quinta-feira, 22 de maio de 2025

Atividade física pode aumentar anos de vida saudável, especialmente para grupos vulneráveis


Um estudo publicado no The Lancet Public Health revelou que a prática regular de atividade física no tempo livre pode aumentar os anos de vida sem doenças crônicas, com benefícios ainda mais evidentes para pessoas de grupos socioeconômicos mais vulneráveis ou com hábitos prejudiciais à saúde.

 

A pesquisa analisou dados de mais de 500 mil pessoas na Europa e no Reino Unido, acompanhando seus níveis de atividade física e a incidência de doenças como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, câncer e doenças respiratórias crônicas. Os participantes foram divididos em três grupos: aqueles que praticavam pouca ou nenhuma atividade, os que realizavam exercícios em níveis intermediários e os que cumpriam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) — pelo menos 2h30min de atividade moderada ou 1h15min de atividade intensa por semana.

 

Os resultados mostraram que as pessoas que seguiam as recomendações da OMS ganharam de 1,1 a 2 anos a mais sem doenças crônicas. Os maiores benefícios foram observados entre fumantes, pessoas com baixa escolaridade e aqueles com sintomas depressivos, indicando que a atividade física pode ajudar a reduzir desigualdades na saúde.

 

Os pesquisadores destacam que promover a atividade física em larga escala pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a qualidade de vida da população, especialmente para aqueles com fatores de risco à saúde. A inclusão do exercício físico em políticas de saúde pública voltadas para grupos mais vulneráveis pode ampliar significativamente seus efeitos positivos.

 

Fonte: The Lancet Public Health. DOI: 10.1016/S2468-2667(25)00001-5.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/20846/atividade-fisica-pode-aumentar-anos-de-vida-saudavel-especialmente-para-grupos-vulneraveis.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral

quarta-feira, 21 de maio de 2025

6 chás ricos em vitamina C para o inverno


Aprenda a preparar bebidas deliciosas para fortalecer a imunidade

 

A vitamina C, também chamada de ácido ascórbico, é um nutriente essencial para a saúde do corpo, especialmente no inverno, quando as temperaturas caem. Ela é encontrada em uma variedade de alimentos e a sua absorção diária é recomendada para ajudar a prevenir e combater infecções e doenças típicas do período.

 

Por isso, abaixo confira 6 chás ricos em vitamina C para o inverno!

 

Chá de laranja com gengibre

Ingredientes

5 fatias de gengibre

1 canela em pau

1/2 xícara de chá de suco de laranja

400 ml de água

Mel para adoçar

Modo de preparo

Em uma panela, coloque a água, a canela em pau, o gengibre e o suco de laranja e leve ao fogo médio. Ferva por 3 minutos e desligue o fogo. Abafe por 15 minutos e coe. Para finalizar, adoce com mel e sirva em seguida.

 

Chá de erva-doce com hortelã

Ingredientes

200 ml de água

2 colheres de sopa de sementes secas de erva-doce

2 colheres de sopa de hortelã

Modo de preparo

Em uma panela, coloque a água e leve ao fogo médio. Quando ferver, adicione as sementes secas de erva-doce e a hortelã. Desligue o fogo e abafe por 10 minutos. Coe e sirva em seguida.

 

Chá de hibisco com limão

Ingredientes

1 colher de sopa de flores secas de hibisco

Suco e raspas de 1 limão

500 ml de água

Mel a gosto

Modo de preparo

Em uma panela, coloque a água e leve ao fogo médio. Quando ferver, desligue o fogo e adicione as flores secas de hibisco e as raspas de limão. Tampe e abafe por 8 minutos. Coe, adicione o suco de limão e adoce com mel. Sirva em seguida.

 

Chá de folha de acerola

Ingredientes

15 folhas de acerola

1 l de água

Canela em pau a gosto

Mel para adoçar

Modo de preparo

Em uma panela, coloque a água e leve ao fogo médio. Quando ferver, desligue o fogo e adicione as folhas de acerola e a canela em pau. Tampe e abafe por 8 minutos. Coe, adoce com mel e sirva em seguida.

 

Chá de folhas de cajueiro com limão

Ingredientes

250 ml de água

1 colher de chá de folhas secas de cajueiro

Suco de 1/2 limão

Mel para adoçar

Modo de preparo

Em uma panela, coloque a água e leve ao fogo médio. Quando ferver, desligue o fogo e adicione as folhas de cajueiro e o suco de limão. Tampe e abafe por 5 minutos. Coe, adoce com mel e sirva em seguida.

