domingo, 26 de setembro de 2021

3 Líquidos que cães podem beber e 6 que não podem


Além da água, veja o que é seguro oferecer ao seu cão, e o que não deve oferecer, mesmo que ele queira experimentar

 

Os cachorros não precisam tomar nada além de água. Aliás, a água potável deve ser a bebida principal que o cão precisa tomar, pois é o que vai deixá-lo hidratado de forma segura. Mas, mesmo assim é interessante saber o que pode acontecer caso o cão tome outra bebida. Veja, a seguir, quais são os líquidos que os cachorros podem e não podem beber, pela segurança da saúde deles.

 

Suco de fruta natural e sem açúcar adicionado

Pode. De vez em quando você pode fazer um suco natural para seu cachorro, com frutas como kiwi, maçã, manga, melancia, morango e pera, que ele pode consumir sem risco. Use apenas a fruta e água, sem adicionar açúcar nem adoçante.

 

Água de coco

Pode. Assim como é para os humanos, a água de coco é uma bebida muito nutritiva para os cães, servindo para hidratar e como fonte de nutrientes. Não deve substituir a água, mas você pode oferecer uma água de coco pura e geladinha para seu pet nos dias de calor.

 

Chás

Pode. Mas, só os chás que não contêm cafeína, como camomila e hortelã. Se for oferecer um chá para seu cão, não adicione açúcar, adoçante nem qualquer outro ingrediente para adoçar. Além disso, cuidado com a temperatura. O chá deve estar frio.

 

Não ofereça ao seu cão chás que possuem cafeína, como chá verde, preto, branco, oolong e chá mate. A cafeína pode causar intoxicação e outros problemas nos órgãos internos do cão.

 

Café

Não pode. Pelo mesmo motivo dos chás com cafeína, seu cão não deve tomar café, nem mesmo o descafeinado.

 

Leite

Não pode. Por mais que seja comum oferecer leite para cães filhotes que não são amamentados pela mãe, essa bebida não é recomendada pelos veterinários. O motivo é o mesmo que para os humanos: para alguns cães, as proteínas do leite podem fazer mal, causando dor de barriga, gases, inchaço abdominal e diarreia. Além disso, nenhum derivado de leite é recomendado.

 

Refrigerantes

Não pode. O organismo dos cães não precisa de refrigerante, pois essa bebida tem excesso de açúcar, não tem nutrientes e o gás pode causar dor de estômago e gases no cão. Além do mais, as bebidas de cola (Coca-Cola e Pepsi) têm cafeína.

 

Gatorade

Não pode. Essa bebida pode parecer bem refrescante e saudável, mas não para o seu cão. Bebidas como Gatorade e outros suplementos vitamínicos podem ser uma dose exagerada de nutrientes para os cães, principalmente se tomarem demais. Então é melhor evitar antes que seu cão precise de cuidados médicos.

 

Bebida alcoólica

Não pode. Essa nem precisa falar que é muito prejudicial para o cão, ainda que em pequena quantidade. Não faça essa maldade com seu cachorro, nem de brincadeira. O álcool é muito prejudicial para o organismo do cão, assim como é para os humanos, sem contar na sensação de confusão que ele vai ter, caso fique embriagado.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/3-liquidos-que-caes-podem-beber-e-6-que-nao-podem/ - por Priscilla Riscarolli

sábado, 25 de setembro de 2021

Por que engordamos mais em uma parte específica do corpo?


Os motivos são vários e estão interligados. Então, a solução é adotar um conjunto de cuidados

 

Embora existam alguns padrões de tipos físicos, cada organismo tem suas particularidades. Mas, por que é tão comum, em homens e mulheres, engordar mais em uma parte do corpo do que em outra? Essa pergunta não tem uma só resposta.

