sábado, 23 de agosto de 2025

Dentista revela o que causa e o que soluciona o mau hálito


A halitose, ou mau hálito, é um desconforto que causa grande constrangimento. Mas algumas medidas simples podem solucionar o problema

 

A halitose, também conhecida como mau hálito, causa bastante desconforto e constrangimento. Por isso, encontrar formas de tratar o problema é fundamental.

 

O que causa mau hálito

De acordo com a dentista Dra. Giovanna Zanini Rodrigues, diversos fatores podem causar o mau hálito. Algumas das principais causas incluem:

 

 1. Problemas bucais:

Bactérias orais: o acúmulo de bactérias na boca, principalmente na língua, gengivas e entre os dentes, pode levar à produção de compostos sulfurados voláteis (CSVs), que são responsáveis pelo odor desagradável.

 Doenças gengivais: gengivite e periodontite podem causar mau hálito devido à presença de bactérias nas bolsas periodontais.

 

2. Higiene bucal inadequada:

Escovação e uso inadequado do fio dental: isso porque a má higiene bucal permite a proliferação de bactérias causadoras de odor.

3. Problemas de saúde sistêmicos:

 

Infecções respiratórias: infecções nos seios paranasais, amígdalas ou pulmões podem contribuir para o mau hálito.

Problemas gastrointestinais: refluxo gastroesofágico, úlceras e outras condições gastrointestinais podem causar mau hálito devido à liberação de gases.

Diabetes: pessoas com diabetes podem ter hálito cetônico devido à presença de corpos cetônicos na respiração.

4. Dieta:

 

Alimentos odoríferos: consumo de alimentos como alho, cebola, especiarias fortes e certos tipos de queijos, por exemplo, pode contribuir para o mau hálito.

Jejum prolongado: a falta de alimentação por um período prolongado pode levar à produção de compostos que causam odor.

 

5. Tabagismo e consumo de álcool:

O tabagismo e o consumo excessivo de álcool podem contribuir para o mau hálito.

 

6. Medicamentos:

Alguns medicamentos podem causar boca seca (xerostomia), reduzindo a produção de saliva e, assim, favorecendo o crescimento bacteriano.

Se alguém está preocupado com o mau hálito persistente, é aconselhável procurar um dentista ou um profissional de saúde para uma avaliação detalhada, destaca a profissional.

"O tratamento dependerá da causa subjacente. Manter uma boa higiene bucal, beber bastante água, evitar alimentos odoríferos e consultar regularmente um profissional de saúde bucal são medidas preventivas importantes", afirma Giovanna.

 

7 dicas para combater o mau hálito

Para combater o mau cheiro na boca é importante adotar uma abordagem abrangente para lidar com as possíveis causas. A dentista dá algumas dicas que podem ajudar a melhorar o hálito. Confira:

 

1. Mantenha uma boa higiene bucal:

Escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia, utilizando uma escova de dentes com cerdas macias;

Use fio dental diariamente para remover a placa bacteriana entre os dentes;

Limpe a língua regularmente com um raspador de língua para remover resíduos e bactérias.

 

2. Hidrate-se:

Beba bastante água ao longo do dia para manter a boca úmida. Isso porque a saliva ajuda a neutralizar ácidos e remover partículas de alimentos.

 

3. Evite alimentos odoríferos:

Evite o consumo excessivo de alimentos como alho, cebola e especiarias fortes, pois podem contribuir para o mau hálito.

 

4. Não pule refeições:

Jejum prolongado pode resultar em mau hálito. Comer regularmente ajuda a manter a produção de saliva.

 

5. Evite tabaco e álcool em excesso:

O tabagismo e o consumo excessivo de álcool podem contribuir para o mau hálito. Portanto, considere reduzir ou eliminar esses hábitos.

 

6. Visite o dentista regularmente:

Consulte um dentista pelo menos duas vezes ao ano para exames e limpezas profissionais.

 

7. Trate problemas de saúde subjacentes:

Se o mau hálito persistir, consulte um profissional de saúde para avaliar e tratar problemas de saúde subjacentes, como problemas gengivais, infecções ou condições sistêmicas.

"Lembre-se de que estas são diretrizes gerais, e a abordagem específica pode variar de acordo com a causa do mau hálito. Se o problema persistir, é fundamental procurar a orientação de um profissional de saúde bucal ou médico para uma avaliação mais detalhada e tratamento adequado", enfatiza a dentista.