 

Chá de folhas de goiabeira

Ingredientes

5 folhas frescas de goiabeira

240 ml de água

1 fatia de gengibre

Mel a gosto

Modo de preparo

Em uma panela, coloque a água e leve ao fogo médio. Quando ferver, desligue o fogo e adicione as folhas de goiabeira e o gengibre. Tampe e abafe por 8 minutos. Coe e adoce com mel. Sirva em seguida.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/6-chas-ricos-em-vitamina-c-para-o-inverno,c8087e9ec5c9ebcdeb28478b42ad1c17ujycxcbd.html?utm_source=clipboard - Imagem; AtlasStudio | Shutterstock

terça-feira, 20 de maio de 2025

7 sinais de que a obesidade está afetando a sua saúde


Veja como o cuidado com o excesso de peso é essencial para evitar doenças

 

A obesidade é uma condição crônica que vai além do peso corporal, afetando diversos sistemas do organismo. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025, projeta-se que 31% da população adulta brasileira esteja com obesidade este ano, com tendência de crescimento nos próximos anos.

 

Ainda conforme o estudo, o avanço da obesidade no Brasil tem sido constante e alarmante. Em pouco mais de duas décadas, a taxa de adultos com obesidade mais que dobrou, saltando de pouco mais de 12% em 2003 para quase 27% em 2019, enquanto as projeções para 2025 indicam que cerca de um terço da população adulta já convive com a doença.

 

E o futuro preocupa ainda mais: o Atlas Mundial da Obesidade 2025 destaca que, até 2030, estima-se que a obesidade crescerá cerca de 33% entre os homens e mais de 46% entre as mulheres. Se nenhuma ação efetiva for tomada, quase metade dos adultos brasileiros poderá estar obesa até 2044, um quadro que compromete não só a qualidade de vida da população, mas também sobrecarrega o sistema de saúde do país.

 

"Estamos diante de uma epidemia silenciosa. Esses números vão além de estatísticas e refletem milhões de brasileiros que já convivem com limitações físicas, dores, doenças crônicas e impactos emocionais decorrentes da obesidade", alerta a nutróloga Dra. Bruna Durelli, especialista em obesidade e fundadora da clínica LevSer Saúde.

 

Atente-se aos sinais da obesidade na saúde

Embora a obesidade nem sempre apresente sintomas óbvios, o corpo costuma emitir sinais importantes quando algo não vai bem. Segundo a Dra. Bruna Durelli, reconhecê-los precocemente pode ser decisivo para evitar complicações e iniciar um tratamento adequado.

 

Abaixo, a médica lista sete manifestações comuns que indicam que o excesso de peso já está impactando a saúde significativamente:

 

1. Fadiga constante em atividades simples

O excesso de peso pode impactar diretamente a capacidade de realizar atividades simples do cotidiano, mesmo que o indivíduo não perceba. "Quando o paciente começa a sentir cansaço exagerado ao subir escadas, caminhar curtas distâncias ou realizar tarefas do dia a dia, muitas vezes isso é confundido com sedentarismo. Mas, na verdade, é um sinal de que o sistema cardiorrespiratório já está sobrecarregado pelo excesso de peso. O coração e os pulmões precisam trabalhar mais, e isso gera um desgaste precoce", explica a nutróloga.

 

2. Roncos intensos e sono fragmentado

Segundo a Dra. Bruna Durelli, esse é um incômodo frequente entre pessoas acima do peso. "A apneia do sono é uma das consequências mais comuns da obesidade, mas pouco reconhecida. O acúmulo de gordura na região cervical e abdominal interfere diretamente na respiração noturna. Muitos pacientes roncam alto, acordam várias vezes sem perceber ou têm sonolência ao longo do dia — sintomas que não devem ser ignorados", diz.

 

3. Ganho de gordura abdominal

Mais do que uma questão estética, a gordura abdominal representa um importante sinal de alerta para a saúde. "A obesidade visceral, caracterizada pelo acúmulo de gordura na região do abdômen, está diretamente associada a riscos cardiovasculares, inflamação sistêmica e resistência à insulina. A circunferência abdominal elevada é hoje um dos principais preditores para doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão", destaca a nutróloga.

 

4. Ciclos menstruais irregulares e infertilidade

A obesidade em mulheres, além de afetar tarefas diárias, também pode comprometer a função hormonal. "No caso das mulheres, o excesso de tecido adiposo provoca desequilíbrios hormonais importantes. Isso pode se manifestar em irregularidade menstrual, síndrome dos ovários policísticos e dificuldade para engravidar. É uma questão ginecológica, mas que começa com um distúrbio metabólico", pontua.

