quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Tomar aspirina todo dia traz risco para pessoas mais velhas


Já se sabia que o uso regular de aspirina pode fazer mais mal do que bem - além disso, o uso constante e diário da aspirina costuma provocar complicações gastrointestinais graves.

Prevenção que vira risco

Uma nova e importante pesquisa feita nos Estados Unidos e na Austrália sugere que idosos em boas condições de saúde não devem tomar uma aspirina por dia, como já indicaram outros estudos, que vêm demonstrando que milhões podem estar recebendo receitas incorretas para prevenção cardiovascular.

Segundo a nova pesquisa, não há nenhum benefício em tomar aspirina todo dia se você é saudável e não sofreu derrame ou ataque cardíaco - nesses casos há benefícios porque a droga ajuda a diluir o sangue, evitando assim um novo episódio.

Algumas pessoas completamente saudáveis optam por tomar aspirina para diminuir as chances de ataque cardíaco ou derrame e há pesquisas contínuas sobre o uso desse medicamento para reduzir o risco de câncer.

Mas o novo estudo não encontrou benefícios para pessoas saudáveis com mais de 70 anos tomarem diariamente aspirina - pelo contrário, o medicamento aumentou o risco de hemorragias, sangramentos internos que podem levar à morte.

Especialistas descreveram os resultados como "muito importantes e definitivos", e alertaram contra a automedicação com aspirina.

A maioria das pesquisas sobre os benefícios da aspirina é realizada em pessoas na meia-idade, mas crescem as evidências de que os perigos aumentam à medida que envelhecemos. Mesmo entre os mais jovens, já se sabia que a aspirina não previne ataques cardíacos em todos os pacientes, com alguns experimentos concluindo que pessoas saudáveis não devem tomar aspirina de forma preventiva.

Aspirina apenas para doentes

O estudo foi feito com 19.114 pessoas nos EUA e na Austrália. Os voluntários tinham mais de 70 anos, boas condições de saúde e não possuíam histórico de problemas cardíacos.

Metade delas recebeu uma dose diária de aspirina em baixa dose por cinco anos.

As pílulas não reduziram o risco de problemas cardíacos e nem proporcionaram qualquer outro benefício para quem as tomou.

Ao contrário, a pesquisa, publicada na forma de três relatórios na revista científica New England Journal of Medicine, mostra que o uso da aspirina aumentou o número de grandes hemorragias estomacais entre os voluntários.

"Isso significa que milhões de idosos saudáveis em todo o mundo que estão tomando aspirina em doses baixas sem uma razão médica podem estar fazendo isso desnecessariamente, porque o estudo não mostrou nenhum benefício geral para compensar o risco de sangramento.

"Essas descobertas ajudarão a informar os médicos, que prescrevem há muito tempo essa droga, para eles saberem se devem recomendar a aspirina a pacientes saudáveis," disse o pesquisador John McNeil, da Universidade Monash.

O estudo também descobriu um aumento nas mortes por câncer, embora os pesquisadores achem que isso precise de uma investigação mais aprofundada, já que vai contra outros resultados obtidos nessa área.

As descobertas não se aplicam a pessoas que tomam aspirina por já terem sofrido um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral - estas devem continuar a seguir os conselhos de seus médicos.


Jogar pra vencer


“Jogar pra vencer
Ganhar ou perder
Dar sempre o melhor de si

Jogar pra vencer
Ganhar ou perder
O importante é competir

Esporte é ter saúde
Esporte é diversão
O Esporte para guerras
Promove a união

Esporte não tem cor
Não tem religião
O esporte Já provou
Ser bem mais que competição.”

Professor Natan Carvalho

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Não existe nível seguro para consumo de álcool


O álcool contribui para 2,8 milhões de mortes por ano em todo o mundo, e não há nível seguro de consumo de álcool, mostra estudo publicado na revista The Lancet.

A nova análise de centenas de estudos realizados entre 1990 e 2016 constatou que uma em cada três pessoas no mundo (2,4 bilhões de pessoas) ingere bebida alcoólica e que 6,8% dos homens e 2,2% das mulheres morrem de problemas de saúde relacionados ao álcool a cada ano.

A Dinamarca liderou a lista para a maioria daqueles que bebem (97% dos homens e 95% das mulheres), enquanto a Romênia (homens) e a Ucrânia (mulheres) tem aqueles que bebem de forma mais pesada.

Em todo o mundo, o uso de álcool foi o sétimo fator de risco de morte precoce e incapacidade em 2016. Foi a principal causa de morte prematura e incapacidade entre os 15 e os 49 anos de idade, representando uma em cada 10 mortes. Nesta faixa etária, as principais causas de mortes relacionadas ao álcool foram tuberculose (1,4%), lesões na estrada (1,2%) e automutilação (1,1%), mostraram os resultados.

Entre as pessoas de 50 anos ou mais, o câncer foi uma das principais causas de morte relacionada ao álcool, sendo responsável por 27% das mortes em mulheres e quase 19% das mortes em homens.

Qualquer proteção que o álcool possa proporcionar contra doenças cardíacas é superada pelos problemas de saúde que causa, particularmente o câncer, de acordo com os autores do estudo.

Os pesquisadores calcularam que as pessoas que tomam uma bebida padrão (10 gramas de álcool puro) por dia têm um risco 0,5% maior de um dos 23 problemas de saúde relacionados ao álcool do que os abstêmios.

