenta o tempo com que os alimentos passam do estômago para o intestino.
A nutricionista Thais Souza, da rede de lojas Mundo Verde, explica que a gordura dos óleos funcionais é um tipo especial (triglicerídeos de cadeia média), que não tem colesterol e é rapidamente absorvida e transportada para o fígado. Se consumida na dose certa, portanto, não se acumula como gordura corporal.

Óleo de cártamo
Extraído das sementes da planta Carthamus tinctorius L., o óleo de cártamo é rico em antioxidantes e ácidos graxos (ômega-9 e ômega-6). Por se tratar de uma gordura, ele auxilia na redução do apetite, já que promove saciedade. "Pesquisas também mostram que o óleo de cártamo pode estimular a lipólise (quebra da gordura) e a oxidação de gordura (queima da gordura), favorecendo o emagrecimento", acrescenta a nutricionista Thais Souza.
Vale lembrar que o consumo desse e dos outros óleos deve estar sempre associado à prática regular e orientada de atividade física. Quanto ao consumo desses alimentos em cápsulas, a recomendação é de duas cápsulas antes das principais refeições, mas pode haver variações de acordo com o fabricante.

Óleo de gergelim
De origem oriental, a planta do gergelim tem sementes minúsculas e cheias de propriedades funcionais. "O óleo, por sua vez, é rico em substâncias antioxidantes que protegem o fígado dos processos oxidativos e evita o acúmulo de toxinas e gorduras", explica Larissa Marin. O produto também contém grandes quantidades de vitamina E - que é anti-inflamatória e alivia os sintomas da TPM.

Óleo de Linhaça
A linhaça é uma semente oleaginosa rica em ácidos graxos, que ajudam na redução de triglicerídeos, na regulação da pressão arterial e no combate à inflamação das células de gordura. O óleo dessa semente ainda possui lignanas em sua composição, que são transformadas em substâncias semelhantes aos hormônios estrógenos e, em consequência, levam à redução do colesterol total e do LDL (colesterol ruim) e à regulação da pressão arterial. Os ácidos graxos do óleo de linhaça também estimulam mais a saciedade do que os outros tipos de óleo.

Óleo de girassol
Quando obtido por prensagem a frio, o óleo de girassol vira fonte de ácidos graxos (ômega-6 e ômega-9) e vitamina E, nutriente que auxilia na defesa do organismo contra os radicais livres e evita a formação de placas de aterosclerose (doença inflamatória que afeta os vasos sanguíneos). "O óleo também é rico em triptofano, que é um aminoácido precursor do neurotransmissor serotonina, capaz de atuar no controle do sono e do apetite e na melhora do humor e do inchaço", explica a nutricionista Larissa Marin.

Óleo de amêndoa
"Esse óleo é rico em ômega-9 e ômega 6, que garantem um bom funcionamento do sistema cardiovascular", conta Larissa Marin. Além disso, ele pode ser usado também para aplicar na pele. Isso mesmo! Ele têm as mesmas (e até mais) propriedades que os óleos e cremes hidratantes de aplicação exclusivamente tópica.

Óleo de macadâmia
Ótima opção contra o envelhecimento, o óleo de macadâmia contém grande quantidade de ômega-9 e ômega-7, que fazem parte da composição natural da pele, mas diminuem conforme a idade avança. Esse tipo de óleo repõe essa substância perdida pelo organismo e proporciona um aspecto mais jovial ao rosto, podendo ser aplicado topicamente. Ele também auxilia no controle do triglicérides e da glicemia do sangue.

Óleo de abóbora
O óleo derivado da abóbora é fonte de ômega-6, ômega-9 e vitamina E. Estudos recentes demonstram que ele pode ser utilizado na prevenção de câncer de mama e próstata, já que é rico em beta sitosterol. Para render mais, a nutricionista Larissa dá a dica: misture o óleo ao azeite convencional - o produto vai durar mais!


sexta-feira, 21 de agosto de 2020

7 alimentos com vitamina D


Além do sol, opções como ovos, sardinha e iogurte enriquecem seu consumo

A vitamina D, conta a nutricionista Débora Almeida da Silva, ajuda no combate à hipertensão, no controle de peso e na prevenção da osteoporose, já que é fundamental para a manutenção do metabolismo do cálcio e, logo, no desenvolvimento ósseo.

A nutricionista Astrid Pfeiffer lembra também que ela tem importante papel no funcionamento adequado da tireoide e na secreção de insulina pelo pâncreas. "No sistema imune, ela é responsável por aumentar a funcionalidade das células Natural Killer (NK), responsáveis por destruir os invasores do sistema imunológico", adiciona a nutricionista Adriana Fanaro Oliveira.