 

5. Dores nas articulações

O impacto da obesidade vai além do cansaço e da falta de fôlego — ele também compromete a saúde das articulações. "As articulações são diretamente impactadas pelo excesso de peso. Joelhos, tornozelos e coluna precisam sustentar uma carga acima da ideal, o que acelera processos degenerativos como artrose e hérnias discais. A dor é um alerta precoce de que o corpo está em sobrecarga", esclarece a médica.

 

6. Queda na autoestima e isolamento social

Embora a saúde física seja frequentemente destacada quando se fala em obesidade, a saúde mental também merece atenção especial. "O impacto da obesidade na saúde mental ainda é subestimado. Muitos pacientes desenvolvem ansiedade, depressão e evitam o convívio social por vergonha da própria imagem ou experiências de preconceito. Esse sofrimento emocional, se ignorado, pode agravar ainda mais o quadro clínico e dificultar a adesão ao tratamento", analisa a Dra. Bruna Durelli.

 

7. Cicatrização lenta e maior propensão a infecções

De acordo com a médica, os efeitos do excesso de gordura corporal podem comprometer a saúde da pele. "O tecido adiposo em excesso interfere na microcirculação e na resposta inflamatória do organismo. Isso significa que até feridas pequenas podem demorar mais para cicatrizar, aumentando o risco de infecções cutâneas e complicações após procedimentos cirúrgicos", conta a nutróloga.

 

A Dra. Bruna Durelli reforça que a obesidade precisa ser tratada com seriedade, indo muito além de uma questão estética. "Se continuarmos ignorando os sinais que o corpo nos dá e tratando o excesso de peso apenas como uma questão estética, seguiremos ampliando esse abismo entre o cuidado ideal e a realidade da saúde pública no país", alerta.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-sinais-de-que-a-obesidade-esta-afetando-a-sua-saude,21f8581eeb5cc9e3ac0e7c68691fe551smecd7g5.html?utm_source=clipboard - Por Maria Fernanda Benedet - Foto: Peakstock | Shutterstock / Portal EdiCase

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Veja os riscos da hipertensão precoce e como proteger a saúde


O cuidado com o estilo de vida é um fator crucial para evitar o desenvolvimento da hipertensão

 

O Dia Mundial da Hipertensão, celebrado em 17 de maio, reforça um alerta urgente: cuidar da saúde cardiovascular não deve ser adiado para a fase adulta avançada. A pressão alta tem sido diagnosticada cada vez mais cedo, e essa realidade exige atenção redobrada a práticas de prevenção. Muito além de medicamentos, a proteção contra a hipertensão precoce começa nas escolhas diárias — o que se come, o quanto se move, como se lida com o estresse e até a qualidade do sono. Pequenas atitudes agora podem evitar grandes complicações no futuro.

 

A professora e coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera Taboão da Serra, Tatiane Almada, explica que a hipertensão arterial é um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, uma condição em que a pressão sanguínea é caracterizada pela elevação persistente dos níveis pressóricos, levando ao risco de complicações cardiovasculares como infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e insuficiência renal. "Embora a hipertensão seja mais comum em adultos, observa-se um número crescente de diagnósticos precoces, especialmente entre indivíduos abaixo dos 40 anos", afirma.

 

Estilo de vida como fator determinante

De acordo com a coordenadora, o estilo de vida é um fator crucial no desenvolvimento da hipertensão. A alimentação rica em sódio, açúcar, gordura saturada e alimentos processados, somada à falta de atividade física, aumenta a probabilidade de elevação da pressão arterial. Além disso, o estresse constante e a ansiedade, que são frequentemente associados ao ritmo acelerado de vida, também desempenham um papel importante no desenvolvimento da condição.

 

"O estresse emocional e físico eleva os níveis de cortisol, um hormônio que pode afetar diretamente a pressão arterial. Quando o corpo é submetido a esse processo de forma constante, o risco de hipertensão se torna mais evidente", explica Tatiane Almada.

 

Sintomas e diagnóstico precoce

A hipertensão é muitas vezes silenciosa porque, na maioria das vezes, não apresenta sintomas evidentes até que ocorra uma complicação. No entanto, a dificuldade para respirar, dor de cabeça constante, zumbido nos ouvidos, cansaço excessivo e dificuldade para dormir podem ser sinais de alerta.