 

A parte do corpo que parece engordar com mais facilidade é a região da barriga. Também é a mais difícil de eliminar gordura. Mas, não é só essa parte que traz preocupação para as pessoas. Então, é importante saber: o formato que o seu corpo vai ganhar com o aumento da quantidade de gordura acumulada vai depender de fatores como:

 

Predisposição genética

É o que faz o seu corpo ter um formato parecido com da sua mãe, seu pai ou outro parente próximo. Você já nasce com os genes para ter esse formato de corpo. É por isso, por exemplo, que tantas mulheres ficam com quadris bem largos depois de terem filhos, já que com suas mães foi a mesma coisa. Também é por isso que umas pessoas ficam com mais gordura acumulada nos braços (e com flacidez) do que outras.

Mas, a boa notícia é que esses acúmulos podem ser lapidados com alguns cuidados na sua rotina, como adotar uma alimentação saudável e praticar exercícios regularmente, com suporte de um profissional.

 

Hormônios

Principalmente as mulheres podem sofrer com o acúmulo de gordura na região da cintura quando o organismo produz uma quantidade desequilibrada do hormônio estrogênio. Alimentos como soja e derivados de leite aumentam a produção desse hormônio, então, fica a dica para evitar o excesso desses alimentos se quiser solucionar o problema.

Já nos homens que têm o corpo em formato maçã, com a barriga bem redonda e desproporcional ao restante do corpo, ocorre por causa da testosterona. Claro, vai acontecer com quem não cuida da alimentação, é sedentário, deixa acumular muita gordura visceral e se estressa demais.

 

Idade

Principalmente quando se chega na idade da pré-menopausa e pré-andropausa (a partir dos 41 anos), é quando ocorre uma queda do metabolismo, que fica mais lento e com mais dificuldade em queimar gordura de todo o corpo.

 

Nível de estresse

Pessoas que vivem muito estressadas liberam uma maior quantidade do hormônio cortisol, chamado de “hormônio do estresse”. Esse hormônio, em excesso, favorece o acúmulo de gordura corporal, principalmente na região da barriga.

 

Qualidade do sono

Dormir mal ou de menos também é um fator que aumenta o acúmulo de gordura na região abdominal, pois o metabolismo fica desequilibrado.

 

Alimentação

É claro que a forma como você se alimenta tem muita influência no aumento e peso e também na facilidade ou dificuldade em eliminar gordura de certas partes do corpo. A parte do corpo que mais sofre é a região da barriga, mais especificamente por causa do acúmulo de gordura visceral, que é a mais difícil de eliminar. Os alimentos que mais provocam o acúmulo de gordura visceral são os processados, embutidos gordurosos, tudo que é feito com farinha branca e com açúcares refinados.

 

Condições que provocam inchaço

Nesse caso, não é a gordura que fica acumulada, mas sim, os líquidos retidos. Isso pode acontecer em diferentes partes do corpo, até mesmo nas canelas e no rosto, dando a impressão de que é gordura.

Esse inchaço é mais comum em pessoas obesas, com varizes e com problemas cardíacos, embora seja bastante comum na gravidez, em pessoas com certos problemas hormonais e nas pessoas que consomem muito sal ou bebidas alcoólicas, porque esses alimentos e bebidas desidratam o corpo e provocam o inchaço.

 

Como resolver do jeito certo?

Não faça dietas por conta própria, pois o corpo pode sofrer com deficiência hormonal e nutricional. A melhor forma de eliminar a gordura acumulada com sucesso e segurança é consultar seu médico para descobrir a causa do acúmulo de gordura em seu corpo e começar o tratamento mais adequado para o seu caso.

O tratamento vai envolver uma alimentação mais equilibrada, prática de atividades físicas e mais algum tratamento específico, caso tenha um desequilíbrio hormonal ou doença que seja a raiz do problema. Pode consultar um endocrinologista (para causas hormonais), o ginecologista (para mulheres) ou um nutricionista.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/por-que-engordamos-mais-em-uma-parte-especifica-do-corpo/ - por Priscilla Riscarolli

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Uso de máscara não afeta desempenho de atletas velocistas e saltadores

 


Testes foram realizados nos atletas, com e sem o uso de máscara, em treinamentos de “sprints” e saltos com contramovimentos

 

Com a chegada dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e ainda em plena pandemia, o uso de máscara facial durante os exercícios físicos ainda suscita controvérsia. No caso dos atletas velocistas e saltadores, não há mais dúvida de que esse item de segurança e proteção contra a covid-19 possa vir a atrapalhar o desempenho dos atletas. Foi o que constatou um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina (FM) da USP e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que avaliou a performance dos atletas, com e sem o uso de máscara, em uma sessão de treinamento de sprints (corrida que exige explosão e é feita o mais rápido possível dentro de um curto espaço de tempo). Os resultados estão em artigo pré-print (em revisão pelos pares) no repositório da revista SportRxiv.