A principal fonte dessa vitamina é a luz solar, que estimula a produção da vitamina por nossa pele. A nutricionista Priscilla Baracat ensina que 10 a 15 minutos de contato com a luz do sol, de duas a três vezes por semana, evitando a exposição entre as 10h e 16h, já são suficientes.

Confira abaixo alguns alimentos que possuem vitamina D, de acordo com a USDA National Nutrient Database for Standard Reference, e alguns conselhos de consumo:

Sardinha e atum em lata
Prática, a sardinha e o atum enlatado são uma das principais fontes de vitamina D vindas da alimentação, contando com, 4,8 mcg e 6,7 mcg a cada 100g, respectivamente.
Para aproveitar esses benefícios de forma saborosa, a nutricionista Ana Flor Picolo sugere usá-los no preparo de tortas, saladas, farofas e sanduíches.

Fígado de boi
Embora essa parte do boi não seja apreciada por alguns, é fonte de vitamina D, apresentando 0,8 mcg a cada bife de, aproximadamente, 68g.
A nutricionista Ana Flor Picolo aconselha que o bife seja consumido grelhado ou cozido, já que frito agregará mais gorduras.

Ovos
Esse alimento é rico em vitamina D, contando com 1,1 mcg a cada unidade grande. Para aproveitar ao máximo os nutrientes, a nutricionista Ana Flor Picolo recomenda o consumo do ovo fresco - o famoso ovo caipira -, que costumam ter uma maior quantidade de nutrientes devido à forma de criação das galinhas. Mas sem frituras: prefira ovos mexidos ou cozidos.

Queijo cheddar
Esse tipo de complementa a sua dieta quando o assunto é vitamina D. Cada 100g tem 0,6 mcg do nutriente. No entanto, com o processo industrial, é inevitável que ele perca parte de suas propriedades, como acontece com aquelas bisnagas prontas para o uso em lanches.
Por isso, prefira os que passaram pelo menor processo de industrialização, como queijos cheddar artesanais, vendidos em rotisserias.

Manteiga
Melhor amiga do pãozinho, a manteiga é uma das opções para aprimorar seu consumo de vitamina D diária. 100g de manteiga tem 1,5 mcg. Mas, atenção: o tão querido pão na chapa não é o modo de preparo mais saudável, já que, quando aquecidas, as gorduras ficam saturadas.
O processo de aquecimento também compromete as vitaminas. Por isso, prefira consumi-lo fresco, junto a um pão integral, já que as fibras melhoram a absorção de nutrientes.

Iogurte
Além de ser uma delícia, o iogurte dá aquela forcinha na ingestão de vitamina D diária - a versão desnatada conta com 0,1 mcg a cada 100g. A nutricionista Ana Flor Picolo lembra que ele vai muito bem com frutas, em molhos de salada ou em vitaminas com grãos integrais (como gergelim e aveia).
O preparo de bolos e tortas com iogurte, alerta ela, deve ser evitado, já que o valor calórico do bolo é maior do que de outros preparos, como os já citados.

Óleo de fígado de bacalhau
Para turbinar o consumo de vitamina D, cápsulas de oléo de fígado de bacalhau são ótima opção, já que concentram grandes quantidades da vitamina.
Para que se tenha noção, 100g de óleo de fígado de bacalhau tem 250 mcg de vitamina D. É de costume ingeri-la com água durante as refeições.


quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Limpeza, higienização e desinfecção: saiba a diferença


Termos possuem conceitos bem diferentes; entenda também o que é sanitização e esterilização

Mais do que uma questão estética para o ambiente, manter os objetos limpos e longe de microrganismos, como bactérias, vírus e fungos, é um fator de proteção à saúde. Afinal, esses agentes infecciosos podem ser causadores de uma série de doenças e a limpeza é a melhor forma de combatê-los.

