quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Confira as bebidas que hidratam o corpo após o treino

Além da água, outros líquidos são feras da hidratação

Não adianta só fazer os exercícios direitinho e comer bem - hidratar-se adequadamente é de extrema importância. Quando praticamos atividades físicas, nosso corpo perde líquido e fica desidratado. A nutricionista Camila Leonel recomenda que a reposição de líquido seja feita imediatamente após o término do exercício, continuamente e de forma fracionada.

Quando pensamos em hidratação, a primeira coisa que nos vêm à cabeça é água. Porém, ela não precisa ser a única opção. Para hidratar-se, você também pode ingerir sucos e chás, por exemplo. Fizemos uma lista com algumas das bebidas mais comuns, se devemos ou não consumi-las após os treinos e por quê:

Bebidas isotônicas
SIM: "Elas são bebidas cuja composição é semelhante aos fluidos do nosso corpo e devem ser usadas, principalmente, para repor água e sais minerais perdidos pela transpiração", diz a nutricionista Camila Leonel. Alguns exemplos de isotônicos são o soro caseiro, a água de coco e algumas fórmulas industrializadas.

Fique atento! Por conta dos sais minerais em excesso, essa bebida deve ser evitada por gestantes, lactantes, pessoas com hipertensão e/ou diabetes e pacientes com doenças renais não devem consumir a bebida isotônica industrializada, como afirma Camila.

Refrigerantes
NÃO: os refrigerantes fornecem apenas açúcar, água e carboidratos, não possuindo nenhum tipo de nutriente. Além disso, segundo a nutricionista Camila Leonel, "eles são bebidas gaseificadas e, por isso, podem causar desconfortos intestinais, além de ter uma absorção mais lenta".

Bebidas energéticas
NÃO: os energéticos são bebidas estimulantes e, por isso, contêm muita cafeína, além de açúcar. Eles têm, sim, aminoácidos e vitaminas. Porém, não são nada eficazes quando o assunto é hidratação e a nutricionista Camila Leonel explica por quê: "A combinação açúcar e cafeína auxilia na eliminação de água, devido ao efeito diurético da cafeína e o aumento da sede, ou seja, consumir energéticos causa o efeito contrário". 

Água de coco
SIM: a água de coco é considerada um isotônico natural, já que apresenta vários minerais, como sódio, potássio, fósforo e cloro. Por isso, além de hidratar, ela ajuda na recuperação de minerais. "É um líquido perfeito para reposição de água e minerais perdidos em atividades físicas ou na desidratação", diz a nutricionista Camila Leonel.

Suco de frutas naturais
SIM: ricos em vitaminas e minerais, os sucos de frutas cumprem bem o papel de hidratar o corpo. "Além de refrescantes, fornecem energia, acalmam e hidratam. Mas devem ser alternados com a água e não substituí-la", lembra a nutricionista Camila Leonel.

Água de cheiro ou com sabor
NÃO: muitas pessoas tem trocado a água natural por esse tipo de água aromatizada ou com um leve sabor de fruta como fonte de hidratação. Ou seja, estão literalmente substituindo a água. O que muitas pessoas podem não saber é que, para que esse tipo de bebida fique com sabor, são adicionados aromatizantes, conservantes e adoçantes (para substituir o açúcar).

"Como alguns conservantes e adoçantes são à base de sódio, a tendência é que essas bebidas aumentem o nível de sódio do organismo", alerta a nutricionista Camila Leonel. "Apesar de todo apelo comercial acerca desses produtos, a melhor escolha é sempre a água", aconselha.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Adolescentes que dormem tarde têm notas mais baixas

Parece que pais do mundo todo estão realmente certos ao mandar seus filhos irem para a cama cedo. Um novo estudo publicado no Journal of Adolescent Health mostrou que adolescentes que vão dormir tarde durante o ano letivo e que vão para a escola cedo têm um desempenho acadêmico inferior e estão em risco de sofrimento emocional mais tarde. Este resultado fornece uma evidência adicional para um crescente corpo de pesquisa que sustenta um movimento para atrasar o horário de início das aulas para adolescentes.