 

“Durante os treinos, o desempenho dos atletas não ficou comprometido, mas eles se sentiram desconfortáveis e tiveram maior percepção de esforço”, explica ao Jornal da USP Bryan Saunders, orientador do estudo e pesquisador em Fisiologia do Esporte e do Exercício da FM. Segundo o pesquisador, “diante da pandemia ainda sem controle, o benefício de se proteger contra o sars-cov-2 é maior do que qualquer desconforto causado pelo uso da máscara”, ressalta.

 

“diante da pandemia ainda sem controle, o benefício de se proteger contra o sars-cov-2 é maior do que qualquer desconforto causado pelo uso da máscara”

 

A pesquisa

Matheus Dantas e Rui Barboza Neto, ambos pesquisadores da UFRN, acompanharam os treinos dos atletas durante parte da temporada competitiva. Ao todo, foram dez participantes (seis velocistas, três saltadores em distância e um atleta de 110 metros com barreiras), com idade média de 23 anos, sendo sete homens e três mulheres. A avaliação consistiu em duas sessões de treinamento de sprints curtos (cinco sprints de 30 metros, com intervalo de quatro minutos). A máscara utilizada foi a de tecido, com três camadas, o tipo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso no dia a dia para o público em geral.

 

Antes dos sprints, todos os atletas realizaram aquecimento com corrida de moderada intensidade, seguida de exercícios de mobilidade e educativos de corrida. Todos os participantes realizaram a sessão de treino duas vezes em dias separados, sendo uma sessão com uso da máscara e outra sessão sem o uso da máscara. “Verificamos o desempenho de sprint ao longo da sessão e avaliamos o desempenho de salto antes e após a sessão de treinamento”, relata Dantas.

 

Como resultado, os pesquisadores observaram que não houve nenhuma diferença entre usar ou não usar a máscara na performance de sprint e do salto. “A diferença entre os dias em que os atletas estavam usando ou não máscara nos treinos de tiros de 30 metros foi de apenas 0,2%”, disse Bryan. Já com relação à percepção de esforço, foi demonstrado para ambos os grupos comportamento similar e foi aumentando de acordo com a quantidade de sprints.

 

Provas do atletismo

O atletismo é um conjunto de atividades esportivas formado por corridas, lançamentos e saltos, que por sua vez estão subdivididas em provas da modalidade. As corridas são de curta distância (ou de velocidade), média distância (ou meio fundo) e longa distância (ou de fundo). As provas oficiais de arremesso e lançamentos incluem arremesso de peso, lançamentos de martelo, disco e dardo. E as provas de saltos abrangem provas de salto horizontal (salto em distância e salto triplo) e de salto vertical, sendo salto em altura e salto com vara.

 

Nas provas de corridas, alguns nomes fizeram a história nesta categoria: Usain Bolt, Shellu Ann Franser-Pryce e os brasileiros Joaquim Cruz, ex-meio fundista, campeão olímpico dos 800 metros, e Wanderlei Cordeiro de Lima, ex-maratonista brasileiro, bicampeão dos Jogos Pan-americanos. Wanderlei foi o único brasileiro a ser agraciado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) com a medalha Pierre de Coubertin pelo fato de ter mantido o espírito esportivo e continuado a corrida mesmo após ter sido atacado por um ex-padre irlandês, que o jogou fora da pista, durante a maratona olímpica de Atenas, em 2004.

 

Para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o atletismo brasileiro levou 52 atletas, incluindo Alison dos Santos (400 metros com barreiras), Rosângela Cristina Santos (100 metros rasos) e Ana Carolina (200 metros rasos e revezamento), que estarão juntos disputando medalhas olímpicas.

