O cérebro não gosta de sair da rotina, pois faz ele gastar mais energia do que gostaria. Mas vale a pena tentar um passo por vez
Hoje em dia, comer sem culpa é um ato
revolucionário. Se você se sente livre para comer o que quiser, de forma
equilibrada, faz parte de um grupo muito pequeno de pessoas que estão fora de
um contexto de terrorismo nutricional. O desequilíbrio acontece quando tratamos
tudo com extremismo e criamos regras alimentares muito rígidas.
Aquele velho ditado "tudo que é bom, é proibido"
se encaixa muito bem nessa visão distorcida que temos da alimentação. O bom, o
gostoso, não deveria ser proibido, mas acabamos perdendo a noção do que é
equilíbrio, não temos mais consciência do que comemos, nos culpamos, ficamos
ansiosos, e tudo em excesso não é saudável.
Então, deixo aqui quatro dicas para te ajudar a dar
os primeiros passos em direção a uma vida com mais leveza e equilíbrio na
alimentação:
Comece com metas pequenas
Não dê um passo maior que o tamanho das suas pernas.
Quanto mais distante tiver o alvo, mais difícil será de mirar e acertar. E se
não der certo, maior será a frustração. Comece com objetivos pequenos,
palpáveis e que, quando alcançados, te estimulem a continuar.
Por exemplo: se você toma refrigerante todos os
dias, um objetivo ineficaz é querer, do dia para a noite, parar de tomar. Você
não vai resistir muito tempo, e pensará que não tem força de vontade o
suficiente. Talvez o melhor seja, num primeiro momento, reduzir a quantidade
diária ou até tomar dia sim, dia não. E gradativamente, no seu tempo, de forma
sutil, você vai se livrando de um hábito que não melhora a sua saúde.
Lembre-se: o bom não é inimigo do ótimo. Pequenas mudanças são sempre
bem-vindas.
Não desista quando houver deslizes
Entender que durante o processo irão ocorrer deslizes
e saber lidar com eles é fundamental. Não se sentir fracassada só porque comeu
um chocolate a mais e aceitar que está tudo bem é muito importante. Não jogue
tudo para o alto no primeiro escorregão. Não seja tão severa consigo mesma.
Comeu ou bebeu algo que não estava planejado ou em
quantidade maior do que deveria? Não conseguiu ir à feira e comprar tudo
orgânico? Não conseguiu cozinhar na semana, e terá que apelar para sanduíches
em casa? Tudo bem, organize para que na próxima vez não aconteça, mas deixe
isso de lado: tá tudo certo. Bola pra frente, e segue no teu rumo!
Entenda que o processo demora
O cérebro não gosta mudanças: isso faz ele gastar
mais energia do que gostaria. Por isso,
tenta sempre te levar a fazer as mesmas coisas de sempre. Tá entendendo porque
o processo de mudança é difícil? É lento e demorado mesmo, e a gente precisa
aceitar e tomar consciência de que com passinhos suaves e sutis vai dar certo.
As mudanças na nossa vida acontecem de duas formas:
na dor ou no amor. Porque associar algo tão incrível como a alimentação à dor,
ao sofrimento, à culpa e à restrição? Associe ao amor, ao positivo, à mudança
de hábitos e perceba todas as pequenas mudanças na sua vida. Faça escolhas
consciente e coerentes com o seu propósito.
Manter o hábito maior parte do tempo
Isso é o que eu falo de equilíbrio e leveza. Achar o
caminho do meio entre o que você deseja e o que você precisa, entre a sua
vontade e a sua necessidade. Ter hábitos que trazem saúde, a maior parte do
tempo, faz com que tenhamos liberdade para consumir outras coisas que, talvez,
não tragam tantos nutrientes, mas que nutrem outras partes do nosso ser.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/fitness/noticia/2020/08/quatro-pequenas-mudancas-para-voltar-a-ter-equilibrio-na-alimentacao-ckehaikfk0020013l2ioqun1c.html
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