“Ir para a cama depois das 23h30, particularmente em adolescentes mais jovens, previu piores médias de pontos cumulativos (conhecidos pela sigla GPA e usados para colocações de universidades e empregos nos EUA) à altura da formatura do ensino médio e mais problemas emocionais nos anos de faculdade e depois disso”, afirmou a principal autora do estudo, Lauren D. Asarnow, mestre e estudante de doutorado no departamento de psicologia da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA).

A pesquisa reuniu dados sobre o sono e o número de horas dormidas de 2.700 adolescentes de 13 a 18 anos participando do Estudo Nacional Longitudinal da Saúde do Adolescente em dois grupos: um em 1995, e o segundo em 1996. Entre 2001 e 2002, conforme os entrevistados envelheceram, foram coletados dados sobre o desempenho acadêmico e autorrelatos da saúde emocional para a comparação longitudinal. O objetivo geral do estudo foi examinar a relação entre os padrões de adolescentes do ensino médio em uma amostra nacionalmente representativa de sono/padrões circadianos (relativos ao relógio biológico), seu desempenho acadêmico em geral na escola e as taxas de sofrimento emocional relatados após a formatura.

Para ambos os grupos do ensino médio, 23% dos participantes relataram ir para a cama às 23h15 ou mais tarde. No momento em que esses adolescentes chegaram à idade da graduação e de ir para a faculdade, apresentaram menor GPA cumulativo e maior sofrimento emocional entre 18 e 26 anos.

Os cientistas ainda observaram pesquisas anteriores e descobriram que os adolescentes que preferem realizar atividades e ir para cama tarde da noite – um padrão de comportamento muitas vezes chamado de preferência circadiana pela noite – foram testados durante a manhã e tiveram um pior desempenho em tarefas cognitivas.

Lauren alertou os pais a ajudar os jovens a ir para a cama mais cedo, e acrescentou que o comportamento do sono de um adolescente é altamente modificável quando ele recebe o apoio adequado. No entanto, acrescentou que a mudança da hora de dormir de um adolescente de tarde para cedo pode ser difícil, em parte porque de 30% a 40% dos adolescentes têm o hábito de dormir tarde devido à uma base biológica ligada ao aparecimento e a evolução da puberdade. Além disso, a pressão acadêmica, os hábitos ligados ao uso da tecnologia e o horário de dormir dos amigos também influenciam a escolha de um adolescente para ficar acordado ou ir para a cama. [Science Daily]

domingo, 17 de novembro de 2013

Arritmias cardíacas: veja os cuidados ao praticar exercícios

Consulta médica, entender ritmo e intensidade e atenção à medicação são fundamentais

Arritmias cardíacas e morte súbita no Brasil, são cerca de 40 milhões de pessoas convivendo com o problema, de acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Batimento cardíaco irregular, palpitações, sensação de esmagamento ou aceleração cardíaca. Esses são os principais sintomas da arritmia cardíaca, uma alteração que surge em função de um distúrbio do sistema elétrico do coração, que faz com que as contrações musculares aconteçam de forma desordenada.
Quando a arritmia está presente, o batimento pode ser muito lento, muito rápido ou irregular, prejudicando o funcionamento do órgão e, podendo trazer consequências, como angina (dor no peito), infarto, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) e até morte súbita.

Existem vários tipos de arritmia cardíaca, algumas delas apresentam alto risco outras são benignas e mais fáceis de conviver. O cardiologista Adalberto Lorga, presidente da SOBRAC, explica que a prevenção é sempre o melhor remédio quando se trata do tratamento de arritmia cardíaca. Uma das formas de evitar complicações é praticando exercícios físicos - sempre bem feitos, com moderação e responsabilidade. O exercício moderado e de baixa intensidade melhora a hipertensão e a circulação, ajudando a reduzir as chances de arritmia, explica o cardiologista Adalberto. Pode começar a treinar, mas antes tome todos os cuidados necessários para evitar problemas. Veja quais são a seguir.

