sábado, 29 de março de 2025

Quais são os riscos do consumo exagerado de energético?


Médico revela qual é a quantidade máxima de consumo diária recomendada

 

O caso recente de uma jovem de 28 anos que morreu de parada cardíaca supostamente relacionada ao consumo exagerado de energético, despertou um alerta em muita gente. A bebida é perigosa? Existem riscos?

 

"Os riscos do consumo excessivo de energéticos é a concentração aumentada de cafeína. Qualquer pessoa adulta (não idosa) pode consumir, mas não abusar. Porque o excesso de cafeína nos energéticos por provocar efeitos colaterais", explica o médico nutrólogo Carlos Werutsky, diretor do departamento de Nutrologia Esportiva da Associação Brasileira de Nutrologia.

 

Em entrevista à CNN, o cardiologista Roberto Kalil disse que os riscos para a saúde do coração ocorrem devido à presença de estimulantes como a cafeína e a taurina. 

 

"Nem sempre as pessoas ingerem a bebida sozinha. Ao misturar a bebida com o álcool, o paciente perde a consciência de consumo e passa a tomar uma quantidade muito maior do que realmente é permitido. Evita o consumo excessivo", alertou Kalil.

 

Os principais efeitos colaterais do uso excessivo de energético são:

 

Excitabilidade

Cãibras

Arritmias cardíacas que podem ser fatais

Quantidade segura

 

O volume de energético mais seguro seria o do conteúdo de 200-400 mg de cafeína; por isso, é importante ler os rótulos dos energéticos.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/quais-sao-os-riscos-do-consumo-exagerado-de-energetico,2479473d95eed3d3011c95ee44e1fbd4jif9p051.html?utm_source=clipboard

sexta-feira, 28 de março de 2025

Veja como cuidados com os alimentos ajudam a evitar doenças


Atitudes simples no dia a dia são importantes para prevenir problemas de saúde

 

A higienização dos alimentos é fundamental para garantir a segurança alimentar, prevenindo doenças causadas por microrganismos, parasitas e toxinas. Além de evitar intoxicações, essa prática ajuda a preservar a qualidade e o frescor dos alimentos, promovendo uma alimentação mais saudável e segura.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 250 tipos de doenças podem ser transmitidos por alimentos contaminados, podendo causar desde desconfortos gastrointestinais leves até quadros graves que requerem internação. Essas doenças, chamadas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs), são, na maioria das vezes, causadas por falhas evitáveis: má higienização, armazenamento incorreto, manipulação inadequada ou falta de cuidados básicos no preparo.

 

"A segurança dos alimentos começa muito antes do prato estar servido. É uma cadeia de cuidados que precisa funcionar bem em cada etapa", afirma Paula Eloize, especialista em segurança dos alimentos e idealizadora da Food Smart, empresa voltada à consultoria e à formação de profissionais da área.

 

Do campo ao garfo: onde está o perigo

A contaminação pode acontecer em qualquer ponto da cadeia alimentar, do cultivo ao consumo final. No transporte, no armazenamento, na manipulação dos ingredientes ou no momento do serviço, um descuido pode ser suficiente para colocar a saúde das pessoas em risco. As DTAs podem causar desde diarreias leves até infecções intestinais graves, que podem levar à hospitalização e, em casos extremos, à morte.

 

Entre os agentes mais comuns estão a Salmonella, Escherichia coli, Listeria monocytogenes, Norovírus e Toxoplasma gondii. Esses microrganismos são encontrados com mais frequência em carnes cruas ou mal-cozidas, ovos, leite não pasteurizado, frutas e verduras mal higienizadas e alimentos que sofreram contaminação cruzada.

 

Prevenção está nas mãos de todos

Paula Eloize destaca que a prevenção de algumas doenças é possível e deve ser prioridade em qualquer estabelecimento que manipule alimentos, como restaurantes, cozinhas industriais, escolas, hospitais e serviços de catering. "Capacitação da equipe, protocolos de limpeza e controle de temperatura são fundamentais. A segurança dos alimentos não é luxo, é responsabilidade social", reforça.