O risco era 7% maior em pessoas que tomavam dois drinques por dia e 37% mais entre as pessoas que tomavam cinco drinques por dia, de acordo com o relatório.

O novo estudo oferece forte apoio a uma diretriz do Reino Unido que indica que não existe 'nível seguro de consumo de álcool.

Fonte: The Lancet. News release.


terça-feira, 18 de setembro de 2018

Hortência é eleita a melhor da história dos Mundiais em eleição organizada pela Fiba

Ícone do título brasileiro no Mundial de 1994, Rainha Hortência dominou a eleição popular organizada pela Federação Internacional de Basquete, conquistando 85% dos votos do público

Hortência é eleita a melhor da história dos Mundiais em eleição organizada pela Fiba Hortência é eleita a melhor da história dos Mundiais em eleição organizada pela Fiba

A Rainha Hortência, como é carinhosamente conhecida, foi eleita a melhor jogadora de todos os tempos em Mundiais, em eleição aberta ao público organizada pela FIBA (Federação Internacional Basquete). Única concorrente integrante do ao Hall da Fama da FIBA (2005), Hortência levou a premiação com folga, conquistando 85% dos votos. A segunda mais votada foi a australiana Lauren Jackson.

Além de Jackson, Hortência teve como concorrentes estrelas da WNBA como as norte-americanas Diana Taurasi, Lisa Leslie, Maya Moore e Sue Bird; a australiana Penny Taylor, a tcheca Hana Horakova e a russa Elena Baranova. Hortência conduziu a seleção brasileira ao lugar mais alto do pódio no Mundial de 1994 anotando média de 27.6 pontos por jogo na competição, incluindo 32 pontos na heróica vitória sobre os Estados Unidos por 110 a 107 na semifinal.

Além de ter conquistado o ouro no Mundial, dois anos depois Hortência foi prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta. A ex-jogadora é a maior pontuadora da seleção brasileira, com 3.190 pontos em 127 partidas (média de 24,9 por jogo). Hortência disputou cinco campeonatos mundiais da FIBA e duas Olimpíadas.

Hortência agradece por ser eleita melhor da história em Mundiais pela FIBA

- Eu queria estar em terra agora pra poder comemorar com os meus amigos e agradecer a todo mundo que se mobilizou, todo o povo brasileiro que votou por mim. Não sei nem o que falar de tão feliz, de tão emocionada que estou. A única coisa que posso dizer com certeza é o agradecimento a todos que se mobilizaram e votaram por mim. Muito obrigado mesmo. Vocês fizeram uma pessoa muito feliz. A importância desse prêmio é inenarrável. Ser a melhor de todos os tempos, pra mim, depois de 24 anos fora das quadras? Vocês não acreditariam no tanto que estou feliz. Muito obrigada mesmo! - disse Hortência em um vídeo feito instantes antes de embarcar de férias para Portugal.


Luz azul de celulares e tablets mata células da retina


Os pesquisadores aconselham o uso de óculos especiais e evitar olhar para o celular ou tablet no escuro.

Riscos da luz azul

Não é de hoje que os oftalmologistas vêm alertando que a luz azul dos celulares pode prejudicar a visão das pessoas.

O que agora se descobriu é um mecanismo que pode explicar esse efeito deletério: A luz azul-violeta típica dos aparelhos digitais transformam moléculas vitais na retina em "assassinas de células".

E esse processo leva à degeneração macular relacionada à idade.

"Estamos sendo expostos à luz azul continuamente, e a córnea e a lente do olho não conseguem bloqueá-la ou refleti-la. Não é segredo que a luz azul prejudica nossa visão danificando a retina. Nossos experimentos explicam como isso acontece e esperamos que isso leve a terapias que retardem a degeneração macular, como um novo tipo de colírio," disse o Dr. Ajith Karunarathne, da Universidade de Toledo (EUA).

Retinais

A degeneração macular, uma doença ocular incurável que resulta em perda significativa da visão, começando em média nos 50 ou 60 anos de idade, envolve a morte de células fotorreceptoras na retina.

Essas células precisam de moléculas chamadas retinais para sentir a luz e desencadear uma cascata de sinalização para o cérebro - também conhecidas como retinaldeído, essas moléculas retinais são um forma da conhecida vitamina A. "Você precisa de um suprimento contínuo de moléculas retinais se quiser ver," disse Karunarathne. "Os fotorreceptores são inúteis sem o retinaldeído, que é produzido no olho".

O que a equipe descobriu é que a exposição à luz azul faz com que a retinal desencadeie reações que geram moléculas químicas prejudiciais às células fotorreceptoras.

"Elas são tóxicas. Se você disparar luz azul na retina, a retinal mata as células fotoreceptoras quando a molécula sinalizadora na membrana se dissolve. As células fotorreceptoras não se regeneram no olho. Quando elas morrem, elas estão mortas para sempre," disse o pesquisador Kasun Ratnayake.

Para proteger os olhos da luz azul, Karunarathne aconselha a usar óculos de sol que possam filtrar a luz nos comprimentos de onda UV e azul, e evitar olhar para o seu telefone celular ou tablet no escuro.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=luz-azul-celulares-tablets-mata-celulas-retina&id=13020 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Dan Miller/The University of Toledo