Consulta médica e exames
"Se o portador de arritmias cardíacas deve ou não fazer exercícios físicos é uma decisão que deve ser feita sempre em conjunto com o médico", recomenda Adalberto Lorga. O cardiologista é o profissional ideal para identificar se há arritmias e de que tipo ela é. Essa recomendação vale para qualquer indivíduo, mesmo que ele não desconfie que tem arritmias. Isso porque existem arritmias silenciosas, como a Síndrome do QT longo e a Síndrome de Brugada, que quando percebidas podem provocar danos irreversíveis, causando infartos fulminantes.

"Caso alguém na família, principalmente pais e avós, já tiveram arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, infarto, AVC, outras doenças cardiovasculares (como hipertensão) e até morte súbita, deve redobrar a atenção antes de fazer exercícios físicos", explica o cardiologista Leandro Zimerman. A genética pode ter influencia no aparecimento dessas alterações, aumentando as chance de arritmias cardíacas.

O médico poderá pedir exames como o eletrocardiograma, que através de eletrodos colocados na pele detecta como estão sendo transmitidos os impulsos elétricos do coração. O teste de esforço, que também pode ser solicitado, é feito com análise do comportamento do coração enquanto o paciente caminha e corre numa esteira. Por vezes é feita a análise Holter, que avalia a frequência e ritmo cardíaco por 24 horas, enquanto a pessoa avaliada anota num diário todas as atividades deste dia. Tudo isso irá auxiliar o médico a identificar qual é a frequência e a intensidade dos exercícios praticados de forma segura.

Caso você use medicação betabloqueadora
Os remédios betabloqueadores são usados para arritmias cardíacas e agem inibindo que o coração cardíaco chegue a picos de frequência cardíaca. "Quem usa esse tipo de remédio não deve se basear na frequência cardíaca, que estará naturalmente alterada", explica o cardiologista Adalberto. Nesse caso o exercício físico não está contraindicado, mas sua intensidade deve ser avaliada através de outros métodos que não a frequência cardíaca. A principal delas é percepção do esforço: "a pessoa não pode se cansar e não deve nunca ultrapassar seus limites, o exercício tem que ser leve", explica Adalberto. Abre-se uma exceção para os casos em que a atividade é acompanhada por um profissional, educador físico ou fisioterapeuta, especializado em reabilitação cardíaca. Nesse caso o profissional avaliará o paciente, através de testes específicos que identificam a frequência cardíaca que pode ser atingida com o uso de medicamentos e outras variáveis, e o acompanhará durante a rotina de atividades, garantindo a segurança.

Intensidade e tempo com que o exercício deve ser feito
A intensidade, o tempo e a frequência da atividade física dependem inicialmente da determinação do risco do paciente. "Indivíduos com arritmias de baixo risco, como a extrassístole supraventricular, podem fazer o exercício que quiserem, sem restrições, desde que com avaliação médica", explica Leandro Zimerman.
Já para pessoas com arritmia de riscos um pouco mais altos, o cardiologista Adalberto Lorga explica que o ideal é sempre começar a atividade de acordo com a recomendação médica ou por atividades mais leves, como a caminhada com duração de 30 a 40 minutos três ou quatro vezes por semana. A partir da recomendação do médico, fisioterapeuta ou educador físico o exercício pode se tornar mais forte. O mais importante é que ele seja sempre mantido abaixo da zona de frequência e ritmo do coração que apresentam riscos.

Sintomas que merecem atenção
Caso você já saiba que tem arritmia cardíaca, a atenção a alguns sintomas que podem aparecer durante o exercício físico merece ainda mais atenção. Dor torácica, palpitações, vertigem, tontura, sudorese excessiva - maior do que você costuma ter -, falta de ar, palidez, coração acelerado, batidas do coração fora do ritmo são sinais de que você deve interromper a atividade física. Em seguida é hora de procurar o médico. O cardiologista Leandro Zimerman explica que o médico avaliará o motivo pelo qual se deu a alteração e indicará se o paciente deve parar os exercícios físicos ou se deve alterar o ritmo. "Em alguns casos, quando a alteração é bem suportada pelo paciente e não apresenta riscos à saúde, ele pode até ser mantido, mas sempre depois de consulta médica", esclarece o cardiologista Leandro.