 

Percepção de esforço - adaptação ao uso da máscara

Segundo os treinadores, o aumento de percepção de esforço e o desconforto pelo uso da máscara, provavelmente, estavam relacionados à adaptação da proteção durante o exercício físico.

 

Foi perguntado aos atletas qual era a sensação de esforço no pós-sprint, que respondiam olhando uma tabela de escala linear de 100 pontos, na qual o “0” correspondia a nenhum esforço e “100” ao esforço máximo. Segundo os pesquisadores, a máscara fornece uma barreira mecânica para a respiração, que pode prejudicar a percepção de esforço e de prazer dos atletas. “Baseado nesta tabela, durante a coleta de dados, percebemos relatos individuais e espontâneos de que havia uma sensação de sufocamento e dificuldade em respirar com o uso da máscara”, disse Barboza Neto.

 

“A partir do terceiro sprint foi verificado maior percepção de esforço para o grupo que treinou com a máscara. No final da sessão de treino, o uso de máscara promoveu uma percepção de esforço aproximadamente 45% maior do que o treino sem máscara. Com relação à percepção de prazer, verificamos que o treino com máscara pode prejudicar a percepção de prazer ao exercício. Por exemplo, em média os participantes perceberam o treino como bom e razoavelmente bom quando performaram sem máscara. Quando fizeram uso da máscara, o treino foi percebido como ruim e razoavelmente ruim”, explica Dantas.

 

Dessa forma, os pesquisadores afirmam que por mais que o treino com máscara prejudique as respostas psicológicas dos atletas, o seu uso não é capaz de prejudicar o desempenho físico. “Os achados da pesquisa trazem mais tranquilidade para atletas e treinadores quanto ao uso da máscara durante os treinamentos de sprints e saltos com pausa longa, dado que a performance não será afetada”, diz Saunders.

 

Perguntado se os resultados do estudo poderiam ser extrapolados para outras modalidades esportivas, Barboza Neto salienta que é válido para atividades que exijam potência e/ou velocidade com períodos de recuperação consideravelmente grandes. Essas demandas são diferentes em esportes como o futebol ou a maratona, onde o primeiro requer sprints curtos com pausas pequenas e no segundo há corridas mais longas e raramente há sprints nas sessões de treino.

 

Os autores ainda destacam uma possível limitação da análise, visto que não foi possível realizar cegamento dos participantes, que é impedir que os participantes saibam em qual condição eles estão alocados. “Isso seria importante pois os atletas podem apresentar uma tendência de reportar piores sensações de prazer e maiores esforços percebidos simplesmente por fazerem uso da máscara”, diz Dantas.

 

O artigo pré-print A cloth facemask increased ratings of perceived exertion and reduced affect, but did not affect sprint or muscular performance during training in athletes, tem autoria de Matheus Dantas, Rui Barboza Neto, Natália Mendes Guardieiro, Ana Lucia de Sá Pinto, Bruno Gualano e Bryan Saunders.

 

Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/uso-de-mascara-nao-afeta-desempenho-de-atletas-velocistas-e-saltadores/ - Por Ivanir Ferreira - Imagem cedida pelo pesquisador

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Uma dose de AAS a cada três dias é suficiente para prevenção de infarto e AVC

 


Em artigo no “The Journal of Clinical Pharmacology”, pesquisadores brasileiros mostram que benefício do novo esquema terapêutico é equivalente ao da dose diária e tem menor risco gastrointestinal

 

Para pacientes de risco, a ingestão de uma dose de ácido acetilsalicílico (AAS) a cada três dias pode ser tão eficiente na prevenção de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica quanto consumir o medicamento diariamente. E com uma vantagem: a probabilidade de complicação gastrointestinal diminui.

 

A conclusão é de um estudo brasileiro apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Biolab Farmacêutica. Os resultados foram publicados no The Journal of Clinical Pharmacology e o artigo foi destacado como “escolha do editor”.

 

“Há 50 anos o AAS tem sido adotado na prevenção de eventos cardiovasculares, mas seu uso constante pode causar irritação e sangramento gástrico – muitas vezes sem sintomas prévios. Por isso, nos últimos anos, vem se tentando reduzir a dose. Neste estudo, propomos um esquema terapêutico diferente”, disse Gilberto De Nucci, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, coordenador do Projeto Temático ao qual está vinculado o estudo.