 

Tatiane Almada destaca a importância do diagnóstico precoce e da monitorização regular da pressão arterial, especialmente para aqueles que apresentam histórico familiar de hipertensão ou que possuem fatores de risco, como sobrepeso, sedentarismo ou alto nível de estresse.

 

"O exame de pressão arterial deve ser feito regularmente, mesmo para aqueles que se consideram saudáveis. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores são as chances de controlar a hipertensão e evitar complicações futuras", afirma.

 

Prevenção da pressão alta

Para prevenir a hipertensão antes dos 40 anos, é fundamental adoção de hábitos saudáveis. A coordenadora recomenda alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas e gestão do estresse como medidas essenciais para controlar a pressão arterial. Técnicas de relaxamento, como meditação, yoga e respiração profunda, podem ajudar a reduzir os efeitos do estresse no corpo.

 

"Prevenir a hipertensão é possível com escolhas saudáveis no dia a dia. Isso envolve mais do que apenas tomar medicamentos. É necessário mudar a rotina, adotar hábitos mais saudáveis e buscar acompanhamento médico regular. O cuidado precoce é o melhor caminho para evitar problemas graves no futuro", conclui Tatiane Almada.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-os-riscos-da-hipertensao-precoce-e-como-proteger-a-saude,03a8c22a50e718c46f3fba157e336fff1vchn237.html?utm_source=clipboard - Por Bianca Lodi Rieg - Foto: antoniodiaz | Shutterstock / Portal EdiCase

domingo, 18 de maio de 2025

7 cuidados que devemos ter com a saúde dos olhos - não coçar é um deles


Visão prejudicada é fator de risco para quedas e fraturas em idosos e, nas crianças, afeta o rendimento escolar; saiba como evitar problemas

 

Cerca de 1 bilhão de pessoas têm algum problema de visão que poderia ter sido evitado ou que precisa de tratamento correto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os principais são a catarata e os erros de refração não corrigidos. Mas a degeneração macular relacionada à idade, o glaucoma e complicações do diabetes também estão entre as principais causas de perda visual.

 

Esses problemas afetam, principalmente, pessoas acima dos 50 anos e estão associados a perda de produtividade, menor qualidade de vida e maiores índices de depressão. A visão prejudicada nos idosos é um fator de risco para quedas e fraturas recorrentes.

 

"Pesquisas mostram uma associação importante entre a baixa visual e queda em idosos, e um estudo publicado na Nature mostra que a deficiência visual aumenta o risco de demência, especialmente em homens jovens", observa o oftalmologista Diego Monteiro Verginassi, do Hospital Israelita Albert Einstein. Esse estudo acompanhou um grupo de quase 800 mil pessoas ao longo de 12 anos.

 

Mas crianças também podem sofrer com a falta de visão, o que impacta até no rendimento escolar. Para evitar prejuízos, é essencial fazer consultas periódicas, ficar atento a alterações e tomar alguns cuidados básicos no dia a dia. Saiba quais são eles.

 

1. Não coçar os olhos

Levar as mãos aos olhos pode ser uma via de infecção. "Aliás, essa é uma das formas mais comuns de transmissão de doenças oftalmológicas infecciosas. Bactérias e vírus causadores de doenças, como a conjuntivite, por exemplo, chegam aos nossos olhos através do toque das mãos", diz Verginassi.

Além disso, dependendo da intensidade e da força, pode-se piorar casos de ceratocone, doença que afeta a curvatura da córnea e que pode levar à perda visual. "Nosso olho funciona como uma máquina fotográfica, composto por um sistema de lentes. Uma delas é a córnea", explica. Essa estrutura transparente, que cobre a parte da frente do olho, tem formato curvo e algumas pessoas nascem com uma predisposição a uma curvatura mais acentuada. Ao manipular excessivamente essa região, pode-se acentuar essa deformação.

 

2. Cuidar da higiene

Pálpebras e cílios são regiões que contêm dobras e pelos, o que facilita o acúmulo de sujeira, restos de maquiagem, entre outros elementos que podem conter microrganismos prejudiciais à saúde dos olhos, capazes de causar infecções. Por isso, a higiene é fundamental.

Uma dica é diluir xampu neutro infantil (aquele que não arde os olhos) na água morna durante o banho e limpar delicadamente essa região pelo menos uma vez ao dia.

 

3. Usar lentes de contato corretamente

As lentes de contato evoluíram muito em relação a conforto e qualidade óptica, ajudando a diminuir a dependência de óculos e proporcionando mais liberdade para atividades como esportes. Mas seu uso deve ser cuidadoso, observando o protocolo de limpeza e descarte.