Descanse depois
Para que o coração se recupere do esforço, é muito importante permitir que o músculo retome os batimentos normais ao final do exercício. O cardiologista Leandro Zimerman orienta que nos últimos dez a 15 minutos finais, o ritmo seja progressivamente diminuído até a parada. "Essa medida já ajuda o coração a retornar a seu ritmo norma", explica Leandro. Logo após o exercício, caso você se sinta cansado, descanse até que se sinta pronto para continuar as rotinas do dia. Além disso, o coração precisa de um tempo de descanso até que seja submetido a um novo esforço. Espere ao menos um dia até se submeter ao exercício novamente.

Casos específicos
"Pessoas com arritmia cardíaca que já tenham insuficiência cardíaca ou doenças das artérias coronárias - os vasos que levam o sangue ao coração e que podem ser facilmente entupidas - estão, salvo aval médico, proibidas de fazer atividades, principalmente sem o acompanhamento de um profissional", explica o cardiologista Adalberto. Essa restrição acontece porque os riscos são muito maiores nesses casos. Podem surgir falta de ar durante e após a atividade física, palpitações, pulso irregular, fadiga, fraqueza, dor no peito e desmaios.

sábado, 16 de novembro de 2013

10 coisas que você não sabia sobre a biologia do sexo

É o ato mais importante de sobrevivência da nossa espécie, e você até acharia que ele é simples, mas a verdade é que, para algo que é praticado desde sempre, sabemos muito pouco sobre sexo. Mas estamos aprendendo, e agora você vai saber um pouco mais do que já descobrimos em nossos laboratórios. Confira:

10. Excitação e nojo
Sexo é algo bastante… nojento. Se não fosse o prazer, provavelmente jamais faríamos sexo. Talvez seja por isto que quando estamos excitados, é mais difícil sentir nojo.
Em um estudo recente, 90 mulheres foram divididas em três grupos, “excitadas”, “não excitadas” e “neutras”, e receberam 16 diferentes tarefas, indo de “nojentas” a “muito nojentas” — coisas como limpar as mãos em lenços usados, pegar um balde cheio de camisinhas usadas e beber água em um copo com um inseto boiando na água.
O inseto era falso e as camisinhas não tinham sido realmente usadas, mas as participantes não sabiam disso. As mulheres que estavam excitadas estavam mais dispostas a fazer as tarefas que os outros grupos, especialmente se a tarefa “nojenta” tinha alguma coisa sexual, como o balde de camisinhas.
Parece que inibir a sensação de nojo é uma parte importante para as pessoas quererem fazer sexo.

9. Amnésia Global Transiente
Este é um fenômeno extremamente raro, afeta talvez 3 pessoas a cada 100.000 por ano, e foi relatado pela primeira vez em 1956. Basicamente, o indivíduo fica com amnésia por alguns momentos. Isso acontece de forma súbita, e em poucas horas se vai, mas neste período o indivíduo só lembra das coisas até certo ponto. E a vítima também esquece praticamente tudo que faz durante este período.
Mas o que isto tem a ver com sexo? Bom, na maioria dos casos, a pessoa estava fazendo sexo um pouco antes da memória ir para o quarto ao lado e deixá-la se perguntando “onde eu estou?”.
A amnésia global transiente parece não ter outro efeito colateral além da perda de memória, e nos casos em que as pessoas não estavam fazendo sexo durante o ataque, a condição que o disparou foi algo similar, como uma atividade extenuante de algum tipo, ou uma mudança súbita na temperatura do corpo.