Nesse sentido, é importante conhecer algumas técnicas, como higienização, sanitização, desinfecção e esterilização. Isso porque, embora esses termos sejam, muitas vezes, usados como sinônimos, existem diferenças entre seus conceitos - e que revelam o quanto uma superfície pode estar livre ou não de germes. Entenda:

Diferença entre limpeza, higienização e desinfecção
Segundo o químico Renan Pioli, membro da Câmara de Produtos Químicos da Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional), a diferença entre limpeza, higienização, sanitização, desinfecção e esterilização consiste no quanto cada processo consegue eliminar sujeiras e microrganismos.
A limpeza, de acordo com o especialista, é o ato de remoção de qualquer sujeira que é visível a olho nu. Ela nada mais é do que passar um pano (seco ou úmido) em superfícies, sem se atentar ao percentual de sujeira removida ou aos microrganismos eliminados - apenas no que o olho humano não vê mais.
Por outro lado, a desinfecção tem como foco tudo aquilo que o olho não enxerga: ou seja, os microorganismos. "Mais especificamente, deve ocorrer a eliminação de 99,9999% de microorganismos na desinfecção. Isso significa que, de um milhão de microorganismos, deve sobrar apenas um", diz Pioli.
A higienização de uma superfície, por sua vez, é a combinação entre a limpeza e a desinfecção de um objeto. Portanto, é uma das técnicas mais usadas dentro de casa, especialmente em ambientes que estão mais expostos ao acúmulo de germes, como banheiro e cozinha.

Sanitização e esterilização
A sanitização também é um processo que elimina quase a totalidade de microorganismos de uma superfície: 99,9%. Porém, diferente da desinfecção, ela envolve produtos de limpeza que são específicos para essa técnica e costuma ser um processo voltado para a indústria alimentícia - dificilmente utilizada no dia a dia doméstico.
De acordo com um manual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso de produtos saneantes também é indicado para situações em que pode haver respingos de sangue, fezes e urina nas superfícies. Assim, a técnica também é bastante indicada para ambientes hospitalares, clínicas e petshops.
Por fim, a esterilização consiste em um procedimento que remove e elimina 100% dos microrganismos de uma superfície. Em geral, pode ser feita por meios físicos (com uso de vapor, pressão e radiação) ou químicos (com uso de produtos específicos), a depender do tipo de material que será esterilizado.
Segundo Prioli, a limpeza deve ser feita independentemente do objeto e sempre antes de qualquer um dos processos citados, uma vez que é necessário remover partículas maiores de sujeira antes de eliminar microorganismos de dimensões menores.

Produtos para eliminar microrganismos
Para determinar o produto que será utilizado em cada tipo de técnica, a regra é ler o rótulo e ver para qual finalidade o material foi elaborado. Atualmente, há opções no mercado que são capazes que realizar limpeza e desinfecção de uma só vez. Outros necessitam que cada etapa seja realizada separadamente.
"Sabões são usados para limpar, enquanto álcool (líquido ou em gel) e água sanitária são usados como desinfetantes. Todos esses produtos citados, desde que corretamente registrados na Anvisa, são eficazes", diz Prioli.
Quanto à sanitização e esterilização, ambos pedem compostos químicos mais agressivos do que o álcool ou a própria água sanitária e são usados em contextos específicos, como citado anteriormente. Muitos desses produtos, inclusive, são de uso restrito e controlado.

Produtos de limpeza caseiros
Com a intenção de ter produtos de limpeza sempre à mão e também contribuir com o meio ambiente, fazendo a reciclagem de gordura, não é raro que algumas pessoas cultivem o hábito de preparar seus próprios produtos em casa - como é o caso do sabão caseiro.
Entretanto, Prioli alerta que este tipo de solução nem sempre é a melhor alternativa. ?Não recomendamos a fabricação de produtos de limpeza ou sabões caseiros, pois, além de serem perigosos, não há um controle de qualidade que garanta a eficácia antimicrobiana?, avisa o especialista.
Assim, a orientação é preferir as opções que são avaliadas pela Anvisa e outros órgãos de controle para minimizar qualquer risco direto e indireto à saúde. Portanto, tenha atenção na hora de adquirir seus produtos de limpeza para ter uma casa sempre limpa e segura.


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Ficar sem calcinha faz bem? Por que o novo hábito do confinamento pode favorecer sua saúde íntima


De acordo com os profissionais consultados por Donna, a orientação tem como objetivo contribuir com a saúde íntima feminina

Nas redes sociais e em grupos femininos de WhatsApp, muitas mulheres contam que estão aproveitando o período de confinamento para colocar em prática uma recomendação de muitos ginecologistas: usar menos roupa íntima. De acordo com os profissionais consultados por Donna, a orientação tem como objetivo contribuir com a saúde íntima feminina. Por conta do excesso de roupas (usar a calcinha e mais uma calça jeans, por exemplo), pode haver um aumento do calor e da umidade no local, como explica a ginecologista Clarissa Amaral:

— A falta de transpiração faz com que aumente a proliferação de agentes patogênicos como a cândida, que causa as vulvovaginites fúngicas — afirma.