 

Por que não usar bicarbonato de sódio e limão para tratar a halitose 

Além das medidas descritas acima, é comum pessoas com mau hálito recorrerem a receitas caseiras ou que viram na internet para tratar o problema. Uma dessas fórmulas é o uso de bicarbonato de sódio e limão. 

 

No entanto, é importante estar ciente de que essa abordagem não é recomendada por profissionais de saúde bucal, destaca Giovanna. A dentista explica porque não recomenda essa receita caseira:

 

Bicarbonato de sódio: o bicarbonato de sódio é alcalino e pode ajudar a neutralizar alguns ácidos na boca, mas seu uso frequente pode levar à abrasão do esmalte dentário, causando danos aos dentes. Além disso, ele não é um substituto para a escovação regular, uso de fio dental e outros cuidados bucais essenciais.

 

Limão: o limão é ácido e pode contribuir para a erosão do esmalte dentário. O ácido cítrico presente no limão pode enfraquecer os dentes e causar sensibilidade. E, embora o limão tenha um odor fresco, seu uso não aborda a causa subjacente do mau hálito e pode, de fato, piorar problemas bucais.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/dentista-revela-o-que-causa-e-o-que-soluciona-o-mau-halito,8bc993b760c4ef5f12b4e4491bf53b3208xl4iky.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Problemas de sono têm associação com 172 doenças


Sono ruim, saúde ruim

 

Existem associações significativas entre as características do sono das pessoas e nada menos do que 172 doenças.

 

Esta é a conclusão de uma pesquisa internacional que analisou dados objetivos do sono de 88.461 adultos em vários países.

 

Segundo os pesquisadores, esses resultados destacam que a regularidade do sono - como a consistência na hora de dormir e a estabilidade do ritmo circadiano - é um fator crítico, de uma intensidade muito maior do que estimada até agora, no risco de um número incrivelmente grande de doenças.

 

Os dados, coletados ao longo de uma média de 6,8 anos, foram gerados por actigrafia, um exame não invasivo que utiliza um pequeno aparelho, do tamanho de um relógio de pulso, para monitorar os ciclos de atividade e repouso de uma pessoa por longos períodos - dias ou semanas de cada vez. Esses são dados objetivos, não dependendo da lembrança das pessoas de quanto tempo ou quão bem elas teriam dormido.

 

Sono e doenças

 

Os dados revelaram que 92 doenças tiveram mais de 20% do risco atribuído a maus hábitos de sono. Notavelmente, horários irregulares de dormir (após 00:30) foram associados a um risco 2,57 vezes maior de cirrose hepática, enquanto a baixa estabilidade interdiária aumentou o risco de gangrena em 2,61 vezes. Nenhuma dessas doenças é tipicamente associada a problemas de sono.

 

Além disso, o estudo contesta conclusões de estudos anteriores de que um "sono longo" (9 horas ou mais) seja prejudicial à saúde. Embora relatos subjetivos tenham associado sono longo a derrames e doenças cardíacas, os dados objetivos não confirmaram a larga maioria dessas associações anteriores.Medicamentos inovadores

 

A classificação incorreta pode ser a culpada: 21,67% dos que "dormiam muito" na verdade dormiram menos de 6 horas, sugerindo que o tempo passado na cama é frequentemente confundido com o tempo real de sono.

 

Conexão entre sono e doenças

 

Este estudo não tem dados suficientes para se tentar uma definição da causalidade e nem para avaliar o impacto de intervenções do sono nos desfechos das doenças.

 

Mas a equipe suspeita que vias inflamatórias representem uma possível ligação biológica entre o sono e as doenças.

 

"Nossas descobertas ressaltam a importância negligenciada da regularidade do sono," disse o professor Shengfeng Wang, coordenador do estudo. "É hora de ampliarmos nossa definição de sono de qualidade para além da mera duração."

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Phenome-wide Analysis of Diseases in Relation to Objectively Measured Sleep Traits and Comparison with Subjective Sleep Traits

Autores: Yimeng Wang, Qiaorui Wen, Siwen Luo, Lijuan Tang, Siyan Zhan, Jia Cao, Shengfeng Wang, Qing Chen

Publicação: Health Data Science

DOI: 10.34133/hds.0161

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=problemas-sono-associacao-172-doencas&id=16989&nl=nlds#google_vignette - Imagem: Jess Foami/Pixabay

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Veja como a atividade física ajuda a controlar o colesterol alto


Exercícios físicos ajudam a manter o coração saudável e melhorar o funcionamento do corpo

 

Parte das doenças e distúrbios metabólicos que afetam o coração e as artérias podem ser tratados — ou até prevenidos — por meio de mudanças nos hábitos de vida. Uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas são fundamentais para uma vida mais saudável.