8. Mulheres atraentes e saúde
O hormônio cortisol é a primeira resposta a situações estressantes, que envolvem respostas do tipo “lutar ou fugir”, como saltar de paraquedas. O que você provavelmente não sabia era que colocar uma mulher bonita em uma sala com um homem faz com que os níveis de cortisol no seu sangue aumentem consideravelmente.
Se o homem considerar a mulher extremamente atraente, em cinco minutos seus níveis de cortisol estão próximos dos níveis de um ataque cardíaco. E quanto mais atraente a mulher, maiores os níveis de cortisol.
A pesquisa feita por cientistas espanhóis testou os níveis de hormônio na saliva de homens, e descobriu que o interesse sexual é visto a nível hormonal como um desafio a ser vencido. Quanto mais perigoso (atraente) for o predador (a mulher), mais preparado o homem precisa estar para sobreviver (copular). Mas tem um porém: as mulheres perdem o interesse quando percebem que os níveis de estresse do homem estão muito altos.

7. Exercício orgásmico
Para a maioria de nós, ir para a academia é trocar uma coisa boa (no caso, tudo menos academia) pela academia. Mas para cerca de 5% das mulheres, há uma nova razão para se exercitar: orgasmos induzidos pelo exercício.
Em um estudo mais recente, ou melhor dizendo, em um questionário on-line, 15% das mulheres relataram ter experimentado o fenômeno e o dobro deste número relatou algum tipo de prazer sexual. Para as mulheres que estão curiosas, parece que o orgasmo acontece nos exercícios abdominais. Para os homens que estão querendo experimentar, lamento informar, mas aparentemente só funciona com elas.

6. Sexo em gravidade zero
Por enquanto, segundo os relatórios da Nasa, ninguém tentou fazer sexo em ambiente de microgravidade, e isso é bastante compreensível, dadas as dificuldades: não há tração, e você fica batendo contra as paredes. Além dos problemas com a lei — de ação e reação -, há ainda o problema biológico: como o esperma irá se comportar em microgravidade?
E, se houver concepção, existe um outro probleminha: o que a radiação vai causar ao feto? Não sabemos os efeitos causados pela radiação solar em um adulto, em uma viagem de 500 dias ou mais à Marte, quem dirá em um feto em desenvolvimento.

5. Melhora no sistema imunológico
Em uma pesquisa feita em 1999, descobriu-se que estudantes universitários que faziam sexo pelo menos duas vezes por semana tinham altos níveis de igA no corpo. O igA é um anticorpo encontrado no muco e é um bom indicador da saúde do sistema imunológico.
A explicação para os níveis elevados de igA era que, ao se expor regularmente aos germes que outras pessoas têm em seus corpos, estes estudantes estavam adquirindo imunidade a um espectro maior de vírus e bactérias.
Por outro lado, estudantes abstinentes tinham menos defesas biológicas. E agora, a pegadinha: estudantes que faziam muito sexo (três ou mais vezes por semana) apresentavam uma queda no igA, chegando aos mesmos níveis dos abstinentes.

4. Risco de câncer de próstata reduzido
Fazer sexo frequentemente pode não ajudar o sistema imunológico, mas vai reduzir o risco de desenvolver câncer de próstata. Um estudo que acompanhou durante oito anos um grupo de 30.000 homens descobriu que uma frequência de sexo de pelo menos 21 vezes por mês diminui em um terço a probabilidade de desenvolver esta doença.
Ainda não se sabe por que a ejaculação frequente tem este efeito no câncer de próstata. Uma das hipóteses é de que ela evita acúmulo de tecidos e fluídos que poderiam se infectar ou inflamar.

3. Genética sexual
O estudo da genética humana já revelou que temos alguns traços de genes neandertais, o que faz com que a gente pense no grande bacanal que não eram aqueles dias, mas o estudo do sexo em períodos arcaicos também dá pistas de outras coisas, como o movimento das populações humanas.
As similaridades genéticas entre neandertais, denisovanos, e ancestrais recentes estão servindo para mostrar que a teoria atual, que afirma que o Homo sapiens surgiu na África e de lá se espalhou, é um pouco simplista.
O estudo do genoma neandertal publicado em 2010, além do teste genético de pessoas vivendo em várias regiões da África, Ásia e Europa, está apontando uma história um pouco diferente: os primeiros humanos teriam saído da África, miscigenado com os neandertais, retornado para a África com estes traços neandertais, e daí espalhando-se e substituindo os genes nativos.