Nos consultórios, muitos médicos costumam indicar que as pacientes não usem calcinha na hora de dormir - mas, segundo a médica, só há benefícios em não vestir a peça durante o dia quando você está em casa.

— A orientação em relação à noite é muito mais por uma questão de conforto e por ser um momento de maior privacidade, mas não deveria ser somente para dormir — afirma.

Respira!
Para o ginecologista Paulo César Giraldo, tão importante quanto deixar a roupa íntima de lado por algumas horas todos dias é estar atenta ao tipo de calcinha que você escolhe. O maior problema, explica o professor titular de Ginecologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é vestir peças apertadas:

— A área genital fica entre as coxas, e isso faz com que fique sob oclusão e fricção. A pele da vulva sofre mais do que a do antebraço ou das costas, por exemplo. Se você usa uma roupa íntima apertada, aumenta essa oclusão — ensina.

Ou seja: de nada adianta seguir à risca a orientação de deixar a calcinha de lado para dormir e, durante o dia, usar aquela lingerie justíssima por muitas horas. Vale ficar atenta também às demais peças "de baixo": calças jeans muito apertadas, por exemplo, também podem ser prejudiciais para sua saúde íntima. O médico conta que já atendeu pacientes que ficaram com a pele manchada por conta da tinta.

— Pela umidade na área genital, a tinta se impregna na vulva. Quando a peça está apertada, a mulher transpira e a tinta sai — explica.

Não quer dizer que você precise aposentar aquela calça mais justa: em seu site, o higienegenitalfeminina.com.br, o médico ensina que o ideal é evitar usar esse tipo de peça por muitas horas seguidas. Se apostou numa roupa mais apertada hoje, o ideal é que amanhã você opte por uma peça mais solta.

E o melhor tecido?
Você já deve ter ouvido falar que o ideal é optar por peças íntimas de algodão, não é? De fato, elas favorecem a oxigenação na área, mas não há problema em usar calcinhas de outros materiais se elas não forem justas demais e deixarem a pele transpirar.

— Muita gente fala para não usar calcinha de lycra, mas é bobeira. Raramente a mulher terá alergia ao tecido. Os incômodos aparecem se a calcinha ocluir a respiração ou se for muito apertada — pondera o médico, que é membro da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Hora do banho
Mas prevenir possíveis infecções genitais também tem a ver com a higiene íntima adequada, recorda a ginecologista Clarissa. Isso não quer dizer lavar a área diversas vezes por dia - o que pode ser, inclusive, prejudicial.

— Higienizar bem não quer dizer demais — pontua Giraldo. — Mas, se a higiene não é feita, a área vulvar vai acumular secreções e detritos orgânicos, e as bactérias se proliferam. Elas produzem substâncias que podem ser nocivas para o tecido e, eventualmente, favorecer infecções.

O ideal é lavar a região de uma a, no máximo, três vezes ao dia em tempos de calor, devido à transpiração excessiva. Na época de frio, uma limpeza diária é o suficiente. Não custa lembrar: não se deve introduzir água dentro da vagina (do hímen para dentro, como explica o médico). Duchas vaginais só devem ser utilizadas com prescrição médica.


terça-feira, 18 de agosto de 2020

Suor excessivo: causas e tratamentos para problemas de transpiração


Ficar com o corpo suado em dias quentes, em momentos de nervosismo ou depois de práticas esportivas é absolutamente normal. E quando há suor excessivo? Para entender quais são suas causas, os tratamentos e como diferenciar essa situação de outras doenças, conversamos com a dermatologista Dra. Gabriela Horn (CRM 42018 RQE 29198).

Causas do suor excessivo
Conforme a Dra. Gabriela, a hiperidrose se caracteriza pela produção de suor de maneira excessiva, sem uma causa óbvia como exercício físico, por exemplo. Ela é classificada de duas formas, primária e secundária, e pode apresentar diferentes causas:

Hiperidrose primária
A forma primária do suor excessivo, também chamada de idiopática (sem causa definida), é a forma mais frequentemente vista, caracterizando-se por acometimento focal e simétrico, como suor excessivo no rosto, nas axilas, palmas, plantas e outras áreas. Pode ser exacerbada por calor, emoções, alimentos condimentados ou bebidas alcoólicas. Seu início geralmente ocorre antes dos 25 anos.

Hiperidrose secundária
A hiperidrose secundária pode ocorrer em consequência a quadros infecciosos, uso de drogas (álcool, cocaína, heroína), uso de medicações (ciprofloxacina, aciclovir, esomeprazol e sertralina), problemas endócrinos (hipertrireoidismo, menopausa, entre outros), problemas neurológicos (doença de Parkinson e lesão medular), além de outras causas como linfoma, insuficiência cardíaca, ansiedade e obesidade. Portanto, uma investigação médica é essencial.