 

A especialista também alerta para a importância da educação alimentar no dia a dia. Mesmo em casa, cuidados como lavar bem os alimentos, armazenar na temperatura correta e evitar a contaminação cruzada são importantes. "Algumas ações simples fazem toda diferença. Lavar bem frutas, verduras e legumes antes de consumir, higienizar utensílios e superfícies com frequência, principalmente após o contato com alimentos crus e cozinhar bem carnes, ovos e peixes são dicas essenciais", aconselha. 

 

Armazenamento dos alimentos

A especialista alerta para os cuidados com o armazenamento dos alimentos. "Alimentos perecíveis também precisam de temperatura adequada (abaixo de 5 °C). Outro ponto essencial é verificar os prazos de validade e observar mudanças de cheiro, textura ou cor", acrescenta.

 

Outro cuidado está relacionado ao descongelamento dos ingredientes ou mesmo da comida pronta. "Opte por armazenar na geladeira os alimentos que você precisa descongelar para consumo, independentemente se estão crus ou cozidos. Isso porque a temperatura ambiente é ideal para a proliferação de bactérias", explica Paula Eloize.

 

Para ela, quanto mais conhecimento for compartilhado, maiores são as chances de conscientizar a sociedade sobre os riscos reais dos alimentos contaminados. "Estamos falando de dados alarmantes, afinal, cerca de 420 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência de infecções alimentares no mundo", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-como-cuidados-com-os-alimentos-ajudam-a-evitar-doencas,3826028b7e229b799705822117f1d6c9tgxxy6b5.html?utm_source=clipboard - Por Juliana Farias - Foto: Peetz | Shutterstock / Portal EdiCase

quinta-feira, 27 de março de 2025

Como aumentar a testosterona de forma natural? Entenda


Hormônio masculino é fundamental para o ganho de massa muscular

 

O amplo acesso à informação faz com que muitos temas sejam consultados antes de traçar determinado objetivo. Ao mesmo tempo, são vários relatos, que inevitavelmente criam dúvidas para quem quer se inteirar sobre um determinado assunto. É comum entre o público masculino a pesquisa: como aumentar a testosterona de forma natural?

 

Aceleração natural da testosterona

 

Alimentação com dieta anabólica

É o tipo de proposta conhecida por aumentar a massa muscular e, principalmente, evita com que ocorra a estagnação do dos resultados. Fora ainda que potencializa o ganho de força.

 

"Uma boa dieta é fundamental para qualquer indivíduo que pratica musculação, pois evita que o corpo entre no estado catabólico, ou seja, passe a utilizar a massa magra como energia. Porém, melhorar o estado anabólico vai além: certos nutrientes são capazes de estimular a produção endógena, ou seja, natural, de testosterona, GH e outros hormônios anabólicos, beneficiando o desenvolvimento físico sem oferecer maiores riscos à saúde", afirma o nutricionista esportivo William Ribeiro.

 

Precisa haver no seu menu da dieta anabólica alimentos com zinco e magnésio, alcina, bromelina, vitamina D3, boro e vitaminas do complexo B. Caso opte por esse estilo de alimentação, consulte um nutricionista para lhe guiar em busca dos seus objetivos.

 

Medicação

Tribulus terrestres é a erva extraída de regiões quentes da Europa e conhecida pela sua propriedade essencial para o organismo humano. Inclusive, a sua função fitoterápica está relacionada ao aumento de testosterona, mas o seu uso não descarta efeito colateral e o seu consumo precisa de prescrição médica.

 

"Assim como todo medicamento, se consumido em grandes dosagens (acima de 2g por dia) e por um período longo, ele pode sobrecarregar o fígado. O importante é utilizar tribulus terrestris somente quando for prescrito por um médico. Nunca por indicação de um amigo ou da internet. O ideal é realizar alguns exames antes de utilizar esse medicamento", afirma o médico Dr. Fernando Cerqueira.