 

Conforme explicou De Nucci, o ácido acetilsalicílico inibe a ação da enzima cicloxigenase (COX). Nas plaquetas, isso diminui a produção de tromboxano, um tipo de lipídeo que favorece a agregação plaquetária. Por essa razão, na linguagem popular, costuma-se dizer que o AAS “afina” o sangue, ou seja, diminui a probabilidade de formação de coágulos que podem obstruir o fluxo sanguíneo.

 

Por outro lado, na mucosa gástrica, a inibição da enzima COX diminui a produção de prostaglandinas – substâncias lipídicas que protegem o estômago e o intestino.

 

“Originalmente, o AAS americano tinha 325 miligramas (mg) do princípio ativo. Na tentativa de diminuir os efeitos adversos, a dose foi reduzida para 162 mg e, depois, para 81 mg. Também há comprimidos de 75 mg. Mas a verdade é que, até hoje, ainda não se sabe ao certo qual é a dose necessária para obter o benefício cardiovascular”, comentou De Nucci.

 

No ensaio clínico realizado durante o doutorado de Plinio Minghin Freitas Ferreira, na USP, sob orientação de De Nucci, foi adotada a dose de 81 mg. Vinte e quatro voluntários sadios foram divididos em dois grupos. Metade recebeu AAS todos os dias durante um mês. Os demais receberam o fármaco a cada três dias e, no intervalo, apenas placebo.

 

Antes e ao final do tratamento, todos os voluntários passaram por diversos exames, entre eles endoscopia, biópsia gástrica e teste de agregação plaquetária. Também foi medido no sangue o nível de tromboxano e, no estômago, o de prostaglandina do tipo 2 (PGE2).

 

“No grupo que tomou AAS todos os dias, houve uma redução de 50% na síntese de PGE2, enquanto nos voluntários que tomaram a cada três dias não foi observada diferença em relação aos níveis basais. Por outro lado, em ambos os grupos, a inibição de tromboxano foi superior a 95% e o resultado no teste de agregação plaquetária foi equivalente”, contou De Nucci.

 

Na avaliação de Ferreira, os dados permitem concluir que o uso de AAS a cada 72 horas é tão eficaz – e mais seguro – quanto seu uso diário. Essa descoberta, segundo o pesquisador, abre a possibilidade de adotar o fármaco também na prevenção primária de eventos cardiovasculares.

 

Atualmente, o Food and Drug Administration (FDA) – órgão que regulamenta o consumo de alimentos e de medicamentos nos Estados Unidos – recomenda que o AAS seja usado apenas na prevenção secundária de doenças cardiovasculares, ou seja, em pacientes diagnosticados com doença vascular periférica e os que já tiveram algum episódio de infarto ou AVC e correm risco de um segundo evento. Somente nessa situação, segundo o FDA, os benefícios da terapia suplantariam os riscos de efeitos adversos.

 

“Com esse novo esquema terapêutico, o AAS também poderia ser usado no tratamento de pacientes que nunca tiveram um evento cardiovascular, mas apresentam alto risco, como os diabéticos”, disse Ferreira.

 

Os dois grupos de voluntários que participaram do ensaio clínico receberam, além de AAS, o anti-hipertensivo losartan. Conforme explicou De Nucci, o objetivo foi mostrar que uma droga não influencia a ação da outra.

 

Em um estudo anterior, publicado no Journal of Bioequivalence & Bioavailability, o grupo já havia mostrado que o AAS não diminui a biodisponibilidade do losartan. As duas drogas são frequentemente associadas no tratamento de pessoas com insuficiência cardíaca, hipertensão e doenças isquêmicas.

 

“Em parceria com a Biolab, nós solicitamos nos Estados Unidos a patente do esquema terapêutico adotado no estudo. Umas das possibilidades em estudo é lançar um produto que associe, na mesma cartela, o AAS e o losartan ou algum outro medicamento. No primeiro dia, o paciente tomaria os dois fármacos, no segundo e no terceiro, apenas o anti-hipertensivo e placebo e assim por diante. Isso ajudaria as pessoas a tomar os medicamentos corretamente”, afirmou De Nucci.