2. Vozes agudas
Um dos traços que tanto homens quanto mulheres associam à masculinidade é a voz grossa, a ponto de ser um traço que as mulheres inconscientemente procuram neles. A voz grossa está ligada a altos níveis de testosterona, que por sua vez estão conectados à capacidade de produzir bebês saudáveis.
Entretanto, uma pesquisa publicada em 2011 aponta que homens com voz mais grossa têm menor concentração de esperma que os homens com voz mais fina. Provavelmente trata-se de um compromisso evolucionário: homens mais masculinos têm mais chances de reproduzir, por isto não precisam concentração maior de esperma. Os homens que têm voz fina não tem tantas chances, então tem que aproveitar melhor as chances que aparecerem.

1. Espinhos penianos humanos
É um fato, a maioria dos mamíferos tem espinhos nos pênis, geralmente usados para induzir a ovulação depois do sexo ou para fazer com que as fêmeas tenham menos vontade de fazer sexo depois do encontro com eles. E o homem tem o código genético para a criação dos espinhos penianos, só que ele nunca é ativado.
Basicamente, o que acontece é que os genes podem fazer duas atividades diferentes, sendo uma delas a codificação de proteínas, e a outra a ativação e desativação de trechos de código genético em momentos específicos.
Nos seres humanos, a fábrica proteica dos espinhos penianos existe, mas o código genético que a ativa desapareceu. Por quê? O melhor palpite que temos vem do fato que mamíferos que têm muitos parceiros sexuais têm espinhos mais proeminentes, enquanto os mamíferos que se unem em casais têm espinhos recessivos.
Por exemplo, os espinhos penianos dos chipanzés se parecem mais com carocinhos. Em algum momento, se tornou mais vantajoso aos humanos formar casais estáveis, e alguma mutação que eliminou a chave que ativa os espinhos acabou se tornando popular. [Listverse]

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

7 hábitos aparentemente saudáveis que podem ter consequências ruins

Evitar totalmente a exposição solar, investir nas suplementações e cortar totalmente os doces da dieta estão entre eles

Cuidados com a alimentação, com a pele, com o corpo, a necessidade de praticar atividade física etc. Atualmente, vivemos bombardeadas de orientações relacionadas à saúde e à beleza e tentamos ao máximo segui-las para garantir uma melhor qualidade de vida.

Porém, algumas dessas orientações ainda causam controvérsias. Ou, simplesmente, por deixarem uma pequena margem para serem interpretadas de forma incorreta, podem confundir as pessoas e até gerar consequências negativas à saúde.

Abaixo você confere uma lista com hábitos aparentemente saudáveis, mas que podem trazer alguns resultados negativos à nossa saúde, especialmente se forem levados “ao pé da letra” ou interpretados incorretamente:

1. Cortar totalmente os doces da dieta
A maioria das pessoas, quando inicia uma dieta de emagrecimento, corta totalmente os doces da sua dieta, sabendo que esses alimentos são bastante calóricos e prejudiciais à saúde. Porém, será que essa atitude é mesma correta?
A nutricionista Sabrina Lopes explica que o corte de doces é positivo no aspecto de eliminar grandes quantidades de calorias vazias, “porém, não acho interessante um corte radical, para quem está acostumado a consumir grandes quantidades de doces diariamente. Indico ir reduzindo as quantidades gradativamente, para que a pessoa não sinta tanto a mudança”, diz.
Caso contrário, a pessoa corre o risco de exagerar sempre que tiver a chance de “escapar” da dieta e comer um docinho
.
2. Beber o máximo de água possível por dia
Todo mundo sabe da importância de beber água e, provavelmente, não dúvida dos benefícios que ela oferece a nossa saúde. Mas muitas pessoas se confundem com a orientação de beber oito copos ou mais de água por dia e, às vezes, acabam até exagerando no consumo. E o pior: bebendo toda a quantidade de água de uma vez (por exemplo, à noite, ao se dar conta de que não tomou ainda a quantidade de água recomendada por dia).
De acordo com a nutricionista Sabrina Lopes, o ideal é não sentir sede e nem beber água excessivamente de uma forma rápida. “É bom manter uma hidratação contínua durante todo o dia, bebendo no total até dois litros de água durante o dia. Sempre recomendo aos meus pacientes beber um copo de água a cada hora, assim atingimos os oito copos ou dois litros”, diz.
Além disso, é importante tomar cuidado com o consumo excessivo de água engarrafada, já que alguns estudos têm sugerido que os produtos químicos de garrafas de plástico podem contaminar a água e prejudicar os níveis hormonais humanos.