 

Alerta

Obesidade e altos níveis de testosterona não costumam combinar. Portanto, repense sobre os seus hábitos alimentares para que não seja surpreendido antes de ser impedido de iniciar essa "batalha".

 

"Além de representar desafios sociais e ambientais significativos, a obesidade está associada a uma infinidade de resultados adversos à saúde. Incluindo doenças cardiovasculares, apneia do sono, osteoartrite, aumento do risco de certos tipos de câncer. E, nos homens, níveis reduzidos de testosterona", termina o Dr. Ronan Araujo.

 

Ronan concilia as suas atuações como nutrólogo e endocrinologista e enfatiza que a gordura visceral está ligada a produção de testosterona e vitalidade. Isto é, as pessoas que acumulam maior quantidade de gordura visceral se sujeitam aos desequilíbrios hormonais e com níveis reduzidos de qualidade de vida.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/como-aumentar-a-testosterona-de-forma-natural-entenda,efa0085ba95f874086940255ddef5726i6gxbifn.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Sport Life

quarta-feira, 26 de março de 2025

Veja sintomas que podem indicar doenças vasculares


É essencial conhecer os sinais de alerta e procurar orientação médica sempre que notar algo fora do comum

 

Ficar atento aos sinais que o corpo apresenta é fundamental para identificar possíveis problemas de saúde vascular. As doenças vasculares podem surgir de maneira silenciosa ou se manifestar por meio de sintomas sutis.

 

Segundo o Dr. Caio Focassio, cirurgião vascular e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, alterações nos vasos sanguíneos, como varizes, inchaço e mudanças na tonalidade da pele, podem ser indícios de problemas circulatórios, cardíacos, renais e até mesmo doenças autoimunes.

 

"O sistema vascular funciona como uma rede de distribuição essencial para o organismo. Se algo não está fluindo bem, o corpo dá sinais. Muitas vezes, pacientes chegam ao consultório preocupados com varizes ou inchaço sem saber que essas alterações podem ser sintomas de condições mais graves", alerta o especialista.

 

Causas das varizes

Conforme o Dr. Caio Focassio, as varizes são dilatações anormais das veias, geralmente associadas a fatores como genética, sedentarismo e hábitos de vida. No entanto, elas também podem estar relacionadas a problemas cardíacos e tromboses. "Quando o coração não bombeia o sangue corretamente, ele pode se acumular nas pernas, causando inchaço e varizes. Pessoas com insuficiência cardíaca, por exemplo, podem apresentar esse tipo de manifestação", explica.

 

Causas do inchaço nas pernas

Inchaço nas pernas, chamado de edema, pode ocorrer após um longo dia de trabalho ou em períodos mais quentes do ano. No entanto, se o inchaço for persistente, pode estar ligado a insuficiência venosa crônica, problemas renais e cardíacos.

 

"Quando os rins não funcionam corretamente, há acúmulo de líquidos no corpo, e o inchaço é um dos primeiros sinais. O mesmo pode acontecer com pessoas que têm problemas cardíacos, pois o coração não consegue bombear o sangue de forma eficiente", destaca o cirurgião vascular.

 

Causas das mudanças na cor da pele

As mudanças na cor da pele, especialmente nas pernas e pés, podem indicar má circulação, inflamações vasculares ou até doenças autoimunes. O Dr. Caio Focassio ensina como identificar:

 

Pele arroxeada ou azulada (cianose): pode ser um sinal de obstrução vascular ou doença arterial periférica.

Manchas escuras (dermatite ocre): geralmente associadas a insuficiência venosa crônica, quando o sangue não retorna adequadamente ao coração.

Pele avermelhada e inflamada: pode estar ligada a vasculites, que são inflamações nos vasos sanguíneos, muitas vezes relacionadas a doenças autoimunes, como lúpus ou artrite reumatoide.

 

"Pessoas que apresentam alterações na coloração da pele devem procurar um especialista. Em alguns casos, pode ser necessário investigar condições mais complexas, como trombose ou doenças inflamatórias dos vasos", ressalta o médico.