Como identificar
Se suar é algo normal, como saber se você sofre de hiperidrose? De acordo com a dermatologista Dra. Gabriela Horn, a hiperidrose possui a peculiaridade de causar impacto na qualidade de vida através de experiências subjetivas. Ela pode causar constrangimento em situações corriqueiras (exemplo: dar as mãos) e causar alterações comportamentais que muitas vezes culminam no isolamento social.

O impacto que a hiperidrose causa na qualidade de vida é comparável àquele causado por doenças fisicamente mais incapacitantes como psoríase grave, artrite reumatoide, esclerose múltipla e insuficiência renal crônica terminal. Isso nos mostra a importância desta doença, que é muito subdiagnosticada. Muitas vezes uma pessoa sofre por anos com o suor excessivo sem saber que aquilo é uma doença, que pode ser tratada e controlada.

Tratamentos para o suor excessivo
O tratamento da hiperidrose tem o objetivo de controlar sintomas. A escolha da opção terapêutica mais adequada depende de fatores como a intensidade, a localização e o impacto na qualidade de vida dos portadores da condição.

Tratamento tópico: cremes tópicos à base de cloridrato de alumínio são considerados como primeira escolha para hiperidrose leve.
Iontoforese: é uma opção muito utilizada para tratamento da hiperidrose palmo-plantar – suor excessivo nos pés (na sola) e suor excessivo nas mãos (nas palmas). Envolve o uso de um dispositivo que aplica corrente elétrica que introduz íons na pele afetada, causando obstrução dos ductos excretores das glândulas sudoríparas.
Toxina botulínica tipo A: é um tratamento temporário, mas que tem cada vez mais sido procurado por quem sofre de hiperidrose primária. Injeções intradérmicas de toxina botulínica são aplicadas com o objetivo de bloquear a liberação do suor nas glândulas sudoríparas.
Tratamento cirúrgico: sim, existe cirurgia para suor excessivo. Para casos de hiperidrose axilar (suor excessivo nas axilas), pode-se realizar uma remoção cirúrgica da área hiperidrótica, bem como remover as glândulas através de lipocuretagem. Um procedimento alternativo é a simpatectomia torácica endoscópica, que interrompe cirurgicamente as fibras nervosas simpáticas.
A procura por um dermatologista deve ocorrer sempre que a presença do suor excessivo esteja interferindo no convívio social, causando incômodo e prejuízo na qualidade de vida.

Tratamentos caseiros
A dermatologista Dra. Gabriela comenta que não existem tratamentos naturais ou caseiros que sejam realmente efetivos no controle desta doença.

Como lidar com suor excessivo
Como visto até aqui, o mais recomendado é procurar auxílio médico para encontrar a causa e o tratamento da hiperidrose, seja em um ponto específico ou suor excessivo no corpo todo. Porém, existem algumas recomendações de como lidar com o problema.

1. Use roupas leves e respiráveis
Especialmente para quem sofre com suor excessivo à noite, usar roupas soltas e com tecidos de fibras naturais ajuda a melhorar a transpiração. Porém, fica o alerta: se o seu suor noturno é acompanhado de outros sintomas, como fadiga e dor, procure por ajuda médica.

2. Faça a higiene corretamente
Se você está constantemente com as mãos suadas, a recomendação é lavá-las com água e sabão. Lenços umedecidos são uma boa solução para quando você estiver fora de casa. O suor excessivo na cabeça, que pode acontecer por diferentes fatores, de utilização de medicamentos até menopausa, também pode ser aliviado através de limpeza – no entanto, evite água quente.

3. Evite o consumo de cafeína e de álcool
Por mais que um café ou uma boa cervejinha combinem com diferentes momentos, as bebidas devem ser evitadas por quem sofre com suor excessivo. Isso porque essas substâncias – o álcool e a cafeína – são indutoras de suor e aumentam a transpiração.

4. Aposte em produtos absorventes
A sensação de pés molhados dentro dos calçados e as manchas nas roupas são grandes incômodos de quem transpira bastante. Uma alternativa para trazer mais conforto no dia a dia é a utilização de palmilhas e discos absorventes, que podem ser usados nos sapatos e nas axilas.
Assim como a hiperidrose, uma doença de pele mais comum do que se imagina é a disidrose. Aproveite para saber mais sobre ela, como tratar e prevenir.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/suor-excessivo/ - Escrito por Nicole Dias - ISTOCK