3. Comer muito antes de malhar
A maioria das pessoas sabe que não é nada recomendado ir à academia ou praticar outras atividades físicas sem comer. Mas comer muito antes de malhar também pode gerar resultados negativos. Por isso é fundamental saber a diferença entre “comer bem” e “comer muito”.
A nutricionista Sabrina Lopes destaca que comer de forma errada ou comer muito antes de malhar pode fazer com que o rendimento da pessoa caia, já que ela se sentirá pesada para realizar grandes esforços.
Além disso, é preciso se atentar ao horário e ao tipo da refeição. “O ideal é comer de 40 a 60 minutos antes do treino, optar por lanches leves compostos de carboidratos, que vão te dar disposição e energia para o treino”, diz Sabrina.
“Caso for treinar após uma grande refeição, como o almoço, espere pelo menos 1h30”, acrescenta a nutricionista.

4. Cortar totalmente as gorduras da dieta
Muitas pessoas pensam ainda que, tanto para emagrecer como para manter uma boa saúde, não podem comer nenhum alimento que contenha gordura. Porém, conforme destaca a nutricionista Sabrina Lopes, a gordura deve estar presente em nossa alimentação, mas na medida certa. “Isso porque ela exerce funções importantes no nosso organismo, como fornecer energia, transportar vitaminas e diminuir o tempo de esvaziamento gástrico – o que contribui para a sensação de saciedade após a alimentação”, explica.
“Existem as gorduras ‘boas’ para o nosso organismo, também conhecidas como insaturadas. Elas são, na maioria das vezes, de origem vegetal e também estão presentes em peixes de águas frias como o salmão. Essas gorduras auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico e ajudam a prevenir doenças cardiovasculares”, acrescenta a nutricionista.

5. Optar por suplementação alimentar
Atualmente, os suplementos alimentares são aliados da saúde e da dieta de muitas pessoas e, sem dúvidas, têm seus benefícios. Porém, o erro está em exagerar na suplementação e/ou ainda, não seguir as orientações de um profissional da área da saúde para isso.
A nutricionista Sabrina Lopes explica que a suplementação, quando feita de forma incorreta ou em excesso, pode trazer diversos problemas à saúde, como, por exemplo, relacionados ao fígado, rins, ossos e ao metabolismo. “Também pode gerar alguns sintomas como flatulência, espinhas e, em alguns casos, até ganho de peso devido ao excesso”, acrescenta.
“A suplementação só deve ser feita com intuito de complementar a dieta, ou seja, só devemos suplementar algo que está deficiente em nossa dieta por algum motivo específico. E ela deve ser feita apenas após uma avaliação nutricional e prescrição”, explica a nutricionista.
Sabrina ressalta ainda que, pessoas que possuem diabetes, hipertensão, hepatite e anemia, só podem fazer uso de suplementos após uma avaliação criteriosa de um médico e nutricionista.