As lentes existentes no mercado normalmente duram um dia, 15 dias ou 30 dias. "Esse prazo de descarte deve ser seguido rigorosamente para evitar a infecção da córnea, um quadro potencialmente muito grave que pode causar úlcera no local e cegueira irreversível", alerta o médico do Einstein.

Também é essencial seguir rigorosamente as instruções sobre higiene orientadas pelo médico, usando apenas o produto adequado para limpeza e conservação das lentes (nunca água ou soro fisiológico, por exemplo), manipulando sempre com as mãos muito limpas e evitar usá-las ao tomar banho, no mar ou na piscina. A contaminação pode causar infecções sérias capazes de levar à perda da visão.

 

4. Ter óculos de sol de boa qualidade

Óculos de sol devem ser de boa qualidade, com filtro para raios UV. "Em ambientes escuros, nossa pupila se dilata e permite maior entrada de luz e radiação. Se você usar óculos de sol sem essa proteção, a lente escura promoverá a abertura da pupila e mais radiação ultravioleta entrará no olho, predispondo ao aparecimento de problemas como a catarata e até danos à retina", explica Verginassi. "Por isso óculos vendidos de forma clandestina são tão perigosos."

 

5. Fazer pausas ao usar telas

O uso de telas deve ser evitado em crianças menores de 2 anos. Após essa idade, deve-se usar gradativamente, mas sempre com bom senso. "Isso porque, além de arriscar piorar sintomas oculares como olho seco, [a tela] interfere no desenvolvimento e interação da criança com o meio", lembra o especialista.

Pessoas que trabalham o dia todo no computador devem fazer pequenas pausas, lubrificar os olhos e tentar em alguns momentos focar a visão em objetos distantes.

O uso de colírios lubrificantes pode aliviar sintomas do olho seco, principalmente em quem fica o dia todo no ar-condicionado e de frente para telas. Mas vale lembrar: apenas o médico oftalmologista pode prescrever o melhor tipo, dependendo de cada caso. "Olho seco pode causar piora da visão, gerar desconforto intenso, prejudicar a qualidade da visão e até favorecer o aparecimento de infecções nas pálpebras e córnea", explica o médico.

 

6. Fazer check-ups periódicos

O exame oftalmológico deve iniciar já no primeiro ano de vida. Nessa idade, a consulta envolve a aferição do grau e análise das estruturas oculares para avaliar a transparência e até para afastar doenças mais graves, como glaucoma e tumores.

"Geralmente, não se prescreve óculos nessa idade, mas é muito importante saber qual o grau dessa criança e, principalmente, se os olhos têm simetria. Se o grau de um lado for muito diferente do outro e isso não for detectado, a criança pode ter sequelas por não ter uma estimulação visual adequada", alerta Verginassi. A partir daí, o oftalmologista vai indicar a periodicidade das consultas na infância — as sociedades médicas recomendam visitas anuais ao oftalmo a partir do primeiro ano.

Na idade adulta, o exame deve ser anual e envolve basicamente a medida da pressão ocular (que mede o risco de glaucoma), o exame de fundo de olho (para analisar a retina e outras estruturas) e da frente do olho, além da avaliação da motilidade ocular (para investigar estrabismo), exame de refração (para detectar o grau) e curvatura da córnea. Dependendo de cada caso, outros exames podem ser realizados.

 

7. Atentar-se aos sintomas

Procure o médico sempre que notar alterações na visão, coceira, lacrimejamento, secreção, vermelhidão ou hipersensibilidade à luz. Algumas doenças ou infecções podem evoluir rapidamente, comprometendo a visão. Outros sintomas, como visualizar clarões ou flashes de luz, mesmo sem dor, podem significar danos irreversíveis se não forem tratados com urgência.

Outro sintoma muito importante de ser avaliado precocemente são as chamadas "moscas volantes", pequenas manchas que surgem no campo visual. Elas aparecem normalmente a partir dos 40 anos e podem ser parte do processo normal de envelhecimento devido à mudança na viscosidade do gel que preenche o olho, chamado vítreo. Em alguns casos, porém, pode ser o início de roturas de retina que devem ser prontamente identificadas e tratadas para evitar a progressão para doenças mais sérias, como o descolamento de retina.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-cuidados-que-devemos-ter-com-a-saude-dos-olhos-nao-cocar-e-um-deles,ebb03cb7480cbbcc3a0c7f7adc0fc8280jd4zex5.html?utm_source=clipboard - Gabriela Cupani