 

O artigo Acetylsalicylic Acid Daily vs Acetylsalicylic Acid Every 3 Days in Healthy Volunteers: Effect on Platelet Aggregation, Gastric Mucosa, and Prostaglandin E2 Synthesis (doi: 10.1002/jcph.685) pode ser acessado no seguinte link.

 

Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/uma-dose-de-aas-a-cada-tres-dias-e-suficiente-para-prevencao-de-infarto-e-avc/ - Karina Toledo/Agência Fapesp - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Saiba diferenciar os tipos mais comuns de dor de cabeça

 

Conheça os sintomas dos principais tipos do mal-estar que atinge mais de 70% dos brasileiros

 

As dores de cabeça atingem mais de 70% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), que estima existirem mais de 200 tipos da dor, entre enxaqueca e cefaleias.

 

O desconforto causado pelas dores afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, por isso é importante saber identificar seus tipos e sintomas. Pensando nisso, a rede de farmácias Extrafarma preparou um guia para orientar sobre as diferenças entre as dores de cabeça mais comuns.

 

“Além de conhecer as características de cada dor, é importante seguir as orientações de um farmacêutico ou médico para combatê-las de forma eficaz e segura. Na Extrafarma, há uma seção de farmácia em casa, com diversas opções de medicamentos isentos de prescrição para dor de cabeça. O recomendado é consultar um médico para identificar as causas e saber qual é o tratamento mais adequado para tratar o problema”, afirma Adriano Heleno Ribeiro, farmacêutico da Extrafarma.

 

Descubra 8 possíveis causas para acordar com dor de cabeça.

 

Enxaqueca

 

Caracterizada por dores que geralmente acometem um dos lados da cabeça e podem durar de quatro até 72 horas. As dores são crônicas (ocorrem mais de 15 vezes em um mês), e as crises podem ser desencadeadas por alterações hormonais, alimentação desequilibrada ou ingestão de um determinado tipo de bebida ou alimento, entre outros fatores. O distúrbio ocorre em pessoas geneticamente suscetíveis e, eventualmente, as dores são associadas a náusea, tontura, vômito, fotofobia (intolerância à luz) e fonofobia (intolerância a ruídos).

 

Cefaleia Tensional

 

Esse tipo de desconforto é caracterizado por uma sensação de aperto ou pressão, como se a cabeça estivesse envolvida por uma faixa compressora. Pode ser desencadeada por episódios de estresse ou ansiedade ou ocorrer por alterações na atividade química cerebral, nos nervos ou vasos sanguíneos do crânio, ou tensões nos músculos do pescoço.

 

Cefaleia em Salvas

 

Diferentemente da cefaleia tensional, a cefaleia em salvas é caracterizada por dor intensa e unilateral, geralmente em torno da órbita ocular. Pode ser acompanhada por vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, congestão nasal e queda da pálpebra no mesmo lado da dor. As crises duram entre 15 e 180 minutos e podem ocorrer mais de uma vez por dia, geralmente se repetindo por períodos de quatro a seis semanas.

 

Cefaleia Hípnica

 

São crises de dor de cabeça que ocorrem no meio do sono, despertando a pessoa. Costuma ocorrer pela primeira vez após os 50 anos. Esse tipo de mal-estar geralmente é caracterizado por dores de intensidade fraca a moderada, mas um a cada cinco pacientes relata a ocorrência de dores fortes. Na maior parte dos casos, a dor atinge os dois lados da cabeça, e a crise dura de 15 a 180 minutos.

 

Cefaleia Primária em Facada

 

Caracteriza-se por dores de curta duração (cerca de três segundos), sentidas em pontadas. Sua ocorrência é comum em pacientes que sofrem de enxaqueca ou cefaleia em salvas

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1837545/saiba-diferenciar-os-tipos-mais-comuns-de-dor-de-cabeca - Notícias ao Minuto Brasil - © Shutterstock