6. Evitar totalmente a exposição solar

Atualmente, se reforça com frequência a necessidade das pessoas passarem protetor solar diariamente, mais de uma vez ao dia etc., e evitarem ao máximo a exposição solar. Porém, o assunto gera controvérsias.
André V. F. Franco, idealizador do Vitamina D – Brasil, projeto sem fins lucrativos com o objetivo de educar as pessoas sobre a importância da vitamina D e da exposição solar sensata, explica que, ao evitarmos completamente a exposição solar, nos privamos de um recurso natural, com o qual convivemos durante anos de nossa evolução. “A exposição ao sol, além de ser nossa fonte natural de vitamina D, tem demonstrado, em pesquisas recentes, possuir outros efeitos benéficos ao organismo humano, como, por exemplo, o aumento na produção de beta-endorfinas, que promovem a melhora do humor, e de oxido nítrico, que oferece proteção cardiovascular”, diz.
Mas, conforme ressalta André Franco, a ação mais importante da exposição solar sobre a nossa saúde é a produção de vitamina D. “Além dos efeitos na saúde músculo esquelética, tem sido relatado em muitos estudos a sua ação benéfica contra infecções em geral, doenças autoimunes, doenças cardiovasculares, diabetes, vários tipos de câncer, doenças neurocognitivas, infertilidade, problemas ocorridos durante a gravidez e muitas outras condições”, explica.
Na opinião de Franco, quando se iniciaram as campanhas para que todos evitassem o sol, aparentemente, ninguém considerou que isso poderia ser prejudicial a algumas pessoas. “Além disso, a suplementação da vitamina D em substituição à exposição solar sequer foi cogitada. As recomendações para que todos evitem completamente a exposição solar, sem critérios bem definidos, tem se mostrado um dos maiores erros da medicina”, diz.
André Franco explica que a exposição solar com finalidade de produção da vitamina D deve ocorrer em horário de maior incidência da radiação UVB. “Esse horário pode variar de acordo com a latitude e estação do ano. Uma dica é observar a extensão da sua sombra, que deve ser menor que a sua estatura para garantir que você está tendo uma boa produção de vitamina D”, diz.
Ainda de acordo com Franco, a área de cobertura corporal deve ser a mínima possível, com ao menos os braços e as pernas expostos a fim de minimizar o tempo necessário de exposição. “Este tempo varia também conforme o tipo de pele. Para as mais claras, em torno de cinco a vinte minutos; já as mais escuras podem necessitar de duas ou três vezes mais tempo”, explica. “O uso de filtro solar durante esse período impede a produção de vitamina D, mas pode ser utilizado nas mãos e no rosto, que são áreas mais frequentemente expostas. A exposição deve ser de no mínimo três vezes por semana a fim de garantir níveis adequados da vitamina”, acrescenta o idealizador do projeto Vitamina D – Brasil.
Mas a principal dica, ressalta Franco, é: não se queime! “A exposição solar saudável produz um leve rosado em sua pele. Após esse período, a pessoa deve se proteger, com roupas, chapéu ou mesmo uso de protetor solar, minimizando o acúmulo de riscos relacionados à luz solar. Dessa forma é possível ter uma exposição solar segura e saudável para todas as idades”, finaliza.

7. Não falar sobre seus problemas
Muitas pessoas, quando estão com algum problema ou, principalmente, quando passam por uma decepção, por exemplo, amorosa, evitam falar do ocorrido, para não ficar “remoendo” e sofrendo com o assunto. Porém, esta nem sempre é uma boa ideia.
De acordo com a psicóloga Renata Maransaldi, na maioria das vezes, é bom dividir o problema com outras pessoas. “Mas, em primeiro lugar, é preciso perceber com quem compartilhar isso. É interessante que seja com alguém que tenha relevância em sua vida e não sair contando para todo mundo”, diz.
A psicóloga explica que, o fato de falar sobre um problema, não significa que o outro irá resolver a situação e ter uma resposta para tudo, mas a outra pessoa pode auxiliar com novas ideias.
“Quando você não divide um problema, sua cabeça fica muito limitada em apenas um foco. Muitas vezes outras pessoas já passaram por uma situação parecida, por isso a importância de dividir e conseguir outro ponto de vista”, acrescenta a psicóloga Renata.
Porém, é importante ressaltar que o problema/a decepção não deve ser o ponto principal de todas as suas conversas por um longo período. O que, certamente, a deixaria focada somente nisso, se esquecendo de ouvir as outras pessoas, falar sobre outros assuntos e, por fim, superar o ocorrido.

E você, o que acha de todas essas informações? Como muitos assuntos ainda geram controvérsias, a dica é seguir sempre as orientações de um profissional de sua confiança. E, em casos de dúvida, nunca hesitar em falar com ele sobre seus receios.