 

Além de proteger o coração, fortalecer os músculos e melhorar o condicionamento físico, os exercícios contribuem para o controle do colesterol. A prática regular ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL) e a aumentar o colesterol bom (HDL).

 

De acordo com Saulo Batista, professor de Educação Física, o exercício se torna importante nesse contexto por estimular a produção de HDL (colesterol bom), aumentando a qualidade de vida dos praticantes. 

 

Opção efetiva de tratamento  

Alguns especialistas defendem que a atividade física pode ser mais eficaz do que os remédios no combate ao colesterol alto. Contudo, essa relação não se deve aos números em si, mas à mudança de comportamento.

"Exercício físico modifica comportamentos e padrões viciosos. Medicamentos não. Quando adotamos a proposta de fazer exercícios físicos e cuidar da alimentação com o objetivo de cuidar da saúde, promovemos uma modificação de comportamento", defende o professor de Educação Física Helson Anacleto

Conforme a endocrinologista Cristiane Moulin, os médicos só indicam a medicação para tratamento nos casos em que não houve melhora com a implementação da atividade física ou em pacientes com fatores de risco específicos associados. 

 

Atividades mais eficazes contra o colesterol

Para que a atividade física auxilie na redução do colesterol e no aumento do HDL é importante que ela seja feita com o acompanhamento de um profissional de saúde. De acordo com Cristiane Moulin, os exercícios aeróbicos — como corrida, caminhada, natação e bicicleta — são os mais efetivos no combate ao colesterol alto.  

Entretanto, a escolha da modalidade irá depender da preferência de cada um. "Como as respostas benéficas requerem uma prática contínua de atividade física, o exercício deve ser uma prática que traga prazer para que se tenha aderência", aconselha a endocrinologista. 

 

Importância da persistência nas atividades físicas

Para que a prática de atividade física apresente os resultados esperados, é importante que ela seja frequente. Ou seja, não adianta caminhar uma vez por semana e acreditar que será suficiente para combater os altos níveis de colesterol e auxiliar na manutenção da saúde. Claro que caminhar uma vez por semana é melhor do que nenhuma vez, mas, segundo a endocrinologista Cristiane Moulin, quanto mais atividade física, maior será o impacto sobre o perfil lipídico.

"É importante] lembrar que a intensidade deve ser crescente até certo limite, a partir do qual o risco de lesões, principalmente osteomusculares, excede o benefício em potencial. O recomendado é a prática de atividade aeróbica na maioria dos dias da semana, no mínimo 4 vezes por semana", determina. 

 

Consulte um especialista

O acompanhamento de um especialista no esporte é recomendado para orientar quanto à intensidade, descanso e alimentação, garantindo a segurança do paciente. Independentemente do objetivo - seja perder peso, deixar o sedentarismo ou melhorar os níveis de colesterol - o primeiro passo antes de iniciar uma atividade física é passar por um check-up médico.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-com-a-atividade-fisica-ajuda-a-controlar-o-colesterol-alto,cbe9a69956ef2a953c5e6a0a73c2ce019a7jreow.html?utm_source=clipboard - Foto: Jacob Lund | Shutterstock / Portal EdiCase

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

5 hábitos tão prejudiciais quanto fumar


Alguns hábitos que você talvez faça em seu dia a dia podem ser tão ruins quanto o ato de fumar. Saiba quais são e fuja deles!

 

Fumar é amplamente reconhecido como um hábito nocivo — além do vício, a fumaça contém diversas substâncias tóxicas. Mas o que poucos sabem é que atitudes comuns do dia a dia podem trazer riscos semelhantes aos do tabagismo.

 

Veja a seguir cinco práticas que colocam sua saúde em perigo e descubra como evitá-las:

 

1. Passar o dia sentado

Mesmo quem se exercita regularmente não está livre dos efeitos negativos de permanecer longos períodos sentado no escritório, no carro ou em frente à TV. Segundo a Alberta Health Services-Cancer Care, no Canadá, a inatividade está associada a 160 mil casos anuais de câncer de língua, mama, próstata e cólon — número equivalente a cerca de dois terços dos casos de câncer relacionados ao cigarro.