 

Cuidados com a saúde vascular

O Dr. Caio Focássio enfatiza que a prevenção é o melhor caminho para manter a saúde vascular em dia. Praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação equilibrada e evitar ficar muito tempo parado na mesma posição são medidas essenciais.

 

"Observar o próprio corpo é um primeiro passo fundamental. Se notar varizes em crescimento, inchaço persistente ou mudanças na cor da pele, procure um especialista. Esses sinais podem ser apenas a ponta do iceberg de uma condição mais séria", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-sintomas-que-podem-indicar-doencas-vasculares,310cd84fa281707ac27061de4c862cafpjyl5ppa.html?utm_source=clipboard - Por Mayra Barreto Cinel - Foto: New Africa | Shutterstock / Portal EdiCase

terça-feira, 25 de março de 2025

Ronco e apneia: como identificar e tratar distúrbios do sono?


Dr. Ordival Augusto Rosa, médico especialista em Medicina do Sono do IPO, maior hospital de otorrinolaringologista da América Latina, explica sobre dois dos principais distúrbios do sono


Noites mal dormidas, sensação constante de cansaço e dificuldade de concentração ao longo do dia podem ser sinais de um problema de saúde que vai muito além do simples desconforto. De acordo com uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de 2023, 72% dos brasileiros sofrem com distúrbios do sono, entre eles o ronco e a apneia do sono.

 

Segundo o Dr. Ordival Augusto Rosa, especialista em Medicina do Sono do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior hospital do segmento da América Latina, muitas pessoas subestimam os sinais desses distúrbios, acreditando que o ronco seja apenas um incômodo social. “O ronco frequente e intenso deve ser investigado, pois pode ser um alerta para a apneia do sono, uma condição em que há interrupções da respiração durante o descanso. Isso compromete a oxigenação do organismo e aumenta o risco de diversas doenças”, afirma.

 

Embora ambos os problemas afetem o sono e as vias respiratórias, suas causas e impactos são diferentes. O ronco ocorre devido à vibração das estruturas da garganta, gerando um ruído que pode variar de leve a intenso. Já a apneia do sono é mais grave, caracterizando-se por pausas temporárias na respiração por pelo menos 10 segundos, o que leva à queda dos níveis de oxigênio no sangue e a microdespertares ao longo da noite.

 

Além do barulho incômodo, a apneia do sono pode causar sonolência excessiva diurna, sensação de sufocamento ao dormir, fadiga ao acordar e até mesmo dificuldades cognitivas. De acordo com o Dr. Ordival, esses sintomas são um alerta para a necessidade de acompanhamento médico. “O sono deve ser restaurador. Se a pessoa acorda cansada e sente sonolência ao longo do dia, é essencial investigar a causa e buscar tratamento”, enfatiza o médico do IPO.

 

O diagnóstico é feito por meio de exames específicos, como a polissonografia, que monitora padrões respiratórios, níveis de oxigenação, frequência cardíaca e atividade cerebral durante o sono. “Esse exame pode ser realizado tanto em ambiente hospitalar quanto domiciliar, dependendo da necessidade do paciente e da avaliação médica”, explica.

 

O tratamento para a apneia do sono e ronco varia conforme a gravidade do quadro e das características individuais do paciente. Em muitos casos, medidas simples, como perda de peso, ajustes na posição ao dormir e a adoção de hábitos saudáveis, podem trazer melhorias significativas. “Pacientes com apneia não tratada têm maior risco de desenvolver complicações cardiovasculares e hipertensão arterial”, destaca o especialista.

 

Nos casos em que há alterações anatômicas que dificultam a respiração, pode ser necessária intervenção cirúrgica. “Podem ser realizadas cirurgias nasais, faríngeas ou esqueléticas, dependendo da necessidade do paciente. Em algumas situações, a correção cirúrgica pode amenizar ou até eliminar o distúrbio respiratório”, complementa o Dr. Ordival Augusto Rosa.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/2268758/ronco-e-apneia-como-identificar-e-tratar-disturbios-do-sono - Rafael Damas - © Shutterstock