O que fazer: faça pequenas pausas durante o expediente, caminhe pelo escritório, dê uma volta no quarteirão ou aproveite para se movimentar em casa, seja com a limpeza ou atividades leves.

 

2. Exagerar na carne

Carnes bovinas, suínas e de frango podem conter hormônios e antibióticos usados na criação animal. Ao ingerirmos esses produtos, absorvemos também seus efeitos nocivos, que podem ser comparados aos prejuízos do tabagismo.

O que fazer: priorize proteínas vegetais, como lentilha, grão-de-bico, feijão, ervilha e sementes oleaginosas. Estudos mostram que dietas ricas nesses alimentos não elevam o risco de câncer como ocorre com dietas baseadas em proteína animal.

 

3. Usar o óleo inadequado

Cozinhar em altas temperaturas com óleo de soja libera substâncias como aldeídos e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos — os mesmos presentes na fumaça do cigarro, associados a inflamações nas vias respiratórias.

O que fazer: escolha o óleo de acordo com o preparo. O azeite é ideal para baixas temperaturas e saladas, enquanto o óleo de abacate suporta bem altas temperaturas.

 

4. Apostar no bronzeamento artificial

Nos Estados Unidos, o bronzeamento artificial é responsável por mais de 400 mil novos casos de câncer de pele por ano. Para comparação, o tabagismo provoca aproximadamente 200 mil casos de câncer de pulmão.

O que fazer: o melhor caminho é aprender a valorizar o tom natural da sua pele. Se quiser realçar a cor, inclua cenouras e tomates na alimentação. Ricos em carotenoides, eles ajudam a dar um aspecto mais saudável ao tom de pele sem riscos associados a sprays, loções ou câmaras de bronzeamento.

 

5. Dormir mal ou pouco

A privação de sono pode desencadear hipertensão, doenças cardíacas, AVC, obesidade e aumentar significativamente o risco de morte — taxas comparáveis às de fumantes. Além disso, noites mal dormidas, com despertares frequentes, impedem o corpo de atingir o sono REM, etapa essencial para a recuperação. Esse padrão ainda pode acelerar o crescimento de tumores.

O que fazer: não normalize a sensação de cansaço constante. A fadiga pode estar ligada a fatores como estresse ou alimentação inadequada. Procure orientação médica para identificar e corrigir problemas relacionados ao sono.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-habitos-tao-prejudiciais-quanto-fumar,5aa17eea91e783ac8f9a03c8b5eb63e2jk0k5tz3.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Sport Life

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Atividade física está associada à melhoria da saúde mental e cerebral


Um estudo da Universidade Fudan em Xangai, na China, sugere que movimentar o corpo ajuda o cérebro. Pessoas que se exercitam regularmente têm melhor saúde mental e cerebral. Pesquisadores descobriram que atividades físicas moderadas a vigorosas reduzem o risco de demência, AVC, ansiedade, depressão e distúrbios do sono.

 

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de mais de 73.000 residentes do Reino Unido, com idade média de 56 anos, que usaram dispositivos de rastreamento de movimento por sete dias. Os dispositivos monitoraram atividade física, a energia gasta nessas atividades e o tempo que passavam sentados a cada dia. A equipe usou esses dados para quantificar a atividade física de cada pessoa como equivalentes metabólicos (METs).

 

Eles disseram que atividades físicas moderadas, como caminhar ou limpar, queimam cerca de três METs, enquanto exercícios mais intensos, como andar de bicicleta, podem queimar cerca de seis METs, dependendo da velocidade. Os resultados mostram que pessoas que praticavam atividades moderadas a vigorosas tinham de 14% a 40% menos probabilidade de desenvolver as condições de saúde mental e cerebral monitoradas. Por outro lado, passar mais tempo sentado aumentou o risco dessas condições em 5%, a 54%.

 

Segundo os autores, esses resultados destacam o papel da atividade física e do comportamento sedentário como fatores modificáveis que podem melhorar a saúde do cérebro e reduzir a incidência dessas doenças. Para eles, é promissor pensar que incentivar as pessoas a fazerem essas mudanças no estilo de vida pode potencialmente diminuir o peso dessas doenças no futuro.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/21250/atividade-fisica-esta-associada-a-melhoria-da-saude-mental-e-cerebral.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral - American Academy of Neurology Annual Meeting.